Caçada aos Monstros escrita por maridomingos
Eu não pude deixar de sorrir. - Isso... Isso é inacreditável! Ela também sorriu, e uma lágrima caiu de seu rosto. - Eu... Eu estava morrendo... Perdendo a consciencia... - ela pareçeu fora do ar - Aí tudo ficou escuro... Eu me senti caindo... Mas então sua voz ecoou em minha mente. Dizendo que tudo iria ficar bem. Aí você me puxou, e antes mesmo de chegar a superfície, eu me sentia viva. Minha mãe me salvou. Eu acompanhava cada palavra, surpreso. - Nunca... Nunca vi nada parecido. Atena é uma deusa maravilhosa. Ela deu um sorrisinho. - Eu a amo. Annabeth se levantou e esfregou os olhos. Ela fitou nossa expressão, e franziu a testa. - O que aconteceu? Eu olhei para Mary. - Hãn, acho que você ganhou mais uma companheira de chalé. - eu disse. Annabeth pareçeu mais confusa do que nunca. - O-o que quer dizer com isso? - sua voz saía um pouco furiosa. - Atena reclamou Mary - eu disse - Ela é sua irmã. Os olhos de Annabeth pareçeram saltar das órbitas. Ela assumiu uma cor vermelho vivo. - M-mas isso é sério? - sua voz saía angustiada. Mary assentiu. - Sei que não gosta de mim. Annabeth piscou, e respirou fundo. - Não, não é nada disso, é só que... Não ganho irmãos á muito tempo e... - ela abaixou a cabeça. Mary mordeu o lábio. - Me desculpe. Annabeth levantou a cabeça. - Se desculpa? Por que, por nascer? Mary não respondeu. - Temos um problema - eu disse, polpando-as de um silêncio constrangedor - Os poderes não voltam. Não sei como vamos para a ilha. Annabeth deitou de costas, cansada. - Quem sabe amanhã volta? Franzi a testa. - Não vamos esperar até amanhã! Ela deu de ombros. - Tem mais algum plano? Sacudi a cabeça. - Mary? - eu disse. - O que? - Tem algum plano? Ela mordeu o lábio, fitando o mar. - Faça uma bolha de novo - ela disse - e seguimos os cavalos-marinhos dentro do mar. - É uma ótima ideia - concordei. Annabeth riu. - Seguir cavalos marinhos no Mar de Monstros? Isso é suicídio. Eu a olhei, sacarstico. - Dentro da bolha eles não podem nos atacar. - Mas podem atacar os cavalos-marinhos - ela ponderou. Mary contraiu os lábios. - É. E eles nos ajudaram. - Eu nem sei se estamos perto da área mais intensa! - eu disse - Com liçença, tenho que conversar com meus amigos. Annabeth franziu a testa, mas assentiu. Mergulhei na água de novo, onde estavam os cavalos-marinhos. Conversei com eles,e não estávamos tão longe... Mas seria perigoso. Muito perigoso. Voltei para a pedra. - Eles disseram que não estamos tão longe da ilha - eu disse - Podemos tentar... - Tudo bem, vamos logo - Mary disse. Dessa vez, fazer a bolha foi mais fácil. Entramos nela, e podiamos falar e respirar. - Se alguma coisa acontecer á vocês... - eu disse aos cavalos-marinhos. Sem problema, chefe! Estamos á seu dispor. - Não me chame de chefe! Mary soltou uma risadinha. Os cavalos-marinhos começaram a nadar mar adentro, e nós começamos a rolar a bolha, andando atrás deles. - Isso é mais fácil do que eu imaginei - comentou Annabeth. Assentimos, e continuamos. Rolamos, rolamos, rolamos... Até estarmos encharcados de suor, mas não paramos. Avistamos muitos monstros no mar. Todos olhavam em volta, cheirando o "ar", mas não olhavam para nós. Bem, talvez a bolha enganasse a visão dos monstros ou algo assim. - Poderíamos matar alguns montros aqui mesmo - disse Annabeth. Mary não pareceu gostar da ideia. - Lutar com monstros no fundo do mar não estava nos meus planos. Eu ri. - Annabeth sonha um pouco... Alto. Ela franziu a testa para mim. - Qual o problema disso? - Nenhum - me apressei em dizer. Rolamos mais um pouco, até os cavalos-marinhos pararem. Muitos monstros - O que quer dizer? Essa é a área mais tensa. Tem certeza, che... - Sim, eu tenho, muito obrigado. Vamos. Saímos da bolha. Rapidamente acenei para os cavalos-marinhos, e saímos da água. Estávamos em uma ilha. Totalmente deserta. Á nossa esquerda, direita, frente e trás: água. Estávamos em um pequeno pedaço de terra. E eu estava exausto. Usei muito meus poderes naquele dia, e não sabia se podia suportar por muito tempo. E me lamentaria muito se Annabeth quisesse começar a caça hoje. Minhas esperanças se foram em um piscar de olhos. - Vamos começar a caça agora - disse Annabeth. Eu e Mary gememos juntos, o que foi um tanto constrangedor. - Qual o problema de vocês? - Estamos exaustos - disse Mary - Você não? Annabeth sacudiu a cabeça. - Eu nunca estou exausta. Mary suspirou. - Se vocês, molengas me dão liçença, vou matar alguns monstros. Quando eu me liguei no que ela disse, já era tarde demais. Annabeth havia entrado no mar. - NÃO, Annabeth! - me levantei aos tropeços e corri até o mar, entrando. Nadei, nadei, nadei, e nada. - Annabeth! - gritei, dentro da água, mas minha voz só ecoou... Nadei de volta á superfície, onde Mary observava na beira do mar. - O que? - ela tirou o cabelo dos olhos, nervosa - O que houve com Annabeth? Mordi o lábio, nervoso. - Não sei - admiti - Mas temos que acha-la. Ela assentiu. - Faça uma bolha na água - ela disse. - Não sei se ainda... - Tente - ela cortou. Juntei todas as minhas forças, e consegui fazer. - Não sei se vai durar muito tempo. - Temos que tentar. Annabeth está em perigo. Olhei para ela. - Como você sabe? - Uma pessoa perdida no Mar de Monstros. Assenti. - É, faz sentido. - Vamos. Entramos dentro da bolha para mais um "passeio" na casa dos monstros.
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