POV Percy

Eu estava deitado na minha cama brincando com a Vick, ela tinha o sorriso mais lindo do mundo, Atena  tinha lhe dado um baú cheio de brinquedos, todos faziam sons que a Vick adorava, Annabeth estava arrumando o quarto dela, a garotinha podia ser novinha, mas de tanta gente que brinca com ela, o quarto dela sempre era uma bagunça, Gabriel e Andresa eram nossas babás de emergência, sempre que eu e Annabeth queríamos ficar sozinhos, eram eles que cuidavam dela, e quando eles não podiam, eram Luke eu Thalia que cuidavam, todos no acampamento adoravam ela, como Annabeth sempre dizia, ela era famosa por lá, mas hoje aconteceu uma coisa estranha, sabe eu e Annabeth deixamos ela no berço para ela tentar dormir, pois não tinha parado de chorar a noite toda, mas em cima do berço, tinha um brinquedo de cordinha, vários planetas pendurados, e uma corda que segurava um deles arrebentou e Marte caiu em cima dela, seu choro foi muito alto, mais alto do que jamais imaginei que ela conseguisse chorar, e depois de alguns segundos de choro, o chalé inteiro começou a tremer, Annabeth pensou ser um terremoto e pegou Vick no colo para protegê-la, quando ela tirou Vick do berço, ela parou de chorar, e o tremor também parou, Annabeth e Gabriel, que também estava presente, disseram que fora uma conhecidência, mas eu estava com um mal pressentimento. Mas no momento estava tudo bem, Vick estava rindo, com aquele sorrisinho desdentado que ela tem, que eu não me canso de dizer que eu é coisa mais linda do mundo, ouvi alguém bater na porta.

-Pode entrar. –Falei e Felipe entrou pela a porta.

-Oi! Percy e Gabriel seu pai está nos esperando para passar sua missão. –Falou ele meio sem fôlego, devia ter corrido até aqui.

Annabeth pegou Vick do colo, Paulo deu um beijo nela, ele adorava ela, e eu, Gabriel e Annabeth fomos, no caminho até lá, Vick ficou olhando tudo, ela adorava sair do quarto, começava a rir para as plantas, quando chegamos na Casa Grande, vi meu pai sentado no cama e todos a sua volta, Luke e Thalia estavam de mãos dadas, eu não me acostumo com o fato de eles namorarem, e a Thalia ser uma caçadora, meu pai olhou para Vick e abriu um sorriso.

-Percy! Annabeth! Como vai minha neta? –Perguntou ele.

-Ótima, senhor Poseidon. –Respondeu Annabeth fazendo reverencia, eu, Gabriel e Felipe a seguimos.

-Annabeth você é da família agora, não precisa me chamar de senhor, me sinto velho, posso segurar minha ela? –Perguntou meu pai.

-Mas é senh... Poseidon. –Delicadamente Annabeth passou Vick para meu pai.

-Que linda! –Exclamou meu pai, ele olhou para todos da missão, com o seu olhar gentil de sempre. –Preciso que vocês achem meu tridente, eu perdi ele esses dias, sabem como é né? Deixei cair nas profundezas do mar, vou levá-los até lá...

-Profundezas? Se nós formos morreremos! –Exclamou Thalia.

-Não minha querida, eu protegerei  vocês, o Percy e o Gabriel só precisam fazer bolhas de ar para vocês, eu estava lutando com um monstro... –Quando meu pai falou isso pareceu lembrar de algo. –Ah, sim, eu me esqueci de uma coisa, aquele era uma monstro diferente, nunca tinha visto um dele antes, tentei aprisioná-lo para poder estudar ele, mas ele me venceu e eu deixei meu tridente cair perto dele, vocês terão que derrotá-lo. –Me lembrei do porco de Ares, e pensei se a Santana não estava por trás desse outro monstro desconhecido.

-Poseidon, eu sei que para vocês é o de menos, mas quem vai cuidar da Vick? –Perguntou Annabeth.

-Não se preocupe Annabeth, eu e sua mãe iríamos adorar cuidar desse presentinho de Afrodite. –Disse meu pai.

-Pai, antes de irmos, como era esse monstro? –Perguntei.

-Parecia... uma bola gosmenta de catarro, mas com tentáculos, era grudento e nojento... –Começou ele.

-Já entendemos! –Gritou Bárbara com nojo.

-Tudo bem, então podem ir... –Disse meu pai e já estava se preparando para estalar os dedos, mas Annabeth gritou...

