Férias de Uma Mecânica escrita por Half Fallen
Notas iniciais do capítulo
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Hoje eu fui a última a acordar, isso raramente acontecia. Minha cabeça borbulhava em saber mais sobre o quarto trancado. Será que era um quarto para aquele gato doido o Xiao May pelo que eu lembro, ou será que era um lugar para ela treinar? Levantei, formulando várias hipóteses e fui comer algo.
- Orrayo, Winry dorminhoca! – Cumprimentou May, sorrindo, ela parecia bem animada.
- Orrayo, May. – Percebi algo faltando naquela casa. - Onde estão os meninos?
- Foram passear. Mas vamos! Eu tenho que te mostrar o quarto! – Falou animadíssima.
Tenho que admitir que a fome estava me dominando, mas passou quando ela falou essas palavras. Antes que eu pudesse falar, ou protestar ela puxou minha mão e me levou até lá.
Abriu a porta, a qual estava trancada. Tive uma surpresa! Era uma sala de música onde havia um piano, uma harpa e uma flauta. Era enfeitada com detalhes maravilhosos, tinha algumas paredes espelhadas, e janelas enormes, que permitiam a fácil entrada dos raios solares.
-Nossa! – Foi a única coisa que consegui falar, estava maravilhada demais.
- Essa sala tem esses instrumentos que foram passadas de geração em geração na família Chang. Eu sei tocar a harpa e flauta. Você sabe tocar algo?
- Sim, quer dizer...Estou meia enferrujada. Eu toco piano, meus pais me ensinaram. – Senti uma pontada ao falar neles, segurei-me para não chorar.
- Vamos tocar! – Disse alegre, tentando me contagiar.
Começamos do fácil, umas notas que eu tocava saiam fora do ritmo. Com o tempo comecei a pegar prática. Após o treinamento, tocamos uma música bem alegre, May ficava com a flauta e eu com o piano. Assim que terminamos a música, escutei palmas, estava tão sintonizada com a música que nem percebi dois irmãos loiros na porta, aplaudindo.
- Como foi? - Perguntou May.
- Vocês foram ótimas, o som ficou legal. – Respondeu Al em um tom doce.
- Como foi o passeio? – Perguntei.
- Foi bom, nós vimos muitas coisas bo...
- Doidas, afinal não conhecemos nada aqui. - Interrompeu Ed, dando um sorriso sem graça.
- Se quiser eu posso te mostra a cidade, - Perguntou dirigido se ao Al.
- Sim. Vocês dois vão? – Al perguntou com uma cara de “digam não”.
- Não – Falamos juntos.
- Fiquem a vontade. Até mais. – May falou sorrindo. Al nos sussurrou um obrigado.
Voltei a sala de música e o Ed foi apreciar a vista do mar. Comecei a tocar a música em que meus pais gostavam, foi tão difícil saber a notícia que eles haviam falecido. Não contive as lágrimas, chorei e muito, apoiando minha cabeça no piano. Queria que eles me vissem, me abraçassem, conversassem comigo...
De repente, senti um abraço conhecido, sabia quem era o dono, me virei pra abraçá-lo melhor, encostei meu rosto em seu ombro e chorei igualmente ao dia que soube da pior notícia da minha vida.
- Winry... Por favor eu não aguüento vê-la chorando. Pare por favor! – Apesar de somente escutar sua voz, conseguia sentir como ele estava se triste.
-Ed... – Falei em um sussurro em meio ao choro.
Ele colocou as mãos em meu rosto e enxugou minhas lágrimas, logo beijou minha testa e logo continuou me abraçando, mais apertando.
-Winry... Nós estamos com você! Al e May estão com você! Eu estou com você! Então favor, não chore! Somos seus amigos e estamos aqui para ajudá-lo.
E simplesmente sorriu. Respirei, tinha que me acalmar, o Ed tinha razão! Continuamos a nos abraçar por algum tempo, depois eu ensinei-o a tocar piano. Sem percebermos Al e May já haviam chegado e já era de noite.
Fomos jantar para logo dormir.Finalmente estreamos o macarrão eu estava ansiosa. Abracei a May, tinha que agradecê-la.
-Obrigada por me apresentar a sala. – Disse ainda a abraçando.
-Não tem de que. – Falou rindo.
O macarrão era gostoso mesmo! Bem melhor que os do meu país. Após o jantar fomos dormir. Quando fechei meus olhos, lembrei de meus pais novamente, comecei a chorar.
Senti de novo aquele abraço que me deixava nas nuvens, depois de um tempo percebi que ele estava deitado na minha cama. De um jeito e de outro estava muito bom, estava me alcamando.
- Não chore! Prometa-me que a partir de hoje chorará só de alegria. Por favor prometa-me. – Falou com a voz firme.
-Ed... – Falei em um fio de voz, levantei o rosto para fitá-lo, mas a escuridão não permitia eu ver aquele rosto lindo.
-Não aguento vê-la chorando de tristeza. Apenas prometa-me! – Apesar do escuro, sentia seus olhos.
- Eu prometo. – Sussurrei.
Ele começou a acariciar minha cabeça fazendo meus olhos pesarem. Quando eu ia fechando os olhos eu o vi sorrindo apoiando sua cabeça com a outra mão. Não sei como mas eu tenho que agradecer-lo, ele sempre fez muito por mim.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu adorei a parte em que ela lembrou dos pais dela.