Looking For An Happy Ending escrita por AngelOfBlackDreams


Capítulo 4
Capítulo 5




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Entraram no restaurante e sentaram-se numa mesa ao fundo. Era um sítio agradável, com um certo ar rústico. As paredes eram de madeira, com quadros de vários géneros a enfeitá-las. Tinha umas vinte mesas de madeira com toalhas verdes escuras e pareciam estar já todas ocupadas. Havia música ao vivo, com uma pequena banda a meio do restaurante num pequeno palco a tocar baladas. O restaurante agradava a Angélica.

Instalaram-se numa mesa afastada da porta, quase escondida.

-Este sítio é giro. – Comentou Angélica.

- Pois é. Gosto de vir aqui. – Respondeu Gustav.

Angélica fitou Gustav e fez um pequeno sorriso malandro.

-A sério? E costumas vir com quem? Mais raparigas que conheces no parque?

-Oh, não! – Exclamou ele, encabulado. – Eu venh…

Não teve tempo de acabar a frase. Nesse preciso momento um empregado aproximou-se da mesa deles.

- O que vão querer?

Angélica riu-se. Divertia-a meter-se com Gustav, que ficava envergonhado facilmente. Olhou então para o menu.

Fizeram os pedidos.

- Nada de salsichas para agora, salsicha tenho eu para sobremesa, não é Gustav?

Ele olhou-a, chocado.

- É tudo? – Perguntou o empregado, tentando não se rir deles.

Angélica assentiu e o empregado foi-se embora. Olhou então Gustav que continuava com a mesma expressão de espanto e riu-se.

-Pronto pronto, não leves a mal o que eu disse! Estava simplesmente a brincar contigo. Eu não sou assim tãooo “avançada”. És sempre assim tão inocente?

-Nem por isso. É que foste a primeira a fazer comentários sugestivos em relação a salsichas. – E finalmente riu-se.

O empregado voltou com as bebidas, abrindo-as e pousando na mesa, indo-se embora de seguida.

- Pois bem menino Gustav, fale-me de si.

- Antes de tudo gostava de te perguntar algo… Sabes quem eu sou? – Perguntou ele, olhando-a fixamente.

- O Gustav? – Respondeu ela confusa. – Sinceramente não sei o que pretendes perguntando isso.

- Não me conheces mesmo? – Voltou ele a perguntar.

- Como assim não te conheço? Conheci-te hoje! Estás a deixar-me muito confusa.

Gustav olhou-a com simpatia e sorriu.

-Tu realmente és especial. – Disse ele.

Angélica corou. Ele primeiro deixava-a confusa e depois dizia que ela era especial? Sentia-se muito feliz com o comentário dele mas o rapaz parecia-lhe ser um pouco estranho.

-Podes me explicar que conversa foi essa? – Pediu ela.

-Alguma vez ouviste falar numa banda chamada Tokio Hotel?

Angélica puxou pela memória. Aquele nome não lhe era estranho… Parecia já o ter ouvido falar em algum lado, até que se lembrou.

-Já. É uma banda que agora é muito famosa. Todas as miúdas os adoram. Eu sinceramente nunca os ouvi. Quer dizer, já ouvi uma música deles que costuma passar no rádio mas não foi propriamente com atenção. Porquê perguntas?

Gustav mexeu-se um pouco na cadeira e respondeu:

-Eu faço parte da banda. Sou o baterista. – Contou ele, simplesmente.

Angélica olhou-a surpreendida. Ele fazia parte duma banda famosa? Agora percebia porque algumas pessoas os haviam olhado com curiosidade quando passaram!

-Dessa não estava à espera, de conhecer um baterista. Gostaria de te ouvir um dia destes.

-Quando quiseres. Fiquei espantado quando disseste que não sabias quem sou. Hoje em dia, todos nos reconhecem. – Confessou ele.

- Olhem-me este! Faz parte duma banda e já pensa que é alguém importante! – Brincou Angélica.

-Nada disso. Além de que a banda ainda está a progredir. E olha que apesar de eu gostar muito das fãs, eu quero manter a minha privacidade. Às vezes ser reconhecido a toda a hora não é bom…

-Acredito que sim… Mas também querias o quê? És super giro!

Nessa altura o empregado voltou com os pratos.

-Bom apetite!

-Muito obrigado. – Agradeceram ambos.

