O Cometa escrita por Carol, thammy horan jones, renatatwifan


Capítulo 26
26. Despedidas


Notas iniciais do capítulo

Ooooolá, ticas.

Boa leitura...



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26. Despedidas.


-Parabéns, meninaaaaaaaaaas! - joguei-me em cima de Kim e Rachel - Desejo muita felicidade e prosperidade a vocês nessa nova fase de suas vidas. - falei com toda a sinceridade do meu coração.

As duas agradeceram sorrindo imensamente, pareciam não caber em si mesmas de tanta alegria.

Estávamos todos reunidos na casa da família de Jared, em uma comemoração dupla: os noivados de Kim e Jared, e Rachel e Paul.

Pois é, Rachel também estava noivando, e isso foi uma surpresa até para ela. Muita coisa acontecera nesses últimos dias, e eu acho que devo fazer uma recapitulação...

Primeiro de tudo: já estava fazendo duas semanas que Alice e Jasper tinham voltado para Nova York, e eu iria para lá ainda nesse final de semana. Jacob meio que surtou com isso: no domingo passado, enquanto almoçávamos em um restaurante em Port Angeles e eu resolvi que era uma boa hora para lhe contar que eu só ficaria mais uma semana por aqui, ele arregalou tanto os olhos que eu pensei que fossem cair das órbitas, e soltou um “Mas já?!” tão alto que atraiu a atenção de todas as pessoas que almoçavam no ‘New Italy’.

Bem, depois disso ele não desgrudou mais de mim - a não ser, é claro, durante o seu horário de trabalho. Mas ele ia até a casa dos meus avós todas as noites, e nós ficávamos apenas agarradinhos, sem falar nada, absorvendo o máximo possível da presença um do outro. A saudade que sentiríamos quando eu fosse embora seria torturante, tão forte que eu já podia senti-la chegando.

Ah, e Alice estava realmente certa sobre eu não estar grávida - quando contei a Jake sobre o quase-ataque que eu tivera, ele riu muito. Depois, no entanto, disse que não havia motivos para eu ficar nervosa, caso algo assim acontecesse. Ele falou que, mesmo não sendo a hora mais apropriada, ser pai de um filho meu seria a coisa mais maravilhosa do mundo. Todavia, a ideia de ser mãe nem me passava pela cabeça, e por isso eu quase dancei de alívio quando a minha menstruação chegou, na semana passada.

Durante o dia, enquanto Jake estava na oficina do senhor Drew, eu ficava me arrastando de um lado ao outro, apenas esperando o seu expediente acabar para poder vê-lo. Mas é verdade que eu até fizera bastante coisa: ia quase todos os dias até a agência ver se as coisas estavam indo bem por lá, já terminara o meu trabalho semestral da faculdade, e encerrara também as sessões fotográficas da campanha de calçados que estávamos fazendo com Rachel. Agora eu estava trabalhando na montagem do álbum - as fotos quase não precisaram de edição. Esse era um processo que eu terminaria quando estivesse em Nova York, pois precisava da opinião de Alice.

E sobre o noivado da Rachel, bem: um dia que tínhamos marcado uma sessão de fotos, ela chegou lá em casa mais saltitante do que de costume. Alisava o cabelo freneticamente, e eu levei um bom tempo para entender que aquele gesto era realizado na intenção de me fazer olhar para a sua mão esquerda... Onde ela ostentava um lindo anel. Era simples, de prata com uma pedrinha delicada em cima. Eu disse: “Oh, Rachel, que máximo!”, e depois nos abraçamos e começamos a pular como duas retardadas.

E agora estávamos aqui, abraçadas de novo.

Kim e Jared já planejavam o noivado há bastante tempo, mas nem por isso o momento era menos mágico para eles.

Eu estava aproveitando o fato de estarmos todos reunidos para ir me despedindo do pessoal... Billy ficou todo emburrado quando eu disse que iria embora, ele disse que eu não precisava ir já. Rachel chorou. Aquilo me deixava, de certa forma, feliz. Não pela tristeza deles, obviamente, mas por ver que a família do meu namorado gostava de mim.

Rach e Kim me puxaram até o sofá e caímos sentadas, sorrindo largamente. Eu estava muito feliz por elas.

