Dont Stop Believin escrita por Nizz e Cherry


Capítulo 9
Capítulo 8




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Capítulo 8.

Um começo de ano surpreendente...

 

— O que faz no Nôitibus Andante? – Ágatha se surpreendeu com a chegada de Harry Potter.

— O que você faz no Nôitibus Andante? – ele repetiu chocado, sentando-se ao lado dela.

— Problemas com a minha mãe. Ela anda meio paranoica por causa de... Uma coisa que soube do meu pai. Eu me enchi de tanto ouvi-la reclamar e acabei fugindo de casa. Minha irmã mais velha me ajudou. – sorriu. – Passou pela mesma coisa também?

— Quase.

— Para onde? – Lalau Shunpike, o condutor dos viajantes daquele ônibus, indagou.

— Caldeirão Furado. – Ágatha e Harry disseram ao mesmo tempo, sorrindo depois. – Fica em Londres.

A viagem foi pouco confortável. O Nôitibus voava pelas ruas de Londres, e o velho motorista um tanto cego conduzia o automóvel com a ajuda de uma cabeça falante.

— Quem é esse? – Harry indagou de repente. Ágatha para a capa do Profeta Diário, com a foto estampada de Sirius Black na matéria principal.

— Quem é esse? Quem é... Esse é famoso assassino Sirius Black! – Lalau exaltou abismado. – É um dos grandes partidários de... Você-Sabe-Quem.

xXx

— Egito? Merlin, que maravilhoso! – Ágatha se entusiasmou quandp Fred e George terminaram de contar sobre a viagem. Os Weasley também estavam hospedados no Caldeirão Furado.

— Nós bem que tentamos trazer um escaravelho pra você...

— Mas eles fogem rápido demais. – George deu de ombros. Ágatha dispensou a brincadeira com um riso.

— Eu vou pra lá eventualmente. Se minha mãe não me transfigurar em um quando a gente se encontrar de novo.

— Explica direito essa sua história. – Fred a interrompeu. - Como assim fugiu de casa?

— Mamãe ficou um inferno durante as férias. Ela e o meu pai... Meio que não se falam e não se entendem desde que eu nasci. Eu o vejo pouco, e quando vejo, mamãe fica histérica. Ela nunca aceitou eles não terem se casado, juntado, tanto faz. É até a razão de eu nunca ter usado o sobrenome dele também. – a loira rolou os olhos. – Ai ela descobriu uma coisa nas férias, ficou mais histérica ainda e acabou descontando em mim. Depois de uns gritos, eu decidi fugir.

— O que ela descobriu pra ficar tão histérica? – George perguntou.

— Nada demais. – Ágatha fingiu desinteresse.

— Nada demais? – eles repetiram indignados. - Pra sua mãe ter surtado assim, deve ter sido alguma coisa.

— Vocês vão entender em breve. Podem sossegar a curiosidade.

— Mas...

— Fred, George, compras! – Gina apareceu na porta, sorridente. – Oi, Ágatha!

— Oi, Gina! – a loira aproveitou a distração para se levantar e despistar os gêmeos. Fred e George entreolharam-se confusos, dando de ombros depois.

xXx

— Harry! – Fred empurrou Percy pelos cotovelos para fazer uma reverência. – É simplesmente esplêndido encontrá-lo, meu caro...

Eles haviam encontrado com o garoto assim que voltaram das compras. Ágatha, que havia conseguido o dinheiro com a irmã mais velha, também os acompanhara. A senhora Weasley reagira como ela esperava a respeito da fuga, descontando uma bronca sobre irresponsabilidade e perigo, mas também se dispôs a ajudá-la a encontrar os materiais e a ficar confortável até voltar para Hogwarts.

— Maravilhoso. – George disse, empurrando o irmão para o lado, a fim de cumprimentar Harry também. – Absolutamente maravilhoso.

— Agora chega! – a senhora Weasley se colocou entre os dois.

— Mãe! – Fred exclamou, como se tivesse acabado de vê-la. – É realmente formidável encontrá-la... – Ágatha lutou para frear a gargalhada.

— Eu disse que já chega! – a senhora Weasley esbravejou de novo. – Olá Harry, querido. Suponho que tenha sabido das nossas novidades? – apontou para Percy, que usava o distintivo prateado de monitor-chefe. – É o segundo monitor-chefe da família!

— E o último. – Fred sussurrou na direção de Ágatha.

— Não duvido nada. – a senhora Weasley reclamou. – Estou reparando que até hoje vocês dois não foram promovidos a monitores.

— E para que nós queremos ser monitores? – George questionou abismado. – Isso tiraria toda a graça da vida.

