(Nem) Todo Mundo Odeia a Emily escrita por May_Mello


Capítulo 21
Todo mundo odeia o “cronograma de conquista”.


Notas iniciais do capítulo

Oi, cara de boi! :D
Desculpa não ter postado ontem, mas é que não deu. Também, né? Quem manda ter um pai dumaw? Mas enfim... Oi. -q HUAHDJASDHASJDHUDH'
Quero agradecer vocês novamente pela paciência aê, galerë. E pedir desculpas porque eu acho que eu tenho certeza{?} que a qualidade da minha escrita anda caindo. Se é que tinha alguma qualidade antes. -q
Ok. O que eu estou tentando dizer é que antes tudo o que eu escrevia era uma bosta com farinha, agora, é uma bosta com farinha misturada com titica de galinha. {?}Desculpa, mesmo. D:
Mas mesmo assim, boa leitura. ♥



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“ -Acha que vai funcionar?

– Eu não tenho a menor ideia.”

–Sim! – Respondi com toda a certeza. Com a maior certeza que já tive na minha vida. – O que eu tenho que fazer?


–Bem... – Pensou um pouco olhando para “o além” e mexendo no piercing no canto da boca. – Pra começar vai ter que ir no mercado comigo.

–Hein? – Arqueei uma sobrancelha.

–Minha mãe me mandou ir no mercadinho aqui perto pra comprar algumas coisas. Você vai comigo, que no caminho nós já vamos montar um “cronograma de conquista”.

–Hein? – Repeti a pergunta. Eu entendi, só gosto de falar “hein?” mesmo.

–Ah, meu Deus. – Ele bateu em sua própria testa com a mão que não segurava o meu braço. – Garota estúpida! – Ele gosta de ficar dizendo isso ou é só impressão?

–Hey! – Puxei meu braço que ele estava segurando desde que quase taquei o dedo no olho dele pela segunda vez. – Eu já entendi. Vamos montar um plano pra fazer com que o Lukas goste de mim. Não me parece muito justo.

–A vida é injusta! - Ele exclamou.

–Pelo menos concordamos em algo. – Falei.

O Lukas estava me ajudando com os planos de recuperar meu all star do Thomas, e agora o Thomas está me ajudando com os planos para conquistar o Lukas. E se depender do sucesso que foi a última “ajuda Schultz” que recebi eu tô na merda – se é que algo pode piorar ainda mais. Mas estou disposta a me sacrificar um pouco pra ter o Lukas pra mim, afinal, o sucesso sempre vem depois do esforço. Oiai. Só espero não ter que me esforçar muito.

E que fique bem claro que eu vou bolar novos planos pra pegar meu all star de volta assim que eu conquistar o Lukas!

–Então vamos! – Thomas já ia se afastando um pouco para o lado, para sair debaixo da cama, quando eu agarrei um de seus braços e o fiz me olhar. – Decidiu falar “obrigada”? – Sorriu convencido.

–Não. Decidi falar que está chovendo e que eu não vou no mercadinho, estrupício. Ainda tenho que ficar aqui, curtindo a minha dor mais um pouco.

–Chega de drama! Nós podemos comprar soverte. É isso o que as garotas comem quando levam um fora, não é?

Fiquei olhando para ele e de repente comecei a chorar de novo, largando o braço dele. Estou num período difícil e acabei de levar um fora. Com licença? Obrigada.

–Ah, eu devo merecer mesmo. – Ele voltou pra debaixo da cama resmungando e segurou o meu rosto, assim como Lukas fez quando me deu um fora, só que de uma forma completamente diferente. Confuso, não? – Você vai conquistar o Lukas. Não precisa chorar. – Falou olhando nos meus olhos. Me deu uma sensação estranha. Acho que foi medo. – Agora vamos! – Largou o meu rosto. Na verdade só faltou bater com a minha cabeça no chão.

–Mas, Thomas, está chovendo! – Voltei a protestar, completamente irritada.

–E daí?

O que será que pode acontecer, não é? NÃO É?!

Imagina a cena: Eu completamente encharcada em frente ao mercadinho, segurando minha sombrinha de bolinhas que tinha virado do avesso por causa do vento enquanto Thomas ri da minha cara com as mãos no bolso do moletom e com a touca do mesmo sobre a cabeça, o protegendo da chuva.