-Vocês são as melhores amigas que eu já tive, sabiam? - declarei - E eu espero que só aconteçam coisas boas para vocês e seus futuros... maridos. Nossa, isso é tão estranho.

Rimos as três.

-Estranho mesmo. - Rach concordou - Geeeente, eu vou me casar!

-E você, hein, Kimmy? Não está nervosa? - perguntei, analisando-a.

Kim era tão novinha! Havia terminado o Ensino Médio no ano passado, e agora já estava planejando seu casamento.

-Ah... - ela balançou a cabeça, tirando a franja do olho - É claro que eu estou nervosa... ansiosa. Eu ainda nem fui para a universidade! Mas eu amo o Jared, ele é a coisa mais importante do mundo para mim, e o resto pode esperar. - sorriu, lançando um olhar ao noivo, que disputava uma queda-de-braço com Sam na mesa da cozinha.

Eu sorri também. Uma coisa que eu já havia notado é que o imprinting tornava as pessoas mais maduras: tanto os lobos quanto as impressões. Ele nos fazia ver o mundo de um novo ângulo, e desejar a felicidade de nossos parceiros acima de tudo.

-LEAH! - despertei de meu breve devaneio com o grito estridente de Rachel, que se levantou de um pulo do sofá - Eu pensei que você não viria... sabe que eu jamais te perdoaria, né?

E correu para abraçar a loba, que adentrava o local apinhado de gente. Kim foi em seguida. Ao vê-la, meu coração deu um salto no peito, e só então eu percebi o quanto havia sentido falta daquela garota - não nos víamos desde o aniversário de Sue, e isso já fazia duas semanas. Leah era uma grande amiga, e eu gostava muito dela - até mais do que de Kim e Rachel.

-Oi, gente. - ela nos cumprimentou, lançando-me um olhar tímido.

-Oi, Lee! - cantarolei, correndo para abraçá-la.

Como no outro dia, Leah hesitou um pouco, mas acabou me envolvendo em seu abraço. E então fez uma coisa estranha: ela cheirou meu cabelo e pescoço, enquanto suas mãos alisavam minhas costas. Eu franzi o cenho e olhei rapidamente para as outras duas, mas Kim e Rachel pareciam não ter notado - estavam agora em uma animada conversa com Emily. Dei de ombros, também, o que tinha de mais naquilo? Afastamo-nos e Leah olhou fundo em meus olhos.

-Eu senti saudade, Nessie. - declarou baixinho.

Eu sorri fracamente, os olhos negros dela expressavam dor e tristeza. Eu  não gostava nem um pouco de vê-la sofrendo.

-Também senti, Leah. Você sumiu, eu nunca mais te vi.

Ela coçou a nuca.

-Bem, eu... Eu estive em Port Angeles. - anunciou, eu estreitei os olhos - Fui algumas vezes para lá, procurar um emprego. Acho que vou fazer um curso profissionalizante de, hm, sei lá... de alguma coisa. E vou morar lá, consegui um apartamentozinho de dois cômodos. Já estou cansada de La Push e dessa minha vidinha pacata. Eu não tenho uma motivação, sabe?

Assenti tristonha.

-Então você vai mesmo embora... - falei fracamente.

-Sim, Ness, eu vou. - confirmou.

Abaixei a cabeça, sem saber o que dizer. Leah era uma pessoa incrível, me fazia muito bem ficar perto dela.

Desde a primeira vez em que nos vimos ela foi superlegal comigo, muito alto-astral e sempre risonha. Mas, de uns tempos para cá, minha amiga mudou muito: era como se carregasse tanta mágoa dentro de si, tanta tristeza, que acabava afastando as pessoas à sua volta. Como uma aura de infelicidade que lhe acompanhava onde quer que ela fosse. E isso me afetava de uma forma intensa, porque Leah era importante para mim. Muito importante, na verdade. Não era alguém com quem eu havia simplesmente me acostumado a conviver, ela realmente tinha um lugar em meu coração - ou, posso dizer que era parte dele. E eu sabia que me afastar dela seria difícil, quase como seria me afastar de Jacob.

-Ei, olha aqui... - pediu carinhosamente.

Balancei a cabeça em negativa, enquanto dizia a mim mesma: “cara, não chora”.

