Looking For An Happy Ending escrita por AngelOfBlackDreams
O resto do concerto decorreu sem problemas, tirando certos olhares que eram lançados para Angélica por parte de certos elementos da banda, talvez esperando uma repetição daquilo que acontecera anteriormente, o que não sucedeu.
Angélica, que não era fã da banda, não sabia as letras das músicas como as restantes pessoas que se encontravam no concerto, mas fazia um esforço enorme para fingir que sabia, movendo os lábios ao som da música. Apesar de tudo, Angélica esta a gostar do concerto e se apaixonara pelas músicas, especialmente a Live every second (apesar de Tom se ter posto à sua frente a fazer movimentos com a guitarra nessa musica, movimentos esses que Maggy havia adorado).
O concerto chegava finalmente ao fim com os últimos acordes de música By your side e a voz de Bill a cantar “We’ll make it if we try”. Os fãs gritaram furiosamente. Havia um sentimento em comum entre todos: não desejavam que acabasse. Anika, Corinna e Maggy choravam, abraçadas, por saber que o concerto estava a acabar, por tristeza e ao mesmo tempo por felicidade, por terem visto os seus ídolos de tão perto.
Angélica observava a banda. Tinham-se os quatro levantado e estavam a lançar a água das suas garrafas para o público. Gustav lançou as suas garrafas de água na direcção de Angélica, a banda despediu-se das fãs e abandonaram o palco.
O coliseu demorou muito tempo a se esvaziar, devido ao número de fãs que se recusavam a sair, na esperança que a banda voltasse, mas isso não aconteceu. Maggy, Corinna, Anika e Angélica dirigiram-se lentamente para saída, sem muita pressa.
- Então Angel, queres ir jant… - Começou Maggy mas foi interrompida por um homem, que claramente trabalhava lá como se podia observar pela t-shirt que dizia “staff”, que estava parado junto à porta do Coliseu.
- A menina podia fazer o favor de me acompanhar? – Pediu ele, dirigindo-se a Angélica.
Todas olharam para Angélica chocadas, sem perceber o porquê deste homem a chamar. Angélica presumiu que fosse Gustav que a quisesse ver.
-Desculpem meninas, não vou poder ir com vocês. Acho que vou ouvir um raspanete. – Disse-lhes Angélica.
Corinna procurou um pedaço de papel, onde escreveu algo e ofereceu a Angélica.
-Estes são os nossos e-mails. Depois adiciona e conta, tudo, e eu digo TUDO, o que aconteceu.
Angélica aceitou a folha, guardou-a e despediu-se das 3 amigas, seguindo o homem do “staff”. Este levou-a até uma pequena sala, dentro do coliseu, onde apenas existia um sofá e mandou-a esperar, saindo da sala.
Angélica olhou em volta, observando a sala. Não a espantaria nada se, do nada, aparecesse um rato. Sentou-se no sofá, esperando por Gustav, enquanto escrevia uma mensagem à tia: “titi, o concerto já acabou mas não sei quanto tempo mais demorarei. Não te preocupes comigo.”. Ao acabar de escrever a mensagem, recostou-se para trás no sofá e fechou os olhos. Ela sentia-se muito cansada e doía-lhe muito as pernas.
Angélica ouviu a porta abrir-se e fechar-se rapidamente, e ao abrir os olhos, deu de caras com Tom, que lhe sorria. Sentou-se rapidamente direita, muito vigilante.
“Mas que raio está este aqui a fazer??” pensou ela.
Tom aproximou-se lentamente dela e sentou-se no sofá ao seu lado. Angélica não pôde evitar afastar-se mais um pouco.
- Olá. – Cumprimentou ele.
- Oi. – Respondeu ela, pensando “ Não és muito bom a meter conversa, pois não?”.
- Tu no concerto pregaste-me um grande susto.
- Susto? Porquê? Nunca viste um par de mamas?? As outras fãs eram até capazes de mostrar mais que isso.
- Eu bem sei. – Disse ele, com um sorrisinho malicioso na cara.
“Este tem a mania que é garanhão. Ai que eu já te castro!” pensou Angélica, olhando de lado.
- Não era suposto tu teres visto aquilo. Não era para ti. – Esclareceu ela.
- Era para quem então? – Perguntou ele, aproximando-se e metendo a mão sobre o ombro.
- Calminha aí. Prega fundo nos travões. – Gritou Angélica, levantando-se.
- Eu apenas te quero conhecer melhor. – Comentou ele, fingindo-se inocente.
-Não quero esse tipo de conhecimentos contigo. Não fazes o meu tipo.
