Capítulo 14 – Christmas

(Natal)

Bella POV

Acordar ao lado de Edward naquele dia foi a melhor coisa que já me acontecera antes. Primeiro porque era ao lado dele, e segunda por causa da maneira como ele me acordou! Deus, Edward seria minha morte. A mais deliciosa de todas as mortes.

Mas, tinha um certo porém que eu não havia levado em conta até agora. Eu dormi na casa de Edward. Meus pais estavam em casa. E saio de casa solteira e “virgem” – aos olhos deles – e volto namorando. E de uma recém noite na casa do namorado.  Charlie não me mataria né? Ele gosta de Edward... Na verdade meu pai é o maior baba ovo dos Cullen na cidade. Então sem medo Bella. Respira... Porra, eu to bem lascada.

Edward pareceu sentir meus músculos enrijecerem na cama e se levantou me olhando preocupado.

- Algum problema amor? – ele me deu um selinho. Suspirei fundo e falei.

- Charlie. – Edward riu secamente.

- Terei que pedir sua mão em casamento?

- Provavelmente... Mas ele até gosta dos Cullen. E é impossível não te amar. – depositei um beijo na ponta de seu nariz.

- Aham. Bella... Ele tem uma arma. – tive que rir alto.

- Ok amor. Olha, hoje é dia 22, por que não juntamos nossas famílias no natal ham?

- Ótima idéia amor. Meus pais vão adorar. Minha ou sua casa?

- Sua, por favor. Charlie irá voltar logo após a meia noite de qualquer jeito, é bom que a casa dele esteja vazia. – rimos juntos, até que expressão de Edward ficou distante, e ele ficou me encarando por um bom tempo, tão bom que cheguei a ruborizar.

- Que foi? – perguntei.

- É difícil acreditar, sei lá. Finalmente você é minha... E seu pai vai saber.

- Eu sempre fui sua, Edward. Nós só precisávamos nos descobrir... Eu só precisava me descobrir, para poder te amar por completo. – a angustia me dominou nessa hora. Se eu não tivesse sido tão medrosa e receosa, já estaria com Edward há um ano, e provavelmente teria sido o melhor, e não pior ano de minha vida.

- Amor... Não é culpa sua. – Edward percebeu minha expressão e falou na mesma hora. – nós dois tínhamos que crescer... Eu não devia ter fugido como uma criança.

- Não se culpa Edward... Se você respeita a minha sanidade, não tira de mim a culpa.

- Não vamos brigar ok? Eu te amo, e isso que importa Bella. Minha Bella.

Xxx

- Deus, acho que nunca estive tão nervosa na vida. – eu falei, enquanto saímos da casa de Edward em direção a minha, que era do outro lado da rua. Essa hora era bem inconveniente ser vizinha do meu namorado. Só nessa hora mesmo.

- Calma Bella, é apenas seu pai. – Edward falou com uma voz de espanto, e olhando para ele confirmei seus olhos esbugalhados e os lábios secos de nervoso. Tive que rir.

- Você está pior do que eu amor.

- Eu sou o namorado Bella, a bala da arma virá na minha direção, não na sua. – peguei a mão dele.

- Meu pai não ira te balear, e se ele tentar, eu entro na frente combinado? – perguntei dando um selinho nele, já na porta de casa.

- Não. – eu ri e ele aprofundou o beijo, por pouco tempo, já que logo a porta de minha casa se abriu e nos deparamos com um Charlie fardado nos encarando.

- Isa.be.lla. – ele pronunciou calmamente, nos encarando. Ok Bella, lado atriz em ação agora.

- BOM DIIIIA PAPAI. Como vai o pai mais lindo do mundo? – nem eu sabia que era tão cínica. Vi minha mãe por trás de meu pai e lancei o olhar desespero a ela.

- Bella querida, bom dia. – ela veio sorrindo, Deus, como eu amava Renne. – Saí do meio Charlie. Como foi a noite na casa de Alice? Edward te buscou como combinado?

- O de sempre mãe. Unhas, cabelo, maquiagem, acabar com os garotos... O de sempre. – falei e sentir Edward arregalar mais ainda os olhos, diante da mentira recém inventada por minha mãe e por mim. – E sim, Edward foi me buscar como o cavalheiro que é. E entre pai, queremos falar com vocês.

- Bom dia Sr. Swan – Edward cumprimentou meu pai educadamente, escondendo o nervosismo. – Bom dia Sra. Swan.

- Senhora esta no céu meu rapaz, Rennee por favor. Vamos entre, o café acabou de ficar pronto.

Entramos e ouvi meu pai balbuciar coisas como ‘casa de Alice’ e ‘cavalheiro’. Enfim. Edward e Charlie se afastaram e aproveitei para abraçar minha mãe.

