1977 escrita por N_blackie


Capítulo 21
Capítulo 21




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Capítulo Bônus IV

A Rosa

Enquanto todos combinavam a festa de ano novo e comemoravam as horcruxes destruídas, Regulus tomou a mão de Amelie e ambos seguiram para o jardim.

O que um dia fora grama verde e quente estava agora muito branca e fria, e os dois se aconchegaram nos casacos para afastar o frio enquanto andavam até a única árvore existente no quintal dos Potter.

- Remus ficou com pena de Sirius. – Regulus comentou, distraído. – Meio que perdoou ele e James terem colocado whisky na água dele.

- Foi tão engraçado na hora daquele tango! – riu Amelie, sendo acompanhada por Regulus. Os dois riram durante alguns minutos, mas subitamente Regulus parou, ficando sério e triste.

- Você tem mesmo de ir embora? – perguntou, encarando a moça nos olhos. Amelie baixou a cabeça.

- Sim. Por mais que adore visitar meus tios, meu lugar é na França, Reg. Mas vou te escrever, podemos continuar em contato!

- Claro...

Vendo o semblante triste do garoto, Amelie sentou – se de frente para ele, arrepiando os seus cabelos com as mãos.

- Fique tranquilo, Reg. Nada vai mudar o que eu sinto por você, mon cher.

Regulus respirou profundamente, e depois puxou a varinha das vestes.

- Quero que fique com uma coisa.

- Achei que não pudesse fazer mágicas fora da escola...

- Este lugar é impregnado de magia. Ninguém vai reparar.

Com as mãos, Regulus juntos um monte de neve em sua frente, e depois o tocou com a varinha, murmurando um feitiço.

A neve começou a se modelar e cristalizar, até formar uma bela rosa prateada, brilhante mesmo à luz do dia. Conjurando um cordão de ouro, Regulus prendeu o pingente recém feito e entregou para Amelie.

- Isto é seu, para que não se esqueça de mim.

A menina afastou a trança que usava no cabelo e se virou de costas.

- Coloque pra mim.

Trêmulo, Regulus passou o colar pelo pescoço dela, imaginando como Sirius agiria naquele tipo de situação. Se eu a beijar agora, pensou ele, ela me bateria?

Mas antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, Amelie se virou outra vez para ele e se aproximou até seus narizes roçarem um no outro.

- Você tem um coração quente para um Black gelado.

Regulus sorriu, e deixou seus lábios avançarem um pouco.

- Talvez só tenha meu coração aquecido porque alguém o fez assim.

- Você diz palavras bonitas, Regulus. – Amelie se aproximou mais, encostando os lábios levemente nos dele.

- As palavras são vagas, Amelie, querida. O que vale mesmo são as metáforas escondidas nelas. A minha metáfora é você.

Regulus sentiu os braços da garota enlaçarem seu pescoço, e seu coração ganhou um compasso quando uniu finalmente seus lábios no dela, fazendo – o esquecer Marlene pela primeira vez em sua vida.

Quando se separaram, Regulus e Amelie sorriram um para o outro, e uma salva de palmas estrondosa foi ouvida. Corando fortemente, os dois se viraram para ver todos os amigos, encapotados por causa do frio, aplaudirem e assoviarem.

Regulus revirou os olhos divertido e Sirius o pegou para um abraço.

- Agora sim, você é meu irmão! Espere até papai saber disso.

- Você vai mesmo tentar se dar bem com ele?

- Porque não me daria? – sussurrou Sirius no ouvido do irmão – Ele acaba de me dar o presente de natal mais irado da minha vida.

Curioso, Regulus acompanhou o grupo até os jardins da frente, onde Oreon esperava com uma motocicleta negra reluzente, pronta para usar.

- Alguém quer uma carona? Tenho mais duas dessas, garotos.

E pela primeira vez na sua vida inteira, Regulus pode olhar seu pai e irmão e sorrir, como gostaria de passar a vida sorrindo.


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