Past And Future escrita por Tsuki Lieurance Eriun


Capítulo 10
X - Dragões


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus, estamos no cap 10!! Sério, to quase chorando de emoção... Vocês não imaginam o quanto essa fic significa pra mim...
Ok, vou parar antes de ficar muito emo -q
Primeiro post depois do CTUR...
Ok, vou parar antes de ficar muito emo -q²
*pode falar logo o que importa?* Tá bom, tá bom
...
Não sei o que dizer -q
*então eu digo. é o seguinte: estamos entrando no final da fic, só falta mais 5 caps e dois especiais* Posfácio e epílogo, criatura *que seja; e esse cap é um dos mais importantes para a continuação, então leiam com muita atenção* e carinho, amei fazer ele ^^ *é só porque é o mais longo ¬¬* Também, ok?
Enfim, apreciem a leitura ^^



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 Uma semana se passara desde o último mundo. Lukas caminhava em direção ao hangar. Não porque tivesse uma missão, mas porque ouvira que os habitantes de Radiant Garden estariam saindo do castelo naquele dia. Encontrou Tabitah um pouco antes de chegar.

 -Grande amiga você é, nem avisa quando vai embora. – brincou o loiro

 -Ah, oi, Lukas. – cumprimentou-o a feiticeira, virando o rosto na direção dele – Não queria perturbá-los.

 -Do jeito que as coisas estão paradas, seria até uma novidade. – suspirou

 -Isso foi uma reclamação? – perguntou Tabitah

 -Talvez. – sorriu ele

 A garota não pode deixar de rir.

 -Para onde vocês estão indo? – perguntou Lukas

 -Traverse Town. Aliás, no meu caso e de Will, será voltando... – ela completou em tom baixo após uma breve pausa – Embora eu nem considere lá tanto como a minha casa mais...

 -Você realmente gostava muito de Radiant Garden. – não foi uma pergunta, mas ela assentiu – E você se considera um pouco culpada pelo que aconteceu, não é?

 -Não tenho como não me sentir. – seus olhos refletiram um tom triste quando falou – Talvez, se eu fosse um pouco mais forte...

 -Acho que essa é a dúvida que sempre carregamos.

 O silêncio permaneceu, com cada um perdido em seus próprios pensamentos. Ele só foi quebrado quando Tabitah perguntou

 -Você conhece aquela garota, não conhece?

 -Ela é o motivo pelo qual eu quero me tornar mais forte.

 -Então você luta por uma inimiga? – rebateu ela

 -Ela não é minha inimiga. Nunca foi nem nunca será. – afirmou, sem nenhum indicio de dúvida na voz – O meu objetivo é fazer ela se lembrar disso.

 -Boa sorte para você então. – por mais que tentasse manter o tom neutro, a frase soou falsa

 Lukas olhou para ela. Podia notar facilmente a mágoa guardada no olhar da feiticeira. Torcia que ela esquecesse isso, não só por Brendah, mas por ela também.

 O dia não demorou muito a acabar e, como há algumas noites atrás, o sonho de Juno não foi simplesmente isso.

 Pelo que pode ver na escuridão que cercava o lugar, estava num salão feito de rochas. Um cristal amarelo-alaranjado encontrava-se no meio deste, onde um pequeno dragão roxo de tórax amarelo e asas alaranjadas estava preso, juntamente com outro de cor azul-marinho, de tórax e asas rosa.

 O corredor atrás do ponto onde observava começou a ser iluminado à medida que um grupo de monstros do mesmo tamanho que Shadows, à exceção de um, que era praticamente do tamanho dela, foram se aproximando do cristal. Os pequenos portavam tochas ou clavas, além de pequenos machados, enquanto o maior carregava um escudo e uma clava.

 Depois de um diálogo com uma linguagem própria, um dos menores avançou e quebrou o cristal. Este começou a emanar um intenso brilho enquanto rachava. Pouco depois de esse brilho chegar ao ápice, a luz voltou a ser provida somente das tochas, e o cristal se desfez em pedaços, com os dois dragões caídos inertes no chão.

 Juno ainda viu os monstros chegando perto deles e colocando algo em volta de seus pescoços antes de acordar.

 Ela sentou-se na cama e ficou pensativa. Da última vez que tivera um sonho assim, ele era real. Então, provavelmente, aquele também era e significava que um mundo precisava de ajuda. Mas a questão era como achá-lo. Radiant Garden ela sabia onde era. Esse não.

 E, não sabia o porquê, mas parecia que aquele mundo a chamava. Mesmo estando de madrugada, decidiu sair do quarto, deixando-se levar pela sua intuição. Começou a andar pelo corredor o mais silenciosamente possível, pois não queria acordar nem encontrar ninguém, já que não tinha ideia do que responderia se perguntassem o porquê de ela estar ali.

 Em dado momento, sentiu como se estivesse sendo observada. Virou para trás, mas não encontrou ninguém. Ainda pensava nisso quando ouviu o sussurro por trás de si em seu ouvido

 -Escapando do quarto à noite, Juno?

