Looking For An Happy Ending escrita por AngelOfBlackDreams


Capítulo 9
Capítulo 9




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/10693/chapter/9

Dois meses se passaram, e já estávamos em Julho. Como os Tokio Hotel tinham andado em Tour, Angélica não via Gustav desde o dia do concerto, mas isso não os impedia de falarem todos os dias. Tudo isso iria mudar nesse dia: a Tour tinha finalmente acabado, com um concerto na Bélgica, e os rapazes estavam de volta à Alemanha.
Gustav tinha combinado com Angélica encontrarem-se num pequeno café que ele conhecia, e iria trazer os restantes membros da banda, atrelados como Angélica dizia, para que ela os pudesse apresentar a Maggy, Anika e Corinna.
As quatro amigas esperavam então pela chegada dos rapazes, todas demonstrando o nervosismo.
Corinna observava o relógio de minuto em minuto, fazendo sempre a mesma pergunta:
- Eles ainda vão demorar muito?
Isso não ajudava as restantes raparigas, que respondiam sempre o mesmo, e neste caso respondeu Maggy:
-Como é suposto nós sabermos?
Anika limitou-se a ficar calada, olhando fixamente a porta, à espera do momento mágico em que eles entrassem.
Angélica olhava divertida as outras três. Também ela se encontrava nervosa, mas o seu nervosismo denotava-se pelo olhar que deitava ao telemóvel à espera duma resposta de Gustav. Era algo que não conseguia evitar.
- Minha gente, é melhor meditarmos um pouco ou fazermos yoga. Desliguem essas baterias – aconselhou Angélica, olhando Corinna – ou, em certos casos, liguem. – disse olhando Anika. – Se eles aparecem e vêm-nos assim, assustam-se.
- OK! – Disseram as três ao mesmo tempo, dando uma grande gargalhada depois.
O som das gargalhadas trocado pelo som dum telemóvel a tocar, o de Angélica.
Era uma mensagem de Gustav: “Estamos quase a chegar. Tenho muitas saudades tuas”.
-Ele é um rapaz de poucas palavras, não? – Disse Corinna, olhando por cima do ombro de Angélica de lendo a SMS.
- Oh, e depois? Menos palavras, mais acção! – Comentou Anika.
Todas olharam para ela, chocadas com tal comentário, enquanto que Anika corava, percebendo o que tinha dito.
- Mais acção na bateria!! Não estava a falar doutro tipo de acções!!
-Sim sim, pois pois. Até parece. Tu nem respeito tens pela namorada dele. – Disse Maggy, apontando para Angélica.
Angélica não pôde evitar corar. Nunca sequer pensara que conheceria alguém tão perfeito, que ela amasse tanto. E conhecera-o só agora… A recordação daquele telefonema que recebera nos EUA invadiu-lhe a mente e uma dor profunda invadiu-lhe o coração e o seu sorriso de felicidade desvaneceu-se da face.
Anika e Maggy continuavam na sua pequena “discussão” quando Anika notou a tristeza no olhar de Angélica.
-Que se passa Angel? – Perguntou ela preocupada.
- Nada querida. É uma parvoíce que me lembrei. – Respondeu ela, tentando forçar um sorriso.
As três amigas olharam-na preocupada. Algo estava errado, muito errado, mas não valia a pena perguntar, Angélica obviamente não queria falar nisso.
- Honey, I’m hooooooooome! – Alguém gritou.
Angélica, Corinna, Anika e Maggy viraram-se rapidamente. Tom acabara de entrar no café, seguido de Bill, Gustav, Georg e vários seguranças, que ficaram parados ao lado da porta. Angélica nem perdeu tempo. Levantou-se, deitando a cadeira pelos ares, correu em direcção a Gustav e saltou para o colo dele, beijando-o apaixonadamente.
- Ena pá, é só amor! E logo à minha frente. - Disse Georg, rindo-se.
As pessoas que se encontravam dentro do café começaram todas a bater palmas e a assobiar. Isto pareceu nutrir algum efeito no casal, que se afastou passados alguns momentos, muito embaraçados.
-Tive saudades tuas, meu príncipe. – Sussurrou Angélica a Gustav.