Tom levantou-se, aproximando-se de Angélica, que por sua vez se afastava dele, até chocar contra a parede e Tom pressioná-la contra esta.
- Como sabes que não faço o teu tipo, ainda não provaste… - Retorquiu ele, e tentou beijá-la.
Nesse momento ela perdeu a paciência.
- Tira as mãos de cima de mim, seu nojento!!! – Gritou ela, dando-lhe uma chapada e depois o empurrando.
Tom soltou um pequeno grito de surpresa quando ela fez isso. Ele caiu no chão e agarrou a face que ela esbofeteara e que tinha a marca da mão dela bem visível.
Ouviu-se alguém a correr, talvez alarmados pelos gritos, e a porta da pequena sala abriu-se. Bill, Georg e Gustav seguidos de Saki entraram. Todos olhavam para a cena dentro daquela sala: Tom, no chão, agarrado à cara bem marcada; Angélica, em pé encostada na parede, vermelha de raiva e de lágrimas nos olhos dos nervos.
- Angel! – Gritou Gustav, ao reconhecê-la.
Angélica olhou para ele e as lágrimas começaram a rolar no seu rosto. Correu então para Gustav, abraçando-o. Gustav acariciou-lhe a face, ainda não percebendo o que se passava.
-Tu conheces essa maluca? – Perguntou Tom, indignado.
Gustav olhou-o severamente.
-O que se passou aqui, Tom? Que lhe fizeste para ela estar assim?
-Eu não fiz nada. Essa doida é que me agrediu!! – Respondeu ele, levantando-se.
Bill aproximou-se de Gustav e meteu-lhe a mão sobre o ombro.
-Acho melhor levarmos a rapariga para o camarim, até ela se acalmar e nos puder contar o que aconteceu. – Sugeriu Bill.
Gustav assentiu e foram todos para o camarim da banda, que era uma sala um pouco mais afastada. Era muito maior que a anterior e tinha mais sofás e uma grande mesa repleta de doces.
Fizeram Angélica sentar-se num dos sofás e deram-lhe um copo de água, para que se acalmasse. Assim que ela se sentiu mais calma, pediu desculpa pelo escândalo que causou.
- Enervei-me um pouco demais e peço desculpa por isso. – Disse ela.
- Mas o que raio se passou? – Perguntou Gustav.
Angélica olhou para Tom, que estava na outra ponta da sala encostado à parede de braços cruzados, ignorando as restantes pessoas.
- Acho melhor perguntarem a ele. – Respondeu ela.
- Preferimos ouvir a tua versão antes de ouvirmos a dele. – Explicou Georg.
Angélica respirou fundo e começou a explicar:
- Quando eu estava a preparar-me para sair do coliseu, uma pessoa que trabalha neste local disse-me que alguém queria falar comigo então eu segui-o até aquela sala e esperei. Aquele ali – disse apontando para o Tom – apareceu depois e começou a atirar-se a mim apesar de eu lhe ter dito claramente que não. Ele então tentou me beijar e eu dei-lhe uma chapada e empurrei-o. Depois vocês apareceram e o resto vocês já sabem.
Todos olharam para Tom fixamente, tentando perceber se o que Angélica dizia era verdade ou não. Tom continuava a ignorá-los, olhando para outro lado.
-Tom…. É verdade? – Perguntou Bill aproximando-se.
Tom olhou-o nos olhos e, por algum motivo, talvez pela ligação que gémeos têm, ele soube a resposta. Bill olhou-o zangado e bateu-lhe no ombro.
-Agora deste para atacar fãs, seu idiota?
- Pá, deixei-me levar, que queres que faça agora? – Respondeu Tom, irado.
-Pedir desculpas, não é óbvio? – Disse Bill, metendo a mão na cintura numa pose de mãe a ralhar com o seu filho.
Tom aproximou de Angélica, parando em frente dela, abaixou a cabeça envergonhado e disse:
-Desculpa por ter tentado te forçar.
Angélica olhou-o fixamente, tentando perceber se ele realmente sentia aquilo que dizia.
- O Tom às vezes é um idiota, mas é bom rapaz. Desculpa-o Angel. – Disse-lhe Gustav.
Angélica meteu-se de pé, levantou o rosto de Tom e respondeu:
-Estás desculpado. Mas tens que perceber que quando uma rapariga diz não, é não mesmo.
-Oh, mas elas normalmente dizem logo que sim. – Comentou ele, fazendo novamente o seu sorrisinho malicioso.
-E tens também que deixar de ser um convencido. Irritas-me assim. – Avisou-lhe Angélica.
