Ponto de vista de Jacob:

            Mesmo vendo todas as diferenças, eu, por uns instantes, me permiti esquecer de que aquela não era a Nessie de verdade e corri para abraça-la.

            Quando a puxei para os meus braços, senti seu corpo e cheiro e foi ai que todo o meu medo e nervoso se esvaíram... Era o mesmo corpo e o mesmo cheiro da mulher que eu amava...

-         Minha Nessie... – murmurei.

-         Meu guerreiro... – era a mesma voz, mais forte, mas ainda sim a mesma.

Caímos na areia e rolamos... Absorvendo cada detalhe um do outro...

Ela passou as suas pernas à minha volta e, como ela estava vestida com uma camisola lilás e eu nu, o toque foi ainda mais íntimo do que eu esperava.

-         Para tudo ficar perfeito, só falta meu Ares possui-lo e achar as nossas crianças... – disse a mulher.

Mesmo ela falando aquilo, eu ignorei e a beijei intensamente.

Diferentemente dos toques inocentes e leves que eu estava acostumado, os que a mulher usou para retribuir foram ousados, calorosos, experientes, maliciosos e sensuais.

Suas mãos acariciavam todo o meu corpo, arrancando gemidos e mais gemidos de mim.

Na minha mente, uma imagem me veio como um tapa.

Minha Nessie estava triste, chorando e perguntando: “Por que está me traindo? O que eu fiz? Não gosta mais de mim?”.

Foi aí que eu voltei a realidade e parei de beijara mulher em meus braços... A deusa que possuíra a minha Nessie.

-         Pare... – pedi.

-         Você não quer? – perguntou ela, fazendo com que minhas mãos percorressem seu corpo.

Eu não estava mais no controle... Éris estava comandando os meus movimentos com o seu poder.

-         Não... – murmurei.

-         Por que não se é isso o que você deseja? – perguntou ela, fazendo com que meus braços a abraçassem e eu a beijasse.

Meus lábios desciam até seu decote.

Eu queria parar, mas seu poder não deixava.

Mais uma vez, a visão de Nessie chorando me torturou.

-         Não – gritei contra os seus lábios.

Ela riu e continuou.

-         Pare! – gritou a voz de Carlisle.

Éris me libertou e saiu de cima de mim, enquanto, eu corria para os Cullen e Emmett me jogava uma calça.

-         Como sabiam...? – comecei.

-         Alice teve uma visão – disse Esme.

-         Ela não pode... – comecei, novamente.

-         Depois que Éris tomou Nessie, Alice pôde ver seu futuro... – disse Rose.

-         Que bom saber... – disse Éris – Obrigada por me avisar, agora, posso bloquear a vampira anã!

Éris riu e nós pestanejamos.

-         O que você quer, Éris? – perguntou Edward.

-         Quero viver, apenas, isso – disse ela, rindo.

-         Por que logo no corpo da minha filha? Por que não possui outra? Por que não deixa a minha menina em paz? – gritou Bella.

-         Porque eu a escolhi e ponto – disse Éris.

-         Eu ouvi a parte de você querer trazer seus filhos... O que faria se fosse com um deles? Gostaria de vê-los possuídos por algum deus? – perguntou Bella.

-         Não, mas, como não é com nenhum deles, eu não me importo – disse Éris, gargalhando.

-         Por favor, vamos fazer um acordo... – pediu Edward.

-         Não sei se sabem, mas nunca fui de fazer acordos... Minha discórdia não deixa... – disse Éris, irônica.

-         Por favor... – implorou Rose.

-         Não farei acordos com pessoas abaixo do meu nível e eu só não os mato, pois não sou ingrata a ponto de matar a família da minha escolhida, mas não me provoquem... Não consigo me controlar, quando fico nervosa... – disse Éris, rindo.

A energia ao nosso redor mudou e uma brisa cheia de ódio passou por nós.

-         Bom, eu ainda não acabei com vocês... Ainda quero trazer meu guerreiro de volta e já escolhi o moreno ali – disse Éris.

-         Quer leva-lo? – perguntou Alice.

-         Como é inteligente... Ótima dedução – disse ela, sarcástica.

-         Não deixaremos você faze-lo – disse Emmett, cruzando os braços, fazendo com que seus músculos se ressaltassem.

-         Você eu não provei... – disse ela, inclinando a cabeça para o lado – Esqueci-o... Bom, tanto faz... Já escolhi meu guerreiro e, caso eu tenha tempo, quem sabe nós não possamos aproveitar um pouco, não? – sugeriu Éris.

Rose rosnou e inclinou-se para frente, já se posicionando para o ataque, mas Jasper a segurou.

Éris riu e disse:

-         Outra hora, nos encontramos... Tenho coisas a fazer.

Éris estalou os dedos e escutamos um barulho acima de nós, o que nos fez olhar para o céu estrelado e ver um cão gigante com uma serpente no lugar do rabo formado por uma constelação.

O cão gigante desceu até a areia da praia, fazendo o chão sob os nossos pés tremer, e rosnou, o que fez com que nos afastássemos.

-         Até mais... – disse Éris, pulando nas costas do cão e foi em direção ao céu.

Agora sim eu estava ferrado... Uma deusa louca no corpo da minha amada e querendo que o deus da guerra possuísse o meu corpo... Maravilha