Capitulo 7

- Haruno você esta encrencada.

Sakura ouviu com o coração na mão. Anko a olhava com desdém, ela sempre foi conhecida, por perseguir os bolsistas a todo estante, julgando esta limpando a escola. Mas, em minha opinião ela é só um belo pé no saco...

- Olá inspetora Anko! – disse Sakura com um sorriso doce nos lábios.

- Haruno o que você esta fazendo uma hora dessas no corredor, invés de estar na sua sala de aula? – perguntou ela.

- Aqui? – perguntou Sakura. – Eu já estava indo para minha sala, quando eu encontrei um... Contratempo.

- Contratempo? – perguntou ela incrédula. – Também foi um contratempo esse cheiro de cigarro na sua roupa?

- Cigarro? – perguntou ela percebendo o cheiro de tabaco que a cercava. Idiota, pensou. – Na verdade, enquanto eu me dirigia a minha sala eu encontrei o tal Uchiha estava aqui no corredor, faltando à aula, que esta nesse minuto acontecendo, e eu, claro, como boa aluna que sou, resolvi da uma advertência verbal por ele esta faltando aula, e também por ele esta fumando aqui no corredor...

- Engraçado eu só vejo você aqui, ou talvez, você esteja você esteja sonhando acordada com um dos filhos dos membros efetivos dessa escola...

- Eu não sonho com sapo. – replicou.

- Você é uma garotinha muito mal educada, agora já para a diretoria. – disse indo em direção a diretoria, ou sala da megera, como todos os alunos bolsistas chamavam.

- Por que eu terei que ir a sala da me... – Anko a fulminou com o olhar. – Da melhor diretora do mundo?- Sakura riu para Anko que crispou os lábios.

- Você estava fora da sala de aula e ainda por cima estava fumando...

- Eu já lhe expliquei o que aconteceu – disse correndo atrás de Anko – Não era eu que estava fumando e sim aquele idiota do Uchiha...

- Você deveria ter mais respeito por aqueles de poder aquisitivo maior que você. – disse elevando a voz.

- Ou seja, ser um completo puxa saco? – perguntou Sakura revoltada.

- Isso não é puxar o saco, e sim, saber qual é o meu lugar! – disse ela se virando para Sakura.

- Meu lugar? – perguntou Sakura olhando a mulher a sua frente com certa irritação. – Meu lugar concerteza não é abaixo daqueles idiotas que pensam que podem pisar em cima de todo mundo só por que os papaizinhos deles são ricos o suficiente para colocá-los na escola que quiserem. Eles só estão aqui por isso...

- QUIETA! – disse Anko. – Você é maluca se ouvirem você falar isso aqui eles te expulsam.

- E do que isso te importa? – perguntou Sakura.

- A mim? – Anko apontou para o peito. – Nada, mas eu não quero que ninguém diga que essa escola não consegue controlar o nível de educação de seus alunos.

- Olha aqui... – começou Sakura.

- Esqueça não irei brigar com uma aluna em pleno horário de aula – Anko balançou o cabelo com impaciência, ela simplesmente odiava quando os alunos a afrontavam. – Eu mesma irei me encarregar do seu castigo.

- Mas eu não fiz nada! – disse Sakura.

- Não? – perguntou Anko irônica. – Tem certeza? E esse cheiro de cigarro na sua roupa, ou a sua insubordinação comigo, ou você esta fora da sala de aula, ou...

- ok eu já entendi... – Sakura sabia que estava muito ferrada. – O que eu vou ter que fazer?

- Irei mandar um aviso para os seus pais, e, além disso, você terá que vir aqui as seis horas da noite...

- Para que? – interrompeu sakura.

- Você limpará todos os quadros da escola depois do expediente dos professores.

- Mas tem mais de 200 salas de aula nessa escola, eu não irei da conta. – Disse Sakura.

- Isso não me interessa... – Anko sorriu com frieza para Sakura. Sakura sabia que querendo ou não ela teria que fazer o que Anko mandasse. Isso não queria dizer que eu não possa aprontar um pouquinho, Sakura sorriu.

- Tudo bem, eu vou.

- Como se você tivesse escolha. – disse Anko – Agora já para a sala de aula, e eu nunca mais quero vê-la fora da sala de aula, a não ser que você tenha um bom motivo...

- Mas...

- Mas o que? Vai continuar insistindo nessa estória sem pé nem cabeça? – perguntou Anko.

- Não senhora.

- Que bom que você entendeu. – disse Anko e logo se virou, mas antes de ir embora ela disse – E é bom você pedir desculpas para o senhor Uchiha, ele é a gloria dessa escola, e eu não quero que você continue a irritá-lo, entendeu?

- Não quer que eu lamba os pés dele também? – perguntou Sakura irônica.