 Juno pulou de susto e deixou escapar um grito. Ao olhar na direção de onde tinha vindo a voz, encontrou Nick rindo de sua reação.

 -Por que fez isso? – indagou, com um semblante irritado

 -Eu não pude resistir. – respondeu, ainda com um sorriso no rosto – Desculpe se te irritei.

 -Não, tá tudo bem... – disse ela – Aliás, o que você está fazendo aqui a essa hora?

 -O mesmo para você. – falou ele

 -Eu perguntei primeiro. – rebateu Juno

 Nick revirou os olhos. Um sorriso surgiu no rosto de Juno por saber que havia ganhado. Ele coçou a cabeça, como se pensasse na melhor resposta.

 -A verdade é que nem eu sei. – disse ele ao fim de alguns instantes – Só sei que estou sentindo como se...

 -Algo me chamasse. – completou a garota

 -Você também? – perguntou Nick, arqueando a sombracelha

 -Não só sinto como sonhei. – respondeu, recomeçando a caminhar

 -E onde era agora? – ele logo estava ao seu lado

 -O problema é que eu não sei. – reclamou ela

 -Então para onde vocês estão indo?

 Ambos se viraram ao ouvir. Aparentemente, Lukas tinha acordado com a conversa deles.

 -Não faço a mínima ideia. – suspirou a garota

 -Aliás, Lukas, você também está sentindo como se algo chamasse você? – indagou Nick

 O loiro simplesmente meneou a cabeça com uma expressão confusa.

 -Ok, isso acaba de ficar muito estranho. – disse o primeiro – Por que só eu e você sentiríamos isso?

 Quando olhou para o lado, direcionando a pergunta à Juno, percebeu que ela não estava ali.

 -Isso eu não sei. – respondeu, alguns passos a frente dos garotos – Mas não vou conseguir voltar ao meu quarto e dormir tranquila com essa sensação.

 -E acho que eu também não. – completou Nick, começando a andar na direção de Juno

 -O que me resta a fazer é segui-los então. – concluiu Lukas, logo ao lado dos amigos

 -Mas e se essa ‘procura’ não der em nada? – perguntou Juno

 -E se der? – rebateu o loiro – Preciso de um pouco de ação. Além do mais, nunca deixaria vocês irem para algum mundo sozinhos.

 Juno sorriu em agradecimento ao companheirismo de Lukas. Enquanto andavam, ela lhes contou sobre seu sonho. Depois de um bom tempo de caminhada, acabaram chegando ao jardim, e, por intuição, a garota olhou para o muro deste do território além do castelo.

 Na parte em que olhou havia uma rachadura que se dividia em duas, transformando-se em uma passagem para o exterior. Juno poderia passar ali tranquilamente se agachada. Começou a andar naquela direção. Não que pensasse em sair do castelo, mas algo lhe chamava a atenção ali.

 Ajoelhou-se na grama e olhou com mais atenção. Não era possível ver nada além daquela passagem. Estranhou isso pois, mesmo estando de noite, a lua e as estrelas estavam visíveis, o que fornecia luz suficiente para uma boa visão. Por curiosidade, levou a mão até o espaço aberto, e percebeu certa resistência. Não algo que lhe impedisse de passar, era mais como colocar a mão sobre um rio. Foi então que percebeu. Talvez o mundo com o qual sonhara não seria acessível com uma nave.

 Determinada, nem hesitou em entrar naquela passagem.

 O lugar em que chegou estava encoberto por sombras, o que explicava a escuridão da passagem. Conforme foi caminhando e vendo o chão e as paredes a sua volta feitas de rocha, e com aparência antiga, percebeu que de fato chegara onde ocorrera o sonho, embora não naquela sala.

 Desde que entrara naquele mundo sentia-se, no mínimo, diferente. Quando a luz atingiu seu corpo, pode perceber o porquê.

 Tanto ela quanto os garotos haviam se transformado em dragões.

 Tinham a mesma estatura dos dragões que ela havia visto, diferindo nas cores. As escamas de Juno eram de uma tonalidade vinho, enquanto as de Nick eram cinza-escuras. Já Lukas era de um tom dourado, e eles logo puderam ver um sorriso.

 -Uou, que maneiro! – exclamou ele – Você sabia que isso ia acontecer, Juno?

 -Se eu soubesse, nem estaria aqui. – pensou alto

 -E por que não? – perguntou

 -Ah, claro, eu adoro sair voando cuspindo fogo por aí. – ela fez questão de sobressaltar a ironia na frase

 -Sabe que eu também? – brincou ele, piscando um olho

 -Shhhh – Nick chamou a atenção de ambos – Estão ouvindo também?

