1977 escrita por N_blackie


Capítulo 22
Capítulo 22




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1978

Houve muita discussão acerca de como seria a festa de ano novo, já que estavam todos exaustos da celebração de natal. Lily convidaria os pais novamente, mas alertou a todos que mais pessoas viriam.

- Minha irmã vai trazer o noivo dela... – resmungou Lily a todos, revirando os olhos.

- Ora, vamos, Lil. Não pode ser ruim assim. – Emmeline tentou confortar a amiga.

- É sim. – suspirou a garota desanimada – Minha irmã me detesta.

- Eu também detestava o Regulus. – Sirius comentou, olhando para o irmão mais novo que se encolhia um pouco desanimado num canto. Amelie havia ido embora para a França no dia anterior, e desde então Regulus podia ser visto se arrastando de lugar em lugar atrás dos amigos, ou mandando carta após carta para ela. – Mas agora não detesto mais...

- É, mas eu não sei o motivo pelo qual ela me odeia, Sirius. Tem medo de mim, me chama de aberração.

James abraçou a namorada por trás.

- Relaxe. Vamos recebê – la normalmente, e se ela arranjar confusão, eu defendo você. Até porque é apenas um jantar, ela não consegue arruinar tudo.

- O pai do Sirius vem. – Luna comentou vagamente, e Marlene concordou com a cabeça.

- É! Com o Sr. Black aqui, ela não vai ter coragem nem de abrir a boca.

- Isso lá é verdade. – Sirius riu – Eu estou me acostumando a falar diretamente com ele, imagino como ela vai se sentir.

- Não pode ser ruim assim. – Dorcas sorriu, e Harry suspirou.

- Ah, é sim. Você não imagina como são os dois juntos e...

O garoto calou – se instantaneamente, e Lily olhou confusa para ele.

- Você nunca viu Vernon e Petunia juntos, Harry. Como sabe...

- Ele deve conhecê – los do futuro. Não é, Harry? – Remus perguntou, curioso. O garoto olhou para Ginny, que deu de ombros, sem poder fazer nada.

- Mais ou menos... Hum... Falando em conhecer pessoas, quando vamos procurar a próxima horcrux?

O grupo olhou para ele desconfiado, mas ninguém disse nada, entretidos em decidir quem iria buscar a horcrux que, segundo Harry, ficava numa caverna no mar.

Quando, naquela noite, Oreon chegou, Sirius e Regulus saíram do grupo para cumprimentá – lo, coisa que Regulus justificou como um exercício para Sirius, fazendo todos rirem.

- Oi, pai. – os dois disseram, e Oreon sorriu para eles.

- Boa noite, garotos. Como estão?

- Hum... – Sirius resmungou. Regulus deu uma cotovelada no irmão e deu de ombros.

- Mais ou menos... Mamãe não disse nada ainda?

- Ah, não. Ela notou que eu não voltaria para a casa, então se mudou para a casa da irmã dela, Druella.

- Mamãe liberou a casa? – Sirius perguntou incrédulo, e Oreon acenou com a cabeça.

- Sim. Claro, deve ter amaldiçoado desde a porta até as janelas, mas saiu. Druella me mandou uma carta avisando, e disse que Walburga realmente saiu dos eixos. Como se eu não soubesse disso. – completou ele sarcasticamente.

- Vai voltar para lá?

- Acho que não. A não ser que eu queira correr o risco de morrer assim que entrar. Disse que está mais ou menos, Reg. É por causa da garota Amelie?

Regulus corou fortemente.

- Está tão na cara?

- Na verdade nem tanto, mas eu não tomo nada por coincidência, e você ficou deprimido depois que ela foi embora. Boa noite, Martha, como está? – cumprimentou ele, assim que a Sra. Potter chegou.

- Ah, olá, Oreon. – cumprimentou ela, surpresa. – Vamos entrando...

Sirius e Regulus voltaram para junto dos amigos.

- Eu estou surpresa, Sirius. – Emmeline riu, olhando para o Sr. Black. – Sempre achei que além de bonitão, o seu pai era super antipático!

- Eu também, mas era mesmo a minha mãe que o deixava irritado. – Regulus justificou – Sem ela, ninguém fica obrigando – o a fazer o que não quer, sabe.

- Agora que ele foi embora, é mais livre. – Sirius comentou distraidamente. - Disse que quer sair com a gente no verão. Não conhecia esse lado punk do meu pai.

Todos começaram a rir, e a campainha dos Potter tocou.

- Ai ai, lá vamos nós. – Lily disse quando ouviu a Sra. Potter chamá – la para cumprimentar seus pais. Minutos depois ela retornou, avisando da chegada dos Lupin e trazendo consigo Petunia e outro cara, muito gordo, mas sem os bigodes que Harry lembrava.

- Não sei por que está me trazendo aqui. – Petunia resmungou aborrecida, sentando – se com Vernon no sofá e encarando todos com nojo. – Aqui só tem os seus amigos esquisitos.

- Cale a boca, Petunia. – Lily disse rispidamente, e depois sorriu para a porta.

Harry não conhecera os pais de Remus, e teve uma pontada de pena quando os viu. O Senhor Lupin era parecido com Remus, exceto pelos cabelos pretos, e a Senhora Lupin era uma mulher muito magra e de ar inteligente. Apesar de terem sorrisos estampados no rosto, ambos aparentavam um cansaço gigantesco, e suas roupas de segunda mão denunciavam sua clara falta de dinheiro. Lily pelo jeito era conhecida dos dois, pois se levantou e abraçou os dois.

- Olá! Como vocês estão?