- você não é digna para isso. – disse Anko e foi embora.

“Digna? Que filho d’uma égua, aquele cachorro, sem vergonha, idiota, imbecil, tapado, doente mental, viciado, caçador de piranha. Quem ele pensa que é para me tratar assim? Aquele debiloide de uma figa, eu irei arrancar aquele coração, se é que já não foi arrancado, e colocá-lo no espetinho, assá-lo bem torradinho e dar para o meu gato comer... Não coitadinho do meu gatinho lindinho e fofinho ele pode morrer de indigestão! Então eu acho que eu acharei algo mais criativo para fazer com ele...”

Pensou Sakura morrendo de raiva e se dirigindo até a sua sala, quando chegou pediu para o professor deixá-la entrar, o que foi um sacrilégio, foi se sentar na ultima cadeira. Pessoas como ela eram assim, se sentavam na ultima cadeira, para não incomodar os riquinhos patetas. ‘Ha Hinata como eu sinto sua falta. Será que ela esta bem? Se alguém tiver a incomodando eu irei torar o seu fígado, pensou Sakura sorrindo em pensamento e começando a prestar atenção na aula.

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- Ok! – disse Hinata virando para Naruto que estava olhando para o boneco que naquele momento seria seu filho. – Ele é um boneco...

- Você o esta magoando, sabia? – perguntou Naruto pegando o bebe.

- Desisto... – disse Hinata olhando para o professor que dava dicas para uma dupla animada que estava sentada do outro lado da sala.

- Meu amor, não tenha ciúmes eu terei bastante tempo para os dois.

Naruto se aproximou de Hinata e deu um beijo estalado na sua bochecha que a fez ficar vermelha.

- Para com isso seu idiota! – disse Hinata baixinho fazendo ele soltar uma risada marota.

- Calma ninguém nos viu... – disse Naruto pegando o boneco pela perna e o colocando de cabeça para baixo, o fazendo chorar.

- Naruto!

- O que eu fiz? – perguntou Naruto. O professor apareceu na frente dos dois em um piscar de olhos.

- Meu Jovem – começou o professor irritado. – É exatamente isso que acontece quando o bebe é maltratado. – e olhando para Hinata concluiu. – Se vocês estivessem prestando atenção saberiam.

- Desculpa professor. – respondeu Hinata com um tom rubro no rosto.

- Desculpa nada, Hina – disse Naruto olhando para o homem a sua frente desafiadoramente. – como desliga essa coisa?

- Não se desliga, jovem Uzumaki. – disse o professor indo para o centro da sala. – Bom pessoal vocês acabaram de ter uma demonstração simples de irresponsabilidade dos pais, mas irei deixar passar já que esse é o primeiro momento de vocês com seus filhos.

- O que nós fazemos para ele parar esse escândalo? – perguntou uma garota que também tinha feito o seu boneco chorar.

- Os coloquem para dormir nos seus braços, dessa forma. – Ele pegou o boneco de Naruto e hinata e aninhou nos seus braços. – Não esqueçam de niná-los.

- Graças a Deus parou. – disse Naruto pegando o bebe no seu colo de forma animada no colo.

- A sim esqueci de dizer, esses bebes terão hora programada pra chorar e é bom que vocês estejam perto quando eles chorarem, ou serão menos dois pontos se os bebes passarem mais de meia hora chorando.

- Que horas eles iram chorar? – perguntou Naruto.

- vocês não saberão, mas concerteza a madrugada não será uma exceção.

- Quer dizer que esses bonecos além de não terem botão de pause, nós ainda teremos que acordar à noite para cuidar deles, invés de estarmos dormindo?

- A não ser que vocês consigam niná-los dormindo, o que eu acho que seria um sacrilégio senhorita, vocês não terão boas noites de sono. – disse o professor. – de qualquer forma é bom vocês serem bons pais isso ajudará bastante alguns alunas que estão com médias baixíssimas e precisam se recuperar para serem aceitos nos exames. – terminou o professor olhando para Naruto. – E é bom não esquecerem de colocar nomes neles!

Depois que o professor falou, o sinal tocou forte e estridente como sempre, fazendo com que imediatamente todos os alunos pegassem rapidamente suas coisas e saíssem da sala de aula. Hinata olhou para Naruto que ainda brincava com o boneco nos braços.

- Temos que conversar! – disse Hinata.

- Fala aí. – disse Naruto.

- Já que eu decido, podemos fazer assim, você cuida dele enquanto estamos na escola e eu cudo dele à noite, em casa.

- Podemos cuidar dele juntos. – disse Naruto fazendo bico o que fez Hinata da um sorriso singelo.

- Você pensou o que? Quem nós iríamos ser um casal? – perguntou Hinata.