 Os dois ficaram em silêncio e perceberam. Passadas rápidas, e o som de bater de asas. Recuaram alguns passos, assim se escondendo nas sombras novamente. Pouco depois, viram uma chita bípede, usando vestes de cor bege e uma capa vermelha, e carregava um arco e uma aljava. Logo atrás, uma libélula que emitia um brilho dourado passou pouco antes dos dois dragões que Juno falara. Todos andavam em ritmo rápido, parecendo ansiosos para saírem daquelas ruínas, mas o dragão de cor azul, agora com tons levemente arroxeados pela luminosidade, parou e virou a cabeça naquela direção. Por um momento, poderiam jurar que a escuridão não impedia sua visão. Chegou a cerrar os olhos, como se quisesse ver melhor, mas, assim que o outro dragão foi se distanciando, uma linha verde começou a se estender entre ambos, como uma corrente mágica.

 -Vamos, Cynder! – o dragão roxo chamou quando a corrente atingiu seu limite

 Então, simplesmente seu foco deixou de serem eles e passou a ser a saída.

 -Foi só eu ou alguém mais sentiu que ela estava olhando para nós? – perguntou Lukas ao saírem de onde estavam, olhando na direção que o grupo tinha seguido

 -Acho que todos nós. – disse Nick

 -Mesmo assim, acho que devemos segui-los. – interviu Juno – Afinal, foi por causa deles que estamos aqui. Sem falar que não faço ideia de como achar a saída deste lugar, e eles sabem.

 Os outros dois assentiram e direcionaram o olhar para o caminho que tinham seguido, cuja porta era bem acima deles, acessível por duas plataformas de pedra para quem andasse, como a chita que os guiava, ou facilmente alcançada por aqueles que conseguiam voar. Lukas prontamente se ergueu do chão, embora um pouco sem jeito do início, mas rapidamente chegou até o local almejado.

 -Vocês não vêm não? – perguntou, vendo que os amigos não tinham o seguido

 Nick suspirou e olhou para Juno. Por mais que não demonstrasse, os olhos dela refletiam certo pavor pelo fato de ter de voar.

 -Medo de altura? – indagou

 -Medo de cair. – admitiu ela

 -Ora Juno, se pensar bem, agora somos feitos para voar. – argumentou Nick, tentando animá-la – Acho que você só precisa de um pouco mais de autoconfiança.

 Aquelas palavras lhe trouxeram a lembrança de seu primeiro dia em Disney Castle. Brendah lhe dissera a mesma coisa. E, naquele momento, tinha prometido a si mesma se tornar mais forte por aqueles que confiavam nela, pelos seus amigos. Então, ignorou seu medo e se lançou no ar. Logo o trio estava seguindo em direção à saída.

 Seguiram o grupo sem muita aproximação, pois queriam primeiro saber mais da situação em que se encontrava o mundo, e Juno sentia que quem estavam seguindo não sabiam muito mais que eles próprios, à exceção do felino que os guiava. Em pouco tempo, ouviram o barulho do rio que levava ao exterior. Assim que estavam por cima deste, podiam ver a noite que os esperava.

 O rio se transformou em queda d’água assim que saíram, revelando estarem num bosque. O céu era salpicado de estrelas, e duas luas eram vistas, uma menor de cor cinza e uma tão grande que parecia poder ser tocada, de tom amarronzado. O vapor d’água cercou-os enquanto desciam para a terra junto com os dragões, enquanto o felino seguiu em direção a um penhasco a oeste.

 Pousaram no penhasco e decidiram segui-los por terra, pois eles seguiram adiante da mesma maneira. Caminharam por um bom tempo por entre diversas árvores até chegarem a uma clareira na outra beira do penhasco, que acabava em uma floresta densa, e ao longe podia ser visto um enorme vulcão expelindo uma espessa nuvem de lava. O felino caminhou até a beira do penhasco e um gavião veio até ele e pousou em seu braço.

 -Vá. – ele disse à ave – Diga a Ignitus que eu os encontrei.

 Os dragões ainda ficaram por algum tempo mais atrás, discutindo sobre como se libertar da corrente mágica que os unia. Acabaram desistindo e foram até onde ele estava.

 -O Mestre da Escuridão... – o dragão roxo disse, olhando para o vulcão – Ele retornou, não é?

 -Temo que sim... Logo depois do seu desaparecimento. – respondeu o felino – Ele atacou rapidamente, abastecido pelo ódio e pela malícia, reinvidicando o trono do templo que, por alguma magia negra, ele agora suspende sobre a terra... Um símbolo de sua dominação. Nós estamos em guerra desde então. E todos os dias, suas forças crescem, e as nossas perdem esperança.

 -Eu falhei... – suspirou o dragão roxo – Todos eles contaram comigo e eu falhei. Como eu pude deixar isso acontecer?

 -Algumas coisas estão fora de seu controle. – Cynder tentou confortá-lo – Você não deve se culpar.

 -Spyro, você tem sorte de estar vivo, todos vocês. – falou o felino – Aquela criatura que nos atacou lá não era comum. Aquilo era um velho golem de pedra que veio das profundezas. Eles são a encarnação da destruição trazida pelo próprio Malefor. Estes são momentos difíceis.