-E eu tuas, meu anjo caído do céu só para mim. – Sussurou ele.
Gustav olhou Angélica atentamente e notou que ela tinha algo familiar vestido. Um vestido azul.
- Eu conheço este vestido, foi aquele que te dei. Fica-te muito bem. Também era impossível ficar-te mal, com uma beleza como a tua…
-Podiam parar com essas lamechices românticas? Digam-nas em privado. – Disse Tom. – E aproveitem e dêem uso à cama.
- Tom, cala-te! – Mandou Bill.
- Tu também precisavas de dar uso à cama. Um dia isso ainda te cai por falta de uso. – Brincou Tom.
- Seu idiota!! – Gritou Bill.
- Idiota és tu por não dares ouvidos ao teu irmão mais velho.
Angélica limitou-se a abanar a cabeça, agarrou nas mão de Gustav e Georg e levou-os até à mesa, deixando os irmãos a trocar insultos, que depois os seguiram.
- Pois bem, estas são as minhas amigas Maggy, Anika e Corinna. – Apresentou ela. – Meninas, vocês já sabem quem eles são.
Elas ficaram a observá-los de cima abaixo, de um lado a outro.
- Elas estão a comer-nos com os olhos. – Comentou Georg.
- Qual é o mal de comer-mos com os olhos? Uma pessoa tem que aproveitar enquanto pode, não é todos os dias que vos vemos tão perto. – Explicou Corinna.
-Mas podiam aproveitar e fazer outras coisas. Como já disseste, não é todos os dias que vocês os têm tão perto. – Sugeriu Angélica, piscando o olho.
- Mas o que queres que a gente faça? Agarremos neles e metamos as nossas línguas até às goelas deles como tu fizeste com o Gustav. Nós não somos umas sem-vergonha como tu! – Replicou Maggy.
-Pois não, tu, por exemplo, meterias a língua na goela de outra pessoa… Um outro loiro, de rastas… - Retorquiu Angélica, fazendo uma cara marota.
Tom pareceu muito interessado e olhou Maggy atentamente sorrindo. Esta tentou olhar para outro lado, escondendo as bochechas enrubescidas.
- Eu sou um íman de mulheres, que se pode fazer? – Vangloriou-se Tom.
Todos riram-se. A conversa continuou nesse nível, casual. Foi como se os Tokio Hotel não existissem, eles eram apenas pessoas normais e elas eram amigas, não fãs.
O tempo foi passando e já era um pouco tarde. As raparigas, que moravam um pouco longe, despediram-se.
- Ei, podias dar-me o teu número? - Pediu Tom à Maggy, enquanto ela se afastava.
Maggy parou sobressaltada e virou-se rapidamente para trás. Olhou Tom nos olhos como que para ter a certeza do que ele dissera, e correu ter com ele.
-Tens uma caneta? – E ele entregou-lhe uma caneta. Ela escreveu na palma da mão dele o número e foi-se embora.
Tom fica ligeiramente embasbacado a vê-la partir.
-Bem, aquela miúda…. Uau. – Deixou ele escapar.
-Ainda bem que te agrada porque – e ela aproximou-se – se a magoas, eu arranco-te os tintins e obrigo-te a comê-los! – Ameaçou Angélica.
Ficaram todos parados a olhar chocados Angélica, que ria com um “riso de vilã” .
- Gustav, tu tem cuidado com ela. Ainda acabas sem o teu piu-piu – Brincou Georg.
-Eu nunca faria algo que a transtornasse. – Respondeu Gustav, beijando-a.
-Bem… nós vamos para casa. Estamos cansados e tal. Divirtam-se. – Disse Bill, e despediu-se. Os outros dois fizeram o mesmo.
Gustav olhou pensativo para Angélica, que retribuiu o olhar, tentando desvendar o que se passava.
-A minha casa fica perto – falou ele, por fim – queres ir lá?
Angélica não precisou pensar muito:
-Claro que sim!
O casal deu as mãos e foram caminhando pela rua. Gustav segurava a mão de Angélica de forma firme mas carinhosa, como que temendo que ela escapasse. Angélica achou isso muito querido.
-Estás com medo que eu fuja?- Perguntou ela, na brincadeira.