- Claro, o bebe precisa crescer num ambiente familiar harmonioso! – disse Naruto. – Então você vai sair comigo? – perguntou Naruto apontando para o bebê. – Pelo bem do nosso bebê?

- Sem chance... – Hinata respondeu. – Daqui a algumas horas você me encontra na garagem da escola. Eu vou estar lá para você me entregar o boneco.

- Boneco, não... – disse Naruto – Temos que escolher um nome.

- Nome? – perguntou Hinata.

- É... – Naruto sorriu. – Ele tem cara de dobe.

- Dobe é seu apelido! – disse Hinata.

- É por isso o nome! – falou Naruto.

- Ok que talvez... – Hinata pensou.

- Tanaka? – perguntou.

- É... Pode ser é bem bonito o nome! – disse Hinata pegando sua bolsa e indo para fora da sala. – Não se esqueça – lembrou. – isso é só um trabalho de escola.

- Não será se você aceitar sair comigo! – Naruto sorriu fazendo Hinata ficar vermelha.

- Mesmo que nós não estivéssemos fazendo um trabalho escolar em dupla, eu nunca sairia com você. – respondeu ela.

- Mas por quê?

- Digamos que você não tenha uma reputação muito boa entre as mulheres. – disse Hinata saindo da sala.

Pela primeira vez na vida Hinata ficou orgulhosa de si mesma, e pela primeira vez conseguiu olhar e conversar cara a cara com o garoto da sua vida sem ficar vermelhar e sem o coração parecer disparar dentro do peito, agora quando conversava com ele encontrava um menino convencido e irritante, e não mais o garoto legal e doce que ela achava, agora ela só sentia um vazio estranho, como se ela estivesse livre de uma amarra. Agora que finalmente ele a tinha convidado para sair. Eu não vou, pensou Hinata sorrindo, por mais que ele insista.

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Sakura andava a caminho do refeitório, seu coração pulsava furiosamente tentando encontrar certo moreno com olhos cor de ônix. Uma veia pulsava em sua têmpora, irritada, incontrolada, e com mil planos sobre tortura na sua cabeça. Sakura dobrou o corredor e deu de encontro com Hinata que vinha apressada.

- Não olha para onde anda Hinata? – Perguntou Sakura.

- Que bicho te mordeu? – perguntou.

- O da discórdia. – respondeu Sakura.

- Caramba, que mau-humor! – Hinata sorriu e cruzou seu braço com o de sua amiga, e a forçando a andar em direção ao jardim privativo.

- não tenho tempo para olhar flores Hinata! – disse Sakura a perceber para onde elas estavam indo.

- Eu sei, mas eu preciso contar uma coisa para você! – disse sakura sentando em um dos bancos de madeira do local. – você nem imagina o que aconteceu...

- Andou de amassos com um cara lindo e gostoso e agora veio me contar as partes picantes.

- muito melhor que isso.

- Ok – sakura colocou as mãos no queixo e ficou pensando. – Dois caras lindos e gostosos afim de Você?

- Caramba você só pensa em homem?

- tem coisa melhor? – perguntou Sakura

- Claro! – Hinata olhou para Sakura. – Eu esqueci um homem lindo e gostoso!

- O que? – perguntou Sakura confusa. – como assim?

- Eu esqueci o Naruto...

- Nossa, Hinata, eu posso jurar que essa é a décima vez que você fala isso.

- Mas dessa vez é verdade!

- Até parece! – disse Sakura descrente.

- Eu juro pra você!

- Todas as vezes anteriores você disse isso.

- Mas dessa vez é sério... – Hinata suspirou.

- Tem certeza?

- Claro, eu não gosto mais dele.

- Que bom Hinata!

- Ok, agora vamos comer algo eu estou morrendo de fome. – disse hinata segurando novamente o braço de sakura e a levando para o pátio.

Sakura se deixou levar. Hinata era uma pessoa muito ingênua para assuntos como o seu próprio coração, ela sempre sofrerá com isso, mas agora parecia sério, e pela primeira vez na vida não vira mais aquele ar apaixonado que sempre se ouvia só de falar o nome dele. O negócio é que o brilho do seu olhar nunca se apagava, ela poderia fazer tudo, qualquer coisa, para tentar esquecê-lo, mas ela nunca conseguiria apagar aquele jeito que os seus olhos brilhavam só de pronunciar o nome dele. Quando ela descobrisse pelo menos iria ter um colo para chorar... Ou talvez dessa vez ela não suporte o suficiente para ter tempo de Sakura enxugar as suas lágrimas. Mas dessa vez ela não iria se intrometer, dizem que pessoas só aprendem de verdade quando se machucam e aprendem a se levantar sozinha. Era isso que ela iria fazer, e enquanto esperava sua tão amada amiga e irmã se machucar feio ela iria resolver suas coisas com certo moreno. Vem cá por que nenhum homem presta!