 -Ele tem de ser derrotado. – interrompeu Spyro – Eu tenho de derrotá-lo.

 -Woah, woah! Devagar, fortão. – interviu a libélula – Nós não precisamos sair por aí procurando brigas. Quero dizer, nós acabamos de despertar depois de estarmos congelados por três anos... Temos coisas a fazer.

 Do ponto onde estavam, puderam ver como de repente dardos luminosos, o que indicava a presença de magia, acertaram cada um do grupo e os fizeram desmaiar. Logo apareceu um grupo de chitas parecidas com a que falava a pouco, diferenciando-se pela cor ou roupa.

 -Parece que minhas suposições sobre você estavam certas afinal, Hunter. – disse o que parecia ser o líder, olhando para o felino desacordado – Vamos levá-los ao vale.

 Os demais prontamente obedeceram e carregaram-nos, indo em direção da floresta. Juno, Nick e Lukas ainda esperaram um tempo para saírem de onde observavam.

 -E agora? Seguimos eles? – perguntou o último

 -Pelo que entendi, aquele grupo está lutando do nosso lado, e parecem precisar de ajuda. – respondeu Juno – Acho que não temos outra opção.

 Ao que os outros dois assentiram, ergueram-se do chão e voaram em direção do céu noturno, acompanhando o grupo de chitas.

 O dia já tinha amanhecido quando chegaram ao Vale de Avalar. O sol parecia atingir cada parte dele. As plantas, tanto gramíneas quanto árvores, tinham a cor mais viva que já tinham visto. Havia grandes planaltos rochosos cercando ele, e de algumas partes surgiam cascatas que se juntavam para formar um caudaloso rio que separava o vale em dois, salvo alguns pedaços de terra ‘ilhados’.

 À direita da formação rochosa ao norte, a vila dos chitas se escondia entre uma fina cerca de madeira. Todas as modestas moradias eram feitas do mesmo material. No centro, haviam algumas estruturas de madeira em volta de toras que erguiam as bandeiras dos guerreiros, e em uma delas haviam amarrado Hunter. Em outra, aproveitaram-se da corrente mágica de Cynder e Spyro para prendê-los. Quanto à libélula, ela foi colocada dentro de um pote.

 Os três que seguiam eles pousaram na entrada da vila, aproveitando-se da cerca para se esconderem. Viram quando cada um acordou, sendo o último Spyro. O líder, que segurava uma espada, se aproximou seguido de mais dois subordinados.

 -Dragões... Bah! Você tem tão pouco respeito pelas nossas leis que forma uma aliança justamente com estes que nos trouxeram nossos problemas? – ele perguntou a Hunter

 -Chefe Prowlus. Malefor... Ele é o único responsável. Esse dragão... É nossa última esperança... Você deveria ver isso! – defendeu-se

 -Sim, sim, o dragão roxo... Eu conheço a história! Mas, ao contrário de você, eu não esqueci o que eles dizem que Malefor era quando jovem... – bradou Prowlus, se virando para Cynder ao continuar - E eu também não esqueci o que ela fez. – ele voltou sua atenção para o felino – Eu confiei em você, Hunter. Como eu devo confiar em todos nessa vila, para protegê-la! Mas você decidiu por nos abandonar e trazer todos os perigos do mundo de fora quando voltou.

 -Os perigos já estavam a nossa volta. – replicou – Não finja ignorá-los!

 -Temos um problema, senhor. – interrompeu um residente

 -O que é? – perguntou irritado

 -Meadow. Ele tinha ido rio acima buscar ervas esta manhã e não voltou. – informou

 -Temos de ir procurá-lo! – falou outra chita

 -Não, é muito perigoso organizar uma busca agora. – lamentou Prowlus, enquanto todos ficavam cabisbaixos

 -Eu irei. – disse Spyro – Eu encontrarei seu amigo perdido. Hunter pode vir conosco.

 O felino ponderou um pouco, e logo disse

 -Vocês são livres para agirem como quiserem, mas Hunter fica aqui. No entanto, se vocês honrarem sua palavra e voltarem com Meadow, eu posso reconsiderar.

 -Vamos nessa procura também. – Juno sussurrou aos seus dois amigos, saindo de perto da entrada – Será um jeito de mostrar aqueles dois que estamos do lado deles.

 -E por que precisamos provar isso? – perguntou Lukas

 -Porque desconfiança parece ser uma característica natural deles nesses tempos de guerra. – ela respondeu – Além do mais, Cynder nos viu, e não sabemos o que ela pensa que somos, ou de que lado estamos.

 Esperaram até os outros dois dragões saírem e seguiram em direção oposta. Vez ou outra, viam de relance eles derrotando alguns Grublins com suas magias elementares. Foi necessário algum tempo para acharem uma caverna entre as diversas quedas d’água que, quando explorada, revelou ser o local onde o felino estava.

