Natal... a época mais desejada pelas crianças e por aqueles que gostam de crianças. Não no bom sentido, claro.

Em uma rua qualquer, de uma cidadezinha qualquer, havia um homem que costumava dar vários tipos de doces para as crianças em troca de favores. Para as mais novas, ele geralmente pedia que trouxessem alguma coisa de valor que tivessem na casa. Já às mais velhas era reservado o prazer de dormir em sua casa, mais especificamente, em sua cama.

Pois bem, uma dessas crianças era conhecida como o “Pequeno Demônio”. Seu nome era Zacky. Era um menino ruivo e gostava de maltratar pequenos animais e furtar brinquedos. Em um de seus atos criminosos, ele viu que Robert, o homem dos favores, o olhava sem esconder o desejo que tinha de possuir o corpo do menino, pelo menos uma única vez.

– Ei, menino! – Zacky se aproximou dele, cautelosamente – seu nome é Zacky, não é? Eu vi o que fez – ao dizer isso, passou a língua entre os dentes, já imaginando o que faria assim que o menino estivesse em suas mãos.

– E daí? Tenho só 12 anos, a polícia não pode me prender – Zacky o desafiava e divertia-se com a situação.

– E não tem medo de que eu conte para os seus pais?

– Eu sou órfão. Eles morreram em um acidente de carro.

Robert sorriu ao ouvir o que aconteceu com os pais do menino. Ele então o convidou para sua casa, e disse que gostaria que Zacky dormisse em sua casa. Como ele só tinha a ganhar, o garoto tomou um banho e jantou com Robert. Porém, depois que ele tomou alguns goles do suco, começou a perder a sensibilidade do corpo.

– O que foi que você colocou no meu suco, seu filho de uma puta? – ele só podia xingá-lo, já que seu corpo estava paralisado.

– A gente vai se divertir agora, Zacky... – e carregou o garoto até o quarto e o colocou na cama, onde começou a tirar sua roupa – se você se comportar direito, talvez eu te dê algum presente de natal na semana que vem...

No dia seguinte, Zacky, assim que sentiu que tinha recuperado os movimentos, saiu o mais rápido que pôde da casa de Robert e foi até a polícia, onde contou tudo.

– Olha garoto, a gente não têm provas... – o policial de plantão o olhava, entediado.

– Mas e eu?

– Você é só um marginalzinho qualquer. Não posso fazer nada.

Zacky saiu da central de polícia cabisbaixo. Era esse o resultado por ser um garoto mau e cruel. Ele nem via mais para onde ia, e, quando deu por si, viu que estava na rua da casa de Robert. Zacky se virou para fugir, mas Robert o impediu.

– Então foi correndo contar para alguém, não é? Agora, você vai ver só. Vai descobrir que Papai Noel não dá presentes para crianças malvadas – e começou a puxar o garoto até o porão da casa, onde o matou com uma faca. Mas antes desovar o corpo, Robert possuiu, mais uma vez, o corpo de Zacky, desta vez, morto.