POV Nico

Afrodite idiota, besta, desgraçada. Porque ela pensa que só porque é deusa do amor pode ficar se intrometendo na vida amorosa dos outros. Deusa do amor idiota.

-Eu só não te explodo agora mesmo, porque eu lido com pessoas rejeitadas todos os dias. –Falou a deusa que apareceu na minha frente do nada.

-Por que eu tenho que amar ela? Por que não me fez amar uma pessoa que correspondesse? –Perguntei.

-Olha Nico, vou te contar um segredo. O amor é um mistério até para mim. –Falou ela, muito calma, o que não era típico dela. –Ele é esperto e traiçoeiro, eu não escolho por quem as pessoas se apaixonam, oh não, quem escolhe é Eros, ou como muitos mortais o chamam, Cupido. Ele joga suas majestosas flechas nos humanos. E depois me conta em quem jogou e quem foi a pessoa que ele ou ela se apaixonou. Eu simplesmente escolho as desventuras que o casal terá.

-E porque ela tinha que não corresponder? Porque eu tenho que sofrer? –Perguntei, e não consegui evitar, comecei a chorar.

-A ela vai acabar correspondendo.

-E porque ela tem que gostar de outro? PORQUE EU TENHO QUE SOFRER, se é você que escolhe as desventuras dos pares Porque todos sofrem um pouco? Pra que fazer todos os humanos já rejeitados uma vez na vida te odiarem?

-Se o amor fosse perfeito, ninguém iria gostar dele, ele seria parado e sem emoção. Olha Nico eu já falei demais. –Ela disse e desapareceu, deixando novamente aquele pó rosa e o cheiro de perfume.

-Eu odeio o amor. Porque a Bárbara não pode corresponder sem me fazer sofrer tanto?

POV Gabriel

-Amor, acorda chegamos. –Eu disse.

-Não me diz que eu dormi 8 horas de novo?

-Não a viagem foi rápida dessa vez.

-Ótimo.

Nós andamos até o parque que Afrodite nos falou. O parque era incrível, tinha todos os brinquedos conhecido, tinha roda-gigante, o túnel do amor que teríamos de procurar o cinto de Afrodite, tinha montanha-russa, e tinha de tudo. Tinha uma garota que era muito familiar para mim, eu a conhecia de algum lugar só que pela multidão no começo eu não consegui indetificá-la, a não, não pode ser ela. Samantha. Ela estava em New York.

-Vamos procurar o túnel do amor. Vem.

-Mas o túnel do amor ta daquele lado. –Ela apontou bem pro lado em que a Samantha estava.

-Ta eu vou falar a verdade. Ta vendo aquela garota de cabelos preto e grisalhos lá?

-To

-Ela é a Samantha.

-Ótimo eu vou falar com ela.

-Para que? –Agora eu to confuso.

-Para eu poder falar umas poucas e boas para aquela vadia.

-Você não vai fazer um escândalo né? –Eu segurei o braço dela.

-Eu quero apenas conversar com ela. –Disse ela se soltando e foi para a Sam. –Oi, seu nome é Samantha? É filha de Afrodite?

-Quem é você? Como sabe tanto sobre mim? –Disse Samantha.

-Eu não sou ninguém muito importante na sua vida, eu só quero-te pergun...

-GABRIEL. Você aqui? –Disse Sam percebendo que eu estava aqui e interrompendo a Andresa. –Meu amor. Você sabia que eu estava aqui? –Ela pulou em cima de mim. Andresa quase a agarrou.

-Andresa. –Falei sem a Sam perceber.

-Como você me achou? –Perguntou Sam.

-Eu não vim aqui por você. –Falei enquanto a afastava do abraço.

-Então é pra que? –Perguntou ela franzindo a sobrancelha.

-Eu e o MEU NAMORADO estamos aqui por uma missão da própria Afrodite. –Disse Andresa tentando provocar ela.

-Como assim o seu namorado? Ele é meu namorado. –Disse Sam.

-Não Sam, agora a Andresa é a minha namorada. –Eu falei.

-Como é seu traidor. Seu canalha sem vergonha. –Disse ela e me deu um tapa.

-Não bate no meu namorado, sua piranha. –Falou Andresa e deu um tapa na Sam.

-Sua desgraçada, filha de uma puta sem vergonha. –Disse Sam e pulou em cima da Andresa. As duas começaram a rolar pelo chão.

-WOW. O que é isso? Não conhecem o ditado? A violência é a saída dos burros. –Eu disse, as duas se soltaram e ficaram de pé.

-Tem razão amor, isso é coisa de gente sem inteligência nenhuma. –Disse Andresa.

