A Estátua de Atena escrita por maridomingos
Eu tive um sonho péssimo, e que me fez sentir medo. Eu estava em algum lugar muito escuro, e me sentia cansado. O lugar tinha chero de mofo, e eu não conseguia me mecher, mesmo não sentindo nada me prendendo. De repente, uma luz se acendeu do outro lado do local. Grover estava acorrentado, e gemia. Estava completamente machucado, e soava. Grover... Outra luz se acendeu. Annabeth estava também amarrada, e sua roupa estava coberta de sangue, e havia ferrugem em seu rosto. Seu cabelo estava emanharado em um rabo de cavalo, e frizado, parecendo que ela não o penteava á meses. Queria gritar, me levantar, e desamarrar meus amigos. Mas eu não conseguia nem sequer falar. - Percy. - Annabeth sussurrou, com dor em sua voz - Você prometeu. Grover gemeu mais uma vez, e tudo se apagou. Uma luz bateu em meu rosto. - Ei, acho que ele está acordando. - ouvi a voz de Annabeth. Abri os olhos. Ela sorriu. - Bom dia. Gemi, me levantando e esfregando os olhos. - Oi, Annabeth. - fiquei olhando para ela, com a testa franzida, me lembrando dolorosamente do meu sonho. - O que foi? - ela perguntou, seca. Revirei os olhos, e olhei o mar. - Nada. Estava completamente decidido a não contar de meu sonho para ninguém. Ela sacudiu a cabeça e se levantou. - Vamos, Percy. Temos uma viagem pela frente. Não pode ficar aí dormindo. Me levantei em um salto. - Claro, hã, vamos. Ela ficou me encarando. - O que deu em você? - ela perguntou - Tá com cara de quem viu fantasma. Sacudi a cabeça, descontraído. - Não é nada, vamos. Ela franziu a testa, mas achou melhor deixar pra lá. - Onde está Grover? - perguntei enquanto caminhávamos na praia. - Ah, ele foi caçar algo para nós comermos, e disse para nos encontrar no ponto de táxi da Quinta Avenida. Assenti. - Vamos á Olimpo agora? - perguntei. Ela assentiu, olhando o mar. - Lembra que dissémos para irmos do mais fácil para o mais difícil. E você sabe o que é mais difícil. - Ainda estou em dúvida. - murmurei. - Sobre o que? Sobre quem vai ser mais difícil nos dar a pérola? Hades ou Zeus. Assenti. - Olhe, eu pensei a mesma coisa. Mas ainda acho Zeus. Dei de ombros. - Seja o que os deuses quiserem. Ela assentiu. Fomos até a Quinta Avenida a pé, e encontramos Grover sentados no ponto de táxi. - Ei, até que enfim. - ele se levantou. Estava usando seus pés falsos e sua calça jeans surrada. O cabelo arruivado estava despentado, e ele usava uma camiseta marrom velha e suja de tinta. - É, alguém aqui não sabe a hora de acordar. - disse Annabeth, olhando diretamente para mim. Dei de ombros. - O táxi chegou. - disse Grover e apontou para o motorista. - Empire State, por favor. A ida para o Empire State era muito cara, então dividimos as dispesas. Chegamos no monumento, e havia um segurança meio dorminhoco sentado em um banco, lendo uma revista de imóveis. - Temos problemas. - murmurei. - Nós nunca temos problemas junto a mim. - disse Annabeth - Sigam-me. Ela seguiu na frente, e eu e Grover seguimos atrás. Ela ia entrando no local, quando o segurança chacoalhou a cabeça e apontou para ela. - Ei, moçinha! Onde pensa que está indo?! Ela arregalou os olhos e olhou para o segurança. - Vou entrar, ué. Ele juntou as sombrançelhas. - Não estamos no horário de visitas. - É mesmo? Onde está escrito isso? Ele pareçeu confuso. - Olha, você não pode entrar! Ela foi até ele. - Você deve ter argumentos e provas. Me mostre uma! Ele abria e fechava a boca seguidamente, tentando achar algo para falar. - Eu vou chamar o segurança chefe! - ele gritou. Annabeth deu de ombros. - O que ele vai fazer? - Vai tirar você daqui! - Bom, então é melhor eu correr.
