O Olhar de Um Inimigo escrita por Bellah102


Capítulo 50
Capítulo 51


Notas iniciais do capítulo

A explicação de Sery foi inspirada em uma música, chamada Papa don't preach, da Madonna.
#euescutocomoGlee.



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POV. Serena

            Estava difícil continuar. Fugir me deixara doente, literalmente, o que eu achei estranho já que sempre tive uma saúde de ferro.

            Desmaios e vômitos agora eram comuns. Cal quis me levar à estação de Cura mais próxima, mas eu neguei, porque iríamos deixar Teresa Marie sozinha no hotel, e era muito perigoso. Se fosse para eu ir, eu teria que ir sozinha, o que seria perigoso para mim caso eu desmaiasse no meio do caminho.

            -Cheguemos a um acordo. Eu fico com Teresa Marie, e você chama um taxi.

            -Pai...

            -Nem mais uma palavra, sou seu pai, estou preocupado com sua saúde, e você vai. Amanhã de manhã.

            -Está bem.

            No outro dia eu estava preocupada. Claro que não tinha fundamento essa preocupação, afinal Terry ficaria com Cal, que a protegeria até seu último suspiro e eu era uma alma antes de ser seqüestrada pela resistência.

            Mas agora eu me tornara mais humana e tinha preocupações humanas. Abracei Teresa Marie na porta do quarto.

            -Se comporta com o vovô, está bem?

            -Tá bem. Quando você voltar você vai estar boa, não vai?

            -Acho que vou sim.

            Lancei mais um olhar para Cal e o abracei.

            Na Estação de Cura, eu fui logo atendida, respondi muitas perguntas, e apalpada em lugares desagradáveis, claro que respeitávelmente.

            Fiquei desconfortável com o olhar do Curandeiro. Como tinha praticamente virado uma humana e sido adotada pelos humanos, eu tinha me esquecido de como era para mim a sensação de preconceito. De ser olhada de esguelha com medo. Ser rejeitada.

            Por fim, com a amabilidade respeitosa e temerosa que sempre me fora dirigida, o Curandeiro me deu a resposta do meu problema. Fiquei assustada e chocada.

            -Quanto tempo eu tenho... Até... Você sabe...

            -Não sei. Aproximadamente 5 meses, ou menos.

           

            Já no táxi de volta, eu estava tremendo. Como contar para o meu pai? Era impossível de prever como ele ia reagir. Cheguei à frente do hotel e agradeci ao motorista que me dirigiu o mesmo olhar, que todas as almas me dirigiam. Quer dizer, as aculturadas contavam como humanos.

            Subi no elevador e apertei o botão do 5° andar. Cheguei ao quarto 506 que era onde estávamos e abri a porta.

            Teresa Marie estava desenhando algo na mesa ao lado da TV e Cal supervisionava em pé ao seu lado. Fechei a porta.

            -Cheguei.

            -Mamãe!

            Terry correu até mim e pulou no meu colo. Afaguei seus cachinhos ruivos, me sentando na cama, sentindo-me tonta de repente. Cal sentou do meu lado.

            -Está melhor?

            Ela perguntou.

            -Vou ficar, querida. Porque não vai tomar um banho, para eu e o vovô conversarmos?

            -Está bem.

            Ela me deu um beijo na testa e desceu do meu colo, indo para o banheiro e ligando o chuveiro. Agradeci por ela não questionar nada, porque eu por ora, eu só podia contar a Cal.

            -Como assim vai ficar? Eles não te Curaram?

            -Bom... Papai eu sei que vai ficar chateado, porque sou sua garotinha, mas você já deveria saber que não sou um bebê.

            -Eu não estou entendendo... O que quer dizer? O que você tem?

-Você me ensinou a diferença entre certo e errado, preciso de sua ajuda, papai, por favor, seja forte. Eu posso ser jovem de coração, mas eu sei o que estou dizendo. Estou numa bagunça terrível, e eu não é talvez. Por favor, papai não critique, estamos com um problemão. Eu vou ter um bebê.


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