- Bem, querida. – a mãe de Remus sorriu para Lily, e depois estendeu os braços para o filho. – Oh, Remus querido, como estão as coisas?

Remus foi abraçar a mãe, e chamou Dorcas para apresentá – la aos pais. Os dois deixaram a sala depois de cumprimentar a garota, e Alice comentou:

- Oh, Remus, seus pais são tão...

- Eu sei. Pobres.

- Não, bobão! Eles são... Parecidos com você. O jantar vai sair?

- Alice, você me surpreende. – riu Marlene – Peter devia dizer isso.

De um canto, Peter suspirou.

- Estou de dieta, Lene.

- Coitado, vai ter uma crise de abstinência. – Regulus riu descontraidamente. Emmeline olhou para o moreno com censura.

- Eu acho que se ele continuar a seguir a dieta, vai ficar no ponto, né Peter?

- S – Sim. – Wormtail corou fortemente, e James deu um tapa nas costas do amigo.

- Quando voltarmos a Hogwarts você pode fazer o treino físico com o time, Peter. O exercício vai te fazer bem.

- Obrigado. – agradeceu o garoto, sorrindo. Harry riu junto com os outros quando Sirius completou, numa voz de falsete:

- Oh! Meu Deus! James Potter, saia da frente, eu preciso ver Pettigrew sem camisa agora!

- A competição é acirrada. – Ron continuou a graça.

- Não sei nem como o time vai me receber de volta... – Regulus começou, mas Sirius interrompeu o irmão com a voz raivosa.

- Normalmente, ou vão ver. O próximo jogo é contra a lufa – lufa, e eu vou assistir.

James e os outros concordaram em ir junto para proteger Regulus, e Harry encarou Ginny, que enfatizava a proposta. Sem perceber, se perdeu na fala entusiasta dela, nos cabelos que balançavam conforme ela acenava com a cabeça, tão brilhantes e vermelhos quando o fogo da lareira que os aquecia.

Estava tão perdido em seus devaneios que quase pulou da almofada em que sentava quando sentiu um cutucão nas suas costelas.

- Porque não fala com ela? – perguntou Frank, interessado. Luna, que sentava próxima deles, sorriu.

- Ele tem medo de levar um fora. Sabe, eu não teria medo, especialmente porque estão todos aqui. Ela não ia gritar com você.

Harry e Frank se entreolharam, e Harry, sentindo – se subitamente corajoso, deu um meio – sorriso para Frank e levantou – se.

- Me deseje sorte.

- Quebre a perna. – Frank desejou, se utilizando do velho jargão teatral.

Determinado, Harry foi até Ginny e sentou – se ao lado dela, sussurrando em seu ouvido discretamente:

- Quero falar com você.

A ruiva olhou para ele, e o maroto notou que ela parecia interessada no que ele queria falar.

Enquanto todos seguiam para o jantar, os dois foram para um canto, e Harry começou:

- Vou derrotar Voldemort dessa vez.

- Isso eu sei, Harry.

- Eu... Eu não preciso mais ficar longe de você.

- Isso é lógico.

Harry ficou preocupado, achando que Ginny estava ficando irritada com ele, mas relaxou quando ela sorriu levemente e seu lhe um selinho.

- Eu nunca me considerei menos que sua namorada, Harry. Só estava esperando você avisar que eu não precisava mais fingir que não conhecia você para voltar.

Harry sorriu para a garota e a abraçou.

- Sabe que eu só queria a sua segurança...

- Esta é a minha cara de quem liga para a minha segurança. – Ginny apontou para o próprio rosto e revirou os olhos. – Vamos comer.

Quando os dois entraram na sala de jantar de mãos dadas, todos os olhares se voltaram imediatamente para Harry, que sorria alegremente. Conforme a meia noite se aproximava, todos foram para o jardim para ver os fogos, e Harry notou que Mark e Oreon conversavam num canto, ambos muito sérios.

- O que o Sr. Mckinnon está fazendo? – perguntou Neville para os amigos, que deram de ombros. Sirius e Marlene se entreolharam, e a garota ergueu as sobrancelhas.

- Só espero que meu pai não mate o Sr. Black. Sinceramente.

- Dez! – gritou Ron, empolgado. James sorriu para os marotos e os cinco aumentaram as vozes com as varinhas.

- Nove! – gritou James

- Oito! – Sirius acompanhou, abraçando o amigo.

- Sete! – Harry sorriu, tomando Ginny nos braços.

- Seis! – Remus gritou animadamente com Dorcas, e para a surpresa geral, o maroto soltou um uivo que fez os marotos rirem.

- Cinco! – Peter pulou, e teve de segurar as calças, que estavam muito mais largas.

- Quatro! – Regulus gargalhou, segurando o bilhete de Ano Novo de Amelie na mão e abraçando o pai.

- Três! – Hermione e Ron gritaram em conjunto, se beijando.

- Dois! – Lily, Marlene e Emmeline se abraçaram.

- Um! – Frank, Alice e Neville deram socos no ar, felizes.

Enquanto os fogos estouravam, Luna apareceu com seus espectros.

- Tomem cuidado para os narguilés não atirarem comida em vocês!

Todos começaram a se abraçar, e ficaram surpresos quando Marlene gritou:

- Sirius!

Num canto, Mark baixava a cabeça e levava um soco de leve no ombro de Oreon, que sorria.

- O que é isso? – a Sra. Potter perguntou para Lorraine, surpresa. A mulher olhou para os dois homens e disse, sarcástica.

- Uma história antiga que se resolveu.

Mark levantou a cabeça e disse algo para Oreon, o abraçando em seguida.



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