O único problema é que essa cena realmente aconteceu assim que eu e ele chegamos em frente ao mercadinho. Estou apenas narrando os fatos.

– “E daí? E daí?” E daí que eu vou dar um soco na sua face! – Falei irritadíssima, enquanto ele apenas ria. Agora além de olhos inchados pelo choro eu estou encharcada. Beleza. Não vou perguntar se pode piorar porque sempre pode.

Tentei fechar a minha “sombrinha ingrata” que me deixou ficar encharcada com uma mão só, já que a outra está danificada. Por fim, Thomas vendo que eu não conseguiria praticamente tomou a sombrinha da minha mão e fechou-a, enquanto eu apenas me mantinha com um bico de um quilômetro e os pingos de chuva escorriam por todo o meu rosto.

Thomas me entregou a sombrinha com aquela cara de “eu sou foda” que só ele sabe fazer.

–Só falta eu pegar uma gripe ago- – Fui interrompida por ele, que segurou a minha mão, me puxando pra entrarmos no mercadinho.

Nota mental: Falar para o Thomas parar de agarrar minha mão como o Lukas faz. E também falar pra ele parar de se parecer com o Lukas... Ok. Essa última é impossível.

Entramos felizes e sorridentes. Preciso dizer que é mentira? O Thomas entrou com aquela cara normal dele mesmo – o que fez a garota de um dos caixas babar, diga-se de passagem – e eu entrei com aquela cara de... “Levei um fora. Vai procurar uma roupinha pra lavar, vai.”

Fiquei observando a moça do caixa que babava pelo Thomas enquanto ele foi fazer alguma coisa que não me interessa no momento. Tudo o que eu queria era me matar, mas limitei-me a revirar os olhos. Meus doloridos olhinhos...

Thomas parou ao meu lado, fazendo um barulho estranho com a boca ao brecar o carrinho de compras que ele conduzia.

–Entra aí. – Tentou balançar o carrinho de compras para os lados, o que não foi uma coisa de muito sucesso. Fiquei pensando o que ele queria dizer com “entra aí”. Seria algum tipo de gíria alemã? – Entra. – Só fui descobrir que ele realmente queria que eu entrasse dentro do carrinho quando ele apontou para o mesmo.

Não, por que eu faria isso? Sou uma menina que respeita as regras e-

–Ah! – Exclamei toda feliz, já pulando pra dentro da coisa de metal. Sempre soube que eu era pequena, mas nem tanto.

–Vamos manter contato visual porque é muito importante que você guarde essas dicas. – Ui, falou o mestre dos mestres.

–Beleza. – Me sentei na ponta do carrinho, de modo que fiquei de frente para ele, que conduzia o mesmo. Joguei minha sombrinha em algum canto do carrinho e tive que flexionar um pouco as pernas; posição estranha, eu sei. Só espero que eu não morra em uma batidas drástica com as latas de atum.

E que raios de idéia de jerico é essa de fazer um passeio dentro de um carrinho de compras? Não importa. Eu adorei!

–Então... – Thomas começou, começando também a andar com o carrinho. – Tem certeza que gosta do Lukas? Olha, pode ser-

–Thomas! Você disse que iria me ajudar com ele, e se eu aceitei é porque eu realmente gosto dele. Estranho essa coisa de amor à primeira vista, mas é algo que você só entende quando sente. – O interrompi.

–Certo. Hum... Deixa eu ver... – Ele murmurava, enquanto íamos ao setor dos enlatados. – Regra numero um: Ignore-o.

–Ignorar? – Minha cara de “mãe de quem?” deve estar muito marcante agora.

–É. Ignorar! Aja como se não tivesse levado um fora, e finja que não se importa com ele; finja que já superou. – Soltei um muxoxo, me lembrando do “fora”. – E se for preciso, diga que você não o amava de verdade, que tudo não passou de ilusão.

–Mas-

–Nada de “mas”. Eu sei o que eu estou fazendo! – Constatou, tacando um monte de latas em mim.

–É? Por que será que eu não tenho tanta certeza disso? – Falei desconfortável, tentando ajeitas as ladas ao meu redor.