Leah pôs dois dedos sob o meu queixo e me fez levantar a cabeça para fitá-la nos olhos.

-O que houve? Por que você está assim? - perguntou com uma pontinha de preocupação em sua voz.

-Por que você está assim? - rebati a pergunta com a voz embargada - Sério, Leah... Você não precisa ir, não precisa! Fique aqui em La Push, por favor.

Ela balançou a cabeça, parecendo um pouco confusa.

-Mas por que, Nessie? - indagou desentendida - Que diferença isso vai fazer para você?

Pensei nisso por um instante, realmente não fazia muito sentido essa minha tristeza toda. Eu estava voltando para Nova York, não estava? Então Lee estava certa, não mudaria nada se ela estivesse aqui ou em Port Angeles, nós estaríamos longe de uma forma ou de outra.

-Eu só não quero que você vá. - me peguei falando - Parece errado, sabe, que você se afaste daqui. Da sua família, da alcateia... Das minhas lembranças. Porque você pertence a esse lugar, à reserva.

Ela deu um sorriso fraco.

-Não se preocupe, eu não vou sumir no mundo. - garantiu-me - Só vou tentar dar um jeito na bagunça que está a minha vida.

-Promete? - pedi.

-Prometo.

E nos abraçamos novamente, com mais força dessa vez. Ouvi seu choro baixinho em meu ouvido, e isso me deu um aperto no peito.

Ela se afastou de mim enxugando as lágrimas.

-Eu vou ficar um pouquinho com as meninas, parabenizar Paul e Jared, e depois vou embora. - Leah anunciou.

Meus olhos se encheram d’água.

-Quem vai te levar? - eu queria prolongar o assunto.

Ela fitou os próprios pés.

-O Embry se ofereceu para me dar uma carona... - suspirou - Ele tem sido um bom amigo.

Senti uma pontada de ciúme naquele momento. Um ciúme idiota e sem fundamento, afinal, que direito eu tinha de querer ser a única amiga dela? Nenhum. Absolutamente nenhum. Mas não pude controlar o tom seco em minha voz:

-Ok, façam boa viagem, então. Você em seu bom amigo. - ironizei as últimas palavras.

Leah deu uma risadinha faceira.

-Você está com ciúmes do Embry, Ness? - perguntou, e pela primeira vez em semanas, o divertimento em sua voz parecia verdadeiro.

Estreitei os olhos em fendas, prontíssima para lhe dar uma resposta bastante mal-criada, quando senti aqueles braços fortes e quentes envolverem minha cintura por trás, em um abraço carinhoso.

-Ciúmes do Embry? - Jake interpretou a frase de modo completamente errado, seu tom de voz era confuso.

Eu ri para desfazer a tensão que se formava entre nós e Leah, ela olhava para os braços de Jacob em volta de minha cintura com uma mágoa nítida. Aquilo me deixou intrigada.

Virei a cabeça para trás, encarando Jacob por sobre o ombro.

-Você acredita que a Lee vai embora, Jake? - perguntei com indignação - E é o Embry que vai levá-la, porque ele é um bom amigo. - falei agora olhando para Leah, novamente o tom irônico aparecia em minha voz.

Jacob riu.

-Você é sempre assim possessiva com suas amizades, amor? - perguntou.

Dei-lhe a língua. Ele riu mais ainda e se inclinou, beijando meu pescoço.

Leah pigarreou.

-Sobrei, né? Então beleza. Tchau, Nessie... Jacob. - acenou com a cabeça virou de costas para nós, caminhando até onde estavam Kim e Rachel.

-Espera, Leah! - chamei, eu não queria que ela partisse chateada comigo. Mas ela não me olhou novamente.

Dei um passo à frente, prestes a ir atrás dela, porém Jake me segurou.

-Deixa ela, Ness. Essa garota está mais chata do que nunca ultimamente. - sussurrou em meu ouvido, me virando para ele.

Olhei-o de cara feia.

-Eu não gosto que você fale assim dela. - reclamei.

Ele sorriu, fitando-me intensamente.

-Você sabe que eu não resisto a esse beicinho, né.

Revirei os olhos, desamarrando a cara e recebendo de bom grado seu beijo delicioso.

