Ódio e Amor, Uma Linha Tênue escrita por carol_teles


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, a fic ta chegando no fim! Que peninha... T_T
Ainda não acredito que por causa do tédio quando eu estava na casa da minha tia eu criei essa história e todo mundo adorou. Pelo menos até agora.
Obrigada ai pelo apoio e pelas reviews. Adoro elas! E espero que nesse tenha muito mais reviews!
Aproveitem!

Obrigada pela recomendação Aninha2000!! Sério, é muito bom saber que alguém gostou tanto da minha fic. ^^



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- Rima, Utau, é em dois dias!! – Amu grita, em pânico.

- Dá para se acalmar? – Utau pergunta, sentada em sua cama.

- Mas é em dois dias! O que eu faço? O vestido ta mesmo bonito? E se eu cair? E se eu rasgar ele? E se eu estragar tudo?! – Amu perguntava, andando de um lado para o outro, desesperada.

- Relaxa, Amu. Nós vamos estar lá com você. – Rima sorri, comendo alguns biscoitos.

- E se ele pensar que eu estou feia? – Amu se joga na cama – Huh... Eu não quero mais ir!

- Amu! Você vai, sim! Nem que nós tenhamos que te arrastar lá!

- Mas...

- O vestido ficou maravilhoso e você vai roubar o titulo de Rainha daquela vassoura ambulante da Saaya. To doida para ver a cara dela. – Rima ri.

- Okay, essa parte seria legal SE eu conseguir! – Amu cobre o rosto com as mãos.

- Relaxa. Essa nem a parte principal. Depois de serem declarados o casal do baile, vocês terão que dançar juntos.

- O que?! – Amu pula da cama – Eu tenho que dançar?! Com o Ikuto?!

- Isso ai, garota. – Utau sorri.

- Por que acha que fiz você dançar com o Nagihiko duas semanas inteiras? – Rima sorri e Amu volta a cair na cama, grunhindo.

- Odeio bailes.

- Qual é, é divertido. – Utau sorri – Além disso, eu vou cantar lá depois.

- Você vai também?

- Isso ai. Papai quem incentivou e deu capitais para o baile. Então, ele vai ser o único a anunciar o Rei e a Rainha do baile, como todos os bailes anteriores.

- Aruto-jii-san tem muita grana pro meu gosto. – Amu resmunga.

- Eu sei! – Utau ri – Eu adoro gastar essa grana no shopping!

- Você viu a nova coleção de inverno? Ta muito perfeita. – Rima diz, sorrindo. Amu revira os olhos. Era nesses momentos em que ela se sentia totalmente deslocada naquele mundo. Ela não ligava tanto para roupas e nem para jóias, nem para o baile. O problema é que ela e Ikuto realmente pertenciam a mundos completamente diferentes. Se ela olhasse pelos contos de fadas, ela seria a plebéia pobre e Ikuto seria o príncipe encantado o qual todas as garotas sonhavam. Mas no final da história, a plebéia sempre ficava com o príncipe. Então...

- Tudo bem ter esperanças, não é, Ikuto? – Amu sussurra para si mesma, virando-se na cama e dando de cara com uma bola gigante de pêlos. – Huh?

- Oh, Yoru! – Utau olha para o gato peludo, que olhava fixamente para Amu.

- Droga, Utau. Tira esse gato maluco daqui. – Rima se encolhe contra a cabeceira.

- Eu não. Não quero nem perder minha mão. – Utau se junta a Rima – Amu, é melhor você sair de perto dele. Yoru só gosta do Ikuto e é um demônio fantasiado de gato.

- Ohh, não diga essas coisas, Utau. – Amu sorri, sentando-se – Ele é bem fofinho. – Amu estica a mão, acariciando a cabeça da bola de pêlos, que ronrona e se aconchega mais contra Amu.

- Meu deus, ele não te comeu! – Utau e Rima encaram, pasmas.

- É claro que não. Como uma coisinha fofa dessas poderia me comer? – Amu pega o gato no colo, acariciando sua barriga e fazendo ele ronronar ainda mais. – De quem é?

- Do Ikuto. Ele pegou na rua quando tinha uns 14 anos. Era só um filhotinho e estava todo machucado, então ele tomou conta dele e desde então esse demônio mora aqui.

- Utau! Não chame ele de demônio. Olhe. – Amu coloca o gato na frente de Utau – Não é fofo? – o gato libera as unhas e Utau se encolhe.

- Tira isso de perto de mim!

- Aff. – Amu revira os olhos, colocando o gato na cama, que rapidamente pula no colo de Amu e se instala ali – Ohh, que lindo!

