1977 escrita por N_blackie
Capítulo Bônus IV A Rosa Enquanto todos combinavam a festa de ano novo e comemoravam as horcruxes destruídas, Regulus tomou a mão de Amelie e ambos seguiram para o jardim. O que um dia fora grama verde e quente estava agora muito branca e fria, e os dois se aconchegaram nos casacos para afastar o frio enquanto andavam até a única árvore existente no quintal dos Potter. - Remus ficou com pena de Sirius. – Regulus comentou, distraído. – Meio que perdoou ele e James terem colocado whisky na água dele. - Foi tão engraçado na hora daquele tango! – riu Amelie, sendo acompanhada por Regulus. Os dois riram durante alguns minutos, mas subitamente Regulus parou, ficando sério e triste. - Você tem mesmo de ir embora? – perguntou, encarando a moça nos olhos. Amelie baixou a cabeça. - Sim. Por mais que adore visitar meus tios, meu lugar é na França, Reg. Mas vou te escrever, podemos continuar em contato! - Claro... Vendo o semblante triste do garoto, Amelie sentou – se de frente para ele, arrepiando os seus cabelos com as mãos. - Fique tranquilo, Reg. Nada vai mudar o que eu sinto por você, mon cher. Regulus respirou profundamente, e depois puxou a varinha das vestes. - Quero que fique com uma coisa. - Achei que não pudesse fazer mágicas fora da escola... - Este lugar é impregnado de magia. Ninguém vai reparar. Com as mãos, Regulus juntos um monte de neve em sua frente, e depois o tocou com a varinha, murmurando um feitiço. A neve começou a se modelar e cristalizar, até formar uma bela rosa prateada, brilhante mesmo à luz do dia. Conjurando um cordão de ouro, Regulus prendeu o pingente recém feito e entregou para Amelie. - Isto é seu, para que não se esqueça de mim. A menina afastou a trança que usava no cabelo e se virou de costas. - Coloque pra mim. Trêmulo, Regulus passou o colar pelo pescoço dela, imaginando como Sirius agiria naquele tipo de situação. Se eu a beijar agora, pensou ele, ela me bateria? Mas antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, Amelie se virou outra vez para ele e se aproximou até seus narizes roçarem um no outro. - Você tem um coração quente para um Black gelado. Regulus sorriu, e deixou seus lábios avançarem um pouco. - Talvez só tenha meu coração aquecido porque alguém o fez assim. - Você diz palavras bonitas, Regulus. – Amelie se aproximou mais, encostando os lábios levemente nos dele. - As palavras são vagas, Amelie, querida. O que vale mesmo são as metáforas escondidas nelas. A minha metáfora é você. Regulus sentiu os braços da garota enlaçarem seu pescoço, e seu coração ganhou um compasso quando uniu finalmente seus lábios no dela, fazendo – o esquecer Marlene pela primeira vez em sua vida. Quando se separaram, Regulus e Amelie sorriram um para o outro, e uma salva de palmas estrondosa foi ouvida. Corando fortemente, os dois se viraram para ver todos os amigos, encapotados por causa do frio, aplaudirem e assoviarem. Regulus revirou os olhos divertido e Sirius o pegou para um abraço. - Agora sim, você é meu irmão! Espere até papai saber disso. - Você vai mesmo tentar se dar bem com ele? - Porque não me daria? – sussurrou Sirius no ouvido do irmão – Ele acaba de me dar o presente de natal mais irado da minha vida. Curioso, Regulus acompanhou o grupo até os jardins da frente, onde Oreon esperava com uma motocicleta negra reluzente, pronta para usar. - Alguém quer uma carona? Tenho mais duas dessas, garotos. E pela primeira vez na sua vida inteira, Regulus pode olhar seu pai e irmão e sorrir, como gostaria de passar a vida sorrindo.
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