Casos Macabros escrita por Saito


Capítulo 6
Caso 6: Festa de Fim de Ano


Notas iniciais do capítulo

Atendendo a um pedido (que por sinal me deu uma ótima idéia! Muito obrigada!) e pra fechar com chave de ouro (platina seria mais legal...), o derradeiro capítulo! (a quantidade atual de reviews recebidos é 13, belo número não?)



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Rachel e seu namorado James passariam o primeiro ano novo como namorados. Eles tinham planejado uma viagem até uma praia isolada e ali ficariam durante uma semana. Pelo site, viram que tinha algumas casas com muita privacidade e decidiram ir para lá, mesmo que seus familiares tentassem fazê-los mudar de idéia.

– Rachel, por favor, reconsidere. Você acabou de fazer 18 anos e... EU SEI! – a mãe da garota a puxou pelo braço, um dia antes da viagem – sei que você quer isso. Mas não sabe como é o lugar e também não tem certeza de que as fotos são reais.

– Eu sei, mãe! Não se preocupa, tá tudo certo!

No carro, James olhava nervoso para todos os lados.

– A gente tá andando por essa estrada esquisita já faz algum tempo. O que diabos tá acontecendo?

– Olha lá, pra esquerda! – Rachel apontou, sorrindo – chegamos!

Realmente, era uma praia bem distante da civilização; as casas tinham uma grande distância entre si e uma garota os esperava próxima a um portão.

– Oi, aqui é... – James começou, mas foi interrompido pela menina.

– É só entrar. A casa em que vocês vão passar a próxima semana é a mais próxima dos rochedos – ela começou a andar na frente do carro, enquanto a seguiam, em silêncio.

Quando entraram na casa, a surpresa! Era maravilhosa, pintada com cores vivas e muito aconchegante, embora a pequena guia acabasse contribuindo para que o ambiente perdesse um pouco de vida.

– Vocês pagam apenas se ficarem satisfeitos. Boa noite.

Rachel sorriu para o namorado. Enfim, sós!

Porém, quando acordaram na manhã seguinte, perceberam que o ambiente parecia ter sido modificado durante a noite. A tinta descascava em alguns pontos e os móveis pareciam estar um pouco mais velhos. Ignoraram as estranhas mudanças e continuaram com seu curto tempo de romance.

Mas se pensaram que era apenas impressão, estavam enganados. As mudanças começaram a se intensificar e no quarto dia, Rachel estava desesperada.

– James, vamos sair daqui! Eu to ficando com medo, as coisas estão mudando sem que a gente faça nada!

O rapaz concordou e foi abrir a porta da casa. Nada. Estava trancada pelo lado de fora. Ele começou a esmurrar a porta enquanto Rachel rezava baixinho.

– ABRAM A PORTA! ESTAMOS AQUI DENTRO!

Ouviram o ruído da maçaneta e a garota apareceu.

– O que aconteceu?

– Queremos sair daqui! – Rachel correu até a porta, mas ela foi barrada pela menina.

– Sinto muito, mas não é possível. Tem uma tempestade vindo. Não posso... – ela não conseguiu terminar de falar, pois James a empurrou. Mas ele tropeçou em uma pedra próxima e cortou a palma da mão.

– Mas que merda! E nem tinha nada pra eu me cortar! – Rachel correu até ele e falou para entrarem, que ela faria um curativo – mas você não queria sair daqui, caralho?! Vê se decide logo!

Por fim, ela conseguiu convencer o rapaz. Passadas algumas horas, ele percebeu que o sangue não estancava. Pelo contrário: cada vez que limpavam o ferimento, mais sangue escorria. Acabaram adormecendo.

Na manhã do quinto dia, Rachel acordou e deu um grito. James estava morto, com o rosto totalmente desfigurado e coberto de manchas de sangue e hematomas. Ela correu até a porta, mas não conseguiu abri-la. Foi quando ouviu que alguém andava pela casa. Ela ficou parada, perto da porta e tremendo. A sombra de alguém caminhava pelo quarto em que estivera até pouco tempo. Alguma coisa a fez perder a consciência.

Quando finalmente abriu os olhos, percebeu que estava presa dentro do carro. A guia tinha um brilho estranho nos olhos e se aproximou dela, antes de fechar a porta.

– Sabe, não é sempre que tem pessoas que vem aqui para me dar suas vidas. Mas dessa vez eu fui premiada, duas vidas de uma vez só! – ela sorriu e trancou a porta. Depois, e com algum esforço, empurrou o carro para dentro da água, até que a água começou a arrastá-lo para dentro.

Lá dentro, Rachel tentava se liberta, mas não conseguia. A água entrou no veículo e começou a afogá-la, pouco a pouco.

Meses se passaram e as famílias dos dois nunca descobriram seus paradeiros.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que me acompanharam em mais uma fic! Do fundo do meu coração, fico feliz que vocês tenham gostado! Boas festas e um feliz ano novo! (okay, okay, espero não ter deixado ninguém com medo do ano novo...)