Todos riram, especialmente Georg num riso muito cómico que parecia uma hiena, o que fez as restantes pessoas rirem ainda mais.
- Vamos começar então isto tudo de novo. – Sugeriu Angélica, assim que conseguiu parar de rir. – Eu sou a Angélica e vocês?
-Eu sou o Tom, o sex gott !
- Sou irmão desse idiota aí, o Bill. – disse, apontando para o Tom.
- E eu sou simplesmente o Georg. – Apresentou-se ele, acenando.
- Eu tu já sabes quem sou. – Comentou o Gustav.
-Será que és o Michael? Ou o Joseph? Ou o Philiph? Não me recordo… - Dizia Angélica, fazendo uma cara de pessoa confusa. – Ahh, já sei! És o meu príncipe Gustav. – E passou a mão pelo cabelo com gel dele.
- Como é que vocês se conhecem? – Perguntou o Georg.
-Bem, é simples! O Gustav salvou-me de uma queda muito feia, e em agradecimento, eu ofereci-lhe a minha pessoa.
- Bem, eu não sabia que o Gustav tinha arranjado uma namorada, muito menos uma assim tão bonita. Sortudo ele. – Comentou Tom.
Gustav corou ligeiramente, olhando para Angélica.
- Eu não sou namorada dele. – Respondeu ela, simplesmente, tentando não demonstrar qualquer sentimento.
- Então eu ainda tenho hipóteses? – Perguntou Georg, fazendo um sorriso maroto.
- Nahh. Lá por eu não ser namorada dele não quer dizer que não gostasse de ser…- Disse Angélica, arrependendo-se depois. Tentou então não olhar para Gustav, para não morrer de vergonha.
Fez-se um silêncio profundo. Ninguém sabia o que dizer, limitando-se a olharem uns para os outros.
-Bem… Nós estamos a mais. – Comentou Bill. – Acho melhor deixarmos vocês os dois sozinhos.
-Ah, não. Eu é que tenho que sair. Começa a fazer-se tarde e eu já vos chateei tempo suficiente. – Retorquiu Angélica, levantando-se.
-Eu levo-te até a casa. – Falou Gustav.
-Oh não, não é preciso.
-Eu levo-te, a sério. – Disse ele, olhando-a se forma a deixar bem claro que quer ela quisesse que não, ele a levaria.
Angélica resignou-se e aceitou, suspirando.
-Gostei muito de vos conhecer aos três, sem dizer que adorei o concerto. Vocês são fantásticos! Ganharam uma nova fã, sem dúvida. – Despediu-se ela dos rapazes, beijando-lhes as faces. Parou depois em frente do Tom, acariciando a face que ela agredira. – Desculpa a chapada. Agora estás marcado.
- Eu mereci, não te preocupes. – Tranquilizou-a Tom, piscando-lhe o olho.
Saíram então Angélica e Gustav do camarim.
-Espera só um pouco. Vou pedir um carro emprestado para te levar a casa. Nós viemos no autocarro. – Pediu Gustav enquanto ia falar com o manager dele.
Angélica limitou-se a assentir. Passado um bocado voltou com umas chaves na mão.
-Vamos, ainda teremos de arranjar maneira de ir-mos até o carro sem ninguém notar.
- Só dás trabalho, sabias? Agora lá vou eu que correr feita doida para as fãs não me matarem! – Queixou-se ela, fingindo-se chateada.
Ele riu-se e seguiram caminho. Realmente tiveram que correr. Apesar de terem saído por uma porta mais escondida onde não estava quase ninguém, mesmo assim ele foi reconhecido por duas raparigas, então correram feitos loucos, tentando que as fãs não vissem a Angélica. Conseguiram então escapar das fãs e encontrar o carro, entrando rapidamente e arrancando.
-Meu Deus, o que as tuas fãs dirão! Onde já se viu um ídolo sair a correr!! – Comentou Angélica, rindo-se.
Nada mais foi dito durante toda a viagem. Por fim chegaram a casa de Angélica e Gustav estacionou em frente e ficaram ambos a olhar um para o outro, sem saber o que dizer. Passou uns bons 5 minutos até que Angélica decidiu agir.
-Vais continuar calado por causa daquilo que disse?? Se te incomoda tanto posso retirar o que disse!
Gustav meteu um dedo sobre os lábios dela para que ela se calasse.
-Angélica, eu amo-te! Amo-te desde o primeiro momento em que te vi caída no chão em que pensei que um anjo teria caído do céu.