Nós já estávamos há uma semana, mais ou menos, sem um contato mais íntimo. E, claro, isso estava me deixando meio louca. É que Jake trabalhava o dia inteiro, e às vezes tinha ronda à noite. Além do mais, ele não queria fazer nada na casa dos meus avós, dizia que “não era respeitoso”. Aff.

Jacob soltou minha boca e continuou seus beijos em meu maxilar, descendo mais um pouco até o meu pescoço. Puxou-me para um canto mais afastado do pessoal - embaixo da escada -, e me colocou contra a parede. Uma de suas mãos desceu para o meu bumbum, apertando-o, enquanto a outra segurava firmemente a minha cintura, por baixo da blusa.

-Hei, procurem um quarto! - a voz brincalhona de Seth chegou aos nossos ouvidos, fazendo-me empurrar Jacob para longe de mim em reflexo.

É claro que ele nem se mexeu do lugar, apenas desgrudou nossos lábios para mandar seu clássico olhar mortal a Seth.

O garoto nem se abalou, e entre as risadas conseguiu avisar:

-Não, gente, é sério... Tem crianças no ambiente. Se Claire ou Brenda verem isso - apontou para nós dois, e a forma como ainda estávamos agarrados. Corei infinitamente - A pureza infantil delas vai evaporar.

-Argh. - Jake reclamou, tirando a mão de dentro da minha roupa.

Olhei-o sorrindo.

-Será que a Rach ficaria muito brava se nós fugíssemos agora?

Ele meneou a cabeça para o lado.

-Ela me espancaria até a morte... - deu um meio sorriso e entrelaçou nossas mãos - Para onde você quer ir?

[...]

-Você acha que a Leah vai ser feliz lá? Digo, em Port Angeles? - perguntei, admirando a lua maravilhosa no céu, em um dos raros dias que não choveu em Forks. A praia lá em baixo estava perfeita, sua areia branquinha iluminada pela luz do luar.

Estávamos sentados na grama, à beira do penhasco. Jacob me envolvera na manta que sempre carregava em seu carro, pois o clima estava bastante frio, e depois me abraçou. Eu estava perfeitamente aquecida.

-Não sei, Ness... Na verdade, eu acho que ela está é fugindo de alguma coisa, sei lá. - encarou o arrebentar das ondas na areia, lá na baía, a centenas de metros de distância. Seu semblante era pensativo - Mas temos que respeitar o tempo dela, certo? Talvez ela desista dessa loucura e volte logo para La Push, talvez ela desista antes mesmo de ir, mas... Não podemos impedi-la. E mesmo que pudéssemos, não seria correto.

Sorri para ele, extremamente orgulhosa de suas atitudes maduras e justas.

-Sabe, se você não tivesse sofrido o imprinting comigo, acho que eu o teria com você. Sério, Jake, você é tão perfeito. E esse seu jeito de cuidar dos seus amigos, isso é... é perfeito também.

Ele sorriu timidamente.

-Eu não era nada disso antes de te conhecer... - acariciou meu rosto com as pontas dos dedos - Não era alguém de quem você pudesse se orgulhar. Eu mudei por você, Ness, para merecer você.

Aquilo complicou um pouquinho a minha situação... Quero dizer, eu estava indo embora amanhã, nem sei como conseguira segurar o choro até agora, e Jacob ainda ficava me dizendo aquelas coisas...

-Aaaaaaah, Jake... - desabei - Eu não quero ir, não quero me separar de você! Eu posso trancar a faculdade, posso me mudar para cá e trabalhar na agência, eu... Ah, Jacob...

Agarrei-me com força a seu corpo, desejando poder prendê-lo a mim para sempre.

Jacob me abraçou fortemente, descansando sua cabeça sobre a minha numa tentativa de me reconfortar. Mas não havia mais nada que pudéssemos fazer agora... Choramos juntos. Um choro doloroso, e quase compulsivo.

-Eu te a-amo... - declarei entre soluços - Não vou conseeguiiir... Jakeiiiiiiiih.

Ele me puxou para o seu colo e me fez olhar em seus olhos, que também estavam banhados em lágrimas.

- Você vai conseguir. Sabe por quê? - perguntou-me seriamente, sua voz estava entrecortada.

Fiz que não com a cabeça.

-Porque esse último semestre de faculdade é muito importante para a sua carreira. Quando você terminar, nós começaremos nossa vida juntos, Ness. Pra valer.