Começaram ambos a almoçar. Estava tudo óptimo. Angélica aproveitou para provar a comida de Gustav.

-Hummm, é bom. Mas a minha é melhor hihihi.

-Ai sim? Deixa-me provar. – E tirou uma garfada da refeição dela.

Riram-se ambos das suas figuras em pleno restaurante.

 - Pois bem, e que tal falares um pouco de ti? – Pediu ele.

- Bem, eu chamo-me Angélica, como já sabes, mas costumam-me chamar de Anjinha. Tenho 18 anos e até à… 2 dias estava a acabar o meu 12º ano.

- Que aconteceu? – Perguntou ele, curioso.

- Percebi que havia coisas mais importantes na vida do que estudos. Foi por isso que vi para a Alemanha! Neste momento estou a viver com a minha tia, que não via à séculos.

-Não és alemã? Falas bastante bem a língua.

- Acredito que sim. Desde que me lembro de ser alguém que aprendo alemão. A minha mãe achava boa ideia eu aprender várias línguas desde a infância. Sempre serviu para algo, não? Estou aqui a falar contigo.

- E eras de onde? Eu não noto qualquer sotaque em ti.

- EUA, Califórnia. Era suposto ter sotaque? – Perguntou ela, fingindo-se zangada. – Depois do trabalho que tive a aprender a falar bem a língua…

Começou então a comer grandes garfadas de comida, enchendo a boca toda, o que fez Gustav rir-se às gargalhadas.

- Vá, já chega destas badalhoquices minhas. Fale-me mais de si. Até agora só sei o seu nome e o que faz da vida, menino Gustav.

Ficaram então a conversar calorosamente sobre si mesmos e sobre aquilo que gostavam. Passaram bastante tempo a falar, esquecendo-se completamente das refeições mal tocadas.

Angélica olhou então para o relógio que estava na parede e assustou-se: 16:08!

-Oh meu Deus, como o tempo passa! Olha as horas! – Gritou ela, chamando a atenção de todos que estavam no restaurante. Baixou a cabeça então, envergonhada.

-Pois, já é tarde. É melhor irmos. – Disse ele, levantando-se e indo pagar.

Angélica seguiu-o.

-Eu pago. – Disse ele.

-Nananinanão, eu vou pagar a minha parte.

-Não, eu pago. Fui eu que convidei!

Angélica suspirou. Não valia a pena impor-se, de nada adiantaria. Sem falar que gostava da atitude de Gustav, que era um autêntico cavalheiro.

Gustav pagou e saíram do restaurante. Ele parou então e olhou para Angélica, esperando para saber o que ela planeava fazer.

- Vamos dar uma volta? Não me apetece ir para casa agora, gosto de estar contigo.

-Onde queres ir? – Quis ele saber.

-Onde queres me levar? Leva-me ara onde quiseres. Até me podes levar para casa.

Gustav sorriu e deu-lhe o braço. Foram andando pela rua a fora, passeando apenas. Encontraram uma loja de roupa pelo caminho e, ao ver Angélica a babar-se para a vitrina, Gustav decidiu entrar. Agarraram roupa ao acaso e foram experimentar, numa espécie de jogo para ver quem se vestia pior.

Fizeram isso várias vezes, arrancando gargalhadas um do outro. Antes de irem embora, decidiram experimentar uma última vez roupa.

- Não te rias de mim quando eu sair senão arranco-te a cabeça. – Avisou ela.

-Desde que não te rias de mim Angel.

Já havia alguma intimidade entre ambos então e Gustav começara a chamá-la de Angel.

-Vou contar até 3 e depois saímos ambos, ok? Aqui vai: 1, 2 e 3!

Saíram ambos dos vestuários. Gustav estava vestido com uns calções pretos justos e uma t-shirt verde cor de alface a dizer “Made in heaven just 4 you” enquanto que Angélica usava um vestido azul muito justo, com um decote em V, que chegava um pouco acima dos joelhos.

O queixo de Gustav caiu até ao chão e era quase visível a baba a escorrer-lhe da boca.

-Tu estás fantástica.

Angélica corou violentamente e olhou-o de cima abaixo, tentando arranjar algo para dizer.

- Tu também estás muito giro… E esses calções, uii, mostram toda a tua masculinidade.

Gustav tapou rapidamente com as mãos, corando também.