Ele parou, olhando-a nos olhos e disse seriamente:
- Não, estou com medo de perder a pessoa que mais amo.
Ele não disse mais nada, e continuaram a caminhar. Angélica agarrou-se com força ao braço de Gustav e murmurou:
-Tu nunca me irás perder. Eu serei sempre tua, aconteça o que acontecer.

Chegaram por fim a casa de Gustav. Era uma moradia branca, com um jardim à frente um grande portão à volta.
-Ena pá, que bela casa, sim senhor! – Comentou Angélica. – Está alguém em casa?
-Penso que não. – Respondeu ele simplesmente.
Angélica parou e fingiu-se chocada, abrindo muito os olhos.
-Com que intenções me trouxeste aqui, para a tua casa, vazia? Ai ai Gustav Klaus Wolfgang Schäfer, saíste-me cá um malandro!!
Ele sorriu e aproximou-se dela, enlaçando-a pela cintura.
-Apenas quero estar contigo. – Sussurrou ele ao ouvido.
Angélica sentiu calafrios pelo corpo inteiro. A presença de Gustav, o seu corpo, tão perto, deixava-a louca.
-Entramos ou pretendes passar o dia inteiro no portão? – Perguntou ela, sussurando também.
Entraram por fim em casa dele. Ela olhou em redor, observando a casa, que ela achou acolhedora. A casa encontrava-se muito silenciosa, ouvindo-se apenas o som de um cão.
- Põe-te à vontade. – Disse-lhe ele.
-Sem dúvida que sim. – Disse ela, piscando-lhe o olho.
Começou a subir as escadas, à descoberta da casa. Espreitou todos os quartos até que encontrou aquele que queria: o quarto de Gustav, que ainda tinha as malas dele quase à porta do quarto.
-Jackpot. Encontrei o quarto que queria.
O quarto encontrava-se muito arrumado, sem dúvida fora a mãe dela que arrumara enquanto ele estava em tour. O quarto era simplesmente branco com tons de azul em alguns sítios.
-Este é o meu quarto. –Disse Gustav, aparecendo finalmente.
-Já notei. É giro, e está arrumadinho. – Disse ela, entrando no quarto e bisbilhotando.
-Ei, que pensas que estás a fazer? – Perguntou ele, pondo-se atrás dela.
Angélica abriu uma das gavetas da mesa de cabeceira de Gustav, onde encontrou os boxers dele. Agarrou nos mais cómicos que viu, um com fantasmas.
-Tu és uma criança autêntica pá.
-Vá, já chega, devolve. – Pediu ele, tentando tirar-lhe os boxers. Houve uma espécie de luta, até que Gustav conseguiu tirar-lhe os boxers. Estavam ambos a arfar, com os corpos colados um no outro. Angélica olhou nos olhos de Gustav e tomou a iniciativa, beijando-o e puxando-o para a cama.
Não foram necessárias mais palavras entre ambos. Despiram-se lentamente, saboreando o momento, beijando-se e acariciando-se sem parar. Foi momentos de doçura. Por fim, uniram-se num só e amaram-se durante o resto da tarde. Quando por fim chegaram ao clímax, Gustav sussurrou ao ouvido de Angélica “Eu amo-te” e deitou-se ao seu lado, abraçando-a com ternura.
Ficaram assim deitados enquanto Gustav acariciava o rosto de Angélica, observando-a.
-Nunca gotas de suor a percorrer um corpo me pareceu tão sensual como parece agora.
Angélica corou violentamente.
- Não me olhes assim. – Pediu ela, tapando-se.
-Porquê? Tu és linda. És a rapariga mais linda que já vi, – e beijou-a – mais sensual, - e beijou-a. – e eu amo-te. – e beijou-a novamente.
Abraçaram-se mais e ficaram a dormitar, um pouco.
Ouviu-se então um telemóvel tocar, o que sobressaltou o casal. Angélica levantou-se da cama e foi à procura da sua mala, que mandara para o chão quando entrara no quarto.
- Sim? Quem fala? – Ouve uns longos minutos de silêncio até que Angélica começou a chorar. – Pai?...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Looking For An Happy Ending" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.