 Assim que chegaram perto, as pedras que prendiam os pulsos dele se mexeram e se soltaram, revelando-se Grublins insetos. Diversos outros surgiram das rochas da caverna, cercando-os.

 -Acha que temos magia como eles, Juno? – perguntou Lukas

 -Como eu poderia saber? – rebateu

 -Tentando – respondeu Nick

 Com um pouco de concentração, ele conseguiu invocar a magia e, com um sopro de gelo, congelou os adversários a sua frente. Juno e Lukas também começaram a lutar, cada qual do elemento fogo e trovão, respectivamente.

 Em determinado momento, eles viram uma sombra passando por baixo deles. Cynder emergiu dela, destruindo os seres ao redor com suas afiadas garras. Logo Spyro apareceu também, e os Grublins foram completamente destruídos. Um brilho dourado seguiu na direção de Meadow, que se sentou apoiado no braço.

 -Obrigado, amigos... Vocês salvaram minha vida.

 -Finalmente, algum agradecimento. – a libélula disse – De nada.

 -Vocês conheceram o Chefe Prowlus, sem dúvida. – falou Meadow – Nem todos nós pensamos do mesmo jeito.

 -Pode se mexer? – indagou Spyro – Precisamos tirá-lo daqui.

 -Desculpem-me. – o felino tentou se levantar – Acho que minha perna está quebrada... Apenas voltem à aldeia e digam a eles onde estou...

 -Seu líder não confia em nós. – disse o dragão roxo – Se voltarmos sem você, ele certamente pensará o pior...

 -É, e nos culpará por isso. – completou Cynder

 -Uh, que tolo... Eu entendo. – ele pensou um pouco – Há um barco no final do vale. Se vocês o trouxerem aqui, talvez eu possa subir nele.

 -Mas os Grublins podem voltar. – refletiu Spyro – Você estaria vulnerável sozinho.

 -Nós podemos ficar aqui para protegê-lo. – sugeriu Juno

 A dragão azul olhou diretamente pra ela. Não era necessário o uso de palavras para entender que não havia confiança suficiente para tal ação.

 -Acho que não temos escolha quanto a isso, Cynder. – o dragão roxo disse

 -Então, faremos como o Chefe Prowlus. – falou ela – Um de vocês vem conosco. De acordo?

 Eles, sem saída, assentiram.

 -Qual de nós? – perguntou Nick

 -Você mesmo. – ela automaticamente respondeu – Nada me tira essa sensação ruim sobre você.

 Ele engoliu em seco, mas seguiu-os mesmo assim.

 -Ah, mais uma coisa. – Meadow chamou-os – Para lançar o barco ao rio, são necessários de pesos da caverna de abastecimento, porém ela está trancada. Há um ermitão que mora embaixo da cachoeira no outro lado do vale. Ele tem uma chave.

 Assim que a libélula repetiu as informações, confirmando-as, o grupo saiu finalmente da caverna.

 Não foi muito difícil achar o caminho até o lugar que Meadow indicou, mas era óbvio que seria trabalhoso para seres que não voassem a travessia. No mesmo instante em que pousaram, diversos Grublins em forma de esqueleto emergiram. Depois de uma breve luta, uma chita de cor acinzentada coberta por um manto chamou-os.

 -Aproximem-se para eu vê-los na claridade. – ao que chegaram mais perto, ele perguntou – Diga-me, por que voltou aqui?

 -O que quer dizer? – indagou Spyro – Eu nunca estive aqui antes.

 -Não você! A fêmea! – ele apontou

 -Você deve estar enganado... – murmurou Cynder

 -De fato, sua aparência mudou, mas não seus olhos. Seus olhos revelam tudo!  – o ermitão disse – O dragão negro, Cynder; o terror dos céus, o fantoche do Mestre da Escuridão!

 -Eu era... Mas... Mas não sou mais... Não tenho orgulho das coisas que fiz. – Cynder tentou argumentar cabisbaixa

 -Oh, é simples assim... Dar as costas a Malefor? – provocou – Você não reconhece as criaturas que se movem pelas sombras? Eles também tinham servido ao Mestre da Escuridão, mas mais pela sua cobiça e sua sede por poder do que por lealdade. – ele se virou para Nick – Aliás, sede por poder é algo que você entende, não é? Seus olhos também não mentem... Há tanta escuridão em você quanto há nela. Mas, ao menos, você não é um eterno refém de Malefor. – ele voltou-se para Cynder – Você pode correr... Mas não se esconder.

 Ela baixou a cabeça, derrotada.

 -Cynder, vamos embora! – disse Spyro

 Ainda puderam ouvir o ermitão rindo, ironizando da situação dela, enquanto caminhavam na direção de volta.

 -Cynder... Você está bem? – perguntou o dragão roxo

 -Estou bem. Eu ficarei bem. – mesmo afirmando, um pouco de tristeza era notória em seu olhar, que foi rapidamente movido na direção de Nick – E parece que eu estava certa quanto a você.