- Você foi enfeitiçada. – Rima murmura.

- Owooo, eu nunca tinha visto um gato assim antes... – Amu comenta, acariciando o pêlo dele e finalmente percebendo que tinha macios e sedosos pêlos azulados. – Tão bonito...

- Você é a primeira que diz isso. Todo mundo achou que era a coisa mais estranha do mundo quando o Ikuto o trouxe. Qual é, onde já se viu um gato de pêlo azul?!

- Ele é lindo! Não escute essa garota malvada, Yoru. Ela só está com inveja. – Amu murmura, sorrindo.

- Eu não estou com inveja!

- Hey, Utau! – Ikuto entra no quarto – Você viu o Yoru?

- Eu já disse para bater antes de entrar. – Utau diz, irritada. – E se eu estivesse me trocando?

- Acredite irmãzinha, eu já vi tudo que tinha que ver num corpo de uma mulher. – Ikuto sorri maliciosamente e finalmente percebe Amu ali – Amu? O que está fazendo aqui?

- Pervertido! – Amu grita, vermelha pelas coisas que tinha acabado de escutar. Mas ainda assim, não pode deixar de se sentir triste. Ela sabia que Ikuto já tinha beijado antes e até mesmo feito coisas além disso, muito além; mas ela não gostava de pensar nisso. Ela sempre acabava se comparando a outras garotas e se decepcionava com o resultado. Para ela, Ikuto nunca a escolheria se existisse uma garota com mais corpo por perto.

- Hum... Então Yoru está aqui... – Ikuto sorri, ao ver o gato no colo de Amu. Era meio chocante vê-lo tão amigável com alguém, já que só gostava de Ikuto, mas Amu era diferente. Ela era especial.

- Você o quer de volta? – Amu pega o gato dorminhoco e o tira de se colo, mas as unhas estavam presas em seu casaco – Oh, não quer sair. Me ajuda aqui, Utau. – Amu pede, tentando se libertar.

- Eu não. Essa coisa vai arrancar meu braço. Ikuto, ajuda ela.

- Náh. Vou fazer algo melhor. – Ikuto sorri e de repente Amu estava em seu colo – Estou raptando ela, Utau. Bye. – e com isso ele sai do quarto da irmã.

- Ikuto! Ikuto me solta!

- Droga, Amu, eu não sabia que você era tão pesada. – Ikuto brinca com ela.

- Há?! Eu não sou pesada! Seu fracote! – Amu começa a se debater e Ikuto sorri, abrindo a porta de seu quarto e entrando. – Owoo... – Amu para de se mexer, olhando em volta.

Era um quarto enorme, muito maior do que a casa dela. Tinha uma cama de casal, uma porta aberta que pelo que ela pode ver era o closet; uma estante ocupava toda uma parede e estava cheia de livros, CDs e DVDs; tinha um violino, uma guitarra e um belo piano preto em um canto. As paredes eram um azul marinho, as cortinas eram azuis também, tinha algumas fotos de Ikuto com Kukkai e Nagihiko, outra com sua mãe, uma sozinho e sem blusa.

- Hum... Vejo que gosta muito de me ver sem blusa. – Ikuto chega por trás da garota, sorrindo maliciosamente.

- N-n-não! Hentai! – Amu sai dali rapidamente e vai para a cama.

- Nossa, já quer ir para a cama, Amu? Tão apressadinha.

- N-não! Seu pervertido! Para de distorcer as coisas!

- Não estou distorcendo nada. Você quem foi para a minha cama, claramente fazendo um convite para eu me juntar a você. – Ikuto sorri – E eu aceito com prazer.

- Eu não fiz convite nenhum! – Amu grita, vermelha – Você é um pervertido!

- Mas não sou eu que fico olhando a foto dos outros sem roupa.

- Eu não fiz isso! – Amu responde, ficando mais vermelha a cada segundo.

- Mas admite que tocou na foto? – Ikuto da um sorriso torto e o queixo de Amu cai – Se você quer tanto assim me ver sem blusa, é só pedir, Amu.

- O que...Por...Hent...

- Quer que eu tire? – Ikuto levanta a blusa um pouco e Amu sente seu coração explodir.

- Não, não, não!! Hentai! – Amu se joga na cama, escondendo o rosto no travesseiro. Um doce cheiro invadiu suas narinas e Amu quase se esqueceu que o dono do cheiro estava ali, em cima de si, mais precisamente.

- Ah ah, Amu, subindo na cama dos outros e agarrando o travesseiro deles. Que garota pervertida.