-Co-como assim, “pra valer”? - perguntei rouca.

Ele me olhou sorrindo nervosamente.

-Casa comigo?

Meu coração parou de bater por um instante, nem consegui responder. Acho que seu nervosismo só aumentou com isso. Ele coçou a nuca e continuou:

-Eu sei que não tenho muito para te oferecer... Se eu de duro na oficina, talvez consigamos construir uma casinha legal, ou então... Bem, eu nem sei se você vai querer morar aqui em La Push, mas...

Eu ainda não conseguia encontrar as palavras.

-Ah, Nessie... Fala alguma coisa, por favor.

Senhor! Quando foi que eu fiquei tão tapada a ponto de não conseguir nem pronunciar um...

-Sim. - minha voz não passou de um sussurro - Eu quero, Jake, eu quero muito!

Sua expressão foi de apreensão a alívio e depois satisfação em dois segundos.

-Eu me casaria com você até sob uma tempestade, vestida de saco de batatas. Eu me casaria com você mesmo que tudo conspirasse contra nós, e... Morar em La Push? Seria perfeito!

Jacob sorria lindamente ouvindo minhas palavras, enquanto algumas lágrimas ainda rolavam em seu rosto divino.

Levantou-se comigo em seu colo e rumou para a trilha que levava ao lugar onde havia deixado seu Rabbit. Abriu a porta traseira.

-No banco de trás? - sorri safada - Isso vai ser memorável.

Ele riu e me pôs deitada sobre o banco. Seu olhar sobre mim era o de um lobo faminto, prestes a atacar.

Jacob se deitou sobre o meu corpo sem muito cuidado, mas seu peso não me incomodou. Eu queria sentir cada mínima parte do seu corpo grudada a mim. Beijou meus lábios com luxúria, depois desceu até meu pescoço. Eu empurrei-o um pouquinho e coloquei minhas mãos sob sua camiseta, tirando-a. Precisava sentir todos os seus traços fortes, másculos, na palma de minhas mãos. Ele arrancou a camisa de maneira rápida, e voltou a me beijar.

Suas mãos, que percorriam meu corpo com delicadeza, se direcionaram para a barra da minha blusa de frio e ele começou a puxá-la para cima.

Coloquei-me meio sentada e ergui os braços para ajudá-lo. O espaço era pequeno, e estava ficando abafado. E eu estava amando aquilo.

Ele voltou a distribuir seus beijos por meu pescoço, ombros, colo... Experiente como era, livrou-se rápido do meu sutiã - tão rápido que, quando me dei conta, eu já estava seminua. Jacob me olhou com aquela típica admiração, e tomou meu seio esquerdo em sua boca, lambendo-o. Eu gemi alto.

Suas mãos grandes, mas nem por isso menos habilidosas, rumaram para o zíper da minha calça. Novamente tive que ajudá-lo, dessa vez erguendo um pouco o corpo para que ele pudesse se livrar do meu jeans. Assim que o fez, ele me deu uma daquelas encaradas de cima a baixo que me faziam arrepiar. Parecia que seus olhos queimavam minha pele, suas pupilas estavam completamente dilatadas.

Jake então se inclinou sobre mim, beijando meu colo e descendo por minha barriga... Seus lábios incandescentes tinham o poder de me tirar do ar, e por isso não entendi o que ele pretendia até que chegou a meu umbigo. Eu paralisei, completamente assustada. Nunca havia provado daquele tipo de carícia - carícia essa que ele parecia muito disposto a me fazer dessa vez. Acho que não tentou das outras vezes por saber que eu ainda era muito inexperiente.

-Jaaaake... - me encolhi, tapando lá embaixo com as duas mãos quando seu hálito quente bateu em meu baixo ventre.

Ele ergueu a cabeça para me olhar, sorrindo com muita malícia, de uma forma que eu nunca havia visto antes.

-Eu só vou te dar prazer, meu amor. Não precisa ter medo, eu sei que você vai gostar. - lançou-me uma piscadela - Agora relaxa e goza.

Gemi só pela forma como suas palavras soaram. Que homem, meu Deus!

