Confusões e... Uma nova aposta?

Sakura entrou na sala de Anko, já havia acabado as aulas e ela estava atrasada para o seu castigo por ter parado para conversar com Hinata. O lugar parecia um calabouço infeliz, havia uma mesa, uma cadeira, um armário e um quadro onde estavam anotadas a giz as atividades extracurriculares dos alunos dos 1° ano. Anko ainda não estava na sala o que dava um tempo extra para ela conseguir matutar alguma pequena vingança contra aquela doente.

Sakura tirou a bolsa e jogou no chão impedindo de que a porta se fechasse totalmente deixando somente uma fenda para que ela pudesse olhar o trânsito do corredor, até por que se Anko a pegasse mexendo nas coisas delas o pau ia comer é certo. Na primeira porta a rosada não teve muita sorte havia somente a fichas dos alunos que perturbavam na sala dos professores, alguma coisa a dizia que o seu nome estava ali, mas não por que ela chateava os professores, muito pelo contrário era uma das garotas que tirava as notas mais altas de toda a escola, mas como não ficava calada para as afrontas de certas pessoas que se achavam superior, seu currículo acabava sendo manchado pelas reclamações asquerosas daquela cobra disfarçada de cachorra.

No armário não havia nada que pudesse comprometê-la, Sakura olhou dentro das gavetas da mesa e percebeu que uma estava trancada, ela pegou um dos clipes e o desentortou até que ficasse razoavelmente bom de colocar na pequena fechadura do cadeado que fechava a gaveta. O clipe foi colocado dentro do buraco da fechadura e Sakura mexeu com suas mãos ágeis até que o cadeado imitiu um clique. Ela abriu a gaveta e não havia nada. Como assim nada para que tanta segurança? Para guardar alguma alma penada, tadinha da Anko talvez ela precise de companhia. ‘Sakura, Sakura, você não é de se enganar fácil, onde ela pode ter deixado alguma coisa? Hamm... Fundo falso’. Sakura deu pequenas batidas no fundo da gaveta e percebeu que ela estava oca. ‘Que idiota’. Dentro havia um caderno vermelho e quadriculado com um laço cor de rosa entre as duas capas. ‘macabro, por que Anko teria uma coisa meiga dessas, da até enjôo imaginar ela deitada na cama de bruços com a perna cruzada escrevendo o que ela fez na escola para infernizar a vida dos alunos, hilário. Sakura desamarrou o laço e abriu a primeira página.

‘Uau, isso vai para o mural do esquisito, o que a foto do Itachi-sama faz envolto de tantos coraçõezinhos? Aquela mulher é doente? Meu primeiro e único amor. Ela com certeza sofre de algum distúrbio. ’

- Deixa eu ver o que essa doida escreve... – Sakura abriu o pequeno caderno em uma página qualquer – Aqui essa é boa – disse a rosada que limpou a garganta e falou as frases escritas no caderno com a voz mais melosa que possuía.

“Meu primeiro e único amor, quando meus olhos bateram nos seus foi como se uma chama me consumisse por inteiro, como se meu coração fosse um tambor na mão de um profissional das batucadas – Que ridículo! Profissional das batucadas? - Senti o meu corpo amolecer com o pensamento do contato das suas mãos no meu corpo me fazendo urrar de prazer”.

 Sakura gargalhou alto, com a última frase, deixando o caderno cair de sua mãos e tapando o som de sua risada com as mãos, ela só conseguiu se controlar quando várias lágrimas já haviam saído dos seus olhos. Mesmo assim um sorriso divertido ainda saía dos seus lábios.

O som do eco de sapatos altos passava pela porta e foi parar nos ouvidos de Sakura que amarrou o laço que separava as duas capas colocou dentro do armário cobriu a parte oca e fechou o armário com o cadeado.

- O que você esta fazendo ai? – Perguntou Anko na porta olhando para Sakura com um olhar desconfiado.

- Vendo se a senhora não estava debaixo da mesa, já que demorou tanto. – disse Sakura com o intenso sorriso nos lábios.

- Garotinha como você é abusada. – disse Anko entrando na sala e chutando com uma cara de nojo a bolsa de Sakura que estava próxima aos seus pés.

- Faço o que posso. – disse saindo de detrás da mesa de Anko e dando espaço para ela sentar na sua cadeira.

- Vamos ver se você também irá fazer o que pode para limpar os quadros, até porque eu ainda não vi você começando o trabalho. – disse apoiando seu cotovelo na mesa e colocando eu queixo entre os dedos longos e finos.

- A senhora não vai supervisionar?

