Everybody Loves The Marauders escrita por N_blackie


Capítulo 9
Episode VIII




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Episode VIII

"Pancadaria"

Narrado por: Sirius Black

Filme do Momento: Não consigo pensar em filme enquanto estiver aqui.

Ouvindo: Marlene cantar.

"Perfeito!" sorri largamente assim que Marlene dedilhou os últimos acordes e deixou o violão de lado. Estávamos no quarto dela, e como tinha prometido que poderíamos ensaiar já tínhamos cantado algumas músicas juntos. Ela estava agindo normalmente comigo, o que me deixou aliviado e tenso ao mesmo tempo, especialmente depois daquele pseudobeijo nos bastidores da audição.

"Toca muito bem, fez aulas ou foi de ouvido mesmo?" perguntei mais relaxado quando Marlene recostou o violão branco num canto da parede cor de lavanda. Ela me olhou surpresa, e respondeu meu sorriso.

"Mintch me ensinou. E você?"

"Comecei o piano com a minha mãe, mas depois tive um professor... O violão foi meu pai, ele toca bem."

"Pelo que você me conta, ele faz muitas coisas bem, não?" ela riu. Notei que seu nariz franzia quando fazia isso, o que a deixava com um ar charmoso demais.

"Meu pai é o máximo, é difícil corresponder às expectativas quando me comparo com ele..."

"Você ainda não descobriu as qualidades que tem, só isso." ela me encarou com um sorriso mais simpático, e a encarei lembrando como tinha me apoiado na audição, e do beijo... "Como está sendo ensaiar sem o piano? Muito diferente?"

Despertei do meu transe momentâneo com a pergunta, e respirei fundo.

"Diferentes, acho. O professor disse que sou bom, mas não consigo encarar as pessoas. Marlene refletiu por um instante, e diante da minha expressão que devia estar deplorável, riu."

"Realmente, considerando que você desmaiou no final da audição."

"Não deu pra perceber que eu estava nervoso?"

"Acho que você deixou isso bem claro, cara."

Revirei os olhos ainda tentando disfarçar a vergonha, e de repente ela estava do meu lado, encostada com o ombro no meu. Fiquei parado, pensando no que dizer que pudesse acabar com aquele silêncio horrível que tinha se instalado.

"Você tem sardas." foi a minha ideia genial. Os ombros de Marlene desgrudaram dos meus imediatamente, e já estava preparado para ficar quieto quando percebi que ela estava sentando na minha frente, os olhos me perfurando.

"Tenho", ela sorriu, e lá estavam elas, as sardas, me forçando a olhar para suas bochechas. Fervendo por dentro, senti suas mãos apertarem as minhas, e não consegui evitar respirar muito fundo.

"Eu... Eu me sinto estranho perto de você." confessei, e Marlene sorriu.

"Sente?" seu rosto estava cada vez mais próximo. Quando me dei conta, seus dedos estavam no meu rosto, e senti a ansiedade embrulhar meu estômago. Ela estava realmente muito perto.

Já estava me vendo contando a história para os garotos, ia dar tudo certo e eu iria beijar Marlene-

"Marlene?" a voz de Mintch interrompeu minha expectativa, e me afastei o mais rápido possível dela, respirando rápido como se tivesse acabado de terminar uma corrida.

"Marlene?" ele repetiu mais próximo, e abriu a porta para encontrar uma cena meio esquisita. Lene me olhou meio ressentida e depois grunhiu para Mintch:

"O que você quer?"

"Hey, Mckinnon." cumprimentei mesmo diante do olhar asqueroso que ele me lançou.

"O que esse cara tá fazendo aqui?"

"Não é da sua conta, veio só pra isso?" seu rosto estava ficando cada vez mais vermelho, e comecei a acompanhar a discussão que começou como se fosse uma partida de tênis.

"Claro que é, o que estão fazendo?"

"Você não tem mais nada pra fazer?"

"Ficou amiguinha desse idiota, é?"

"Isso não é da sua conta, imbecil, sai daqui! Porque não vai encontrar com aquela sua namorada de batom?"

"Emme é bem melhor que esse retardado, ela tem as melhores notas da classe."

"Classe do que, pintura de unha? Ah, faça-me o favor, Mintch! Sirius e os amigos deles tem as melhores notas, que eu saiba."

"Eles são ridículos!"

"Ei, você é ridículo..." murmurei indignado, mas os dois estavam tão compenetrados em se digladiar que me ignoraram.

"São ridículos na série certa, não?"

"Não reprovei porque eu quis!"