- Bem, está na altura de ir embora. – Disse ela, entrando novamente no vestuário.

-Vais levar o vestido? Devias levar.

-Não, não teria onde o usar. - Respondeu ela.

Passado um pouco voltou a sair, já novamente vestida com a sua roupa e reparou que Gustav já a esperava. Foi pôr o vestido no lugar e olhou-o melancolicamente. Era pena ele ser tão caro. Angélica não estava disposta a gastar 250€ num vestido, por mais que gostasse dele.

Foi então ter com Gustav, que falava com a dona da loja.

-Vamos? - Perguntou ela.

Gustav disse que a levava a casa. Voltaram então ao restaurante, onde ele tinha o seu carro e ele conduziu até ao prédio da sua tia. Foi uma viagem curta, não demorando mais de 5 minutos.

Ele estacionou à porta e lembrou-se de lhe pedir o número de telemóvel, para falarem depois. Ela deu-lhe.

Olharam então um para o outro, um pouco tristes por terem que se despedir.

- É melhor ir, antes que a minha tia se passe com a minha demora e pense que fui raptada. Foi pena não me levares para tua casa, afinal não provei a salsicha alemã… - Falou ela.

- Talvez para a próxima, quem sabe? Salsichas é coisa que não falta na Alemanha. – Brincou ele.

-Acredito que sim. Adeus, gostei muito do tempo que passei contigo – Despediu-se ela.

Aproximou a sua cara da dele e então beijou-o, à qual ele correspondeu. Depois disso saiu do carro e gritou:

-Liga-me depois!

Ele sorriu e foi-se embora. Ela ficou a ver o carro ir-se embora, não conseguindo esconder a felicidade que sentia. Ela realmente começava a gostar de Gustav.

Entrou no prédio e foi rapidamente para o apartamento da tia, ansiosa para lhe contar do seu dia. Não foi difícil encontrar a tia, que se encontrava na sala a ver televisão enquanto esperava pela sobrinha.

Angélica saltou para o sofá excitada e perguntou à tia:

-Sabes quem são os Tokio Hotel?

-Sei. É uma banda de jovens alemães. Porquê a pergunta? – Respondeu Michelle, confusa.

-Pois eu acabo de voltar dum encontro com o baterista da banda. – e contou-lhe tudo sobre o encontro.

Michelle ouvia tudo, muito interessada no relato da sobrinha. Com que então a sobrinha andava com um rapaz duma banda famosa…

-… E foi isso que aconteceu. – Acabou Angélica de contar. – Achas que correu bem? Não terei dado um grande passo ao beijá-lo?

- Não, eu penso que não. Fizeste o acertado. Agora é só esperar para ver, não querida? – Sugeriu Michelle.

-É, não é? Mas ai dele se não me responder! Vou atrás dele e transformo-o num eunuco!

-Que violência.. – Comentou ela, rindo-se.

Angélica foi trocar de roupa ao quarto, para se pôr mais à vontade, e voltou para a sala para fazer companhia à tia. Ficaram ambas a ver TV, a ver um filme, uma comédia romântica. Quando acabou o filme, ambas comentaram o filme.

-Ai, foi tão estúpido o filme. Só mesmo em filmes isso aconteceria. – Comentou Angélica.

-Eu gostei. Foi divertido!

-Sim, foi divertido, mas foi estúpido. Ninguém levaria a mãe num encontro! – Disse Angélica.

Nessa altura, alguém tocou à porta e Michelle foi abrir. Voltou depois com uma grande caixa nas mãos.

-É para ti.

Angélica agarrou na caixa e pousou-a no sofá, abrindo-o. Não conseguia acreditar no que os seus olhos viam.

-É…É o vestido azul! O vestido que eu experimentei na loja!

Michelle sorriu e pensou “o rapaz realmente gostou dela, isso não há dúvida”.

Por cima do vestido estava um bilhete que, Angélica ao agarrar, viu ser um bilhete para um concerto de Tokio Hotel para dia 4 de Maio.

-Ele quer-me ver outra vez… - Murmurou ela. Pulou então do sofá, puxando a tia pela mão, e meteu-se a dançar de felicidade.

O telemóvel de Angélica tocou. Angélica largou a tia e foi a correr ver. Era uma mensagem do Gustav e dizia: Gostaste do que te mandei? Dia 4, às 19:30. Não faltes. Beijos”.


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