- Você é a melhor mãe do mundo.

- Eu sei. Mas, quando dormir na casa do namorado, me avisa antes pra inventar outra desculpa né querida. – ela me olhou – Eu te amo, e já amo esse garoto por fazer minha bebê tão feliz.

Sentamos a mesa, Edward a minha frente e do lado de minha mãe, meu pai na ponta da mesa. Senti como Edward estava tenso, com os ombros de uma estatua e o chutei levemente pela mesa a fim de que ele percebesse e relaxasse. Assim foi feito.

Depois de algumas conversas idiotas entre mim e minha mãe no meio do café, um silencio desconfortável pairou sobre a mesa, até que Charlie atirou o jornal para o lado e olhou para mim e Edward.

- Então, alem do obvio, o que vocês dois querem falar comigo? – Charlie pronunciou, visivelmente emburrado, o que me fez reprimir um sorriso. Meu pai ciumento era tão fofo!

- Charlie... – Edward começou, com uma segurança e firmeza e sua voz que me espantou de inicio – Não quero ofender sua autoridade, mas uma vez que Isabella já aceitou não irei lhe pedir permissão, e sim lhe pedir o seu apoio. Bella e eu estamos namorando, e se caso aceitos, vamos juntos para New Hampshire, estudar em Dartmouth. Então, não considere isso um aviso, de maneira alguma, e sim a visão de um futuro próximo, onde eu e Bella estaremos juntos. Para sempre. – ele me olhou ao pronunciar a ultima palavra, e notei que eu tinha lagrimas nos olhos.

Eu não sabia dessa parte de dartmouth... É claro que tínhamos concluído o sênior na escola... E é claro que havia passado em minha cabeça para onde iríamos. Mas, eu nem sequer havia feito um requerimento para dartmouth. Eu mandei o meu para o Alasca! E eu ainda nem estava com Edward... Tudo bem que só estou oficialmente com ele desde ontem... Mas, mesmo assim! Claro. Alice. Ela tem todos os meus dados...  Obvio que tinha dedo dela nisso. E oh meu Deus, eu preciso me lembrar de agradecê-la até sempre.

- É muita coragem sua vir até aqui me dizer isso rapaz. – Charlie falou e ficou um breve tempo calado. Eu já começava a ficar aflita, e notei Edward secar as mãos, o que significava que ele suava frio. – Mas, coragem é algo que admiro e muito nas pessoas, e é algo que se tem que ter para agüentar essa aqui – ele apontou para mim. Que absurdo! Meu próprio pai... – Então, eu lhes dou o meu apoio, e fico muito orgulhoso que vocês vão a Dartmouth. – Eles se levantaram e apertaram as mãos, eu logo me levantei junto e tratei de abraçar meu pai.

- Eu te amo pai.

– Também te amo Bells. Mas, por favor, da próxima vez que dormir na casa de seu namorado, não me deixe descobrir. E não quero netos por pelo menos cinco anos. – fiquei pálida, com medo, nervosa e sem fala, até meu pai rir e me abraçar outra vez.

- Bom, era só isso? Tenho que ir a delegacia. – Charlie disse.

- Não – eu falei e Edward completou – Nós queríamos convidar vocês – ele olhou para minha mãe e meu pai – para passarem o natal conosco. Já que estou com Bella, vocês já são minha família, e natal se passa em família. Carlisle e Esme ficariam muito felizes, e seria a primeira oportunidade de juntar oficialmente os Cullen com os Swan.

- O que acha querida? – Charlie perguntou a minha mãe.

- Acho ótimo! Vou hoje mesmo a casa de vocês combinar tudo da ceia com Esme. – mamãe falou a Edward.

- Pode ir agora Renne, minha mãe estava feito louca sem saber de que marca comprar tal coisa, ou se a arvore está realmente bonita. Essas coisas. – Edward disse rindo.

- Então vamos Charlie... Você tem que ir trabalhar e eu uma ceia a organizar. Vamos deixar os novos pombinhos as sós.

- Ok. Tchau querida – Charlie me deu um beijo na testa e apertou a mão de Edward outra vez. – E nada de netos, de novo. – corei.

- Vai embora pai. – todos rimos.

Xxx

E então era natal... Peguei o primeiro presente que eu havia comprado para Edward, o segundo seria para mais tarde em sua cama, e dei uma ultima checada no espelho. Eu *http://www.polyvore.com/bella_natal/set?id=26553576* até estava bonita. Talvez mais velha demais pela maquiagem pesada que Alice me fez, mas na dose certa de sexy.

Desci, e eu, meu pai e minha mãe atravessamos a rua e fomos até a ceia de natal com a minha nova família.