- Humm! Hunf humm humm humm huuumm!! – Amu resmunga contra o travesseiro e Ikuto a encara, sem ter entendido nada.

- Vou assumir isso como um: Ikuto, por favor, me beije. – ele sorri maliciosamente e no mesmo instante o travesseiro voa em seu rosto.

- Eu não disse isso! – Amu diz, vermelha.

- Hum huumm hummm huumm.

- Vou assumir isso como um: Me desculpe por ser um idiota pervertido, Amu. – ela sorri.

- Humm huum hummm.

- O que? - ela congela ao sentir a mão de Ikuto em cima da sua, tirando o travesseiro de seu rosto.

- Eu disse que meu pequeno moranguinho é pervertido. – ele sorri maliciosamente e Amu fica vermelha, fazendo Ikuto rir.

- N-n-não r-r-ria! – ela diz, mais vermelha ainda, mas feliz. Ela gostava muito quando Ikuto ria desse jeito. Significava que ele estava feliz.

- Por que está sorrindo, Amu? – Ikuto para de rir ao perceber que a garota não estava mais gritando com ele.

- Nenhum motivo. – Amu sorri, virando o rosto.

- Você não vai me dizer?

- Não.

- Então eu vou arrancar de você. – ele sorri e Amu o olha, assustada. De repente, apenas risadas era escutadas. As empregadas que passavam por ali, sorriam. Era a primeira vez desde anos atrás que a casa parecia tão alegre e cheia de vida. E tudo graças aquela pequena garotinha chamada Amu. Sim, todos na casa a conheciam e a adoravam. Ela era sorridente, alegre e muito gentil, tendo se oferecido para ajudar os empregados mais de uma vez. E lógico, todos sabiam que ela era a salvadora de Aruto, o grande presidente das corporações Easter. Desde que a garota entrou na vida dessa família, só a tornou mais e mais viva, transformando os mais duros corações nos mais alegres. Seu pequeno senhor, Ikuto, havia sido o mais influenciado. Antes, brigava, nunca sorria nem falava muito, não jantava junto da família, quase não estava em casa e quando estava, ou estava no quarto, trancado, ou estava no salão de jogos com seus amigos. Agora, sorria com mais freqüência, principalmente quando a garota estava na casa, jantava com a família, falava mais, agradecia quando lhe serviam algo, ele e seu pai sorriam um para o outro ao invés de trocar insultos.

- Você acha que ela é a namorada de Ikuto-sama? – uma das empregadas pergunta a outra, ao passar pela porta.

- Se não for, espero que seja. – as duas sorriem e seguem seu caminho. Enquanto isso, Amu se contorcia embaixo de Ikuto, rindo e sem ar.

- Iku...pa...ra...!

- Diga. – Ikuto sorri, continuando a fazer cócegas na garota.

- Porquevocêestáfeliz! – Amu diz num fôlego só e Ikuto para, deixando-a respirar – Por que...você está...feliz. – Ikuto a olha, então sorri verdadeiramente.

- E meu moranguinho sabe por que estou feliz? – ele encosta sua testa a dela, sem desviar o olhar dos olhos grandes e dourados dela. Ele sempre ficava admirado ao olhar diretamente para eles. Sentia-se como se estivesse se perdendo dentro deles e ele adorava aquela sensação.

- N-não.

- E ele quer saber?

- S-sim...

- Me beije e eu te digo. – um sorriso malicioso substitui o sorriso anterior e faz Amu ficar novamente vermelha.

- Hentai. – ela murmura, mas continua olhando para Ikuto.

- Por que está vermelha? Oh, não me diga que se apaixonou por mim e agora está tendo pensamentos pervertidos? – ele sorri maliciosamente, fazendo Amu ficar mais vermelha ainda se possível.

- Pervertido... – Amu murmura, sem tirar os olhos dele. Ikuto sorri e beija sua testa, deitando ao seu lado.

- Amu, você não me disse qual vai ser sua fantasia ainda.

- Fantasia? – Amu o olha, sem entender.

- Para o baile. – ele sorri, brincando com o cabelo dela.

- Oh. Utau e Rima me disseram para que não te contar, pois é para ser surpresa. Você vai de príncipe, não é, Ikuto?

- Sim. Eu já fui de vampiro e pirata. Ganhei todos os anos. – ele sorri, orgulhoso.

- Quem foi a rainha?

- No 1º ano foi uma garota que não lembro o nome. No 2º foi a Saaya. E agora, vai ser você.

