Looking For An Happy Ending escrita por AngelOfBlackDreams


Capítulo 3
Capítulo 3




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Angélica acordou cedo, por volta das 6 da manhã. O dia já tinha amanhecido mas ainda não estava muito luminoso, e a brisa matinal sentia-se levemente. Angélica espreguiçou-se e levantou-se, olhando-se ao espelho.
- Oh meu Deus, dormi vestida! – Exclamou ela para si mesma.
Olhou para o relógio por cima da mesa cabeceira e dirigiu-se para a casa de banho, bocejando, indo lavar a cara.
Ao voltar ao quarto, abriu a sua mala, que se encontrava encima da secretária, e vasculhou-a, procurando algo. Primeiro tirou todas as pequenas bolsas e sacos que tinha lá dentro, pousando no chão. Voltou depois a vasculhar a mala.
-Ah há, encontrei. - E puxou um fato de treino preto e um top de dentro da mala.
Olhou para o chão e notou o resultado da sua busca incessante dentro da mala: roupa espalhada pelo chão.
”Arrumo depois” pensou ela. Virou as costas à barafunda e trocou de roupa, vestindo o fato de treino. Penteou o cabelo num rabo-de-cavalo, calçou uns ténis e saiu do quarto, dirigindo-se à cozinha.
A casa encontrava-se silenciosa, sem dúvida por a sua tia continuar a dormir. Angélica procurava o seu caminho pela casa de forma a não fazer barulho.
-Porque não tomei eu atenção ontem? - Pensou ela, percorrendo o corredor.
Finalmente, deu com a cozinha. Na grande janela que ela recordava do dia anterior podia-se ver já o sol reflectindo contra os vidros. Sobre a mesa da cozinha encontrava-se um bolo de cenoura, dentro de uma redoma de vidro, e um papel com um recado.
Angélica olhou ambas as coisas curiosamente e pegou o papel, que dizia: Querida Anjinha, comprei este bolo para ti, para festejar que me vieste visitar. Bem sei como gostas de bolo de cenoura. Quando tiveres fome, come-o.
- Tia tonta…. – Sussurrou Angélica.
Pousou a folha novamente sobre a mesa e virou-se para o frigorífico. Tirou lá de dentro um iogurte e pousou-o sobre a mesa. Olhou em volta da cozinha, à procura dos talheres e abriu uma gaveta ao acaso que, com sorte, era a gaveta dos talheres, e tirou uma colher.
Sentou-se então à mesa comendo o seu iogurte, e ao mesmo tempo olhando o bolo, a tentação, como que uma leoa olhando a sua presa. Não resistiu e cortou uma fatia do bolo, a que deu uma dentada avidamente.
-Mmmmmmmm, tão bom! – Gemeu ela de prazer, dando mais dentadas.
Acabou então o seu iogurte e levantou-se.
Procurou no hall do apartamento pelas chaves da sua tia, temendo sair de casa sem elas. Encontrou-as e meteu-as dentro do bolso, enquanto saía de casa e entrava no elevador.
Ao sair do elevador uma vizinha cumprimentou-a, à qual Angélica cumprimentou também, saindo depois do prédio.
Ela procurou com o olhar um lugar adequado para correr enquanto andava pela rua. Encontrou tal lugar 5 minutos depois de caminhada, um jardim com caminhos próprios para actividade física.
Angélica começou a sua corrida matinal, hábito seu desde já à muito tempo, enquanto observava o jardim. Era um lugar agradável, com grandes porções de vegetação e bons caminhos ao mesmo tempo. A essa altura da manhã encontrava-se pouca gente lá, apenas ela, um homem muito musculado que se exercitava numas barras, e que lhe sorriu quando ela passou, uma senhora de idade a passear o seu cão, duas amigas a passearem e um rapaz a fazer jogging, tal como ela.
Angélica observava agora com atenção o rapaz, que corria à sua frente. Intrigava-a o facto de haver alguém como ela que se levantava às 6 da manhã para vir correr.
- Ele tem um bom rabo. – Pensou ela, rindo-se, enquanto o olhava de cima abaixo.
Estava ela tão distraída com o rapaz que nem notou que havia um ramo enorme à sua frente, em que ela tropeçou. Caiu de joelhos e rasgou as calças de fato de treino nessa zona, esfolando-se.
- Boa, um fato de treino destruído…
- Estás bem? – Perguntou o rapaz que anteriormente corria à frente dela, mas que tinha notado que ela caíra. – Essa queda foi feia… - E esticou a mão para ajudá-la a levantar-se.
-Oh, obrigado. – Disse ela aceitando a mão amiga e levantando-se. - Eu estou bem, só destruí as calças e esfolei um pouco os joelhos.
Angélica olhou encantada para o rapaz. Era loiro, com olhos castanhos e uma cara de miúdo que ela achava uma fofura. Era da sua altura, não muito alto, mas era entroncado e por baixo da t-shirt notava-se que tinha um bom corpo.
- Foste o meu herói. Não existem muitos rapazes que parariam para vir ajudar uma rapariga trapalhona que caiu da forma mais estúpida de sempre. – Brincou ela, piscando o olho.
Ele riu-se.
- Tens que limpar essa ferida. Lá à frente há um bebedouro. Eu levo-te lá.
Angélica assentiu e seguiu-o. Andaram durante alguns minutos até chegarem ao bebedouro. O rapaz tirou um lenço do bolso e molhou-o, limpando a ferida de Angélica.
- Oh não precisas fazer isso, eu faço. Assim deixas-me envergonhada! Mas obrigado, és um querido. – Disse-lhe ela, tirando o lenço da mão. – Estás aqui a perder o teu tempo comigo enquanto podias estar a correr neste sítio lindo.
- Não precisas agradecer. E não te preocupes comigo, correr não é das minhas actividades favoritas, mas gosto de deporto no geral.
- Eu gosto muito de fazer jogging. Sinto-me muito melhor quando o faço! Considero-o muito relaxante, mais para a alma, e não muito para o corpo. Mas também gosto de outras actividades físicas. - Confidenciou-lhe ela, sorrindo.
Ele olhou-a, sorrindo. Angélica concentrou-se então no acto de limpar a ferida, embaraçada. Ninguém disse mais nada, fazendo um silêncio constrangedor.
- Ora bem, tu ainda não me disseste o teu nome. Eu sou a Angélica, e tu? – Perguntou ela, levantando a cabeça e olhando-o nos olhos.
- Chamo-me Gustav…


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