Tirei minhas mãos, e ele foi puxando minha calcinha para baixo lentamente, beijando cada centímetro de pele exposta. Depois de se livrar da minha peça íntima, Jacob colocou minhas pernas sobre os seus ombros e afundou em meu sexo.

-Aaaaaaaaaaah... - estremeci quando ele passou sua língua em minha virilha, depois beijou minha região de pelos pubianos, e por fim beijou minha intimidade - Não paraa, Jacob! Por f-faaavor, eu... Huuum.

Ele começou a chupar e lamber minha feminilidade, mas quando mordiscou meu clitóris... Aquilo foi a gota d’água para mim. Gritei seu nome, agarrando em seus cabelos com força.

Aquele era o paraíso? O céu? Sim! Era a felicidade mais pura e plena, se fazendo com êxtase ali, bem no meio das minhas pernas.

Jacob não largou meu sexo enquanto eu gozava, ele apenas sorvia todo o meu líquido, parecendo deliciado. Meu corpo tremeu em fortes espasmos, e depois eu relaxei meus músculos.

O ar entrava rápida e superficialmente em meus pulmões, meu coração pulando como um louco, meu corpo fervendo. Quando foi que eu imaginei que sentiria algo daquele tipo? Amor, felicidade, gozo... Eu nunca imaginei que as sensações humanas pudessem chegar tão longe, e serem provocadas e sentidas de forma tão intensa.

Jacob soltou minha intimidade e subiu o rosto até meu colo. Uma de suas mãos apertava um seio meu, enquanto a outra acariciava minha coxa.

-Você fica tão linda com essa carinha de prazer... - sussurrou em meu ouvido, mordendo o lóbulo de minha orelha.

Tremi da cabeça aos pés quando ele me beijou e eu senti meu próprio gosto em sua boca.

-Sentiu? Você é deliciosa.

Arregalei meus olhos, era como se ele estivesse lendo meus pensamentos... Corei muito quando percebi que minha mão espalmada em seu rosto estava fazendo mais do que apenas acariciá-lo.

-Eu estou te mostrando...? - perguntei com a voz fraca.

Ele sorriu.

-E eu estou adorando ver. - respondeu, faceiro - Não, Ness... por favor, não tira. - segurou minha mão aberta em sua bochecha quando eu ameacei retirá-la.

Minha vez de sorrir.

“E como é que eu vou fazer para tirar a sua bermuda?” - perguntei-lhe sem emitir nenhum som.

-Eu mesmo faço isso. - garantiu-me.

Jacob ergueu o corpo para livrar-se de sua bermuda, tomando o cuidado de não afastar muito o seu rosto da minha mão. É, pelo visto ele havia adorado sua nova descoberta. Aparentemente, eu perdia o controle do meu dom quando estava entregue daquela forma.

Tirei minha mão do seu rosto e ele me olhou manhoso. Eu ri, puxando-o para mim.

-Sabe que... A minha “habilidade” funciona quando eu coloco a minha mão em uma parte do corpo da pessoa com quem eu desejo me comunicar... - mordisquei sua orelha - Em qualquer parte.

Ele entendeu minha intenção, e soltou um gemido rouco em expectativa.

Pousei minhas mãos em seus ombros, apertando seus músculos perfeitamente trabalhados, e fui descendo-as por seu tórax. Jacob afundou a cabeça na curva do meu pescoço, e soltava gemidos que eram abafados pelo meu cabelo. Ao que tudo indicava, os meus pensamentos estavam lhe dando quase mais prazer do que meus atos em si.

Acariciei seu abdome e desci mais um pouco as pontas dos meus dedos, escorregando minha mão direita para dentro de sua boxer preta. E encontrando o seu “amiguinho” mais do que animado lá em baixo.

“Você é meu, Jacob...” - falei-lhe através da minha mão, que agora se fechava em torno de seu membro - “Meu homem, delicioso...”.

Ele grunhiu e endureceu ainda mais. Iniciei os movimentos lentamente, indo da base até a cabeça e fazendo pressão ali.

-Ness... - chamou meu nome com certa dificuldade - Huuuuuuuuuum.

-Sim, meu amor? - fiz minha melhor voz de inocente, enquanto continuava a estimulá-lo.

-Eu vou... - sua voz estava arrastada, e ele nem precisou concluir a ideia para que eu entendesse.