- ela começou a correr em direção ao elevador, e eu e Grover seguimos correndo atrás. - Ei, voltem aqui! - a voz do segurança foi sumindo atrás de nós. Entramos no elevador, e Annabeth foi apertando frenéticamente a porta de fechar. - Aaah, mas que lerdísse! - ela parecia desesperada, o que não era típico dela. - Foi muito bem - murmurou Grover - agora temos um bando de seguranças atrás da gente. Annabeth encostou a cabeça no elevador, sem se importar. - Acredite, o último lugar que eles vão nos procurar, vai ser no sexcentésimo andar. Assenti, relutante. - Vai ver, porque no mundo deles não existe. - eu disse. - Exatamente. - concordou Annabeth. Enfim, a porta do elevador se abriu, e nos encontramos no caminho de pedras em direção ao Olimpo. - Lá vamos nós. - murmurei. Percebi que Annabeth cruzava os dedos em suas costas. Andamos até a sala de tronos, e batemos á porta. Nada. Percebi que Annabeth estava prestes a dar um chute na porta, quando ela se entre-abriu. - Devemos entrar? - perguntou Grover. - É claro. - disse Annabeth e abriu a porta, fazendo sinal para entrarmos. Entramos devagar, e encontramos Hermes sentado em seu trono, olhando o teto. Ele nos olhou e sua expressão era de surpresa. - Como entraram aqui? - sua voz era seca. - Hãn, é... A porta estava aberta. - eu disse. - E quem dá o direito dos jovenzinhos irem entrando assim, de repente? - Toda. - disse Annabeth. - Queremos falar com Zeus. Ele assentiu, nada convencido. - Falem para mim que eu mando a mensagem. Nós nos entre-olhamos. - Hã... Diga a Zeus que precisamos da pérola. Ele vai saber qual é. - disse Annabeth. Hermes assentiu novamente. - Darei o recado. Mais alguma coisa. Nós nos entre-olhamos novamente. - Não. Acho que nada. - eu disse. - Tudo bem. Vou ter que pedir que esperem aqui. - o deus disse e entrou em uma porta no fundo do salão. Ficamos em silêncio, encarando um a cara do outro de uma forma ridícula, quando Hermes entrou novamente no salão de tronos, junto com Zeus. - Mas que diabos de pérola é essa? - berrou Zeus, diante de nós. Até Hermes se encolheu. Nós nos entre-olhamos. Nós não poderíamos falar que pérola era. Como Annabeth disse, Zeus tem regras, que obrigam os deuses á castigarem os filhos. Se ele souber, Annabeth e os outros filhos de Atena seriam castigados. - Hã... - eu começei, mas Annabeth me interrompeu. - A pérola da coroa da estátua de Atena. - ela disse. Zeus ficou a encarando, incrédulo. - Por que você quer isso? A pérola já está lá, não há nada de errado! Annabeth abaixou a cabeça. - Não está. A estátua de Atena foi destruída, senhor. Temos que reconstruí-la. Encarei Annabeth incrédulo. A expressão de Zeus era de surpresa absoluta. - Aaaah, então a estátua de Atena fora destruída? - ele coçou a barba, pensativo - Quem a destruiu? - Não sabemos! Mas precisamos da pérola! Zeus olhou Annabeth. - Querida, hoje é o seu maior dia de sorte. Você não será penalizada. Ainda vamos pensar se vamos reconstruír a estátua de Atena. - Hã, então, não serei penalizada? - Não. Annabeth não parecia feliz. - Mas... Eu quero a pérola. - ela disse. Zeus franziu a testa. - Para que? Você não precisa reconstruir a estátua. - Mas eu quero. Zeus sorriu, parecendo se divertir. - Querida jovem, você escolhe: Saia daqui sem penalidade nenhuma e sem pérola antes que eu mude de ideia, ou leve a maldita pérola com você e tenha a penalidade que nunca pensou que teria. - Eu quero a pérola! Grover deu um empurrão em Annabeth. - Não é melhor, sabe, nós irmos embora... - começou Grover. - Eu quero re-construir a estátua de minha mãe, não estou nem aí para essa penalidade estúpida! - disse Annabeth, diante de Zeus. Zeus se aproximou mais de Annabeth. - Se é assim que deseja... - Espere! - eu gritei, com todos olhando para mim - Precisamos conversar... - puxei Annabeth e Grover para mais fundo do salão. - Então, sabe, Annabeth... - eu começei, olhando para a expressão furiosa de Zeus - quem sabe a gente possa, sabe, ir embora daqui o mais rápido possível? Annabeth sacudiu a cabeça. - Não, Percy. Foi como eu te disse na praia: A pior parte de tudo isso, não é a penalidade. É meu orgulho ferido. Eu quero reconstruir a estátua. Eu não ligo se eu vou ser castigada. Grover não parecia nada convencido. - Semi-deuses. E seus orgulhos. - ele simplismente murmurou. Annabeth se virou para Zeus. - Me dê a pérola. Lá no fundo, eu confiava em Annabeth. E bem no fundo mesmo, eu sabia que o que ela estava fazendo, era certo. - Tudo bem então. - Zeus parecia se divertir - Construa essa estátua. Annabeth sorriu. Mas então, de repente, eu nunca tinha ficado tão feliz em ver uma pessoa na minha vida.
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