Caçada aos Monstros escrita por maridomingos
No elevador, nos apresentamos. O nome dela era Mary Jane - sim, eu sei que você conheçe esse nome de algum lugar. Ela não estuda, mas de um jeito estranho sabe das coisas. Ela tinha 13 anos, e fugiu de casa aos 10. Lhe contei sobre o Acampamento Meio Sangue, e sobre muitas das nossas aventuras. Ela parecia fascindada. Quando chegamos ao térreo, não havia mais monstros, e os turistas passeavam normalmente. Vi Annabeth sentada no banco, de braços cruzados, uma expressão triste. - Annabeth! - gritei, e ela ergueu a cabeça. Corremos até ela. - Percy? - ela estreitou os olhos - Você está vivo? - Bem, acho que sim. Ela me deu um empurrão. - Pensei que estava morto, Cabeça de Alga! - ela me deu um abraço rápido, e analisou Mary. - Quem é essa? - Hãn... Mary, Annabeth... Annabeth, Mary. Hãn, a Mary é uma meio sangue. A conheçi no elevador. Annabeth a analisou. - Filha de quem? Mary pareçeu desconfortável. - Eu não sei. Fugi antes de saber. Annabeth ergueu uma sombrançelha. - Você fugiu? Mary assentiu. - Ah - disse Annabeth, dando um pequeno sorriso no canto da boca. Annabeth também fugira de casa aos 7 anos, pensando que o pai e a madrasta não a queriam. - Onde estão todos os montros? - eu disse, ansioso para quebrar um silêncio desconfortável. - Dei um jeito neles - Annabeth deu de ombros. - Você os matou? - É claro - Annabeth soava óbvia - Enquanto você corria, feito uma garotinha! - Mas... - eu olhei para ela perplexo - Você me abandonou! Annabeth arfou. - Porque pensei que você ia dar conta... Mas não! Eu estava furioso, e bati o pé. - Eu fiquei em pânico! - Você é um... - Parem vocês dois! - interveio Mary - Vão ficar o dia todo descutindo? Annabeth suspirou pesadamente. - Estou faminta. Assenti. - Eu também. - Bom - Mary abriu sua carteira de dinheiro mágica - Acho que posso cuidar disso. Sim, é o que você está pensando. Comemos até não aguentar mais, e Mary ainda emprestou dinheiro para Annabeth comprar seu livro de arquitetura, o que fez Annabeth abraçar Mary até ela ficar roxa de falta de ar. Nunca vira Annabeth tão feliz com uma garota. - Puxa, então sua mãe te deu uma carteira de dinheiro mágica? - Annabeth perguntou, fingindo estar interessada, sem tirar os olhos de seu mais novo livro. Mary assentiu, dando um gole em seu milkshake. - Então eu consegui me sustentar durante três anos. Dei mais uma mordida em meu sanduíche gigante. Depois que terminamos de comer, me pus em pé. - Precisamos ir - eu disse - Antes que monstros venham atrás de nós novamente. Mary também se levantou. - Concordo. Annabeth não tirou os olhos de seu livro, mas também se levantou. E juntos, fomos de volta para o nosso navio, decididos a matar alguns monstros em seu mar. Quando nos aproximavámos do nosso navio, Mary ficou admirada. - V-vocês... Pilotaram isso? - Sim - eu respondi. - Vocês não - respondeu Annabeth, já dentro do navio, nos esperando subir - Eu pilotei. - ela cruzou os braços satisfeita. Mary arregalou os olhos, e eu a ajudei a subir a escada. - Você? - ela disse, ao lado de Annabeth - Puxa, isso é muito legal. - Bem, eu já pilotei aviões e helicópteros... Isso não foi um desafio para mim. - disse Annabeth, ainda cheia de orgulho. - Annabeth é filha de Atena - expliquei, mal-humorado. - Ah - Mary franziu os lábios - Eu... Eu gostaria de ser inteligente. Depois de um tempo, em um silêncio constregedor, Annabeth se tocou de que devia dizer algo. - Você provavelmente é filha de Afrodite - ela disse, analisando Mary. - Isso... Isso é bom? - ela perguntou. Eu e Annabeth nos entre olhamos, e creio que tivemos o mesmo pensamento. No ano passado, sabíamos que havia um espião de Cronos entre nós, campistas. E esse espião era Silena, uma filha de Afodite, que morrera em combate durante a guerra. Ficamos em silêncio. - Ah deuses - disse Mary, quebrando o silêncio - Qualquer que seja o motivo de tanto constrangimento, acho que precisamos ir antes de sermos invadidos por monstros. Annabeth assentiu. - Não, tudo bem - ela disse, engolindo em seco - Não é nada. É... Vamos, é. Annabeth pareçeu um pouco atrapalhada, mas se dirigiu para pilotar o navio. Eu e Mary nos sentamos no navio, enquanto ele se movia pelas águas. - Onde estamos indo? - perguntou Mary. - Provavelmente para o Mar de Monstros. - Por que? - Acha que temos chances? Eu a fitei. - Mas é claro. Já matei muitos monstros antes. Annabeth matou os da barragem. Nós damos conta. - Percy, eu sou nova nisso, não sei o que fazer. Eu... Eu vou morrer. - Não, nós não vamos deixar. Você deu um chute em um monstro comedor de gente. Isso foi muito corajoso. Mary bufou. - Você já viu coisas muito mais perigosas. - Sim - admiti - Mas para uma iniciante, você se saiu muito bem. Quando cheguei no acampamento, estava apavorado. Ela forçou um sorriso. - Obrigada. Eu... Me sinto pelo menos um pouco mais confiante. Eu sorri também. - Ei vocês dois! - gritou Annabeth, por cima de um barulho ensurdecedor - Parem de tititi e venham me ajudar! Estamos com problemas! Nos levantamos num salto. O navio começou a balançar violentamente, nos jogando para a outra lateral do navio. Mary gritou. Me forçei a levantar. Batia o vento mais forte que eu já tinha visto. O vento me levava para trás, e eu lutava contra ela. Mary se segurava no navio, apavorada. Me arrastei pelo chão, agarrando tudo que via pela frente, tentando chegar até Annabeth. Mas, espere... Onde estava Annabeth? - Annabeth! - gritei. - Eu vi ela voando! - gritou Mary atrás de mim. Voando - Annabeth! - gritei mais uma vez. - Cale a boca! - uma voz gritou mais alto do que o vento atraz de mim. Annabeth estava invisível. - Por que está invisível? - consegui gritar. - Não sei bem. Monstros? Consegui andar cambaleante até Mary. - Estamos com problemas! - eu gritei, e ela assentiu - Eu vou pular no mar! - Não! - gritou Annabeth. Agora ela estava visível, se agarrando ao seu livro de arquitetura, como se fosse mais valioso que sua vida. Os cabelos esvoaçando no vento, prestes a sair voando de sua cabeça. - Preciso saber! Não podemos ficar aqui para sempre! - Você vai... - Annabeth saiu voando para trás, e bateu de costas na lateral do navio - Morrer! Ela parecia fraca, e prestes a desmaiar. Eu mal conseguia chegar até ela, contra o vento. - Mary - eu me virei para ela - Não se solte, por nada! Você também Annabeth! - gritei - Se agarre aí! Aguente firme! - Não, Percy! - ela conseguiu gritar. Quando fui pular, vi que era tarde demais. O navio explodiu em mil pedaços, e a única coisa de que eu me lembro, foi eu, Annabeth e Mary afundando no mar, comigo agarrando seus braços.
- Porque estamos procurando monstros para matar. Eles... Estão causando acidentes ao mundo mortal. Somente nós podemos matá-los.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!