- Como pode ter tanta certeza de que vou ganhar? – ela chega mais perto dele, inspirando o doce cheirinho que vinha dele.

- Por que você é a mais bela de todas. E mesmo se não ganhar, para mim, ainda vai ser a Rainha da festa.

- I-ikuto... – Amu fica vermelha, constrangida com o elogio.

- O que? Se apaixonou por mim?

- Idiota... – Amu sussurra e se aproxima mais, o que faz Ikuto se aproximar também, sorrindo. – Ikuto...?

- Hum? – ele pergunta, de olhos fechados.

- Obrig.. – Amu adormece antes de acabar a frase e Ikuto sorri, beijando sua testa.

- Bons sonhos, Amu.

Quando Ikuto acorda, já é noite e uma doce melodia flutua pela casa, acordando os que estavam dormindo e impressionando os que estavam acordados. Todos se perguntavam de onde vinha aquela melodia tão linda, mas tão triste.

Ikuto procura o corpo de Amu, mas não encontra. Ele abre os olhos e encontra apenas seus lençóis brancos, o que o faz levantar-se e olhar em volta, finalmente achando a origem do som tão belo e delicado, que parecia poder se quebrar com o menor barulho, assim como a pessoa que o produzia.

Amu estava de costas para ele, sentada de frente para o piano, seus braços se moviam, deslizando pelas teclas e produzindo o som mais belo que Ikuto tinha escutado além de seu violino. Mas como sempre, Amu o surpreendeu ainda mais, fazendo sua voz juntar-se ao som do piano. Ikuto estava extasiado com a voz da garota. Era tão doce e gentil. Ele nunca havia escutado uma voz tão pura em toda sua vida, nem mesmo a de Utau. Se Ikuto não já estivesse apaixonado por Amu, agora ele com certeza estaria.

http://www.youtube.com/watch?v=so6ExplQlaY

Kiss the Rain-> Yiruma

I often close my eyes

And I can see you smile

You reach out for my hand

And I'm woken from my dream

Although your heart is mine

It's hollow inside

I never had your love

And I never will

And every night

I lie awake

Thinking maybe you love me

Like I've always loved you

But how can you love me

Like I loved you when

You can't even look me straight in my eyes

I've never felt this way

To be so in love

To have someone there

Yet feel so alone

Aren't you supposed to be

The one to wipe my tears

The on to say that you would never leave

The waters calm and still

My reflection is there

I see you holding me

But then you disappear

All that is left of you

Is a memory

On that only, exists in my dreams

And every night

I lie awake

Thinking maybe you love me

Like I've always loved you

But how can you love me

Like I loved you when

You can't even look me straight in my eyes

I don't know what hurts you

But I can feel it too

And it just hurts so much

To know that I can't do a thing

And deep down in my heart

Somehow I just know

That no matter what

I'll always love you

I often close my eyes

And I can see you smile

You reach out for my hand

And I'm woken from my dream

Although your heart is mine

It's hollow inside

I never had your love

And I never will

So why am I still here in the rain?



No meio da música, sem Ikuto ou Amu perceberem, Aruto, Utau, Rima, Souko, Kukkai e Nagihiko, assim como várias outras pessoas tinham se aproximado e os primeiros tinham entrado no quarto. Dizer que estavam chocados é pouco. Ikuto, sem perceber, tinha se levantado e estava a poucos passos de Amu, que continuava sentada, encarando as teclas.

- Amu. – Ikuto toca o ombro dela e a garota dá um pulo, virando-se com os olhos arregalados.

- Ikuto! Você me assustou!

- Amu.

- Me desculpe por usar seu piano sem pedir. É só que eu acordei e não consegui mais dormir, ai eu vi e pensei em tocar por um tempinho e acabei me empolgando. Me desculpe. Eu acordei você? – Amu para respirar e então percebe quem realmente estava dentro do quarto.

- Amu, aquilo foi...

- Destruiu, Hinamori!

- Foi tão lindo, Amu...

- Perfeito, Amu-chan!

- Quem diria que minha pequenina era tão boa cantando e tocando! – Aruto sorri e Amu fica vermelha.

- V-vocês e-e-escutaram? Tudo?

- Não tudo, mas uma parte. – Souko sorri – Você canta muito bem, Amu-chan.

- O-o-obrigada. – Amu abaixa a cabeça, embaraçada.

- Ai! – Kukkai grita de repente – Utau! Por que fez isso?

- Kukkai, meu amorzinho, vamos ali, vamos? – Utau sorri e pisca várias vezes para Souko e Rima.