 -Às vezes, para proteger você e seus amigos, é necessário mais poder do que você tem. – defendeu-se

 -Eu era o único que estava assustado com aquele cara? – a libélula passou a frente deles, imitando a voz fantasmagórica dele – Certo, ao menos isso não foi uma perda total de tempo. Tadaa! – ao exclamar, mostrou a chave, que tinha pegado enquanto o ermitão estava distraído

 -Sparx! Você conseguiu! – parabenizou Spyro

 -E o que estão esperando para sair daqui? – concluiu ele

  Levar o barco até a caverna foi um trabalho de equipe. Spyro ia nele segurando, enquanto Cynder aproveitava a corrente mágica para puxá-lo, e Nick fazia a proteção, destruindo os Grublins na beira do rio. Ao chegarem na entrada da caverna, Meadow os esperava, posto de pé com a ajuda de Juno e Lukas e mantido assim por estar apoiado em um bastão.

 -Vocês voltaram. Obrigado. – falou o felino

 -Vamos levá-lo para casa. – Spyro disse enquanto o ajudava a se sentar no barco

 Ao chegarem à vila, outras chitas rapidamente se aproximaram, inclusive Chefe Prowlus.

 -Meadow! Você está ferido! Como... – um deles falou

 -E como se não bastasse o que fizeram a todos nós, ainda trazem mais dragões a nossa vila! – bradou Prowlus – Um ainda por cima negro!

 -E se não fosse por eles eu ainda estaria naquela caverna. – interrompeu Meadow – Se não fosse por cada um desses dragões, acabaria morto.

 Os felinos da aldeia abaixaram a cabeça, admitindo o erro, e o líder ficou estático. Depois de alguns segundos que pareceram intermináveis, ele começou a caminhar até onde estava Hunter. Num movimento rápido, sacou sua espada e ergueu-a, cortando a corda que o prendia ao descê-la.

 -Eu realmente não tenho a confiança que tem neles, Hunter. Mas foi um erro prendê-lo e julgá-los por sua espécie. – admitiu ele

 -Todos cometem erros. – disse Hunter enquanto se levantava

 -Sim, e eu devo tentar me redimir, se permitir. Use o túnel abandonado. – ele parou para explicar onde este se encontrava no vale antes de concluir – Ele o levará diretamente à Cidade Dragão. Se esses dragões são nossa última esperança, lhes ofereço passagem livre... E boa sorte.

 -Nós poderemos precisar de sua ajuda. – falou Hunter, ao que Prowlus continuou calado – Muito bem. O convite está aberto.

 O felino caminhou até o grupo de dragões, e olhou para os desconhecidos.

 -Não são necessárias apresentações ou justificativas de porque estão aqui. Se forem nossos aliados, já têm meu agradecimento. – falou

 Dito isso, começaram sua caminhada para a Cidade Dragão, também conhecida como Warfang.

 A viagem até lá custou uma noite e uma manhã, quando finalmente saíram do túnel o sol estava em seu ponto máximo. E, ao chegarem, puderam notar o completo caos que se encontrava a cidade. Os Grublins tentavam entrar nela, e no portão principal se encontrava a maior parte deles, tentando derrubá-lo. Automaticamente se encaminharam para lá.

 A luta era acirrada, mas acabava pendendo para o lado adversário, pela questão de número. Já estavam há horas batalhando quando, de repente, eles começaram a recuar. Cynder e Spyro voaram até o alto da muralha, logo sendo seguidos pelos outros dragões. Hunter já estava lá, devido ao fato de ser um arqueiro.

 -Isso é estranho. – falou Cynder enquanto observava os Grublins se afastando – Por que estão se retirando quando estão tão perto de invadir a cidade?

 -‘Por que estão se retirando... ’ Ah, quem liga? – indignou-se Sparx

 -Eu também acho isso estranho. – interviu Hunter - Algo não está certo.

 -Olhem! – exclamou Spyro, fazendo todos focarem onde ele olhava

 Da parede de chamas, puderam ver uma enorme sombra se movendo. Pouco a pouco, o golem que tinha atacado Spyro, Cynder e Hunter. Era feito de rochas, e havia uma parte de lava em seu braço direito e em seu tórax. Tinha o formato de um escorpião, apesar do tronco humanóide e três garras na mão. Pouco depois de sua aparição, ele se infiltrou na terra. Uma rachadura se formava onde passava.

 -Está na terra abaixo de nós! Todos vocês, corram! – gritou Cynder para os moradores da cidade, que se encontravam perto do portão

 Foi questão de segundos até o golem sair da terra. Ele era maior que as muralhas da cidade, e começou a destruí-la, tanto por sua força quanto pelas chamas que o acompanhavam. Com parte dos escombros, formou seu braço esquerdo, que havia sido perdido em seu encontro com os dragões. Estes já se preparavam para outro embate, mas pararam ao ouvir um rugido. Ao olharem para o alto, puderam ver quatro grandes dragões, um verde, um amarelo, um azul claro e um vermelho, que parecia ser quem liderava.

