Heartbeats escrita por Bea


Capítulo 3
II - Wouldn't be good enough




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Brennan andava em passos curtos, porém ligeiros, até a sala de Hodgins. Lembrava-se de ter estado ali poucas vezes. Pensou um pouco sobre a memória e no que poderia ter acontecido com ela para não lembrar-se de nada da noite anterior.

Ela não teve o trabalho de entrar na sala, encontrou Hodgins no caminho.

- Estava indo falar com você, Drª Brennan.

- Sim, o que foi?

- É sobre o caso de ontem. Estão tentando entrar em contato com você. Acabaram de ligar para minha sala. Ligaram para sua, mas não estava.

- Eu estava vindo para cá. – Brennan pensou um instante – Mas por que não ligaram para o meu celular?

- Foi o que perguntei. Então me disseram que estava desligado.

- Imagine, eu nunca desligo o celular.

A antropóloga buscou no bolso da calça o celular e apertou no botão do centro para ver se tinha alguma chamada não atendida. Porém, o celular estava desligado.

- Pode ter acabado a bateria, não? – Sugeriu Hodgins.

Mesmo antes de ligar o celular, Brennan já sabia que não era a bateria. Ela o tinha desligado, e era mais uma das coisas que não se lembrava de ter feito. Hodgins pareceu notar que não tinha sido a bateria, e riu baixo.

- Que foi, Dr. Hodgins?

- Não nada... Eu só estava imaginando...

- Não temos tempo para imaginação, existem assassinos a solta e devemos encontrar provas para incriminá-los.

- Não temos nenhum caso em aberto, Drª Brennan. O último foi encerrado ontem.

- Claro que não!

- Desculpe, mas tenho certeza. Quem está procurando a doutora, é uma advogada da vítima, ela quer seu depoimento para o julgamento.

- Desculpe-me, Dr Hodgins, mas não sei o que isso significa...

- O caso de ontem, não te contaram? Enquanto estavas fora, terminamos de resolver. E isso é estranho... Angela falou para mim que ela mesma ligou para você...

- Ela não me ligou. E não tinha caso algum. Acho que está se confundindo.

- Não, eu tenho certeza!

Brennan deu as costas para Hodgins e começou a andar pelo Jeffersonian se algum rumo. Não entendia nada.

Booth recebera uma ligação do Dr Sweets enquanto saía do carro no prédio do FBI. Pensou em ignorar, pois estava sem paciência naquele dia. Depois do quinto toque, ele atende.

- Fala Sweets.

- Temos consulta extra amanhã, às 19h.

- Sweets, amanhã às 19h já é o nosso horário. Andou bebendo?

- Não, Booth. hoje é a nossa consulta fixa. Amanhã é a extra... Ah! Eu sabia que isso ia mexer com a mente de vocês, não ia dar certo!

- Olha, não estou entendendo mais nada, okay? Primeiro Hannah sai de casa sem nenhum motivo. Depois Angela me diz que ela está na casa dela e não que falar comigo. Agora você diz que nossa consulta fixa de amanhã na verdade é hoje!

- Não vai incluir sua história com a Drª Brennan nessa lista?

- Que história?

- Ah, Agente Booth, eu já soube de vocês...

Booth parou na frente do elevador e pensou por um instante nos fatos. O seu “amanhã” não batia com o “amanhã” de Sweets, assim como seu “ontem”. Mas afinal, que dia era hoje?

- Que dia é hoje?

- Terça.

Ele desligou o celular sem perceber. Havia passado um dia e ele não lembrava absolutamente de nada dele. Booth tentou bloquear sua imaginação enquanto criava imagens do que teria sido sua noite, contando o modo com que Hannah estava braba com ele e que Brennan tinha acordado em sua cama. Balançou a cabeça novamente e ligou para Brennan.

Brennan estava no caminho para sua sala e sentiu seu celular vibrar. Viu que era Booth, e apenas por isso atendeu.

- Booth, quero falar com você.

- Também quero falar com você. Mas fale primeiro.

- Meu pai e Hodgins mencionaram um caso que foi resolvido ontem. Mas ontem nem assassinato tínhamos. Sabe de alguma coisa?

- Isso mesmo que eu queria falar.

- Então você sabe?

- Não, mas me escuta. Sabe que dia é hoje?

- Segunda.

- Errado. Hoje é terça. Perdemos um dia. Eu não lembro de nada, você lembra?

- Eu...

Brennan olhou para os lados o viu um estagiário do setor de relíquias vindo. Ela acenou para que ele viesse até ela.

- Sim?

- Que dia é hoje?

- Terça... Por quê?

- Nada. Obrigada – Ela voltou para o telefone – O que está acontecendo?

Não sei, mas temos que descobrir o que aconteceu com a gente ontem.

- Tem algum palpite?

- Bem, resolvemos um caso, aparentemente.

- E tivemos um caso, aparentemente.

- É, Bones, é o que parece.

- Vou tentar descobrir o que posso aqui no Jefferssonian.

- E eu aqui no FBI.

- 12h no Royal Diner?

- Combinado.

Ambos desligaram o telefone.


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