- Por favor... – disse Anko que um sorriso cintilante nos lábios – eu não perderia meu tempo com algo tão banal, e eu tenho certeza que você vai dar conta do recado, até por que você não foi feita para outra coisa a não ser limpar as coisas que outras pessoas sujam.

‘ talvez eu sirva para te dar um belo soco na cara, sua cadela. ’

- Sim senhora, não vou despontá-la, até por que quem melhor para julgar o que os outro serão ou não do que uma mulher que fica de olho na vida dos outro e não consegue cuidar da dela.

- Isso foi uma ofensa senhorita?

- Não seria capaz.

- Concordo. Por que você não tem moral nem educação o suficiente para tentar chegar a uma hipótese sobre uma pessoa como eu, em um nível tão elevado. – disse cruzando os braços sobre os peitos.

- Jura? Pensei que os saltos não fossem tão altos assim.

- Fora da minha sala e vá fazer seu trabalho! – disse com a voz alta.

- Sim senhora. – disse Sakura saindo da sala e indo para a porta onde os materiais de limpeza são guardados. – Anko voe vai me pagar.

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- Aqui o bebe – disse Naruto colocando o boneco no colo de Hinata.

- Por que demorou tanto? – perguntou Hinata.

- Queria passar mais tempo com o nosso filho.

- Dá pra parar com isso ele é só um boneco. – disse Hinata olhando para o bebe aos seus braços. – Muito bonitinho mais um boneco.

- O seu coração de mãe vai acabar amolecendo com o tempo.

- Chega já vou. – disse Hinata saindo da garagem e indo para a rua. Naruto a seguiu.

- Onde é que aquela bolsista está? – perguntou Naruto colocando a mão no bolso do seu casaco.

- O nome dela não é esse.

- Eu não gravo o nome de todo mundo.

- Eu queria que você esquecesse o meu. – sussurrou Hinata para si mesma.

- Não esqueço o nome de garotas que me interessam. – disse ele dando um sorriso de canto.

- Errado você só lembra o nome das pessoas que tenham dinheiro o suficiente para ser aceito na sua escassa rodinha de amigos. – Hinata parou e olhou diretamente para os olhos azuis de Naruto. – Você esta começando a ficar patético nessa sua tentativa de tentar sair comigo, isso é uma coisa que eu nunca vou fazer e sabe por quê? – perguntou Hinata apontando o dedo para Naruto. – por que eu nunca sairia com alguém tão superficial como você que adora manipular as pessoas para o seu próprio bem estar e que é tão mesquinho que não se importa com o que acontece de ruim ao seu redor nem se alguém esfregar na sua cara que nem tudo esta certo.

- É você me conhece. – disse com um sorriso presunçoso nos lábios - Agora eu posso dizer o que eu acho de você?

- Não tenho tempo para suas baboseiras. – disse dando as costas.

- Vai ser rápido. – Ele puxou seu braço a trazendo para perto dele, o que a fez engolir em seco. – Você é uma garota idiota que quer que todo mundo seja igual a você, totalmente morta sem expressão própria inibida até para dar um beijo em um garoto, se é que você já fez isso, embora eu não duvide muito, sua carinha de anjo e santinha só vai até certo ponto o resto é só fachada para não mostrar que a única coisa que você tem de real é a vontade de estar no nosso grupinho social... Sabe todos aqueles que você chama de patéticos e mesquinho. – uma lágrima solitária saiu dos olhos de Hinata e ele limpou com a ponta dos dedos. – Idiota e uma verdadeira boba sentimental que não agüentar ouvir algumas verdades. Agora faça o seguinte pega as suas coisas vira aquela rua e corre pros braços da mamãe que esta te esperando em casa com um prato de sopa, até porque o que uma garotinha mimada como você sabe da vida.  – Naruto olhou para ela com um sorriso sádico no rosto.

- Muito mais coisa que você... – Hinata limpou a garganta.

- Não seja burra garota, usa um pouco os seus miolos. Você aqui é um nada bem abaixo até da sua amiga bolsista.

- Mais burro é você que acha que eu me importo com isso. – Naruto a puxou para mais perto e aproximou sua boca da dela. O suficiente para sussurrar em cima dos seus lábios.

- Tenho certeza que se importa... Mas como eu sou mesquinho, o suficiente, pelo menos, para não ligar para ninguém, eu irei adorar quebrar o seu coração em mil pedaços. Para a sua amiguinha rosada juntar todos os pedaços e brincar de quebra cabeça. – Do céu começou a cair pequenas gotículas de água que se misturava com as lágrimas recém caídas no rosto de Hinata.

- Eu te odeio – disse ela dando pequenos socos tentando se desvencilhar de Naruto que a segurava cada vez mais forte no braço. – ME LARGA SEU... – Naruto aproximou seus lábios antes de uma nova rodada de reclamações.