"Não, reprovou porque é um retardado que prefere agarrar garotas no carro do papai em vez de sentar a bunda numa cadeira e ler uns livros!"

"É você, né?" de repente ele lembrou que eu estava ali e olhou com raiva na minha direção. "Você que fica falando bosta de mim pra minha irmã, né, seu otário!"

"Mintch!" Marlene soltou um gritinho quando ele me agarrou pela gola da camisa. Não que aquele fosse um ângulo de Mintch que eu não conhecesse, já passei por isso um milhão de vezes. Mas não na frente dela. "Solta ele!"

"Fica longe da minha irmã, Black." ele cuspiu em mim. "Entendeu? Fica longe dela! Você não é metade do cara que ela merece, você é uma porcaria, um lixo, me ouviu? Vou te dar a chance de sair daqui antes de eu quebrar essa sua cara de merda."

Quando me largou, senti as costas arderem com o contado com o chão. Marlene ajoelhou rápido e me ajudou a levantar, mas eu já estava tão nervoso que me livrei do abraço que ia me dar.

"Acho que preciso ir."

"Não! Mintch é um idiota, eu juro que não vai mais acontecer, de verdade."

"Melhor a gente se afastar um tempo então." me inclinei muito rápido e dei um beijo na bochecha dela, tentando disfarçar o fato de que estava me sentido duplamente humilhado.

"Achei que fosse mais corajoso..." ouvi Marlene murmurar nas minhas costas. Passei pela sala, onde Mintch estava deitado, e balancei a cabeça.

Narrado por: Remus Lupin

Camiseta do Dia: Zombie Repellent (Repelente de Zumbis)

Ouvindo: Música Medieval

"Começamos com uma trilha de serragem, na transição hebraica até o Egito! "Charlie gritou de cima do trono dele para o pessoal que estava trabalhando. Como a feira do colégio estava se aproximando, os grupos de estudo tinham sido convidados a fazer alguma coisa especial, e o pessoal de história decidiu compor uma linha do tempo viva. Claro que na parte da "composição" foi basicamente trabalho escravo, com Charlie grasnando ordens e nós, pobres mortais, resistindo bravamente contra o impulso de assassiná-lo e usar o corpo na decoração da peste negra.

"Vou explodir a cabeça dele!" Dorcas sibilou, se aproximando de mim carregando muitos vestidos numa mão só e uma lanterna de cera na outra.

"Por favor." ri o mais baixo que minha revolta deixou, e depois apontei para a pilha de coisas que ela carregava. "Ajuda?"

"Brigada." ela praticamente lançou os tecidos pesados em mim, e enquanto me equilibrava para carregar tudo espiei e vi que ela arrastava algumas anáguas de metal para perto de nós. "Charlie encheu o saco e tivemos de arranjar umas armações de metal para o século XVIII. Quero ver qual a menina que vai ser louca e aceitar usar essa bosta."

Ainda rindo da expressão de inconformidade dela, arrastamos tudo para o canto reservado aos figurinos, e quando voltamos vimos a Professora Rice na porta, olhando num misto de medo e preocupação para o nosso agito (e para Charlie sentado num trono improvisado gritando ordens, provavelmente. Espero que ela o mande para a psicóloga do colégio depois disso).

"Ela sabe onde fica a nossa sala?" Dorcas murmurou incrédula, e até ergueu a franja para enxergar melhor.

"Charles Coyle?" ela chamou, e Charlie pulou do trono como se alguém tivesse transformado-o numa cadeira elétrica.

"Profe-Professora! Em que eu posso, hum, ajudar?"

"Uma das minhas meninas vai participar disso aqui, Coyle."

"Va-Vai?"

Eu e Dorcas nos entreolhamos confusos.

"Isso mesmo. Ela precisa de pontos e decidi que esse grupo vai ajudá-la. Vamos, Emmeline! Entra logo, menina."

Ela só pode estar brincando. Emmeline Vance surgiu do corredor, olhando para o clube com um olhar superior e um sorriso meio maligno. Troquei outro olhar com Dorcas e percebi quem era a garota que seria escolhida para usar as armações de metal.

"Oi!"

"Quero ver dedicação nisso aqui, Vance." Rice deu um sorriso maternal (acredite em mim, estou sendo generoso com a delicadeza dela) e Emmeline acenou positivamente, me lembrando um cão de guarda particularmente pomposo. Sem dizer mais nada a professora nos deixou, e Charlie parecia ter ganho um presente de natal inesperado e desagradável.

"Lupin, guie a donzela."