Uma lágrima rolou pela face de Angélica. Ela retirou a mão de Gustav de frente da sua cara e disse:
- Eu também te amo Gustav, como nunca amei ninguém. E apesar de saber que não devia, continuo a amar-te.
Gustav olhou-a interrogativamente, com tenções de lhe perguntar o porquê daquilo que ela disse mas Angélica não lhe deu tempo, começou a beijá-lo como se não houvesse dia de amanhã, metendo a mão por dentro da t-shirt de Gustav e sentindo o corpo dele. Gustav percorreu o pescoço de Angélica com beijos, até aos ombros, beijando-lhe depois de novo os lábios, enquanto acariciava-lhe a face. Nessa altura um velhote bateu na janela do carro, perguntando o que raio eles andavam a fazer num sítio público.
- Bem… é melhor eu ir-me embora. Depois falamos. Adeus. – Despediu-se ela, beijando-o depois.
Saiu então do carro, passando ao lado do velhote que a olhava de lado.
- A juventude hoje em dia…. – Repetia ele várias vezes.
Angélica entrou no prédio a correr, gastando as últimas forças que ainda tinha nas pernas, depois dum concerto e de uma fuga de fãs. Entrou silenciosamente em casa e foi espreitar a sua tia, que já dormia. Dirigiu-se então para o seu quarto e começou então a despir-se. Ela planeava tomar um duche quando chegasse a casa mas o cansaço fizera-a mudar de ideias. Vestiu então a sua camisa de dormir e começou então a tirar as coisas da sua mala. Foi então que encontrou o papel que Corinna lhe dera e decidiu adicionar já as amigas, desejando vê-las ainda hoje para se explicar.
Ligou então o computador e enquanto ele se ligava, foi à cozinha preparar algo para comer. Fez uma sandes, que devorou rapidamente devido à fome que sentia, e voltou ao quarto. Sentou-se então na cadeira, tentando se manter acordada, abriu o MSN e adicionou os três e-mails que tinha. Apenas o de Maggy estava online.
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Olá =D Ainda por aqui? Não sei como aguentas
Oi. Estamos cá as 3. Ainda acordadas, também não sabemos porquê.
Então? Que aconteceu?? Queremos saber tudo! :-P
É uma longa história…
Nós não temos pressa lol
Tenho eu sono xD
Conta ;_;
Têm que prometer não contar a ninguém. MESMO A NINGUÉM.
:O Nós prometemos. Também iríamos contar a quem? Nós as 3 já saberemos.
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Angel contou-lhes tudo, desde o momento em que conheceu Gustav no parque, até ao momento em que chegou a casa, depois do concerto. Ela contou tudo, apenas evitando contar do incidente com o Tom, que ela preferiu manter para si. As três amigas não diziam nada, apenas metiam o smile “ :O “.
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Sortuda! Eu invejo-te! Também os quero conhecer!!
E beijar o Gustav ;P by:Anika
LOL mas olhem, isto realmente tem que ser mantido entre nós. Vocês foram as 1ªs em quem confiei isto
Não te preocupes, não contaremos a ninguém. Isto é bom demais para se contar a quem quer que seja ;-)
Obrigada 
Vocês são as 1ªs amigas que eu fiz aqui na Alemanha
Aw, és tão querida. Nós também gostámos de te conhecer *.*
Mas olha, sem querermos parecer interesseiras (mas sendo), será que nos podias apresentá-los?
É só para tirar fotos e pedir autógrafos e se Deus quiser, meter um pouco de conversa
Não tencionamos violá-los nem nada disso…A não ser que eles queiram xD by: Corinna
Posso tentar, mas não prometo nada. Não sei quando ou SE estarei com eles todos
Obrigada J
Bem, olhem, preciso de ir dormir, já pareço um zombie. Adeus*
Boa noite. *bye*
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Angélica desligou então o computador e dirigiu-se para a cama, deitando-se.
Pegou então no telemóvel para ver que horas eram e notou que recebera uma SMS, e era do Gustav: “Ainda estás acordada?”.
Respondeu prontamente: “A última vez que vi, estava. Mas não é por muito tempo.”
Tentou manter-se acordada, à espera da resposta, que não tardou: “ Era só para desejar boa noite, que durmas bem. Também vou já dormir e sonhar contigo. Amo-te @@@”.
Angélica sentiu o sangue subir-lhe às faces. Gustav conseguia ser tão querido e, meu Deus, ela ficava cada vez mais apaixonada por ele.
“ Também te amo, muito muito. Dorme bem @” foi o que ela respondeu.
Virou-se então para o outro lado da cama, preparando-se para dormir, sabendo que iria ter sonhos muito bons nessa noite.
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