“Eu sei,” eu disse. Era impossível não demonstrar minha tristeza, eu teria que matá-la. “Eternidade será solitária sem você.”

De repente um barulho agudo soou, e Rose soltou um pequeno sorriso. Aquela sirene que era para assustar os humanos era realmente irritante, mas isso não seria o suficiente para me fazer distrair. Era agora ou nunca. Eu precisava ter Rose ao meu lado para o resto da eternidade.

Quando eu estava prestes a transformá-la algo inesperado aconteceu, Eddie estacou meu estomago, eu estava tão distraído que nem vi ele se aproximar. Eu gemi de dor, e soltei Rose. Eu queria esganar o pescoço de Eddie, a rosto dele não mostrava nenhum sinal de medo, nem de que ele hesitaria em me matar, ele queria proteger Roza. Nós começamos a aquela dança que era nada mais do que uma espera para que o adversário dê uma brecha para que você o ataque.

Num segundo eu pulei em Eddie e o empurrei para a parede, era para ter ido de cabeça, mas ele foi esperto e conseguiu mudar o corpo a tempo, assim seu corpo absorveu o ataque.

Eu ainda olhava para ele, que mesmo assim continuava a segurar sua estaca. Consegui perceber que Rose olhava para ele e para mim, intercalando os olhares. Até que seus olhos brilharam, e ela partiu para cima de mim, e com sua estaca ela cortou a minha cabeça. Eu a empurrei, mas continuava a prestar atenção em Eddie. Sua estaca estava muito próxima ao meu coração. Eu prestava atenção nos dois, eu sabia que Rose não conseguiria me matar, mas algo nela estava estranho. Os seus olhos brilhavam com uma espécie de esperança. Os olhos dela brilhavam tanto quanto no dia que estávamos fazendo planos para ficar juntos. Ela e eu vimos que Eddie pegou sua estaca pronto para posta-la em meu coração, no mesmo momento ela pegou sua estaca passou um corte em meu rosto e tropeçou em Eddie. Fazendo com que eles fossem para a saída de emergência, ela o empurrava para sair e ele a empurrava para voltar, ele estava prestes a empurrá-la para Lewis quando eu coloquei a mão em seu ombro Eddie pegou o outro lado e começamos a puxar, Rose gritou de dor. Eddie e ela faziam força para o lado da porta e eu puxava Rose para o meu lado, estava conseguindo traze-la para o meu lado, Eddie rosnou “segurança”.

“Merda”, Rose disse.

“Você não pode ganhar,” eu assoviei. Eu consegui botar as duas mãos no seu ombro, e estava sobrepujando.

“Oh, yeah? Estamos prestes a ter todo o esquadrão de ataque do Luxor aqui.”

“Estamos prestes a ter uma pilha de corpos aqui. Humanos,” eu disse com desprezo.

Os humanos nos pegaram, eles devem ter pensado, olha aquele cara puxando aquelas crianças. Que cara louco. De repente três ou quatro humanos me puxaram, eu os ouvi gritarem para Eddie e para Rose e depois estavam me arrastando dali, Rose virou para a porta de emergência e antes de sair eu comecei a rir, (eu estava nervoso), “Não está acabado, Roza. Você realmente pensa que existe um lugar no mundo onde você possa ir e eu não consiga achá-la?” Eu iria encontrá-la de novo, mal sabe ela que esses humanos nos ajudavam.

Eu sentei no sofá fechei os olhos e vi sua imagem perfeitamente, era como se eu estivesse sonhando, como eu disse a ela eu não posso dormir e muito menos sonhar, mas se eu pudesse com certeza seria com ela, eu ainda sentia seu cheiro, seu toque, ouvia sua voz me chamar. O jeito que ela me olhava, só de lembrar a noite da Cabana, era como se uma estaca fosse cravada em meu peito. Só de pensar que eu não poderia mais tê-la em meus braços, que a próxima vez que a ver eu terei que matá-la. Eu quero que ela seja a minha rainha, mas por livre espontânea vontade. Só de pensar na Noite da Cabana, da nossa cabana, eu revi esses fatos tantas vezes nesses últimos meses, que agora é fácil me recordar de todos os detalhes em cada momento daquele dia.

*** FLASHBACK***

Nós estávamos na Cabana em que ela conheceu Tasha. Ela estava toda machucada, depois de quase matar Jesse Zeklos. Tudo isso pela Lissa, eu sabia que ela faria qualquer coisa por ela, Mas nunca pensei que chegaria tanto.

Ela tinha tentado fugir de mim, então eu a peguei pela cintura e joguei deitada na cama a imobilizando.

“Me solta!” ela gritou tentando se soltar.

“Não,” eu disse, minha voz saiu dura e desesperada. “Não ate você sair dessa. Isso não é você!”

Ela estava segurando para não chorar, mas estava sendo quase impossível, era tão difícil vê-la desse jeito. “É sim! Me solta!”

“Não é. Nao é você! Não é você!”- eu estava tão agoniado, eu não sabia mais o que fazer.

“Você está errado! E-”.

Foi então que sua voz morreu, eu percebi que sua consciência estava voltando, que ela estava voltando a ser Rose, voltando a ser a minha ROZA, ela olhava para mim assustada.

“Rose,” – eu a chamei. Foi então que algo tão poderoso aconteceu após eu chamar seu nome. Foi que ela teve certeza que eu estava disposto a estar ali por ela, que eu teria força para ajudá-la no que quer que aconteça com ela, eu estaria ali por ela. Eu senti a mudança em seu tremor por baixo de meu corpo, a raiva tinha cessado, agora era um temor de medo.

