Capitulo 03 – Start

(início)

Edward POV

- Mudança. Outra vez pai?! Porra! – quando vi já havia xingado na frente do velho. Mas também, era a quarta vez em sete meses que mudávamos de casa. Já tava enchendo de verdade.

- Edward, primeiro, olha a boca. Segundo, dessa vez é definitivo filho, o hospital me garantiu isso. Ficaremos em Forks por um bom tempo. – disse Carlisle, meu pai, numa tentativa frustrada de me animar.

- Forks? Onde fica isso?

- É uma cidadezinha de Washington. É calmo e arborizado o lugar. Como você gosta Ed, agora para de reclamar feito uma mocinha e vá arrumar suas coisas. Daqui a pouco sua mãe e sua irmã nos matam.

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- EDWARD, ME AJUDA COM ESSA CAIXA. – gritava Rosalie enquanto nós retirávamos as caixas de papelão de dentro do caminhão de mudanças e transferíamos a nossa nova casa.

Realmente a cidade era bonita. Um verde musguento que cobria quase tudo, o céu era 90% encoberto de nuvens carregadas, o ar frio e reconfortante. Eu odiava o calor excessivo de Jacksonville, a ultima cidade em que moramos.

Meu pai era médico voluntário. Não recebia pelos serviços prestados as comunidades e sempre escolhia trabalhar em comunidades carentes. Até que resolveu se aquietar em um hospital só, por conta dos meus estudos e de meus irmãos. Só que, esse hospital deu pra transferi-lo a cada mudança de estação praticamente. Espero mesmo que essa seja a ultima vez, estava insuportável carregar as coisas de Rosalie cinqüenta vezes subindo e descendo escadas.

Quando eu estava subindo no caminhão, para pegar a ultima caixa que provavelmente seria de sapatos da minha irmã, vi uma coisinha miúda e linda. Era pequena, não tanto quanto Rose, mas ainda sim devia bater abaixo do meu ombro. Tinha cabelos castanhos caindo em cascatas sobre as costas, uma pele lisinha e pálida. Era linda de corpo. Mas, quando reparei nos chocolates dos seus olhos, vi que estavam inchados e avermelhados, sinais claros de choro. Ela disparou contra a rua correndo e chorando, e vinha em direção a arvore que se encontrava á direita de minha nova casa. Pelo seu desespero ela com certeza não me viu, e esbarrou em mim com força.

- Você está bem? – eu perguntei analisando preocupadamente sua feição derrotada.

- Eu.. eu.. – ela não conseguiu terminar de falar e se debulhou em lágrimas. Sem pensar abracei a estranha que estava em estado de choque, e a levei a arvore. A arvore era baixinha e tinha um certo tipo de caverninha ali, onde alguém poderia muito bem ficar sem ser interrompido. Aninhei a estranha linda em meus braços e a abracei forte enquanto ela encharcava minha blusa com suas lágrimas. De repente senti um aperto no peito, por que aquela criaturinha linda chorava desse jeito? Quem seria o infeliz responsável por essas lágrimas? Ela visivelmente não merecia isso.

Aos poucos sua respiração foi se normalizando e seu choro cessando. Ela corou, obviamente sem graça. Eu nem tinha me apresentado a ela. Logo assim ela me encarou, e parece ter ficado uma vida olhando meus olhos. Aquilo me arrepiou. Nunca uma menina teve esse poder sobre mim na vida.

- Está melhor? – eu sussurrei limpando uma ultima lagrima de sua bochecha.

- Sim, obrigada. – ela disse timidamente, sussurrando também – Quem é você?

- Edward. Edward Cullen. – Sorri um pouco – Seu novo vizinho. E você?

- Bell... Isabella Swan. – ela corrigiu, antes de falar o que provavelmente seria seu apelido.

- Bella. Lindo nome. – disse o apelido que ela se negou a dizer – Assim como você. – ela corou de uma forma linda. Tão rápido quanto isso ela se levantou do meu abraço e encarou o chão envergonhada.