— Vocês deviam dar um exemplo melhor para sua irmã!

— Gina tem outros irmãos para dar exemplo a ela, mamãe. – Percy sorriu orgulhoso. Depois, saiu para trocar a roupa para o jantar. George aproximou-se de Harry e Ágatha:

— Bem que a gente tentou trancar ele numa pirâmide. Mas mamãe flagrou a gente no ato.

Dessa vez, a risada de Ágatha escapou. Eles sentaram-se para jantar depois que Tom, o atendente corcunda do Caldeirão Furado, juntou três mesas.

— Como vamos à King's Cross amanhã, papai? – Fred perguntou enquanto pegava uma colher de pudim de chocolate.

— O Ministério vai mandar dois carros. – o senhor Weasley respondeu. Todos ergueram os olhos, surpresos.

— Por quê?

— Por sua causa, Percy. – George disse. – E vão colocar bandeirinhas em cima, com as letras TC...

—... Significando Tremendo Chefão. – Fred completou, fazendo todos, com exceção de Percy e a senhora Weasley, rirem.

— Por que vão mandar carros, papai? – Percy repetiu, fuzilando os gêmeos com o olhar.

— Bom... Como não temos um... E eu trabalho lá, me farão esse favor. – o senhor Weasley disse simplesmente, parecendo meio encabulado.

Mais tarde, Ágatha estava sentada próxima aos gêmeos, que riam escondidos nas sombras da escada. Os dois haviam roubado o distintivo de Percy e modificaram a inscrição dele, transformando as letras em Tremendo Chefão.

xXx

— Cabines vazias são um problema todo ano, como isso é possível? - Ágatha reclamou enquanto seguia pelo corredor. Lino estava mais à frente, na mesma busca.

— Aqui! Essa está vazia! - ele chamou, gesticulando para uma cabine. - Bom, quase vazia. - Ágatha espiou o espaço, arregalando os olhos ao notar quem a ocupava.

— Vamos continuar procurando.

— Mas, Ágatha, só tem um cara aí dentro. - Fred tentou argumentar.

— Ele não deve se importar. - George concordou.

— Continuem caminhando. - ela grunhiu. Os gêmeos e Lino encararam-na amedrontados, mas assentiram. Abigail os encontrou mais à frente e os liderou até uma que ocupava com Alicia.

— Oi, pessoal! - A corvina se animou, dando passagem para eles.

Durante a viagem, o grupo aproveitou para jogar algumas partidas de snap explosivo, até que, de repente, o trem fez uma parada brusca.

— A gente tá na metade do caminho. - Abigail comentou confusa. - Não faz sentido parar agora.

— Talvez um embarque de última hora. - Ágatha deu de ombros. Quando as luzes começaram a se apagar, ela se afastou da porta, voltando a se sentar. - Ou não.

— Tem alguém no corredor. - Fred sussurrou.

O frio preencheu todo aquele lugar. A janela começou a congelar, e os mais próximos da porta se afastaram em direção à janela. Ágatha estremeceu, e se assustou quando Fred apoiou a mão sobre a sua, os olhos congelados no vidro embaçado.

— Fechem a porta! - Draco Malfoy passou correndo por ela, jogando-se dentro da cabine. Um instante se passou até que uma silhueta escura o seguisse, flutuando pelo corredor como uma presença macabra.

Usava uma capa preta esvoaçante e carregava todo o frio enchendo aquele trem. Ágatha respirou fundo enquanto a sensação aterrorizante crescia, preenchendo seu coração com nada além de terror. Fred apertou sua mão e ela retribuiu, afundando com o medo.

A criatura se afastou subitamente, seguindo para o fim do corredor, levando a sensação pesada junto com ela.

— Ele já foi? - Draco tremia ao perguntar. Fred e George desviaram olhares debochados em sua direção. - O que foi?

— Nada. - deram de ombros. Draco se ergueu, limpando as vestes ao encará-los de novo.

— Idiotas. - e deixou o espaço como se nada tivesse acontecido.

— O que era aquilo? - Abigail indagou.

Foi nesse instante que Fred soltou a mão de Ágatha, desviando o olhar constrangido para o outro lado da cabine. Ela se afastou levemente, tentando esconder o rubor repentino.

— Que sensação horrível. - Lino murmurou.

— Parecia que minha felicidade tinha sido arrancada. - George comentou.

— Eram dementadores. - Ágatha sussurrou, ainda perturbada por toda a cena.

— Demonte... O quê? - a loira bufou, virando-se para os gêmeos.

