POV Percy

Tive que ir a todos os chalés para acordar todos os integrantes da missão, nenhum de nós que fomos até a casa ou mansão da Santana comentou nada uns com os outros, quando cheguei ao meu chalé, vi Gabriel no chão ainda dormindo e Annabeth do lado do berço da Vick com ela no colo, ela estava chorando tão alto que me surpreendi que Gabriel ainda estivesse dormindo, fui até lá, Annabeth parecia preocupada com o choro da Vick.

-Oi Annie. –Falei, tentando parecer despreocupado, o que não era o caso com o meu sonho e a Santana dizendo aquele negócio de hora certa...

-Oi... Cabeça de Alga, eu ainda não tinha te chamado disso esse verão né?

-Acho que não, mas nós temos que ir, Ares vai nos dar uma missão agora...

-Eu não posso ir com a Vick chorando assim.

-Deve ser só uma cólica, vai passar.

-Então por que você não fica aqui esperando isso passar enquanto eu me divirto em uma missão de Ares? –Falou ela meio séria, e brava, eu fiz uma cara de duvida e ela pareceu culpada. –Desculpe Percy, é que eu tenho muita coisa na cabeça agora.

-Está tudo bem Annie, mas você não quer deixar ela com Quíron para irmos a missão? –Perguntei.

-Não obrigada, não vou conseguir participar da missão sabendo que a Vick está chorando assim, vão sem mim, eu nem ia ser de grade ajuda, é uma missão de Ares, não vão precisar de mim, sou mais versátil em missões que se usa o cérebro, não a força.

-Tudo bem, te vejo depois...

...

POV Gabriel

Todos da missão estavam presentes na sala, menos Annabeth, até que um cara de pinta de durão apareceu na sala, ele usava uma jaqueta preta, camiseta vermelha e calça de couro, não dava de ver os olhos dele já que tinham duas lentes de um óculos escuros na frente deles.

-Olá pivetes, como vão? Melhor ainda, não respondam, não me interessa, vamos direto ao ponto, minha missão é... Espera aí, cadê minha filha Clarisse? –Perguntou ele.

-Ela não participa da missão. –Disse Percy.

-O que? Isso é um ultraje, mas eu só estou vendo quatorze de vocês, por que não botam ela, seria uma boa lutadora.

-Annabeth está cuidando da... Vick. –Percy pareceu meio incomodado em falar sobre a sua filha com esse deus em particular, por que será?

-Aahhh sei... A sua filha, certo Percy? Diga-me, como ela é? Horrorosa ou só feia como o pai? –Perguntou ele com um sorriso no rosto, eu segurei o braço do Percy para ter certeza de que ele não fosse para cima de um Deus.

-Você quer nos dar logo a missão e sair da minha frente? Ou você quer que eu te humilhe como da ultima vez? Eu faço isso com todo o prazer. –Disse Percy, eu imaginei ver fumaça saindo dos olhos dele, o que eu não sei é se foi só imaginação.

-Bom, mas como eu ia dizendo, já que a sua namorada não está, por que não chamam minha filha? Acreditem em mim, ela vai ser de grande ajuda

-Eu não quero nem saber, nos de logo a missão antes que eu... –Começou Percy, mas por sorte eu o interrompi...

-Opa, tudo bem, não queremos que um deus nos odeie certo? Senhor, eu vou chamar sua filha... Qual o nome mesmo?

-Clarisse... Ela até é legal quando você conhece, diferente do pai.

Ta bom agora eu sei que o Percy tem alguma coisa contra esse deus em particular, ou ele é só muito burro mesmo, mas eu não queria estar lá se o lugar explodisse, então fui até o chalé de Ares buscar a tal Clarisse, não aconteceu nada de mais no meu passeio de ida, só dei uma olhada de longe para a janela do meu chalé e vi Annabeth tentando amamentar a Vick, mas ela continuava chorando, mesmo com a criança no colo ela me viu e abriu um sorriso para me cumprimentar, eu retribui e logo que percebi estava no chalé de Ares, o lugar realmente parecia barra pesada, abri a porta e tinham dois garotos brigando no meio do chalé e uma garota que por incrível que pareça, ela tinha cara de mais durona que os dois garotos juntos.

-C-Clarisse? –Perguntei.

-Por que quer saber engomadinho? –Disse ela depois de separar os dois garotos, espera... Engomadinho? Só por que não quero ficar feio como ela? Nossa esse lugar provoca a raiva.

-Hum... Sabe a missão que eu o Per... –Comecei, mas fui rudemente interrompido.

-Sei claro, acha que sou burra? –Perguntou ela.

-N- não, só grossa... –Eu só percebi a bobeira que tinha dito depois de dizer... Por que eu sempre faço isso, a garota pulou em cima de mim com raiva, o Percy disse que depois que você conhece ela até é legal, mas eu duvido... –Espera, seu pai quer que você participe da missão que ele vai nos dar! –Gritei antes de ela me atacar e eu estar no próximo almoço do chalé de Ares como prato principal.

-Ele quer? Quer dizer, claro que quer, bom então vamos engomadinho. –Disse ela tentando parecer confiante, mas eu acho que ela estava com medo de seu pai mudar de ideia antes de ela chegar lá...

...

-Ótimo, filha, você demorou, agora vamos ao que interessa, minha missão é muito... Simples, só quero que matem um porco selvagem para mim, eu sei que pelo menos os que sabem mitologia devem estar se perguntando se o porco selvagem não é meu animal, e eu já vou responder... Sim ele é, mas é que esse era meu animal de estimação, digamos assim, e por eu não gostar de cuidar bem dele, ele está destruindo todos os meus locais preferidos e que me dão poder...

-Tipo onde? –Perguntei.

-Tipo museus de guerra, campos onde já aconteceu alguma matança entre dois ou até mais exércitos, coisa do tipo... Mas essa não é a parte legal, é que, além de minha filha, apenas os homens da equipe vão... O que significa que o Percy fica. –Disse o Deus zombando do Percy, ele teria com certeza pulado em cima de Ares se não fosse eu e a Andresa segurarmos ele. –Ta bom, já que vou permitir que a minha filha vá, também vou permitir que você vá.

-Espera um minuto. –Falou Andresa. –Por que as meninas não podem ir? Não nos acha boas de luta?

-Claro que não, e já vou dizer que esse assunto não está em discussão... Os garotos podem ir.

-E onde vamos achá-lo pai? –Perguntou Clarisse.

-Com essa parte vocês não precisam se preocupar, eu vou, com o pouco de poder que ainda me sobra, vou mandá-los para o local onde está ele... Boa sorte, vocês vão precisar... –E com essa frase ele estalou os dedos e do nada, estávamos no meio de uma floresta.

Não era uma floresta assustadora, como eu esperava que um porco selvagem do deus da guerra estivesse, na verdade o lugar era bem bonito, e por um período curto também era tranquilo, mas tinha um barulho no meio das arvores, todos nós nos preparamos para sacarmos nossas armas, e o monstro apareceu, eu achava que era um porco selvagem normal, mas estava enganado, era como um demônio dos animais, tinha mais de quinze metro, e eu não estou exagerando, com três chifres, um em cima do focinho e dois na cabeça, seus olhos eram vermelhos que poderiam brilhar assustadoramente até mesmo no meio da noite, ele nem quis saber quem erámos, só correu em nossa direção num ataque raivoso e destrutivo...

CONTINUA...