- Oh, oh! Nagi vem, vamos com eles. – Rima puxa Nagihiko pelo braço, que sorri, entendendo o motivo da namorada.

- Meu amor, vamos para o quarto. – Souko sorri, pegando Aruto pela mão.

- O que? Espere, eu quero falar com a Amu-ch... – a porta bate e o quarto fica em silêncio. Após alguns minutos, Amu finalmente olhou para Ikuto.

- Ikuto? – a voz dela estava fraca – Você está zangado?

- Por que eu estaria zangado, Amu? – ele se aproxima, parando na frente dela.

- P-p-porque eu u-usei seu p-p-piano sem permissão.

- Não estou zangado, Amu. – ele sorri – Você tem uma voz muito bonita, sabia?

- Mesmo? – os olhos da garota brilham e ele sorri, confirmando com a cabeça.

- Quem fez a música?

- Eu.

- Você? – Ikuto a olha, surpreso.

- Sim. Ela estava feia? Eu fiz agora, então não sei se ficou muito legal e faz tempo que não toco...

- Ficou maravilhosa, Amu. – ele sorri, acariciando a bochecha dela. Amu fecha os olhos, e inclina o rosto para a mão de Ikuto, sorrindo. Com a outra mão, Ikuto pega a mão da garota, puxando-a para a cama.

- Vem, Amu. – ele sorri, deitando e batendo ao seu lado, convidando-a para deitar. Amu deita lentamente, envergonhada. – Não se preocupe, vamos apenas dormir, pervertida.

- I-idiota! – a garota se vira, dando as costas a ele, que sorri, e a abraça por trás, escondendo seu rosto na nuca dela.

- Hey?

- O que?

- Pode cantar para mim?

- Cantar? O que?

- Qualquer coisa. Só quero escutar sua voz. – Ikuto se aconchega nela, formando conchinha.

- Okay.

http://www.youtube.com/watch?v=V1bFr2SWP1I&feature=channel

Somewhere over the rainbow->Israel Kamakawiwo'ole

Ooooo oooooo oooooo (6x)

Somewhere over the rainbow

Way up high

And the dreams that you dream of

Once in a lullaby

Somewhere over the rainbow

Blue birds fly

And the dreams that you dream of

Dreams really do come true

Someday I'll wish upon a star

Wake up where the clouds are far behind me

Where trouble melts like lemon drops

High above the chimney top thats where you'll find me

Oh somewhere over the rainbow blue birds fly

And the dreams that you dare to, oh why, oh why can't I?

Well I see trees of green and

Red roses too,

I'll watch them bloom for me and you

And I think to myself

What a wonderful world

Well I see skies of blue and I see clouds of white

And the brightness of day

I like the dark and I think to myself

What a wonderful world...

- Ikuto? Você está dormindo? – Amu sussurra e como não recebe resposta, dá ele como adormecido. A garota se vira lentamente, tentando não acordar o garoto ao seu lado, que dormia pacificamente. Amu o observa por alguns minutos, tentado memorizar cada detalhe do perfeito rosto dele. O que ela mais gostava eram os olhos e o cabelo. Era incrível como o cabelo dele era tão macio, igual uma pluma. E os olhos... Mesmo que ele não fosse tão bonito, Amu se apaixonaria por ele se ele apenas tivesse aqueles olhos. Tão gentis, mas tão pervertidos ao mesmo tempo. Ela cora levemente. Então estica a mão, hesitante, e tira uma mecha de cabelo que havia caído nos seus olhos. Seus dedos vão deslizando pela face dele, quase como se estivesse flutuando, até alcançarem a boca. O olhar de Amu se fixa naqueles lábios finos e imagina quantas garotas já tiveram o prazer de prová-los. Será que um dia ela provaria deles também? Provavelmente não. Como Deus era injusto. Colocava Ikuto em sua vida, como uma pequena luz na escuridão, mas nunca a permitia tocá-la como quisesse. Era como se quanto mais Amu esticasse sua mão para tocá-lo, mais ele se afastasse.

- Tirar um doce de criança... – Amu sorri a sua comparação, mas logo sente um gosto salgado em seus lábios. Ela estava chorando.

- Amu... – a garota congela ao ouvir seu nome. Ela olha para ele, temerosa de ter sido pega, mas ele ainda dormia. Ikuto estava sonhando com ela? De todas as pessoas, com ela?

- Ikuto... Não me deixe. Nunca. – Amu se encolhe contra o peito do garoto, que por instinto abraça-a pela cintura, não deixando nenhum espaço entre seus corpos. Logo Amu adormece.


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Notas finais do capítulo

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