Caçada aos Monstros escrita por maridomingos


Capítulo 6
Mary é reclamada




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Chegamos a bolha, e Mary e Annabeth estavam sentadas, entediadas.

Quando nos viram, Mary deu um salto.

- Cavalos-marinhos? - a voz dela tinha entusiasmo - Eles são tão fofos!

Quem é a doida, chefe?,

um cavalo-marinho disse atras de mim.

- Ela não é doida, e não me chame de chefe - eu disse, pareçendo um idiota.

- Vamos logo - disse Annabeth - Para onde vamos?

- Para a área mais povoada do Mar de Monstros - eu respondi.

- Mas eles vão nos largar no meio do mar? - perguntou Mary.

Podemos deixa-los em uma ilha,

sugeriu um cavalo-marinho,

em segurança.

- Eles podem nos deixar numa ilha - eu disse.

Mary não pareçeu muito convencida, mas montou no seu cavalo marinho.

- Nós... Vamos saber respirar embaixo d'água? - perguntou Annabeth.

É, problemas não demoram muito para apareçer.

- Nós vamos ter que ir de mãos dadas - eu disse, com um nó na garganta - Assim, meus poderes passam para vocês.

Annabeth e Mary se entre-olharam.

- Mas... - Annabeth começou, mas o cavalo-marinho se remexeu, impaciente.

- Não temos tempo - eu disse - Vamos.

Annabeth montou em seu cavalo-marinho, relutante. Peguei a mão de Mary e a de Annabeth, e montei em meu cavalo-marinho.

Direção á ilha mais povoada do Mar de Montros,

disse angustiado meu cavalo-marinho, e disparou pela escuridão do mar, com Mary, Annabeth e seus cavalos-marinhos sendo puxados por mim atrás.

Nadamos, nadamos, nadamos, e percebi que Mary e Annabeth estavam começando a ficar pálidas.

- Ei - eu disse á meu cavalo-marinho - Essa coisa de passar poder, tem algum tipo de duração.

Provavelmente sim, chefe.

- Então temos problemas - olhei mais uma vez, nervoso para Mary e Annabeth, que resistiam á falta de ar - Minhas amigas não conseguem respirar.

Quer que façamos o que, chefe?

Apertei com mais força a mão das duas. Ouvi Annabeth gemer, protestando, mas eu a ignorei.

- Vamos subir á superfície - eu disse - Para elas respirarem um pouco.

Mas depois os poderes não voltam, chefe.

- Você não pode nos arrastar com as cabeças para fora do mar?

Posso tentar, che...

- Pare de me chamar de chefe!!

Ouvi barulhos estranhos de bolhas estourando atrás de mim. Me virem em fração de segundo. Mary havia caído de seu cavalo marinho, e estava de olhos fechados, afundando no mar.

- Leve Annabeth para fora! - gritei, e mergulhei atrás de Mary.

Agarrei o braço de Mary, e nadei o mais rápido que pude para fora.

Quando a ergui nos braços para fora da água, olhava em volta procurando Annabeth e os cavalos-marinhos.

Annabeth estava deitada, encharcada em uma pedra. Estava descalça, e respirava ofegante.

Vi os cavalos-marinhos rondeando a pedra, preocupados.

Levei Mary para a pedra também, totalmente desmaiada.

Ela morreu, chefe?,

a voz do cavalo-marinho ecoou na minha cabeça.

- Não sei - admiti.

Annabeth abriu os olhos lentamente.

- Ar - gemeu.

Tirei o cabelo encharcado de seus olhos.

- Está tudo bem. Me desculpe.

Ela se virou de costas para mim, me ignorando completamente.

Mary, graças aos deuses, tossiu, e guspiu água em cima de mim.

- Você está viva - eu disse.

Ela estreitava os olhos.

- O-onde... Ah deuses, estou toda molhada de novo.

Eu ri.

- Acho que sim.

Ela se sentou, com dificuldade.

- Percy - ela disse, em tom sério, olhando em meus olhos - Eu estou viva. E sabe por que?

Eu a fitei.

- Por que?

Ela pareçeu perplexa.

- Minha mãe me reclamou e me salvou. E seu nome é Atena.


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