 -Os Guardiões. – murmurou Hunter

 -Cyril, a cidade está em chamas. Veja o que pode fazer por ela. – o último falou, se dirigindo ao dragão azul claro – Terrador, Volteer, venham comigo!

 Estes assentiram, e eles começaram a atacar com suas poderosas magias. O golem tentava acertá-los, mas eles voavam alto. Então, o ser de rochas começou a escalar uma construção que ultrapassava sua altura, tentando sempre acertá-los. Mesmo assim, não conseguia acertá-los.

 Porém, os Guardiões não tinham muito sucesso. Mesmo seus poderosos ataques pareciam não afetá-lo. Cynder, ao analisá-lo, percebeu o problema. O que mantinha o golem de pé era energia concentrada em cristais negros no topo de sua cabeça.

 -Os cristais! – gritou ela – É neles que devem atacar!

 Ao prestarem atenção no que ela falou, os Guardiões baixaram sua guarda, o que levou a Terrador ser acertado, e acertar Volteer na trajetória da queda. Ignitus nem hesitou em ir ajudar seus amigos.

 -Acho que sobrou para nós derrotarmos ele. - Lukas disse

 -Mas como? Ele não deixaria chegarmos nem perto da cabeça dele. – interviu Cynder

 -Nós o distraímos, e vocês atacam. – falou Juno, decidida

 Os dois assentiram, e então o primeiro grupo decolou da muralha. Seus ataques distraíram rapidamente o golem, e Cynder e Spyro conseguiram alcançar seu alvo, destruindo-o em poucos minutos.

 Enfim, o golem, após seu último grunhido, caiu derrotado do prédio, abrindo uma enorme cratera em uma rua da cidade. Os dragões ainda observavam do topo do prédio quando ouviram o bater de asas.

 -Ignitus... – Spyro disse ao ver o dragão vermelho pousar um pouco atrás deles

 -Jovem dragão, você nunca cansa de me impressionar. – ele falou, assim que eles se viraram em sua direção – Nós nunca perdemos a esperança que você retornaria.

 -Eu deveria ter voltado mais cedo. – lamentou-se – Eu desapontei a todos. Mas isso não acontecerá de novo.

 -Spyro, você já fez muito mais do que qualquer um poderia esperar de um dragão da sua idade. – falou Ignitus – O que importa agora é que você está aqui e, o que é melhor, você voltou com seus companheiros.

 -Bom, não que eu realmente tenha tido escolha, visto que estamos presos. – comentou Cynder, no mesmo momento em que seus colares em forma de serpente que os ligavam se tornavam visíveis

 -Interessante... Esse aparelho é desconhecido para mim... E tem a marca da maldade, provavelmente feito pelo próprio Malefor. – ele deu uma breve pausa antes de continuar – Eu temo que não haja como removê-lo.

 -Como?! – exclamou Cynder, indignada – Mas deve haver um jeito!

 -Como vamos revidar se tivermos de lutar assim? – perguntou o dragão roxo

 -Spyro, Cynder, vocês tem se saído bem até agora, mesmo com isso. – replicou Ignitus – Não vejam esta corrente como um obstáculo, mas permitam que ela seja uma lembrança do vínculo que vocês dois compartilham. – os colares foram se tornando novamente invisíveis conforme ele continuava – Seus destinos estão agora entrelaçados. E isso me parece muito bom.

 Os dois se entreolharam, pensando no que haviam ouvido. Então, Ignitus virou a cabeça na direção do outro grupo.

 -Vocês também são desconhecidos para mim, mas, ao contrário desse dispositivo, não me transmitem uma má sensação.

 -Desconhecidos?... – indagou Spyro – Mas, como Guardião, você toma conta de todos os novos dragões. Então, deveria conhecê-los!

 -Jovem, ainda há muito para você aprender. – Ignitus falou – Existem mais lugares e seres que você pode imaginar.

 Os pequenos dragões ficaram com expressões confusas. Enquanto Cynder e Spyro se perguntavam o que ele queria dizer, o grupo de Juno perguntava-se o que e como ele sabia.

 As ruas da cidade se tornaram sombrias conforme o cair da noite. O grupo de Guardiões e de Spyro andava junto, embora calados.

 -A força virou para nosso lado, Ignitus. – falou Terrador – Talvez essa vitória marque um ponto de virada para nossa guerra.

 -Eu gostaria de acreditar nisso. – suspirou o dragão vermelho

 Em dado momento, um holograma do rosto de Malefor surgiu no meio do caminho pelo qual seguiam.

 -Cidadãos de Warfang... Parabéns. – seus olhos amarelos eram cruéis, e sua voz maligna, embora distorcida – Vocês serão os primeiros a testemunhar a ressurreição do Destroyer... E o fim do mundo.

 O vulcão onde Malefor fazia sua base começou a expelir mais lava, e puderam ver uma mão surgindo de dentro dele e segurando em sua borda, para erguer o resto do corpo. Ao ouvir o barulho da erupção, os dragões rapidamente voaram para as muralhas, se deparando com o ser que se erguia.

