Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 28
27 Fatos do Namoro




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Depois disto, eu saí batendo a porta. Alguns alunos me olharam eu os ignorei. Alguém poderia ser menos fofoqueiro e cuidar da própria vida? Não. Parece uma tarefa impossível quando se está entre a faixa dos 15 aos 17 anos.

Eu estava totalmente perplexa com a atitude dele, Anabel era fofoqueira – boçal – e completamente promiscua, mas ela não merecia ser usada desta forma. Nenhuma menina merecia ser tratada como um mero objeto. Entretanto, Adams tinha razão, Anabel gostava de se enganar em seus casinhos baratos – Ela não iria acreditar em mim.

Procurei esquecer um pouco disto.

Comecei a procurar Tony na aglomeração. Olhei alternadamente a fim de reconhecer algum sinal dele na multidão. Já chateada – me questionando sobre o porquê de tanta demora por parte de Tony. Demora demais. Ué? Ele não estava me esperando no local de sempre, então eu conclui que não tinha descido. Decidi subir as escadas e avançar a procura. Quando me aproximei do ultimo degrau, avistei Tony parado conversando com um garoto da turma dele.

Notei que sua camiseta escolar estava grudada de suor no seu abdômen marcante, eu detestava pensar que não era a única menina a notar o quanto ele era ''bom''. Seus cabelos estavam molhados, devido à provável aula de Educação Física. Eu marchei em sua direção e todo o resto pareceu desaparecer. Ele olhou para mim também quase instintivamente... Seus olhos castanhos se tornaram amendoados devido à luz solar. Amarelados. Aquilo só aumentava minha fascinação por ele. Totalmente atraída. Totalmente apaixonada.

Ele era perfeito, mesmo não sendo o menino mais bonito da escola. Ele tinha mesmo um charme particular. Algo que certamente o acompanhara desde o maternal.

Todo o resto pareceu emudecer.

Somente ele.

Somente meus passos em sua direção.

Os passos dele ao meu encontro.

Após nos encontrarmos, ele me deu um beijo clarividente e veloz. – De modo que eu não podia prolongar este momento feliz, eu queria tanto, ele queria tanto, mas não podíamos. Como se diz, o diabo está nos detalhes.

Nosso namoro era o único a ser proibido dentro da Instituição. Descobri que a proibição do relacionamento que já durava quase 24 meses, fora por ordem da família dele que tanto me detestava. Isso me fazia sempre à hecatombe predileta da horrível bruxa Margareth (coordenadora da escola e amante do diretor)

A coordenadora me caçava o tempo todo como se eu fosse uma ameaça, me ridicularizava perante os demais e especulava cada parte dos meus registros escolares, em busca de um ponto franco, em busca da minha morte por tabela – agüentei isto por meses, mas cada ano doía mais. Eu era forte e sabia disto, mas não podia agüentar isto por mais tempo, aquilo acaba comigo - Eu querendo ou não.

Eu guardava este segredo comigo, como tantos outros. Anthony nada sofria a respeito de represálias e pressões psicológicas que somente eu agüentava – Eu era o sacrifício do nosso amor e seria sempre deste modo. Talvez por isto, ele sempre me culpasse por eu nunca demonstrar meu afeto em público e lhe cortar o tempo todo.

Ás vezes eu desejava mentalmente, almejava um namorado compreensivo – mais simples e carinhoso, e o fundamental: Um namorado Emancipado da familia.

Bem dizer, um cara mais velho.

Contudo eu era realmente inteligente demais para achar que isso fosse realmente acontecer. Melhor mesmo é se contentar com o que temos. Talvez esta fosse a vontade dos céus sobre minha vida amorosa.

Sentamos no ultimo degrau da escada – Eu ao lado da samambaia amarelada e ele do lado adjacente a parede. Notei que havia algumas gotículas de suor pingando em sua testa – soltas e libertas do pudor.

Ele sorriu abertamente e abraçou-me, eu o empurrei pra longe.
Mesmo querendo muito permanecer ali nos braços dele, eu me mantive neutra, não fui capaz de abraçá-lo, eu fui advertida e ameaçada por Margareth, e sabia que aquela escola tinha olhos em qualquer lugar, câmeras espalhadas em todos os pontos vitais do prédio. Apesar de uma vez, eu ter sido franca e ter descrito a Tony sobre os fatos, alguma coisa dos despiques que eu suportava naquele colégio só por namorá-lo. Ele parecia não se importar – ou - não conseguiu avistar a gravidade que isto traria a minha vida. E trouxe.

As terapias. Os anti-depressivos e o sentir-se perto do fim mesmo só tendo
miseros dezessete anos. Era tudo culpa dele, culpa do namoro, culpa da imaturidade de super-heroína que eu tinha. Eu era humana e a fraqueza era minha condição. Minha graça.

No fundo eu sempre soube que a propósito de nós, eu nunca teria o privilégio de namorar o capitão do time, pois eu ERA o CAPITÃO.

x-x


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