-P- Poseidon, antes de irmos, a Vick não gosta de brinquedos de chocalho, só dos que apitam, ela gosta de quando mechemos os dedos em cima dela, ela sempre tenta pegar, se ela chorar, por favor, me traga de volta, acho que já foi tudo? –Annabeth olhou para Andresa pedindo ajuda, ela era como uma segunda mãe da Vick.

-Não, a Vick também gosta de girafas, coelhos e ursos pandas, mas só se estiverem com a língua de fora, e odeia tubarões, macacos e especialmente hipopótamos, ela tem medo...

-E tem os tigres... –Começou Bárbara. –Leões, qualquer animal carnívoro, mas eu acho que não precisa nos trazer de volta se ela chorar, é só tirar a roupa dela e botar em uma banheira bem quentinha...

-Verdade, não tem coisa que ela goste mais do que um banho quentinho, eu e Annabeth compramos uns patinhos para ela brincar na água, e ela adora... –Começou Thalia, e todas as garotas começaram a dar palpites, se não fosse por eu fazer um sinal de “Vai rápido” para o meu pai, poderíamos ter ficado ali por horas, só com as meninas falando de como cuidar da Vick, meu pai estalou os dedos rapidamente, era fácil perceber que ele estava tão entediado com aquilo quanto os outros meninos.

Então, quando percebi, eu e toda a equipe estávamos de baixo da água, e todos, menos eu e Gabriel, estavam com bolhas de ar na cabeça. Começamos a procurar o tal monstro, que eu tinha a ligeira impressão que tinha sido obra da Santana, nós nos separamos em grupos de dois, eu fui com Annabeth e Grover, a minha equipe tinha três já que na missão tem um numero impar, então o Grover veio com agente, combinamos que se alguém achasse o monstro, chamava os outros, lá estávamos nós, três amigos que a muito tempo não saiam em uma missão juntos, cheguei perto de Annabeth, ela podia estar enganando a todos, mas não a mim, desde que saímos da mansão da Santana, ela estava estranha.

-Annabeth, por que você está tão... Distante? Desde que voltamos da mansão da Santana, você parece triste. –Perguntei, e não me importei com o fato de Grover estar do lado.

-Eu não posso ser uma menina perfeita o tempo todo, não posso... não quero ser uma menina feliz e simpática que está sempre a mercê de todos quando eles pedem. –Respondeu ela, mas eu sabia que ela só queria desviar do assunto para não contar a verdade.

-Annabeth, o que houve lá... Quando a Vick estava como uma adolescente?

-Ela disse que eu não era a mãe dela... Falou que sabia quem eu era, se lembrava de mim, só que queria ficar com a Santana, Percy, eu alho para ela agora, como se não fosse ela naquele dia, olho para ela esperando que tudo aquilo tenha sido um pesadelo desagradável, mas sei que não é... –Falou ela, melhor, cuspiu, ela pronunciou cada palavra como se já estivesse querendo falar aquilo faz muito tempo.

-Annabeth, a Santana fez uma lavagem cerebral na Vick ou sei lá, mas uma coisa eu posso te garantir, aquela garota de 17 anos que estava lá naquele dia, não era nossa filha, era uma criação da Santana.

-Não Percy, aquilo foi real, aconteceu mesmo, a Vick vai crescer, vai ser uma adolescente, e aquilo que agente viu na mansão da Santana, não foi a Vick com lavagem cerebral, foi nossa filha Percy, talvez quando ela crescer não seja daquele jeito, mas aquela pessoa, que tentou me matar e disse que eu não era a mãe dela, vai sempre estar dentro da Vick, em algum lugar.

-Não! –Gritei para que ela parasse de falar bobeiras. –Você não está entendendo Annabeth, é exatamente assim que a Santana quer que você se sinta...

Fui interrompido, uma rocha marinha perto de nós explodiu e jogou a mim, Annabeth e Grover para longe, quando a poeira abaixou, vi o monstro que o meu pai tinha descrito na nossa frente, com o tridente dele ficado em uma parte da bola gosmenta que ele devia chamar de corpo, éramos três amigos fazendo uma coisa que não fazíamos a tempo, lutar contra monstros, quer dizer, já deve fazer uns dois anos desde que fomos para o Labirinto juntos naquela missão, e aquela tinha sido a ultima vez que eu, Grover e Annabeth tínhamos lutado juntos...

CONTINUA...