Fez com que eu tirasse minha mão dele, e catou sua bermuda no chão do carro. Dessa vez eu não protestei, já sabia o que ele iria fazer.

Tirou a camisinha da embalagem e colocou-a com uma destreza incrível... Eu apenas observava seus movimentos, hipnotizada. Abri minhas pernas para ele, que se encaixou rapidamente entre elas.

-Posso? - pediu baixinho, seus olhos estavam em chamas.

Sorri.

-Nem precisa pedir.

Ele abriu um sorriso satisfeito ao ouvir minhas palavras, e entrou em mim devagar. Eu fechei os olhos e gemi longamente, sentindo-o deslizar cada vez mais para dentro do meu corpo.  

-Olha para mim, eu quero os seus olhos nos meus, agora. - seu pedido saiu quase como uma ordem.

Abri meus olhos e o encarei. Tão lindo! Ele tinha os cabelos bagunçados, os olhos estreitos em fendas, e algumas gotas de suor escorriam por seu peito.

-Eu te amo, Renesmee... Tanto que até doi.

Coloquei minha mão em seu rosto.

“Também te amo, Jacob. Muito.”

Ele abraçou minha cintura e começou os movimentos de vai-e-vem. Beijou meus lábios rapidamente, depois os largou e desceu por meu pescoço, colo... Entrelacei meus dedos em seus cabelos, arqueando o meu corpo quando ele tomou um seio meu em sua boca, ao mesmo tempo em que investia contra o meu corpo cada vez mais rápido e fundo.

-Jaake, Jacoooooooooob!

Eu chamava o seu nome, ele chamava o meu. E assim chegamos ao máximo prazer. Juntos, como tinha de ser.

Com um último e rouco gemido, Jacob desabou sobre mim, pousando sua cabeça em meu peito. Nossos corpos ainda estavam conectados.

-Nessie?

Com certa dificuldade, abaixei um pouquinho os olhos para fitá-lo.

-Hm? - foi o som mais coerente e parecido com uma pergunta que eu consegui emitir.

-Você é a rainha do banco de trás. Sério. - ele disse, sua respiração tentando voltar ao normal.

Sorri, cansada.

-Minha mãe vive dizendo que eu sou uma princesa, mas eu gostei bem mais desse novo título de nobreza. Afinal eu o mereço, certo? Suei muito para consegui-lo.

Rimos os dois.

-Agora eu vou te levar para casa... - falo baixinho - Você tem uma viagem longa marcada para amanhã, precisa descansar.

Agarrei-me ao seu corpo à menção da palavra “viagem”.

-Tudo bem... - consenti sem a mínima vontade.

[...]

Quando chegamos à casa dos meus avós já era bem tarde, e todas as luzes da casa estavam apagadas.

-Você vai ficar aqui comigo? - eu pedi, já sentindo o choro se formar em minha garganta.

Ele deu um sorriso fraco.

-Nem se você me pedisse para ir embora eu te deixaria essa noite.

Entramos em casa fazendo absoluto silêncio e, apesar de eu conhecer a casa muito melhor do que ele, era Jacob que ia à frente, nos guiando. Eu não enxergava nada naquele escuro.

-Seu cheiro está entranhado em cada parte desse quarto. - ele disse assim que entramos em meu quarto - Acho que eu vou pedir permissão a sua avó para passar algumas horas por dia aqui.

-Ela deixaria, sem dúvida. - garanti.

Ele riu e eu me encaminhei para o meu closet. Vesti meu pijama enquanto Jacob escovava os dentes com uma escova nova que tinha dentro do balcão do banheiro. Depois escovei os meus, e fomos até a cama.

-Eu acho que você vai ter que dormir de cueca. - falei, rindo sapeca - Nenhum dos meus shorts de ursinho ficaria bem em você.

Ele riu e tirou sua bermuda.

Deitamo-nos um de frente para outro e ficamos apenas nos olhando por incontáveis minutos.

-Eu sentirei tanto a sua falta, minha noiva linda.

Sorri, nervosa. A palavra “noiva”, apesar de parecer extremamente certa, me provocou uns arrepios de ansiedade.

Jacob percebeu.

-Hei, olha para mim. - pediu suavemente.

Ergui minha cabeça e encarei seus olhos negros.