"Que?" tentei protestar, mas lá estava ela, em toda a sua magnificência, me olhando animada. "Oi, Emmeline."

"O que posso fazer?" ela sorriu, como se nunca tivesse falado mal de mim e meus amigos pelas costas. "Sei pintar, dançar, escolher músicas..."

E com um olhar de ódio para Charlie, olhei em volta tentando achar alguma coisa, qualquer coisa, que ela pudesse fazer.

"Majestade?" gritei, e podia sentir Charlie me ignorando. "Majestade, uma audiência agora."

"Sim?" aquele ruivo desalmado olhou inocentemente para mim, e quando percebeu meu olhar homicida me chamou para perto com um aceno. "Um minuto, Emmeline."

"Quer me matar?" sibilei assim que estávamos afastados. "Vamos perder!"

"Sem desesperos, Lupin, está na presença do rei." Charlie murmurou, e tive vontade de acertar a cara dele naquela hora.

"Agora não é hora! Chuck, por favor!"

Frustrado, Charlie tirou a coroa e apoiou num canto, suspirando.

"Você tem paciência, eu não! Vai, me ajuda nessa. E por favor, nunca mais use Chuck, me sinto um plebeu."

"Você me deve uma enorme, Chuck." murmurei, e suspirei resignado enquanto voltada até Dorcas.

"Não tem jeito. Me enterrem no ritual da Vahala, por favor."

"Calma, vai dar tudo certo. Ela está ali, olha."

Emmeline estava perto das fantasias de pré história, e me aproximei o mais gentilmente que pude. Ela deveria agradecer que não costumo guardar rancor.

"Vance?" chamei, e ela se virou para mim com um raro (muito, muito raro) sorriso simpático.

"Pode me chamar de Emme, somos colegar de grupo agora!"

"É, acho que somos." Cocei a nuca meio envergonhado. "Tudo bom?"

"Ah, sim." o olhar dela foi do meu rosto para o meu peito, e olhei para baixo já imaginando que Peter tinha derrubado chocolate em mim de novo. "Esteve malhando."

"Ah, sim, eu..." olhei para cima e depois para o lado, morrendo de vergonha por ela ter reparado em algo assim. Amaldiçoei Dorcas por ter elogiado minha camisa de botões com zumbis até o fim, e tossi um pouco pra disfarçar. "Brigado. Vou te ajudar nesse trabalho, ok?"

"Gosta de figurinos? Posso te orientar em alguns... " levei Emme até uma pilha de calças, e puxei uma boca de sino bordada com purpurina e lantejoulas (se não me engano a antiga dona dessa calça era a mãe de Charlie...). "Por exemplo, essa, bem, essa calça..."

"Meu deus, onde vocês arranjaram isso?" Emmeline tirou a peça da minha mão, e analisou com os olhos azuis faiscando. "É tão extravagante! Cá entre nós, eu amo extravagância, só não saio usando essas coisas porque provavelmente iriam me achar uma doida!"

"Acho que encontramos um lugar pra você, então." sorri aliviado, surpreso por não estar sendo tão difícil lidar com ela pessoalmente. "Vamos encontrar mais alguma coisa, então."

Estávamos atolados em calças e camisas quando meu celular tocou, e tive de largar Emme entretida com alguns casacos de pele falsa que encontramos para atender. De certa forma estava bastante feliz, e até um pouco agradecido por ela ter um gosto bem simples como roupas. Olhei para o visor e vi que era Sirius chamando, e franzi a testa.

"Fala, Sirius."

"Mintch está atrás de mim."

"Zeus e Calipso, o que você fez?"

Estava cantando com a Lene, aí ficou um clima meio estranho e quando eu vi a gente estava quase, sabe, se beijando, e cara, tava tudo ótimo até o Mintch chegar e armar uma confusão do inferno, ameaçou quebrar a minha cara e me jogou no chão.

"Cara, que troglodita!"

"Eu sei. Vou me afastar dela por um tempo, não quero levar uma surra, cara."

"Quer proteção? Não fico aqui até tarde não."

"Seria bacana ter vocês aqui... Que tal Harry Potter?"

"Beleza, mas eu quero ser o lobisomem. Essa J.K é um gênio."

"Que seja. Só fala isso porque você fica com a Natalia Tena."

"Pobre alma, Sirius. Sinto muito que você tenha "morrido", mas fazer o que?"

"James vai ficar louco da vida."

"Tchau, que a força esteja com você."

"Tchau, idem."

Narrado por: James Potter

Meta Atual: Atender o SOS que recebi de Peter.

Ouvindo: Uma ventarada.

