as Duas Faces de Uma assassina escrita por Nivea_Leticia, Laauh_37


Capítulo 8
The Nicest Thing


Notas iniciais do capítulo

OOOi pessoal do meu coraçãozinho

Sei que faz um tempaaao que não tem capitulo novo aqui nessa Fic, mas espero que vocês entendão que é fim de ano e não estamos com muito tempo.

Esse capitulo foi feito com muuito carinho e espero que gostem da revelação que fizemos.

Como prometido, esse é Percabeth e a musica de acompanhamento é The Nicest Thing do Kate Nash.

Espero que gostem!!

Beijoos da mim e da Nivea *-*



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[Música - The Nicest Thing - Katy Nash]

[Link para Youtube:http://www.youtube.com/watch?v=41R1jN26b4I]

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Percy Jackson

- Ela é meio sem noção - falei para a minha querida chefe que agora tinha um aparelho celular em suas mãos, provavelmente falando ao resto do pessoal que tudo tinha saído nos conformes apesar de não termos a levado até o aeroporto.

- Mas competente - adicionou ela. Parecia-me estressada com algo. Cada vez que a via, mais preocupação era percebível em seus olhos, em sua boca crispada em um aperto feroz, as suas unhas que ás vezes ficavam sem esmaltes, apesar de somente eu perceber uma vez que geralmente estava de luvas. Éramos até mesmo unidos de certa forma, juntinhos. Uma amizade legal entre nós dois. - Onde você vai ficar?

Fui tirado de meus devaneios sobre como ela era linda com essa pergunta.

- Se importa de tomar um café, chefinha?

Ela corou absurdamente e com um aceno, dirigiu as palavras ao chofer que mudou a direção do nosso carro. Era incrível como ela ficava mais relaxada comigo. Pensava nisso, agora, olhando as curvas de suas costas, a sua cintura fina, suas pernas bronzeadas. Era simplesmente magnífica. Não era a toa que os caras davam em cima dela. Um sorriso cresceu em meus lábios sabendo que ela dava fora em todos eles. Qualquer dia eu ainda iria ver como ela reagia a uma cantada. Admito que também fico bastante a vontade ao seu lado, talvez fosse pela nossa relação.

- Como está a empresa? - puxei papo, pois ela nunca o fazia. Tímida como era, o máximo que conseguia era mandar e desmandar em horas necessárias.

- Uma droga - admitiu - Tantos casos, ainda tem Atena no meu pé.

- Relaxa, tudo melhora.

- Já vem me prometendo isso á meses.

Sorri do biquinho dela.

- Eu não consigo tudo com muita rapidez - brinquei colocando um cabelo atrás de sua orelha - Mas, com o tempo, eu vou conseguindo.

- Só espero que isso tudo não demore muito - isso saiu mais como uma confissão do que uma reclamação de algo. O peso realmente deveria estar grande para ela ficar com aquele semblante perdido. Como seu “amigo”, sabia de tudo o que acontecia naquele lugar, inclusive com Thalia, da qual tinha muito apreço. Era uma grande garota que só teve uma família muito... Ruim, se assim podemos dizer.

Ela me encarou antes de segurar a minha mão, a sombra de um sorriso aparecendo naqueles lábios. Havia olheiras fracas embaixo dos seus olhos, os ombros pareciam pesar. Tudo devia ser demais para ela. A mulher que comandava a principal empresa de advocacia. Não que essa fosse a verdade, mas a mentira também devia se manter intacta. Escutei ela sussurrar outra coisa para o chofer, mas não me importei em perguntar o que era, somente me deixei levar. Ela nunca me faria mal, disso tinha certeza.

- Estou cansada - admitiu ela para mim enquanto eu brincava com os seus dedos finos - Queria tanto um tempo de tudo isso.

- Basta se dar férias.

Ela riu baixinho.

- Você fala como se tudo fosse fácil, Percy.

- Mas é fácil, basta querer.

- Ah, sem papo filosófico.

- Eu sei que você ama papo filosófico - cheguei perto dela sem me importar que alguém visse e lhe dei um beijo na bochecha - Não tem ninguém aqui.

- Mas aqui não- ela reclamou me afastando de sua forma mesmo que sua mão tremesse - Sabe dos erros disso, Percy.

- Por que será que adoro quando você diz isso?

- Percy, por favor - ela revirou os olhos - Aqui não.

- Ok, ok, mas não prometo nada.

