The Evil Angels escrita por Missfic


Capítulo 3
Capítulo 3 - Atrás da Porta


Notas iniciais do capítulo

"Dentro de mim, eu sabia que o que estava fazendo era errado. Mas eu não resisto uma tentação..."



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Meus demônios e anjos do emocional ainda dormiam. Eu estava completamente sem minhas forças, nem ao menos conseguia andar muito bem. Cambaleava a todo instante, tropeçava em meus pés. Celéstica me lançou um olhar enigmático, que me insistia em perguntar "Você está bem?" e eu apenas balancei a cabeça em afirmativo. Eu costumo ter lapsos de memória e desconexões de coração, e quando isso acontece, acabo por desmaiar. Pelo que me contou Celéstica, depois que eu desmaiei, ela me pegou em seus braços e voou comigo por cima da cidade. Ainda era de madrugada, não haviam possibilidades de nos encontrarem voando por aí.

Eu despertei logo que ela pousou - confesso que a viagem pareceu ter durado segundos. Paramos em frente de uma mansão, enorme, sombria, estranha. Olhei para os olhos de Celéstica e pude descobrir que ela estava um pouco nervosa. Haviam cercas pontiagudas que pareciam flechas que rodeavam toda a casa, e cadeados de ouro maciço por toda parte. Minha irmã me pegou no colo de novo, e voou comigo para dentro dos jardins da casa. Haviam dois leões que ficavam alternando suas posições. Ela simplesmente os acariciou e eles corresponderam tal carinho. Corri um pouco e bati na porta. Não foi necessário bater duas vezes.

Um rapaz abriu a porta. Assim que Celéstica o viu, o abraçou por um longo tempo. Cochichou algo em seu ouvido, como "Ela ainda está no final do trifásio". Ele não entendeu, mas olhou pra mim e deu conta do recado. No final das contas, ela parou de abraçá-lo e olhou para mim. Me fez dar um passo a frente, e ela começou as apresentações.

_ Demil, este é Dark, filho da Cheffia. Dark, esta é Demil, minha melhor amiga e irmã de criação - eu podia ver que ele procurava algo em meus pulsos, talvez seja a mordida que Celéstica me deu quando eu era pequena. Ela me explicou que Dark é o único filho da Cheffia. Dark foi abandonado pela mãe apenas com cinco meses de vida. O pai dele teve compaixão, e o tomou para si. Eu tentei pensar como foi que Mag, a nossa Cheffia, com todos os demônios do seu emocional, pôde ter compaixão de Dark ainda criança. Para isso, Celéstica me explicou que Mag simplesmente não iria poupá-lo, mas pensou que, no futuro, teria que ter um herdeiro. Dark desde pequeno não cultiva anjos, apenas demônios no seu próprio emocional. Ele é sombrio, uma espécie de projeto do pai.

Assim que Celéstica perguntou se a Cheffia estava em casa e recebeu o sinal de afirmativo, ela correu para dentro da casa como se já conhecesse aqueles corredores antes. Adentrou uma das portas e desapareceu. Dark sorriu ao me olhar. Ele era o que poderíamos chamar de um pouco atraente - para um anjo maligno, beleza era a menor das preocupações. Eles se preocupavam com a maldade, não com a aparência. Dark apenas abriu por completo a porta da casa, e me mostrou por inteiro o extenso corredor em que Celéstica correra a pouco tempo atrás. Ele balbuciou "A vontade, querida" e eu nem ao menos o agradeci, só adentrei nas portas da casa. Ele desapareceu alguns segundos depois.

Em cada parede haviam sete portas. Em cada espaço entre as portas, haviam quadros. Quadros estranhos, que retratavam sobre luta, morte, sangue. Em um dos quadros - foi o que mais reparei - havia um trono negro, enorme. Uma coroa de luz, que envolvia poder, muito poder. Bem atrás das paredes que cercavam a sala do trono, havia um menininho que no mínimo possuía cinco anos de idade, que possuia cabelos castanhos e olhos vermelhos, assim como Dark.

Eu ainda não tinha descoberto pra quê fomos até a mansão, mas eu tinha gostado. Algo que ainda não contei, foi que eu tinha outros demônios além daqueles que já apresentei. Havia também o Curiosidade, que foi roubado de mim quando fui curiosa demais e caí da janela do segundo andar da casa de Celéstica. Mas ele não havia sumido por completo... ainda havia alguns rastros. E eu queria fazer esses rastros valerem a pena, hoje.

Só que eu não sabia que esse "valer a pena" me custaria tão caro, e que seria o pior dia da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Fanfics advertem que reviews fazem bem para a saúde. O seu review estimula a autora. Obrigada, leitores! Espero que tenham gostado. Vai ficar pra vocês leitores uma única pergunta. "O que acontecerá com Emil?"



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