Logo na porta, Edward e Carlisle receberam-nos, e pude ouvir no canto do meu ouvido um comentário nada santo de Edward

- Você esta perfeita amor. Se bem que eu estou começando a te odiar de roupas. – corei.

- Oi para você também. – falei e dei um selinho nele.

Para minha surpresa todos os nossos amigos estavam lá, não só nossa família. Até Alice e Emmet com seus pais adotivos e lindos. Pelo visto Alice e Jasper, e Rose e Emmet estavam sérios mesmo. Assim como eu e Edward.

- Então garotos, Edward me disse que vão todos a Dartmouth. Estou muito orgulhoso de todos vocês. – disse Carlisle, após sair de uma conversa animadora com Charlie.

- Não sei ainda ao certo se entrei né Carlisle – eu disse, lançando um olhar mortal a Edward, por ter guardado o segredo e ele só riu.

- É claro que vai entrar meu amor. Além de linda, é a mais inteligente, preciso de lembrar? – Edward veio ao meu encontro, abraçando minha cintura.

Rimos e Edward me puxou para um beijo doce.

Xxx

A noite prosseguiu tranqüila. Alice foi a primeira e distribuir os presentes que havia comprado para todos. Os meus já estavam na casa de Edward, por isso sai de casa com o dele apenas. Ganhei de Alice uma gargantilha que se separava em três, onde eu, ela e Rosalie usaríamos, simbolizando nossa amizade. O seu discurso foi tão lindo que nós três choramos juntas feito três panacas, até Alice brigar e falar que nosso rimel não era a prova de lágrimas.

Ganhei de Esme e Carlisle um broche com o antigo brasão da família Cullen. Espantei-me ao notar o peso do objeto, e quando perguntei se era uma jóia real eles logo mudaram de assunto. Deus, aquilo deve ser muito caro!

Emmet me deu um perfume, e dentro da caixa enorme que ele colocou o pequeno frasco havia um chicote e uma algema. Corei violentamente olhando para aquilo e ele gargalhou, falando que mais tarde eu iria agradecer.

Jasper me deu um livro de Jane Austen que a tempos queria. Pulei em seu pescoço agradecendo, fazendo Emmet protestar por não ter ganhando um abraço triplo, já que o presente dele havia sido mais caro.

Quando chegou a hora de Edward, ele pediu a atenção de todos.

- Bom, meu presente para Bella é mais uma pequena declaração do que é mero presente – meu coração parou. Ele tirou de dentro do bolso uma linda caixinha aveludada e abriu, deixando a mostra um lindo anel * http://www.polyvore.com/anel_bella/set?id=26554255* dourado com um coração e vários... Vários diamantes cravados sobre ele. Mordi meus lábios na esperança ineficaz de não chorar antes da hora.

- Não vou lhe pedir em casamento agora, pois já tenho a certeza que isso vai acontecer. Este anel tem um coração cravado nele, que representa o meu coração que há muitos é seu. Os diamantes, como sabemos não se quebra, só por uma força inesgotável e como eu sei que nosso amor é maior do que tudo e mais forte do que tudo, ele nunca se quebrará. Eu te amo Bella, e com esse anel, eu simbolizo uma pequena parcela desse meu amor. – ele pegou meus dedos trêmulos e encaixou o anel ali. Agarrei Edward no mesmo instante, sem me importar com a platéia e o beijei avidamente.

- Obrigada meu amor- eu chorava e ele limpava minhas lagrimas – eu te amo muito. – E o beijei outra vez.

Os presentes foram entregues, eu dei os meus a todos e quando dei o de Edward disse apenas que era a primeira parte... Teria outro presente depois. Ele adorou as entradas para o show de Sam Brandley em Nova Iorque, onde já iríamos passar o ano novo juntos.

A noite teve toda a magia que o natal poderia ter. Amor, família, afeto, carinho. Peguei-me perto da janela, olhando para o tempo frio e aconchegante de Forks e pensando em como minha vida havia mudado, e em como eu estava feliz. Edward era mais que meu porto seguro. Eu simplesmente não sei como consegui viver antes de conhecê-lo. E então, senti braços em minha cintura e uma mão forte e conhecida me oferecendo uma taça de vinho.

- Um beijo pelo seu pensamento. – Edward disse.

- Estava pensando no quanto eu te amo.

- Conseguiu calcular? – ele perguntou.

- Impossível. – eu ri e nos beijamos.

- A nós. – ele ergueu a taça de vinho e brindamos.

- Sempre. – respondi. Ele acariciou meu rosto e me beijou outra vez.

- Feliz natal amor.

- Feliz natal. – eu disse e me lembrei de seu outro presente. – Meus pais já foram?

- Sim porque? – mordi meus lábios e olhei para ele profundamente. Ele entrou no clima e me puxou para o andar de cima, onde eu lhe “daria” seu segundo presente da noite.