–Nova regra, a número dois: O Thomas sempre está certo. – Referiu-se a si mesmo na terceira pessoa, dessa vez olhando e sorrindo convencido para mim. – E regra número três: Se o Thomas estiver errado, lembre-se da regra número dois. – Olha aí o mestre dos mestres se achando de novo. Peguei uma lata de achocolatado de uma das prateleiras. – Continuando... Primeiro ignore-o, depois... – De repente ele parou o carrinho e ficou olhando para algum ponto fixo, enquanto eu apoiava a minha lata no meio nas pernas, a abria e comia o chocolate em pó com o dedo indicador. Fiz tudo com uma mão só enquanto olhava para Thomas. Estou virando ninja. Ficamos em silêncio não sei por quanto tempo, mas acho que foram alguns bons minutos.

–Você não tem a mínima noção do que está falando, não é? – Perguntei.

–Regra dois ponto um: Como o Thomas está sempre certo você não pode intervir, não pode dar nem um pio quando eu estou passando as regras. – Voltou a olhar pra mim, começando a andar com o carrinho novamente.

–Ok. – Murmurei, levando mais chocolate em pó pra minha “goela”.

–Eu só estava pensando sobre Samantha. Isso é um grande problema. – Ele falou e parou de novo.

–Éééé-

–Quieta! – Repreendeu-me, enquanto eu tacava uma generosa quantia de chocolate na minha boca. – Depois resolvemos o assunto “Samantha”. Bom... Ignore-o, e... Regra número quatro: Seja fofa, toda delicada e prestativa. – Engasguei e comecei a tossir feito um cachorro louco.

–Co-como assim? – Perguntei, com a voz falha por conta do chocolate que foi pro lugar errado outra vez, pra variar.

–Você entendeu! – Ele disse, enquanto tacava mais algumas coisas em mim. – Seja... Fofa, delicada e prestativa, mas não com ele. Pareça assim com os outros e faça com que ele veja. O Lukas gosta de garotas fofas e gentis. Você tem que ser assim!

Parecemos dois estúpidos andando pela mercadinho e falando sobre o amor e como fazer alguém te amar. Correção: Parecemos não, somos!

–Fingir que não me importo com ele, mas ser muito fofa e preocupada. Entendi! – Exclamei, compreendendo a coisa toda. – Próxima regra, capitão! – Thomas riu de canto. Um sorriso que só ele dá; meio de canto, escondendo o rosto. Enfim... Ele sorriu enquanto eu pegava um pacote de jujubas pendurado por aí.

–Regra número cinco: Haja o que houver, pelo amor das lombrigas marcianas, seja fofa e prestativa, mas seja você mesma. O Lukas gosta de garotas originais e com seu jeito próprio. – Me encarou seriamente, enquanto eu comia as jujubas. Sou só eu ou essa regra número cinco não faz nenhum sentido? Na verdade, nada faz sentido! Mas que seja... – E regra número seis: Nunca esqueça do leite.

–Hein?

–Não posso esquecer o leite ou minha mãe me mata. – Pra você ver o quanto ele está preocupado em me ajudar.

Fomos em direção aos laticínios em silêncio, ouvindo apenas as rodas do carrinho rangerem, enquanto nos encarávamos.

–Só isso? Acabaram as regras? – Perguntei.

–Por hora. Se eu lembrar de mais alguma coisa eu te digo.

–Beleza.

Barulho de rodas rangendo de novo.

–Acha que vai funcionar? – Perguntei baixo e de repente.

–Eu não tenho a menor ideia.

Ok. Isso foi motivador.


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Notas finais do capítulo

A-há! ...Oi.._. -q
EXPLICAÇÃOZINHA BÁSICA AQUI: Alguém reparou que as dicas do Thomas não falam nada-cum-nada-é-o-rap-da-roça? (8) {?} -q /eugostodessamúsica
Err.. Sobre o que eu estava falando mesmo? '-' Bom, alguém reparou que as dicas não fazem nenhum sentido? HAUHDJADH' Isso tudo se deve ao fato do Thomas também não entender NADA sobre o amor. Agora só nos resta ver no que isso vai dar.
Quero agradecer muito pelos reviews, também! *-* Estou respondendo todos pouco a pouco. Bem, mas bem, POUCO A POUCO '-'. Mas vou responder todo mundo... (Pelo menos é o que eu pretendo). E saibam que eu leio TODOS, ok? *-*
Inté a próxima. (Domingo, ou segunda... ou.. seilá. Mas estejam aí, ok? u.ú ~~apanha~~)
Bjos&Qjos. :*