Quando Pete me ligou eu estava quase ligando para Lily pela terceira vez, mas desisti depois de perceber o quanto ele estava ansioso, muito embora eu não soubesse a razão, e sai da escola direto para a casa dele, mandando uma mensagem para ela enquanto andava para fora.

Estava com a cabeça baixa, prestando atenção em enviar o texto, e só ergui quando ouvi alguém me chamando.

"Hey, Potter!"

Virei para trás, e paralisei. Nate, Mintch, Allan, Adam, Twister e Jonas, todos ainda de chuteiras, me encaravam como uma manada de bois, prontos para me atacar. Não pensei duas vezes, arregalei os olhos e comecei a correr, sem entender porque metade do time de futebol queria me pegar dessa vez.

Eu só queria chegar à casa de algum dos meus amigos o mais rápido possível, mas mesmo com todo o meu treinamento com Roger durante esses meses, eles eram seis, e treinavam há muito mais tempo do que eu.

"Pega ele pela mala!" Nate gritou, e fechei os olhos quando senti alguém puxar minha mochila, me lançando no chão. O tecido rasgou e caiu no chão, junto com todas as minhas coisas, e Mintch chutou tudo pra longe.

Achei fossem me deixar no chão, mas Adam me levantou e prendeu meus braços para trás, e por mais que eu me debatesse não tinha jeito dele soltar. Balancei a cabeça e um grunhido indicou que tinha conseguido acertar o rosto dele, mas antes que pudesse aproveitar meu golpe e me soltar, Twister acertou um chute no meu estômago, me tirando quase todo o ar.

Baixei a cabeça, tossindo muito, e ao longe vi a caligrafia bem arrumada de Lily numa das minhas anotações sobre a festa dela. Outro soco me acertou, dessa vez no peito, e não consegui segurar um gemido de dor.

"Levanta a cara desse bosta!" Nater rosnou, e Jonas ajudou Adam a me puxar pelo cabelo até que eu estivesse encarando Nate, que parecia mais bravo do que nunca. Irado, ele acertou outro soco no meu rosto, e depois que eu voltei a respirar chegou muito perto, cuspindo:

"Escuta bem porque não vou dar outro aviso, Potter. Tá me ouvindo?"

"Hmm" murmurei, a boca inchada depois do último soco. Nate sorriu.

"Você vai ficar longe da Lily. Se eu vir vocês dois, se eu ouvir os dois conversando, se eu perceber você olhando pra ela no corredor, a surra que vou te dar vai fazer você ter saudade dessa aqui."

Jonas largou minha cabeça, mas Nate ainda não tinha cansado de me arrebentar. Não lembro em que parte exatamente meu óculos se partiram em alguns pedaços, e não consigo lembrar tudo que aconteceu, na verdade. Só sei que Nate estava realmente irritado dessa vez. Muito. Mesmo.

Quando finalmente cai no chão pela última vez, vi os pés se afastando e as risadas ecoando na minha cabeça atordoada. Usei toda a força que ainda conseguia reunir pra me levantar, e juntei minhas coisas no que tinha restado da minha mochila, retomando o meu caminho até a casa de Peter mais lentamente.

"Dona Cecily... " bati com o cotovelo na porta. "Tia!"

"James!" ela soltou um gritinho quando abriu a porta, e me ajudou a entrar. "Ah, meu deus, o que fizeram com você, menino! Ah, esquece, venha aqui, pode usar uma das malas de Petey. Agora senta que vou pegar gelo."

Sentei e me encostei-me a uma almofada, respirando fundo enquanto ela molhada um algodão em anticéptico e passava nos ralados.

"Esses garotos não podem mais fazer isso, Jimmy." ela murmurou indignada enquanto limpada o sangue que tinha escorrido do meu nariz. "Eu sempre digo a Peter pra ter cuidado com eles, são uns delinquentes."

"Aliás, onde ele está?"

"Estudando com uma moça chamada Angelina."ela sorriu orgulhosa. "Vai voltar daqui a pouco. Alguém bateu na porta, e pela silhueta no vidro percebi que era Sirius."

"Tia Cecily!" ele chamou, e quando ela abriu a porta, sorriu de um jeito esquisito. "Pete está por aqui? Remus e eu queríamos chamar ele pra- cara! Que aconteceu com você?"

Comecei a contar o que tinha acontecido, e acho que estraguei uma tarde de Harry Potter.

Narrado por: Peter Pettigrew

Primeira Impressão: James vai apanhar

Ouvindo: Angelina dizendo tchau.

