Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 26
25 Eu já vi o bastante




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Logo após sair do banheiro já era intervalo. O Maldito sinal que estrondava tudo ecoou pelos corredores do colégio.

Esperei que a memória curta de meus colegas estivesse envolvida com outra fofoca, era quase certo que estariam.


Desci as escadas com agilidade para esperar mais uma vez por Tony, desta vez mudei o nosso lugar habitual. Sei lá, só para me sentir um pouco viva? É só para mudar alguma coisa.


Acomodei-me em cima da mesa branca do refeitório, sentando de um jeito desajeitado e libertador. Senti uma ardência na mão, minha mão ainda ardia com uma farpa que eu não consegui arrancar sozinha, talvez alguém conseguisse.


Os alunos de várias turmas já enchiam o local – Vozes – Gritos e um incrível vai-e-vem de corpos. Nada disto me chamou atenção, era tudo sempre tão igual e barulhento.

Olhei alternadamente para a esquerda e para a direita. Já entediada pelos poucos segundos que me foram roubados – me questionando sobre o porquê de tanta demora por parte de Tony?


Eu estava prestes a me levantar e partir em sua busca quando notei algo em especial...

Meus olhos vidraram em algo incrivelmente torto, paralisei imediatamente. Boca-aberta. Subtraído da multidão – Uma cena distante e caótica a meu ver, eu tive que cerrar os olhos para visualizar melhor, e ter certeza se não estava vendo coisas. Infelizmente não estava – Eram Lucas e Anabel, juntos?
Droga era o Lucas mesmo!


Eu parei assustada, meus olhos verdes, redondos e circundados por um abençoado lápis delineador, nunca ficaram tão abismados nos derradeiros anos.

A brincadeira idiota já tinha acabado. Então, qual era o mimo, a razão ou a circunstância, que fazia Lucas encontrar-se outra vez com suas mãos na cintura de Anabel? Havia uma justificativa?


Claro que deveria haver um esclarecimento bom o suficiente para livrá-lo dos meus infindáveis julgamentos, algo hábil para me convencer de que ele não era só mais um menino idiota atirado à multidão juvenil. Sim, tinha que existir uma boa explicação para tanta amabilidade e doçura entre os dois, entretanto eu não conseguia pensar em nada que abonasse aquilo, e a esta altura já não importava.

Merda! Lucas não era assim.



...tipo, eu não tenho a mínima idéia do que está acontecendo com Lucas, para ele se envolver com alguém como A-n-a-b-e-l. E duvido mesmo que alguém tenha. Ninguém em sã consciência ao menos.

(Eu devia ir até lá e arrancá-lo dos braços dela!)

(Eu devia questioná-lo!)

(Eu devia apenas esquecer minha melhor fantasia de melhor amigo!)

ERA QUASE IRREAL


Cansei de olhar para aquela cena grotesca. Decidi agir. Eu não era assim, mas às vezes a melhor saída era dar uma de louca. Dei um longo gole em uma latinha de coca-cola que estava adjacente a mim, ela não era minha, mas “que se dane”.

Ouvi alguém reclamar, deveria ser o dono da bebida, entretanto murmurei algo como “cala-a-boca e senta aí”. Icei meu corpo. Senti alguns olhares sobre minhas costas, mas apenas ignorei. Comecei a marchar devagar, talvez sem muita coragem de chegar e agir. Desviando com facilidade de todos aqueles corpos agitados, respirei fundo e finalmente quando dei por mim, estava achegada aos dois. Bati nas costas de Lucas.


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