Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 76
75. Disputada


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, se tiver alguma coisa errada na ortográfia, ou no formato, sorry!
Espero que vcs gostem : ) E caso não gostem comentem ! rsrs
Beijo leitoras do meu coração!



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♦♦♦
Sexta-feira.
PELAS ÚLTIMAS DUAS HORAS, EU ESTIVE deitada com o rosto virado para baixo, abraçando meu travesseiro sobre a minha cabeça, tentando não pensar nos meus problemas. Tentando não pensar que perdi o amor da minha vida, tentando não pensar que perdi meu melhor amigo, tentando não me imaginar ao lado de Loo tentando mentir que minha vida iria melhorar, tentando mentir e continuar a respirar. Igualmente, eu estava tentando calar a parte lógica do meu cérebro, que gritava para que eu me vestisse e pegasse o primeiro trem para qualquer lugar, qualquer lugar longe o bastante daquela cidade, daquelas criaturas e principalmente da minha dor, que ainda era tão latejante, tão vivida, talvez a dor fosse à única coisa que fizesse meu coração bater, nada mais. Contudo, eu sabia que aquilo não iria acontecer mesmo agora, mesmo agora que minha vida estava excepcionalmente caótica, como nunca esteve... Eu não tinha forças para fugir.

De tanto tentar não pensar, acabei pensando demais, e isto teve um lado bom, meu cérebro acabou apagando, buscando prazer nos meus sonhos. Meu coração unia-se ao meu sonho ou, melhor, ao assunto do meu sonho. Ele ainda era o tema principal.
Ele tinha cabelo castanho escuro, quase preto, liso e um sorriso de sol aberto. Neste instante, ele caminhava para mim, com aqueles olhos castanhos que tanto me fascinavam, o sol da floresta o seguia como um refletor, eu corri até ele, agora ele me abraçava de modo carinhoso e excessivo. Eu me sentia protegida, amada e doce. Eu estava tão feliz, como há tempos não estivera. Eu ria muito, gargalhávamos, gostava do som que nossas risadas faziam ao girar no ar, juntas, tão solares. Virados um para o outro, nossos joelhos se tocando. Eu curvei meus dedos em sua camiseta e o puxei para um beijo. Ele correspondeu como de alguma maneira sempre corresponderia.
No meu sonho, Anthony sentia quando eu o beijava. Seus olhos me diziam isto, era tão bom. Não só num nível simplesmente emocional, mas um toque real e físico. No meu sonho, ele se tornava outra vez, meu amor, meu único amor, primeiro e ultimo, assim como nas promessas que o tempo foi capaz de levar.
Eu te amo Eu disse a ele. Ele repetiu.
Acordei.

Abri os olhos com certo desanimo, lembrando de que tinha que ir para a escola, que tinha que ver todos aqueles rostos felizes, enquanto eu partilhava uma guerra dentro de mim, uma terrível confusão. Mas só por um segundo eu me permiti, fiquei um tempo encarando o nada no fundo eu não queria acordar nunca mais, no fundo eu não tinha razões para isto. Acordei alguns minutos antes, antes de ver o despertador gritando por mim.

Bati no botão soneca.
Ergui-me mecanicamente e fiz o que tinha de fazer.

♦♦♦
Fui mais cedo para a escola, eu não ligava de ficar lá sozinha, pois mesmo que eu estivesse rodeada de um milhão de pessoas ainda me sentiria da mesma forma. Sentada na arquibancada, apoiei meus cotovelos nos meus joelhos e comecei a observar os outros estudantes, eram tão barulhentos e tão selvagens. Meninas querendo parecer mulheres, moleques... Bem, sendo quem queriam ser. Foi quando todo o resto soou como uma pagina desbotada, Anthony caminhava por entre a multidão, sorrindo e falando com algumas pessoas que passavam pelo seu caminho Deus, como ele estava lindo. Como é que seu caminhar podia soar tão bonito como nos filmes americanos. Droga, ele me viu. E estava vindo para mim, como se ainda fosse meu, ele era?

- Oi. disse sorrindo com timidez e charme. Eu acenei e sorri com pouca intensidade, tentando disfarçar os galopes que meu coração dava.

Lentamente, ele submergiu na minha atmosfera, não naquela de tristeza que eu guardava para mim, mas na atmosfera que guardava só o melhor, mesmo naquela confusão e barulho, era como se eu pudesse ver que meu coração e o dele queriam a mesma coisa, o calor um do outro. Como era possível?

Tony arqueou a cabeça para olhar para mim, pareceu um pouco nervoso, mas eu não tinha certeza.

―É impressão minha, ou a maioria das pessoas está olhando em nossa direção?―perguntou, lançando olhares à metade do corpo estudantil, eu percebi que éramos o assunto da vez.
― Certamente, parece que voltamos a ser o foco das atenções, que máximo! ― respondi, tentando conter minha respiração alterada, para que ele não percebesse o efeito que causava em mim. Escondendo o obvio.
― Eu queria conversar com você, posso? ― disse voltando a uma seriedade que não pertencia a ele.
― Fala disse sem poder encará-lo de frente. Medo de desmoronar.
― Eu andei pensando em tudo que vivemos e em todas as nossas discussões, e eu cheguei a uma conclusão.
― Sério? disse ironicamente qual?
― Que deveria ser eu.
― Como assim? disse sentindo meu coração arrasar minhas costelas.
― Engraçado... Eu achei que você queria dar um tempo das minhas bobagens sabe, quando você se afastou de mim... Eu achei que você quisesse apenas ficar sozinha por um tempo, talvez pensar sobre sua vida, eu sei que cometi muitos erros com você, admito que não fui um bom namorado, mas ainda assim gostaria de reverter e consertar o que der.
― Eu não sei se entendi Anthony. disse encarando ele, pela primeira vez.
Ele franziu os lábios.
― Eu gostaria de saber se ainda considera ficar comigo. Se eu melhorar, se eu me esforçar como namorado. Você me aceitaria de volta?
Sim.Sim.Sim.Sim.Sim, minha mente jorrou um trilhão de respostas positivas na minha mente, querendo jogar aquilo para minhas cordas vocais. Tive que ser forte. Fiquei quieta e mirei a frente outra vez.
― Se quiser pensar a respeito, eu entendo. E sei que você está envolvida com outro cara, tudo bem ficar confusa.
― Outro cara? disse sentindo uma profunda irritação.
― Sim, eu ouvi rumores. Deveria ser eu a te fazer rir, mas alguém me substituiu nos últimos dias Havia raiva contida nas ultimas palavras.
Nego com a cabeça e Anthony me olha como se eu tivesse negando algo muito profundo dentro de mim. Eu limpo minha garganta e riu nervosa, quase histérica.
― É, você deveria apurar os fatos. E se me der licença, - disse me erguendo e colocando minha mochila nas minhas costas - Só por hoje eu não quero escutar calunias a meu respeito.
Ele sorriu triunfante.
Sinto o fogo arder na minha pele com seu toque, sinto meu coração partir em voo solo. Sinto todas as minhas cicatrizes serem curadas. Sinto a batida. Sinto minha cabeça desfalecer, sinto-me fraca. Sinto-me forte. Sinto toda a escuridão da minha alma se dissipar.

― Espere! Ele segura minha cintura firmemente e me puxa antes que eu possa dizer: pare.
Eu já ia beijá-lo quando alguém surgiu ao acaso e me puxou com força afastando-me bruscamente dele. Droga. Era o meu perseguidor.
― Afaste-se dela. foi tudo que consegui ouvir, antes de tudo isso desaparecer.

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