O beijo era forte e violento, mas o toque totalmente macio. O coração bateu mais forte no peito e a aproximação era tão grande que Naruto podia sentir no seu próprio peito a batida desenfreada do pequeno órgão. O corpo que ficou totalmente amolecido se apoiava no corpo forte de Naruto que levou uma das suas mãos a fina cintura de Hinata a sustentado, sua outra mão foi até a mão dela que estava ao lado do seu corpo e levou até o seu pescoço. O boneco caiu no chão e começou a chorar, mas nem Naruto nem Hinata deram atenção ao som.

O carinho começou tímido o que aumentou a tensão no corpo de Naruto que se arrepiava com o delicado e gentil toque dos dedos dela. Naruto entrelaçou suas línguas de forma doce e melancólica. Um sussurro de prazer saiu dos lábios de Hinata, entrou pelos ouvidos de Naruto e o prazer de ter ouvido que a satisfazia aumentou o aperto e o fez levar sua mão livre para o cabelo dela, fazendo pequenos cafunés e o bagunçando por inteiro.

Hinata nunca sentiu algo tão carinhoso e intimidador como o toque de Naruto, ou melhor como o Naruto em si, sua mão grande e firme sempre a trazia para mais perto dele, o que aumentava o desejo do beijo e deixava quase escasso o ar que ainda restava dentro nos pulmões. O único problema se via na cabeça de Hinata que discutia bravamente com o impulso de se agarrar cada vez mais a ele. “eu irei adorar quebrar o seu coração em mil pedaços”. Ele ia acabar com ela sem antes o jogo nem ter começado. Ela não ia nunca deixar ninguém brincar com ela assim, mas a vontade de permanecer junto do corpo dele era maior que a força que tinha para se afastar.

Naruto desgrudou seus lábios devagar para recuperar o ar, mas não se afastou completamente, o rosto inicio de barba era afagado pela pele macia de Hinata enquanto ele deixava uma trilha de beijo e puxões no seu pescoço. Hinata sentia sua pele pegar fogo, e se deixou levar pela sensação ardente de ter ele beijando o seu pescoço, a atiçando de tal forma que ela não conseguia nem sentir mais os pés.

- Isso vai ser mais fácil do que eu pensei. – falou Naruto com a voz rouca. – O jogo nem começou e você já esta se rendendo aos meus beijos assim.

- Quem disse que eu me rendi? – perguntou Hinata irônica e ainda assim sem ar, o que a deixava co uma voz sensual para o loiro que sorriu. – Isso é só começo, eu vou fazer você dizer que me ama antes do final do ano. – Ela abriu os olhos e olhou para Naruto que sorria da morena que ainda estava no seu braço.

- É o que vamos ver Hinata. – disse Naruto no pé do seu ouvido. – Mas se você perder e dizer que me ama até o final do ano, vai ter que admitir que é fraca e que sempre esteve apaixonada por mim, na frente de toda a escola.

- Feito. – disse Hinata voltando a fechar os olhos quando ele mordeu o nódulo da sua orelha.

“Eu não vou perder, e vou mostrar para esse idiota que nunca se mexe com uma Hyuuga, pois por mais que ela desprezasse a arrogância das pessoas que pertencem a sua roda social, ela tinha o seu sangue. E não era a garotinha de um ano atrás que suspirava apaixonada pelo loiro a sua frente. Nunca mais irei acreditar no amor... Pois meu coração se fechou agora por tudo de bom que poderia querer de Naruto, ele vai pagar amargamente por me ferir tanto e até o final do ano esta chorando lágrimas de sangue.”

“Isso vai ser divertido, e vai ser ponto extra na minha lista de conquista, eu juro que até o final do ano ela vai estar nos meus pés, e a única coisa que vai pedir é arrego para ficar comigo para sempre e para toda a eternidade como fazem todas as meninas. Eu jurei para você Teme que nunca iria me apaixonar, e que nós íamos acabar sozinhos como o galinha e canalha que somos, eu estou cumprindo minha promessa espero que cumpra a sua também.”

Hinata puxou o rosto dele do seu pescoço e o colocou entre as suas duas pequenas mãos. No olhar dele mostrava um brilho inesquecível de conquista e no dela um de perseverança.

“Esse jogo não vai terminar tão cedo...”

De repente esse pensamento passou na cabeça dos dois ao mesmo tempo, Hinata o puxou para um beijo que surpreendeu o rapaz, mas o deixou alegre, um novo beijo, uma nova troca de ar e um apego pela pele molhada dela.

“Isso vai ser quente.”