Caçada aos Monstros escrita por maridomingos
- Vim fazer um trato com vocês - me levantei, e perguntei a mim mesmo como Annabeth respirava em baixo d'água. A casa dos ciclopes deve ter algum poder especial, ou algo parecido. - Que trato irmão?! - o ciclope da direita, que provavelmente era gêmeo (ou todos são iguais) disse. - Deixe Annabeth ir - eu disse cautelosamente - E eu fico. - Não! - conseguiu gritar Annabeth, mas eu a ignorei. O ciclope da esquerda sacudiu a cabeça. - Queremos come-la! - Não! - eu disse - Eu... Filho de Poseidon... Não quero que vocês comam ela. - Queremos um semideus de janta! - Mas eu não quero que vocês comam. O da direita franziu a testa. - Mas nós queremos comer! - Mas vocês não vão comer. - eu me aproximei lentamente de Annabeth, e começei a desamarrar as correntes. - Ele está soltando ela! - o da direita gritou e apontou para mim. Peguei duas pedras. Atirei uma no olho do ciclope da esquerda, e outro no da direita. Eles gritaram e caíram no chão, esfregando o único grande olho. - Vamos! - eu peguei a mão de Annabeth, mas ela recuou. - Eu vou morrer. Não vou aguentar até a superfície. - Eu faço uma bolha. Vamos! Dessa vez, ela não protestou. Fiz a bolha, e entramos, e começamos a flutuar para cima, deixando os dois ciclopes discutindo e tateando o ar. Annabeth repirava ofegante. - Obrigada Percy. - Não há de que. Ela pareceu surpresa. - Onde... Onde está Mary? Eu havia esqueçido completamente de Mary no Mundo Inferior. Puxa vida! - Longa, e triste história. Acho que acabamos de perde-la. - Como chegou aqui? Suspirei fundo. - Eu estive no Mundo Inferior. Como? Eu não sei. Então... Silena me ajudou, e... - O que? - ela me cortou - Silena te ajudou? Como assim?? Você encontrou ela? - Sim. Nós conversamos. - Sobre o que? - Depois te conto. Então, como eu dizia, mergulhei num mar borbulhante de novo, e apareçi aqui. Ela pareçeu pensativa, mas depois assentiu. - Ainda tamos esperanças de encontrar Mary Jane. Assenti. - Obrigada, Percy. - De nada. Ela sorriu, agradeçida, e eu me fingi ocupado, olhando para o mar. Ela tocou meu braço. - Hm, é... Estamos numa bolha sozinhos, como na última vez. Eu devo ter ficado vermelho, mas entrei na brincadeira. - E o que devemos fazer? Ela deu risada, e me deu um soco de leve no braço. - Ei, somos amigos. Ergui uma sombrançelha. - Como se fosse eu que... Qualquer coisa que eu fosse dizer, foi interrompido com a bolha se estourando. Havíamos chegado ao topo do mar. - Foi rápido - resmunguei para o mar, enquanto Annabeth saia. Quando desci, encontrei Mary sentada na areia, fazendo um castelo de areia defeituoso, entediada. Quando nos viu, abriu um sorriso. - Você a resgartou! Awn... - Como você saiu do Mundo Inferior? - perguntei. - Aquela sua amiga estranha fez um buraco na parede, e disse alguma coisa em uma língua estranha, acho que era grego. Eu pensei que você tivesse morrido, ela não me contou nada! Então entrei no buraco, e em um piscar de olhos, eu estava aqui. Muito estranho. Mas isso não importa! Estamos juntos novamente. - Isso tudo é muito estranho - concluiu Annabeth. - Entradas para o Mundo Inferior no Mar de Monstros, saídas misteriosas... Bem, isso vai nos ser útil no futuro, talvez. Eu e Mary sorrimos. - Bem, matou alguns monstros, Annabeth? Para irmos embora? - perguntou Mary. - Matei muitos! - Annabeth sorriu orgulhosa. - Como? - perguntei - Você não sabe respirar nem enxergar debaixo d'água. - Não se precisa de ar para matar monstros - disse Annabeth, com um brilho de orgulho nos olhos. - Mas... - Chega de perguntas, Cabeça de Alga - ela disse - Vamos irmã. Vamos para o Acampamento Meio Sangue.
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