Acho que aquilo a deixou agitada, e a mesma sabia que eu sempre cumpria o que dizia.

- Você tinha dito que íamos tomar um café- reclamei jogando o meu terno em cima do seu sofá de couro branco - Se tivesse me avisado que íamos vir para sua casa, teria pegado uma muda de roupa.

- Acho que tem roupa sua aqui em casa - ela rebateu retirando o seu sobretudo, me deixando cada vez mais interessado em sua figura trajando um vestidinho colado. Seus saltos batiam com um baque surdo na madeira, quando ela andava. Eu já me sentia confortável ali, dois anos me acostumaram com o melhor. Inclusive não me importei em ir até o seu som digital e procurar uma música legal naquele aparelho. Havia de tudo, desde música clássica a rock pesado. Não sabia que ela gostava de Red Hot Chilli Peppers, pensei ou talvez fosse Thalia. Aquela ali sim tinha cara de que fazia coisas assim. Britney Spears, Beyonce, Lady Gaga, Bon Jovi, Beatles. Muitos artistas para uma garota só. Deslizei o dedo pela tela touch. Eu queria algo calmo para escutarmos, ela já estava muito estressada para o meu gosto e não gostava de ve-La desse modo. Preferia ver ela feliz, comigo, sorrindo. Nada de coisas nebulosas.

- Acho que vou tomar um banho - ela gritou do quarto me dando a privilegiada ideia da sua pele molhada.

- Ok.

- Sinta-se em casa.

- Mais do que já me sinto?

Pude escutar o seu riso sendo abafado pela provável porta que dava acesso ao local. Assim que eu gostava dela: rindo. Por fim, escolhi um Under The Bridge do Red Hot Chilli Peppers, enquanto andava pela casa só de meias negras, totalmente de boa. Já havia me acostumado a ficar daquele jeito, até mesmo com menos roupa por ali, não que me importasse, pois o que vinha antes era sem dúvida espetacular. Sai assoviando para a cozinha, dando alguns passinhos de dança que me lembrava de quando era mais nova, aquela música sempre me fazia me sentir mais novo. Ok que eu não era velho, muito menos a minha chefe que na verdade era mais nova que eu. Ela sempre duvidou de mim, mas passou a confiar tanto que chegamos a outro lance. E sem dúvida, essa conexão era muito mais forte do que eu um dia imaginei que seria. De algum modo, ela me prendia. Abri a porta para a adega, um friozinho me convidando para escolher um ótimo vinho para hoje. Hum... Deixe-me ver. Olhei vários antes de escolher o nosso. Era um Francês de 1945, primeira colheita. O nosso preferido.

Aproveitei enquanto pegava algumas coisas na cozinha para ligar ao restaurante favorito dela, pedindo um salmão ao molho de maracujá com arroz a grega. Saber os gostos de uma pessoa é realmente muito bom. Não que eu tivesse muito tempo com ela, mas era... Diferente. Na verdade, nem sei explicar.

Logo ela apareceu com um vestidinho folgado próprio para praia. Senti primeiro suas mãos em meu peito, seu rosto nas minhas costas quando me abraçou por trás para depois chegar aos seus lábios que tocarem meu ombro por cima da blusa social azul com listras brancas.

- O que está fazendo? - ela me perguntou me deixando ver um sorriso na sua voz - Está tão quietinho.

- Estava andando pela casa - falei segurando as suas mãos com as minhas - Espero que tenha relaxado um pouco.

- Consegui esquecer um pouco - admitiu - Mas, aquelas preocupações com Thalia nunca me deixaram. Ela é minha protegida, Percy, sabe disso!

- Ela sabe se cuidar, querida.

- Sei disso, mas ainda assim, ela ainda parece tanto aquela Thalia perdida.

- É, agora ela é uma assassina procurada por todos, graças a você!

Ela ficou calada por um tempo antes de dizer:

- Não sei se o que fiz foi o melhor, Percy.

- Como assim? - indaguei completamente confuso - Não era tudo o que desejava?

- Não sei se é mais isso.

- Ah, querida, deixe de pensar assim!

- Não sei, Percy, não sei.

Eu iria dizer para rever o que tinha feito até ali, mas fomos interrompidos com a campainha tocando. Ela pareceu um pouco perplexa por estarem batendo em nossa porta esse horário. Afastei-me dela, indo diretamente a porta.

- Entrega do Italian - avisou o cara me entregando os pedidos - Tenham uma boa noite.