-Olha seu traidor e sua piranha, quando eu chegar no acampamento eu juro que separem e eu vou namorar com você de novo viu gato. –Ela disse, saiu correndo e chorando.

-Ela me paga da próxima vez que agente se encontrar. Vamos logo procurar o cinto para eu esquecer ela um pouco. –Disse Andresa se recompondo.

-Vamos sua pirada. –Eu disse zombando.

-Mas é sério ela vai me pagar.

Nós começamos a ir para o túnel. E esperamos um tempão na fila que estava enorme. Quando nós entramos era muito chato, tinha um montão de corações e luzinhas bonitinhas. Que chatice, mas pelo nós não ficamos lá olhando aquilo, tivemos que ficar olhando para a água para procurar o cinto de Afrodite.

-Está ali. –Disse Andresa.

-Ah, estou vendo. –Eu falei. Pulamos do barco e entramos na água.

-Peguei. –Disse Andresa. –WOW.

-O que houve?

-Eu não sei. Do nada você parece umas 100 vezes mais bonito e gentil.

-Andresa, você ta bem? Ta com um olhar meio estranho... Seus olhos estão fora de foco.

-Seus olhos estão mais bonitos e brilhantes.

-O cinto ta exercendo alguma magia sobre você, mas por quê? Você já assumiu o seu amor isso foi provado no motel.

-Sentiram nossa falta? –Disse uma voz atrás de mim. Eram as gorgonas.

-Vocês... –Eu disse surpreso.

-É eu sei. Nós somos demais. –Disse a da direita.

-O que vocês querem? –Eu perguntei.

-Seu sangue espalhado nas nossas garras e o cinto. –Disse a da direita.

-Por que vocês querem o cinto? –Perguntei e é obvio que eu estava de olhos fechados.

-Bom como você sabe nós nem sempre fomos esses monstros que vocês estão vendo, foi Atena que nos transformou nisso depois de ajudarmos nossa querida irmã a entrar com Poseidon ,seu ex-namorado , no templo de Atena. E antes disso nós tínhamos milhares de pretendentes, e queremos isso de volta, o que será muito fácil com o cinto de Afrodite.

-Isso não é brinquedo suas duas mocréias, não é amor. –Falei, mas sem resposta. –Amor?

-Sabia que seus olhos brilham quando você fala. –Disse ela.

-A garota deve estar sob o feitiço do cinto, não é muito bom tocar nele diretamente sabe.

-Droga, olha eu posso estar em desvantagem, mas olhem em volta, estamos cercados de água, é impossível vocês ganharem. –Eu disse.

-Veremos filhote de deus.

Elas me atacaram e eu não pude revidar pois não podia abrir o olho. Eu dei um golpe no ar e errei.

-Você não pode vencer sem nos ver. –Disse alguma delas que eu não soube identificar, pois estava de olhos fechados.

-Existe um jeito facílimo de nos derrotar, mas os mortais sempre se esquecem dele. –Disse a outra.

Pense Gabriel, pense como derrotar aquilo que não pode ver. Tive uma ideia, eu não podia ver apenas OS OLHOS delas, o resto não ia me petrificar. Eu abaixei a cabeça e abri os olhos, deu certo. Eu estava vivo, que alivio, eu provoquei uma onda que levou as duas para longe.

-Andresa isso nos da tempo, vamos. –Olhei para ela e me lembrei do feitiço. Como eu desfaço isso? Olhei para as mãos dela e vi que ela ainda segurava o cinto, eu tirei meu casaco e o usei como luvas para pegar o cinto e não ser enfeitiçado. Deu certo de novo, hoje era o meu dia.

-O que houve? –Perguntou Andresa saindo do transe.

-Eu te explico no caminho, corre. –Eu disse, peguei o braço dela e a puxei.

Eu corri até perto do labirinto dos espelhos.

-Ei feiosas, estamos aqui. –Gritei.

-Olha amor, o pior jeito de fugir de duas gorgonas que querem nos matar é chamar a atenção das gorgonas que querem nos matar. –Disse Andresa.

-E quem disse que estamos fugindo? Nós estamos atraindo elas.

-Ta bom elas bateram na sua cabeça? Aqui é só um labirinto de espelhos... Ata, entendi.

As gorgonas estavam chegando perto e eu dei um pulo para o lado fazendo elas olharem o reflexo dos seus olhos, as dois monstrengos viraram pedra. OTÁRIAS. Nós pegamos o cinto embrulhado no casaco e voltamos para o motel pegar nossas coisas. Sem duvida a próxima missão também não ia ser fácil.

CONTINUA...