 -Pelos nossos ancestrais... O que é aquilo? – indagou Cyril

 -O Destroyer começou sua jornada para formar o anel da aniquilação. – ouviram Malefor falando, como se explicasse – No fim da jornada, o Cinturão de Fogo se espalhará em toda a superfície do mundo em uma corrente de fogo e cinzas. Não haverá como fugir.

 O Destroyer já dava seus primeiros passos além do vulcão, com chamas destruindo tudo a sua volta.

 -O Destroyer? Mas isso é impossível... – pensou alto Terrador

 -Ignitus! Eu não entendo. – começou Spyro

 -Nem eu sei muito sobre este ser. – ele falou, antes do dragão roxo continuar – Os ancestrais acreditavam que esta criatura traria o nascimento de um novo mundo.

 -Veja, isso parece uma coisa boa. – comentou Sparx

 -Pela destruição do antigo. – completou Ignitus

 -A criatura está se movendo muito rápido. – observou Terrador – Provavelmente não conseguiremos alcançá-la. Iniciar uma perseguição talvez seja inútil.

 -Então devemos interceptá-la antes que complete o círculo. – falou Ignitus – Nós devemos passar pelo subterrâneo se quisermos ter o elemento surpresa. Além disso, essa é nossa única esperança de chegarmos à posição a tempo, e impedindo que Malefor saiba que a cidade foi deixada desprotegida.

 O grupo foi até os portões que levavam aos túneis subterrâneos, antigas ruínas de Warfang. Porém, havia um problema: eles estavam trancados, e por dentro. Não havia como eles passarem. Ao menos, não todos.

 Em uma observação mais detalhada, Juno percebeu uma fenda entre as rochas. Era pequena, mas eles conseguiriam passar por ali. Automaticamente comunicou aos outros, que concordaram com a ideia.

 Sendo o último a entrar nos túneis, Lukas olhava distraidamente para o redor da cidade. Foi quando viu. Em cima dos muros da cidade estava um pequeno dragão vermelho. Mesmo com a distância e a falta de luminosidade, podia ver seus brilhantes olhos verdes e seu agora habitual sorriso irônico.

 -Brendah?... – pensou alto

Como se tivesse ouvido, ela abriu as asas e voou para o lado de fora da cidade, saindo de seu campo de visão.

 Até resolverem os enigmas necessários para destrancar os portões, a noite já dava lugar à manhã. Ao abri-los, perceberam que não só os Guardiões os esperavam como diversos guerreiros, tanto dragões quanto chitas. Começaram a caminhar pelo extenso corredor, e o silêncio os seguia. Spyro ia de cabeça baixa, e Ignitus falou

 -Eu sei o que está pensando, Spyro. Não se preocupe, jovem dragão, nós conseguiremos.

 -Eu não entendo. – o dragão roxo redarguiu - Malefor está prestes a destruir tudo! E você parece tão calmo...

 -Eu não imagino que Malefor gastaria toda a sua força se ele não se sentisse ameaçado. – justificou-se

 -Mas por que ele deveria? – perguntou

 -No decorrer de nossa história, sabia-se que existiram dois dragões roxos. Como ele, seus poderes vão além do que você pode imaginar. E ele sabe disso. – explicou Ignitus, e depois de uma breve pausa continuou – Malefor poderia ter realizado qualquer coisa, mas ao invés disso escolheu o mal e o mundo transformou-se em caos desde então. Sua existência é o jeito da natureza se balancear.

 -Mas os ancestrais acharam que Malefor era diferente. – Spyro rebateu – Eles acreditaram nele. E olhe o que aconteceu...

 -Malefor recebe seus poderes da destruição. Destruição é o único caminho que ele conhece, Spyro. – disse o dragão vermelho, sendo interrompido

 -E por que eu seria diferente?

 -Porque eu conheço você, e seu coração não permitiria isso. – respondeu – Porque eu acredito que você foi destinado a coisas grandiosas, a trazer uma nova era... Uma era de paz... E eu não vejo que destruição haverá nessa era.

 Spyro voltou a ficar quieto, mas dessa vez seu olhar era de reflexão, não de preocupação e medo.

 -Aqui estamos. –disse Ignitus ao chegarem ao final do túnel

 Ao caminharem além do portão, puderam perceber o sol nascendo. E, na linha do horizonte, a sombra do Destroyer se erguia. 


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Notas finais do capítulo

Tava com saudades de quando deixava todo mundo na expectativa /apanha
Aliás, vocês devem estar pensando que loucura a minha transformar o grupo em dragões -q É que eu amodoro mundos assim no jogo, e Legend of Spyro é meu segundo jogo preferido. a+b=c, como disse o Grissom ;D (qualquer dúvida sobre algum detalhe do jogo, digam no review, terei prazer em explicar ^^)
Enfim, já estorei meu tempo no PC, então bye-bye e até o próximo cap o//



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