- Igualmente - lhe entreguei o dinheiro - Pode ficar com o troco.

- Bom apetite - com isso, o vi sumir. Isso que eu gostava do pessoal, eram tão calmos!

- O que temos aqui? - brincou ela se apoiando na mesa em que eu retirava os pratos de dentro das caixas - Deixe-me ver, salmão?

- O seu favorito - admiti sorrindo - Sei como é louca por eles e sem querer ser indiscreto, estou morto de fome.

- Então acho que somos dois, mal me aguento em pé!

- Que horas comeu?

- Acho que umas oito horas atrás, tinham tantas coisas na empresa que nem tive tempo de um tempinho para mim - lhe entreguei o seu prato e os talheres - Obrigada.

- De nada - a guiei para o tapete da sala de estar para comermos ali - E nem vem brigar sobre estarmos sentados na sala.

- Eu não ia dizer nada - rebateu com um sorriso.

- Imagino!

- Como me conhece tão bem?

- Poderia dizer que são anos, mas não são tudo isso!

Ela nada mais disse, pois devorava o que tinha a sua frente. Acho que realmente estava com fome. Não sei por quanto tempo ficamos assim, calados, somente os barulhos do bater dos garfos cortando-o. Era calmo, delicado e precioso esses momentos. Ambos pensavam. Eu imaginava como ela ficava linda naquele vestido quando suas bochechas ganharam um tom avermelhado. Levei um pouco do vinho a boca, ainda a analisá-la.

- O que foi, Percy? - ela tomou da taça - Pare de me olhar assim.

- Impossível, sabe que a adoro assim.

- Deve ser por poder. - ela fez um biquinho - Homens.

- Sabe que não sou assim, garotinha, pra que iria querer seu império se tenho o meu?

- Não sei.

- Ah, deixe de bobeira. Então - fiquei de pé com uma mão estendida - Dance comigo que eu te mostro que não estou errado.

Ela sorriu aceitando.

Logo, trocamos passinhos, seu rosto escondido no meu peito, seus braços ao redor do meu pescoço, as minhas mãos espalmadas nas suas costas. A música calma era boa para aquele momento.

- Agora mereço um desculpa pela sua desconfiança?

Ela riu jogando a cabeça para trás.

- Você não tem jeito mesmo, Percy, cada vez mais abusado.

- Você me faz ficar assim, garotinha.

- Hum... É mesmo.

Sem “querer”, a sentei na mesa principal, ficando entre suas pernas que estavam agora travadas a minha volta. Aquele típico olhar cinza safado que eu não via durante nem uma hora do dia, a não ser que estivéssemos a sós, me queimava. Os cabelos loiros úmidos caindo em cachos pelas suas costas, a verdadeira cor, sem nada de perucas vermelhas ou então negras. Seu semblante sério, convertido em felicidade com luxúria e algo mais que não conseguia identificar ainda. Mas, meu coração já acelerava só com o simples toque de sua mão em meu peito, minhas mãos tremendo, a boca seca. Somente ela conseguia isso comigo. Ninguém mais. Quando notei, a tinha deitada em cima do móvel de vidro, minhas mãos entrando pela sua roupa.

- Minha Annabeth - sussurrei antes de tomar seus lábios. Era sempre assim comigo e com ela: fogo independente da situação. Várias vezes eu me pegava analisando a forma da minha chefe, doido para chegar a noite e poder ver ela sem interrupções. Poder fazê-la sorrir. Beijá-la.

- Percy - murmurou para mim, suas mãos se trançando em meus cabelos. Era incrível o modo com que ela conseguia fazer a combustão explodir dentro de mim com tão simples palavras. O meu nome era suficiente. Aqueles lábios rosados movendo-se contra os meus, os beijos, as mordidas.

Acabamos como todas as vezes, nos amando, pois para mim, aquilo não era sexo e jamais seria. Havia algo a mais, um elemento a mais que eu mesmo não conseguia identificar.

Ela abriu a mão em meu peito, seu corpo pequeno ao meu lado, acalentando os meus medos bobos por ela ser a minha chefe.

- Eu acho que te amo, Percy - sussurrou soando realmente indecisa.

- Acha?

- Você me ama?

Colei um beijo em seu rosto.

- Claro que sim, Annabeth.

- Então, sim, eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
O proximo capitulo promete, vocês não perder por esperar :D
Kisses e até o proximo