Mesmo depois de uma semana Harry não tirava da cabeça aquela imagem que ele jurava ter visto na janela do Cabeça de Javali e sabia por experiência própria que precisava investigar.

Extremamente atordoado com toda essa história, Harry resolve sair para procurar alguma coisa referente ao que não saia de sua cabeça nos últimos dias. Resolve dar um passeio em Hogsmead para ver se encontra alguma coisa. Andou a manhã inteira e nada.

Muito frustrado passa a andar sem rumo certo e quando da por si está parado diante dos portões de Hogwarts. Foi então que decidiu entrar para rever os professores e... uma idéia passou pela sua cabeça. Conhecia agora a fórmula mágica que o possibilitava entrar nas propriedades do castelo e quando passou pelo salão principal ficou feliz pelo fato de a escola estar no período de férias, afinal, poderia andar por todo o castelo para ver como estão as coisas sem correr o risco de todos os alunos ficarem espantados com sua visita ou mesmo pedindo autógrafos e perguntando detalhes de como ele derrotou Lord Voldemort.

Em Hogwarts Harry revê alguns professores queridos e decide que não vai embora sem passar na cabana de Hagrid, então ele se dirigiu até o sétimo andar, passou em frente a sala precisa e percorreu o caminho até a antiga sala de Dumbledore agora ocupada pelo diretor Flitwick. Harry se depara imóvel diante da gárgula que protegia a entrada do gabinete e percebe que não sabe a senha. Faz algumas tentativas frustradas e enfim surge de repente a professora McGonagall que, surpresa e feliz por ver o tão querido ex aluno, se prontifica a levá-lo até a sala. Harry agradece aliviado e fica ouvindo a professora dizer a senha ‘Canto da Fênix’ e faz questão de memorizar bem, afinal sua cabeça não parava de mirabolar uma idéia da qual ele com certeza não iria desistir. Harry sobe atrás da professora e quando encontra o diretor Flitwick, este recebe Harry com muita animação.

_ Harry, que bom vê-lo! Quanto tempo!

_ Senhor Flitwick, é um prazer revê-lo também. Estava em Hogsmead e não poderia

deixar de passar para ver todos vocês.

_E então Harry, me conte o que anda acontecendo com você ? – diz curiosamente a professora McGonagall.

_Ah ! Quase ia me esquecendo, estou namorando Gina e dessa vez é sério. Já falei com o senhor e a senhora Weasley, eles adoraram a idéia.

_ E no ministério? Como vão as funções como auror ? – pergunta entusiasmado o professor Flitwick.

_Ah, vão bem estou me saindo bem, estou aprendendo o trabalho...

Neste momento a conversa é interrompida por alguns toques na porta. Quando a porta se abre um comitê de vários professores olhavam ansiosos para dentro do gabinete e de repente entraram como um estouro de animais ovacionando a ilustre visita.

Harry fica sem graça e Flitwick propõe, percebendo que sua sala ficaria pequena para tantas pessoas, que eles se mudassem para o salão principal para poderem conversar mais a vontade e aproveitarem para comerem alguns petiscos e beberem alguns sucos de abóbora.

Após alguns minutos de conversa, Harry pede licença a todos  e diz que vai ao banheiro, mas na verdade estava começando a por em prática o plano maluco que concebera. E então, a caminho do banheiro, ele passa direto, pega inúmeros atalhos que ele tão bem conhecia e rapidamente está de novo parado diante da gárgula, mas dessa vez tendo conhecimento de como entrar na sala. ‘Canto da Fênix ‘ disse ele rapidamente, a gárgula girou rapidamente em torno de si mesma deixando a mostra a escada que conduzia ao gabinete.

Chegando até a antiga sala de Dumbledore, Harry passa pela porta, olha rapidamente para a tão útil e conhecida  penseira e se depara com a escrivaninha na qual tantas vezes tivera conversas francas e frutíferas com o tão querido diretor.

Olha para a parede atrás do móvel e vê o quadro de Severo Snape, que foi diretor de Hogwarts durante o ultimo ano de sua vida, e logo ao lado ocupando o ponto central da parede o quadro com aquele rosto simpático e sorridente de seu velho amigo do qual sentia tantas saudades.