-Eu ainda vou te fazer um pedido formal, ok? Com anel e tudo mais... Eu só não consegui segurar o impulso, foi mais forte do que eu. Eu precisava disso, ter certeza de que você vai voltar para mim depois da sua formatura, ter certeza de que nós vamos ficar juntos. Mas eu vou fazer tudo certo, não se preocupe: vou falar com a sua família, e...

-Jake, CALMA! - interrompi seu tagarelar - Não tem nada a ver com o pedido, meu amor, não seja bobo. É só que... Eu tenho dezenove anos, é tão estranho me imaginar noiva...

Ele me olhou em confusão, e parecia um pouco desapontado.

-Não... - apressei-me em corrigir minha frase, vendo que eu havia lhe passado a ideia errada - Eu não quis dizer que é ruim, é só que... Céus, você deu um giro de trezentos e sessenta graus na minha vida, garoto! Eu nunca pensei que me casaria: nem daqui a dez, ou vinte anos e... E nós nos conhecemos há pouco mais de um mês, mas me casar com você já se tornou meu maior sonho... É estranho, mas de uma forma boa, entende?

Ele sorriu torto.

-Entendo muito bem o seu ponto, e na verdade eu também me sinto assim. Afinal, quando é que alguém poderia imaginar Jacob Black noivo? Sem falar que é um desperdício, né. - riu de forma sacana.

Eu rolei os olhos.

-Modeeeeesto. - brinquei, Jacob riu alto - Mas você tem razão, é mesmo um desperdício. Às vezes eu me pergunto o motivo de você ter sofrido o imprinting comigo, e... Eu penso, penso, mas nunca chego à conclusão alguma. Porque eu não me sinto merecedora de tanto amor, Jake. - comecei a desabafar aquilo que me corroía por dentro - Por mais que eu te ame mais do que ninguém no mundo seria capaz, eu acho que você seria mais feliz se sua impressão fosse alguém da reserva, sabe... Alguém que morasse perto de você, que te conhecesse melhor e fizesse parte do seu mundo...

Ele pousou o dedo indicador sobre meus lábios me impedindo de continuar. Olhou-me seriamente.

-Nunca mais repita algo assim, ok? - sua voz tinha uma intensidade incrível, prendia a minha atenção de forma única - Você me conhece melhor do que ninguém, e... E não só faz parte do meu mundo, você é o meu mundo. O meu mundo inteiro.

Meus olhos se encheram d’água.

-E vai ser assim para sempre? - tentei não parecer infantil - Mesmo quando eu não estiver por aqui e o seu corpo estiver precisando de...

-Não continue essa frase se não quiser me ofender. - ele pediu - Eu me envergonho muito de quem eu era antes de você, Ness, mas eu mudei. As minhas necessidades físicas jamais conseguiriam sobrepujar o meu amor por você, e mesmo que conseguissem... - ele deu um riso rouco, balançando a cabeça - Você acha mesmo que eu conseguiria? Digo, sentir vontade com outra?

Encarei-o, incerta.

-E não?

Ele negou com a cabeça. Sabia que eu não estava duvidando do seu amor, estava apenas insegura. Porque ele era lindo, gostoso, perfeito... E a maioria das garotas lambia o chão para ele passar.

-Não depois de ter te conhecido... - pousou a mão em minha cintura - Te sentido... - puxou-me para mais perto - Te provado. - sussurrou em meu ouvido.

-Jaaake... - gemi baixinho, passando uma de minhas pernas em torno de seu quadril.

Ele sorriu, havia entendido.

-Sempre que você quiser, minha pequena.

E então me tomou em seus braços, me fazendo sua uma vez mais naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Demorei, néah? Mas vocês já sabem a minha situação, então...
Bem, espero que tenham gostado, porque foi foda escrever esse cap: tive que acordar de madrugada, por não ter tempo durante o dia, e aí ficava o resto do dia com sono... E nesse exato momento, era para eu estar fazendo um trabalho de aula O.o
Mas vocês merecem, porque me deixam reviews tão lindoooooooooos... Sério, gente, por mais que O Cometa não seja a fic mais famoooooosa, comentada e recomendada do site, eu me sinto lisonjeada com os comentários de vocês. Amo cada uma de vocês, minhas lindas