- Desculpe por isso eu... Nós nem nos conhecemos.

- Claro que nos conhecemos. Acabamos de nos apresentar. – sorri e ela retribuiu com um sorriso de tirar o fôlego de qualquer marmanjo.

- Obrigada Edward. De verdade... – ela fez uma curta pausa e eu me levantei, encarando-a. Deus! Ela era tão fragilmente linda! – Eu acho que tenho que ir. – um sorriso torto escapou de meus lábios e a vi prender a respiração.

- Convidaria você a entrar se ao menos tivesse um sofá aqui... Mas, amanhã você não me escapa. – ela sorriu.

- Tenho aula amanhã.

- Eu também. E como aqui só tem uma escola você vai comigo, meu carro. E almoça na minha casa.

- Edward..

- Não interessa, é uma intimação.

- Sim senhor.

Com essa eu ri alto.

- Então, tchau né. Até amanha. – ela falou corando e se despedindo com um tchauzinho tímido.

- Bella... ? – A chamei.

- Sim?

- Por quem quer que seja, não merece suas lágrimas.

Ela parou por um momento e deu um sorriso triste.

- Vou me lembrar disso. – ela sussurrou e então se aproximou me dando um beijo no rosto. – Tchau Edward, obrigada outra vez.

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Bella POV

Eu ainda estava em estado de choque. O meu anjo, mais conhecido como Edward, havia me chamado, digo, intimado a ir com ele a escola amanhã e a almoçar em sua casa. Se nós vivemos no mesmo mundo, ele estava me paquerando. Mas, eu não sabia se estava pronta. Não tinha nem uma semana que havia descoberto o cachorro que Jacob é (n/a: se liguem no duplo sentido hahaha) e já aceitar assim, convites de estranhos me davam medo.

Por mais que Edward me parecesse diferente, honesto. Só que Jacob me fez acreditar que ele também era assim, apaixonado, honesto, sincero, e, no entanto eu provavelmente levava mais chifres que toda uma boiada.

A ferida estava aberta, mas uma voz me dizia que apenas Edward era capaz de curá-la.

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Não consegui dormir. Obviamente vocês sabem muito bem o motivo. Mas, também devem saber que Alice tinha uma parcela de culpa, já que me fez repetir todos os movimentos de Edward umas vinte vezes.

Tomei um banho rápido pensando em minha roupa. Não iria elaborar muito. Eu realmente não estava pronta para paquera nenhuma no momento.

Acabei optando por uma *http://www.polyvore.com/bella_escola_01/set?id=25094708* roupa simples, mas que ao mesmo tempo me valorizava. Eu também não poderia andar mendiga por ai, até porque, minha melhor amiga Mary Alice Brandon não me perdoaria por isso.

Meu pai já havia ido trabalhar, assim como minha mãe. Então eu podia descer e ficar andando em círculos na sala até Edward chegar. O que não demorou muito, pois logo ouvi sua buzina.

Peguei minha mochila e dei uma ultima conferida no visual. Cílios marcados, bochechas levemente rosadas, cabelo bagunçado. Ok, tudo bem.

A companhia tocou e eu enfartei três vezes ao abrir a porta. Por que Edward tinha que ser tão perfeito? Por quê? Ele estava *http://www.twilight-gallery.com/displayimage.php?pid=133212&fullsize=1* divino com uma roupa extremamente simples. Deus, eu to enlouquecendo.

- Bom dia Bella. – ele falou e deu um sorriso tão lindo que involuntariamente sorri também.

- Bom dia Edward. – meus sentidos me traíram, pois na mesma hora que o cumprimentei o abracei com ímpeto. Deus, cadê meu juízo?

- Hey, o dia ta perfeito agora. – ele disse retribuindo o abraço – Agora vamos, porque apesar de perfeito, o dia mal começou.

Posso ir ali morrer de novo?