Ensinar matemática à Angie não foi nenhum esforço, já que inteligente ela é, e além de uma boa aluna acho que estou conseguindo uma boa amiga também, o que é bônus. Ainda assim, foi difícil me concentrar no que estava falando. Tem tanta coisa acontecendo que para mim a vida está de ponta cabeça.

Quero dizer, Sirius agora é cantor, James está amigo de uma das líderes de torcida, e posso jurar para quem quiser me ouvir que eu vi Remus e Emmeline Vance dando risada enquanto montavam um quebra cabeças medieval. Até ano passado essas três possibilidades seriam impossíveis, e a única resposta ou explicação plausível que Remus me diz é:

"Ah, cara, as coisas mudam."

Hey! Se isso tudo continuar, logo James vai começar a jogar futebol, Sirius vai para o campeonato regional entre condados, e Remus pode começar a namorar Emmeline, mesmo todos nós sabendo que ele gosta mesmo da Dorcas. Isso é muito para mim, especialmente com a minha dieta sem chocolates.

Outra coisa bizarra é essa dieta. Eu emagreci, os garotos emagreceram, as espinhas de Remus sumiram e peguei Sirius levantando peso semana passada, fora do horário de treinamento.

"Hey, Pete!" Remus me assustou na porta de entrada, e quase me fez derrubar tudo que segurava (ou seja, aquele chapéu ridículo da banda e alguns papéis com letras igualmente ridículas). "Estava pensando em assistir Harry Potter na casa do Sirius, o que acha?"

"Você não recebeu a minha mensagem?"

"Que mensagem?"

"A que dizia reunião urgente na casa do Pete. Sirius disse que estava indo agora, e James não convidou Lily."

"Bom, eu vou então. Deixamos os bruxos para depois."

Começamos a andar, e quando estávamos quase na metade do caminho, Remus parou do nada.

"O que foi, Rem?"

"Isso aqui." ele agachou e pegou um pedaço de papel rasgado. "É a letra do Jim."

"E? Ele pode ter deixado cair."

"Ele deixaria um pedaço rasgado das anotações sobre física dele cair no chão assim?"

Arregalei os olhos. Da última vez que James perdeu as anotações físicas dele nós todos tivemos que convencê – lo de que a professora de artes tinha guardado antes que ele chamasse a polícia.

"Vamos levar lá em casa. Vai ver ele não sabe que caiu."

"Ou a polícia está sendo chamada agora."

"É."

Corremos até a minha casa, e quando abri a porta vi a última cena que gostaria de assistir na minha cozinha. James estava todo arrebentado enquanto Sirius batia a cabeça na geladeira, parecendo aterrorizado. É um pesadelo.

"O que aconteceu com você?" Remus perguntou e foi até James, que não podia olhar pra ninguém, já que estava sem os óculos.

"Nate me bateu. Ou melhor, Nate e todos os amigos dele vieram para cima de mim."

"Eu disse! Eu disse que eles iam se arrepender."

"E você, Sirius?"

"Mintch me expulsou da casa dele. E da vida da irmã dele também. Suspirei."

"Era isso que eu ia falar. Nate me pegou antes da audição para avisar para tomarmos cuidado."

"Agora você avisa?" James reclamou.

"Oh, desculpe por não ter avisado antes, Senhor "Oh, desculpe, Pete. Não posso falar com você agora porque Lily tem prova de inglês amanhã."

Ele abaixou a cabeça. Sirius parou de se machucar e respirou fundo.

"Acho que estamos querendo demais."

"Como assim?"

"É. A gente devia ficar quieto. Assim, Nate não vai se irritar e nenhum de nós vai sofrer mais..."

Acenei com a cabeça.

"É. Podemos voltar a comer chocolates..."

"Não." Remus resmungou. "Posso ficar quieto, mas estou realmente gostando desse negócio de treinar. Cansa demais, mas está nos ajudando! Quero dizer, há quanto tempo você não precisa medir os seus níveis glicêmicos, Jim? E, Sirius, você conseguiu chamar a atenção de algumas garotas já, sabia? Eu mesmo não preciso fazer limpeza de pele há bastante tempo, e minha mãe disse que os ganhos de massa muscular são ótimos!"

"Mas não posso ser amigo da Lily." James suspirou.

"Você sempre soube que isso não daria em nada. E você também, Sirius. Remus tem razão." Sirius sentou – se. "Vamos voltar a ser o que éramos, e continuamos os treinos sem ninguém saber."

Sorri satisfeito, e James começou a reconstruir os óculos com um pouco de fita adesiva.


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