“Oh meu Deus,” ela disse com a voz tremula.

Eu passei os dedos em sua bochecha em forma de carinho, “Rose,” eu suspirei. “Você está bem?”

Ela engoliu as lagrimas. “Eu... eu acho que sim. Por agora.”

“Acabou” eu disse. Eu ainda estava a tocando, dessa vez afastando seu cabelo do rosto. “Acabou. Tudo está bem.”

Ela balançou a cabeça. “Não. Não esta. Você... você não entende. E verdade – tudo que eu estava preocupada. Sobre Anna? Sobre eu pegar a loucura do Espírito? Esta acontecendo, Dimitri. Lissa perdeu o controle com Jesse. Ela estava descontrolada, mas eu a parei porque eu peguei a raiva dela e pus em mim. E foi – foi horrível. E como se eu fosse eu não sei, uma marionete. Eu não consigo me controlar.”

“Você é forte,” eu disse. “Não vai acontecer de novo.”

“Não,” ela disse. Eu podia ouvir na sua voz se quebrando enquanto ela lutava para sentar. “Vai acontecer de novo. Eu vou ser como Anna. Eu vou ficar pior e pior. Dessa vez eu tive sede de sangue devido ao ódio. Eu queria destruir eles. Eu precisava destruir eles. E da próxima vez? Eu não sei. Talvez seja loucura como a da Sra. Karp. Talvez eu já seja louca, e é por isso que eu estou vendo Mason. Talvez eu fique deprimida como Lissa costumava ficar. E eu vou continuar caindo e caindo nessa situação, e então eu serei como Anna e vou me matar –“

“Não,” eu a interrompi gentilmente. Eu movi meu rosto em direção ao seu, nossas testas quase se tocando. “Não vai acontecer com você. Você e forte. Você vai lutar contra isso, como você fez dessa vez.”

“Eu só consegui porque você estava aqui.” Eu passei meus braços ao seu redor, e ela pus seu rosto em meu. “Eu não consigo fazer isso sozinha,” ela sussurrou.

“Você consegue,” eu disse. Minha voz saiu tremula. “Você é forte – você é tão forte. Eu sempre vou amar você.”

Foi a primeira vez que disse a ela o que eu realmente sentia por ela. “Você não deveria. Eu vou me tornar algo horrível. Eu já posso ser algo terrível.”

Eu me afastei para olhar para seus olhos, coloquei minhas mãos em seu rosto para que ela pudesse olhar para mim, “Você não é. Você não será,” eu disse. “Eu não vou permitir. Não importa o que, eu não vou deixar.”

Ela passou os braços em meu pescoço, e nossos lábios se tocaram. Todo o amor que sentíamos um pelo outro foi possível sentir naquele beijo, era o amor mais puro e inocente que existe. Mas ele foi intensificando, me lembrei da noite do feitiço que Victor colocou no colar da rose, chegamos bem perto de fazer sexo.  Foi depois daquele dia que eu descobri que eu realmente a amava, eu tentei de todas as formas lutar contra esse amor, mas ele é mais forte do que eu. Ela se segurou em mim, e com a outra mão apertou minhas costas. Eu a deitei na cama e peguei em sua cintura, depois deslizei uma das minhas mãos para sua coxa fazendo com que ela se aproximasse mais ainda de mim, ela enrolou suas pernas em minha cintura.

Nós nos afastamos brevemente, ela olhou para mim e meu mundo parou, o que quer que aconteça aqui vai mudar nossas vidas, e não terá mais volta.

“Não podemos...” eu disse.

“Eu sei,” ela concordou.

Então eu a beijei novamente, cansado de lutar contra o nosso amor. Eu tentei tirar seu casaco, ela tirou o meu, minha camiseta foi junto e depois a sua. Quanto mais roupas saiam, mas eu percebia que eu estava sendo tolo, Rose era meu mundo, minha salvação, eu a amava com todo o meu ser. Nossos olhos se encontraram e pude ver que ela sentia o mesmo por mim, eu não conseguia pensar em nada além nela, eu sabia que era sua primeira vez. Eu já tinha sonhado tantas vezes com essa noite, mas nunca nessa situação. Tenho certeza que muitas pessoas tiveram sua primeira noite em um lugar totalmente diferente do que ela, mas tenho certeza que essa pessoa não tinha alguém que a amasse tanto, quanto eu amo Roza.

Nossas roupas acabaram em um montinho no pé da cama, mas o calor do momento não deixou que sentíssemos frio. Eu penetrei nela com maior cuidado para não machuca-la, era impossível achar onde meu corpo começava ou o dela, nos encaixávamos perfeitamente.  Cada toque dela me levava à lua, poderia ser o mais simples toque parecia que eram vários. Apesar de não ser a minha primeira vez, eu nunca senti algo tão poderoso quanto o que estávamos sentindo. Quando acabou, ela deitou no meu peito, hoje eu era o homem mais feliz do mundo. Eu tinha a minha Roza, e se acontecesse algo comigo pelo menos eu vivi algo intenso o suficiente para dizer, que ninguém no mundo ama mais do que eu amo minha Roza.

Eu beijei sua testa e passei a mão em seu cabelo. “Eu amo você, Roza.” E a beijei novamente. “Eu sempre estarei lá para você. Eu nao vou deixar nada acontecer com você.”

Eu fiz uma promessa perigosa, mas eu faria tudo na vida para conseguir cumpri-la.

*** Fim do FLASHBACK***

Eu abri os olhos eu já sabia o que era preciso para encontrar com a minha ROZA novamente.