Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 75
74. Obstinação parece ser o nome do meio dele.


Notas iniciais do capítulo

Escutem Bon Jovi - I'll Be there for You.



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Ele abriu o tipo de sorriso fascinante que teria feito meu coração parar, mas não cessou, ele não pararia diante de algo tão ilícito. Além do mais meu coração estava morto, despedaçado, e mergulhado em uma grande bagunça. Eu refleti sobre algumas coisas, pensei em como magoaria um pouco de pessoas com aquela ação. Ficar por continuar a ser. Atração. Beijos imundos e abraços estrondosos. Ir para casa dele, seria mesmo a forma mais fácil de amenizar uma mortificação? Ou seria apenas outro sacrifício emotivo e tolo. Ele não parecia ligar para os sentimentos do melhor amigo, ele não vincularia em sua mente o quanto Brianna se entristeceria, ele não acoplaria o fato do depois, em como eu me sentiria um lixo em seguida. Ele era assim, não era? Era o que ele provava ser, sua natureza era fria. Parei de pensar e parei de caminhar simultaneamente. Porcaria de consciência. Eu me odiaria por fazer o correto, e me desataria ainda mais se fosse até as ultimas conseqüências.


— O que foi, por que parou? — Eu o olhei totalmente titubeante. Enquanto sua beleza explodia na minha frente. Bem ali.
— Desculpe, mas não posso ir para casa com você. Não seria... Válido.
— Você está mesmo certa disso? — Ele não parecia surpreso ou sequer desapontado, parecia apenas harmônico com meus pensamentos.
— Por Brianna, por Lucas, por você... E por mim também. Não é à hora certa, entende?
— Tudo bem, você ganhou meu respeito por isso, você é leal aos seus princípios. — Disse ele dando uma bela piscadela. Enquanto acenou, virou-se e sumiu nas sombras das arvores. Fique assistindo ele partir.
Queria dizer, fique. Mas isso era apenas uma parte de mim, a outra estava orgulhosa por não ter feito bobagem.
— Idiota. — disse a mim mesma. Enquanto andava em direção a saída.

Fui caminhar pela cidade. Tomar um milk-shake solitário. Observar pessoas, sobrados, lojas, e nuvens. O sol já tinha saído a um tempão, e já aquecia minha pele pálida, franzi a testa para tentar evitar a claridade. Fui caminhando. Quando percebi que tinha que ir embora, pois estava quase na hora de voltar para casa.


Caminhei de modo apressado, foi quando eu ia atravessar a rua em frente ao colégio, que encontrei aqueles olhos azuis perseguidores. Já apresadores em mim como abutres, contrafiz que não o vi. Entretanto, ele correu até mim, gritou meu nome. Ótimo. Quão sortuda eu era, certo? Não, não era. Caminhei apressada, mais e mais, porém, esqueci que ele tinha rodinhas nos pés. Senti aquelas mãos de dedos finos, quase esqueléticos abarcarem meu antebraço. Forçando-me a parar e encará-lo.


— O que você quer? — disse me virando, com um careta impaciente expressada nitidamente em minha face.
— Todo esse mau humor é pura falta do meu beijo roubado? Sem problemas, eu assalto outro. — Ele avançou e eu dei um passou para trás. E empurrei-o com as mãos.
— Juro por Deus, que mato você caso tente aquilo outra vez.
Olhando em volta percebi que Tony me encarava no portão do Nebraska. Ele parecia decepcionado, balançando negativamente a cabeça, em total desaprovação. Droga, tudo que eu não queria que ele pensasse de mim, ele estava pensando agora. Lucas percebeu que ele nos encarava.
— Ótimo concorrência! — Lucas suspirou, e pela primeira vez ele me pareceu inseguro, como se disputasse um território.


— Ele está bem? Quer dizer, parece bem aborrecido. — Disse sem desviar meus olhos do castanho dos olhos dele. Quis mudar tudo, quis ficar ao lado dele, quis rebobinar as coisas entre nós. Mas aqueles erros eram divididos entre nós dois, não era só minha culpa.


— Dá para pelo menos olhar para mim? Será que nem isso eu mereço? — Lucas disse em seu chilique estrelático.


— Eu ainda amo ele, Lucas. — disse por um segundo, depois voltei a minha posição.


— Eu fui seu segundo, muitas garotas falam que o segundo cara pode fluentemente superar o primeiro. — Cara, ele não desistia. Disse de um jeito meio desconcertante.


— Eu não me encaixo na maioria — disse vendo Tony entrar no carro da mãe e partir. Suspirei tristemente por não ter minha história sofisticada de amor. Era muito complicado. Voltei a dar atenção a Lucas.

— Finalmente eu ganho a vigilância merecida! — disse com um riso sagaz. — Então, como eu estava dizendo, posso ser o segundo melhor, posso mudar sua vida, sabe criar novos planos para nós. – ele pareceu pensar — te fazer feliz, e não tenha dúvida que posso aceitar perfeitamente se você ganhar alguns kilos. Eu simplismente não me importaria, pois gosto da sua essência e isso jamais mudaria.

Eu dei um riso simbólico pela insistência e obstinação.

— Sério, podemos ter doze gatos, posso ler seu manual de instruções só de olhar para você, posso até ver filmes melosos, posso até mesmo perdoar o fato de você estar comigo pensando nele. — Ele colocou as mãos no bolso, indicando que o ultimo pensamento não era exatamente verdade. Não era algo que ele estivesse realmente preparado para enfrentar, não o culpo, ninguém está.

— Comparações entre perfeição e o que sobrou. Você não vê Lucas? Eu não presto para você. Eu toquei um garoto e fui queimada. Eu não estou afim dessa baboseira toda.


— Pode negar o quanto quiser, mas meu beijo derreteu alguma coisa nesta sua droga de coração de pedra, sei que sim. — Parecia um pouco irritado.

— Está bem, em minha ultima tentativa, eu gostaria de cantar uma canção para você.


Cansativo era a palavra que definiria aquele momento, onde Lucas estava rastejando atrás de mim, fingindo que não estava, enquanto eu queria partir.

Fiz cara de quem iria negar.

— Annie, meu anjo, não vá negar isso a um cara como eu, seria crueldade.

— Está bem, adiante.

Ele devagar se aproximou do meu ouvido direito. E sussurrou uma canção de amor.

Bon Jovi - I'll Be There For You. Aquilo quase me fez desabar e ceder. Aliás, faltou pouco. Depois que ele terminou de cochichar aquilo para mim, estalou um beijinho suave na minha bochecha, eu queimei por dentro. Ele se distanciou como quem consegue perfeitamente o efeito que se quer. Meu coração triplicou as batidas.

— Okay, okay, eu tenho que...bem, tenho que ir.

— Vou rezar a Deus para me dar mais uma chance. - Disse ele repetindo uma frase da música.



***


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Notas finais do capítulo

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