— Dementadores, guardas da prisão de Azkaban. Uma das criaturas mais cruéis que vagam pela Terra. Pelo amor de Merlin, nunca prestaram atenção nas aulas de Defesa Contra a Arte das Trevas?

— Não me lembro do professor ter explicado isso.

— Lockhart mencionou uma vez sobre eles. E Usberco também, numa aula do segundo ano. - Ágatha continuou. - Tenho a impressão de que vamos rever essa matéria durante esse ano, considerando as circunstâncias.

— Está tudo bem por aqui? - eles se voltaram para a porta e para o homem alto parado ali. Era jovem, mas tinha uma aparência cansada, com algumas cicatrizes no rosto. Os cabelos cor de areia caíam sobre os olhos castanhos. O sorriso era amigável.

— Tudo ótimo! - Ágatha respondeu bruscamente. Fred e George olharam para ela, desconfiados, reconhecendo o tom nervoso.

— Muito bem. - o desconhecido parou um segundo, a atenção simpática fixa na garota. - Oi, Ágatha.

— Oi. - murmurou baixinho, desviando o olhar. O homem saiu da porta logo depois, e a atenção de todo mundo se fixou na loira.

— Você o conhece? - Abigail inquiriu.

— Quem é ele? - Alicia também perguntou.

— Remus John Lupin. - ela respondeu simplesmente, mantendo o olhar preso ao corredor pelo qual o homem seguira.

xXx

— Sejam bem-vindos! - Dumbledore bradou. - Sejam bem-vindos para mais um ano em Hogwarts! Tenho algumas coisas a lhes dizer, e uma delas é muito séria. Acho que é melhor tirá-la do caminho antes que vocês todos fiquem tontos com o maravilhoso banquete...

— Esse ano, a pedido do Ministério da Magia, teremos como hóspedes os dementadores de Azkaban. Eles ficarão postados nas entradas da propriedade até o assassino Sirius Black seja preso, e, enquanto estiverem conosco, peço-lhes a máxima cautela muita cautela. Não dêem motivo para lhes fazerem mal. Os dementadores não vêem diferença entre aquele que estão caçando e aqueles que entram em seu caminho. Apelo aos monitores, e a ao nosso monitor e monitora chefes, que se certifiquem de que nenhum aluno entre em conflito com os dementadores.

O silêncio absoluto do salão ficou sinistro, mas Dumbledore voltou com sua expressão animada:

— Agora, falando de coisas mais agradáveis. Tenho o prazer de dar as boas-vindas a dois novos professores este ano. Primeiro, o professor Lupin, que teve a bondade de aceitar o cargo em Defesa Contra a Arte das Trevas - ouviram-se algumas palmas pouco entusiasmadas e murmúrios curiosos. Ágatha sentiu os olhos dos gêmeos sobre si, mas ignorou. - E também ao nosso Rúbeo Hagrid, que vai assumir o cargo de Trato de Criaturas Mágicas. - os aplausos agora foram mais animados, e alguns assoviaram também. Hagrid sorriu sem graça. - O banquete está servido!

— Ágatha... - Fred chiou. - Ágatha!

— Que foi?

— Como conhece o professor Lupin?

— Depois.

— Não... Agora. - George a cutucou.

Abigail aproximara-se mais deles, esticando-se sobre a mesa para escutar. Com um suspiro, a loira explicou:

— Lembram-se que eu falei sobre minha mãe ter ficado histérica com uma notícia do meu pai?

— Lembro.

— A notícia era sobre o novo emprego dele. - Ágatha sorriu sem graça, acenando com a cabeça para a mesa dos professores.

xXx

— Teremos Orientação Vocacional esse ano, não é? - Ágatha indagou para a professora McGonagall enquanto ela passava para entregar os horários dos outros anos.

— Sim, senhorita Blake. Vamos começar as entrevistas amanhã.

— Orientação Vocacional? – George sussurrou para a amiga.

— Sim, senhor Weasley. - a professora ergueu a voz para responder. - Vocês serão consultados para saber que carreira pretendem seguir. E, depois, serão colocados em suas respectivas aulas.

— E se não pretendermos seguir nenhuma carreira acadêmica? - George brincou, recebendo um olhar feio de McGonagall.

— Então, senhor Weasley, sugiro que deite em um sofá e adormeça nele pelo resto de sua vida. - ela retrucou com um sorrisinho, saindo pelo buraco do retrato logo depois.

— Precisamos ir para o café-da-manhã. - Ágatha avisou, puxando George pela manga da camiseta. - Cadê o Fred?

— Ali. - o ruivo apontou. Fred estava afastado deles, sentado ao lado de Angelina num cantinho do salão. Ambos tinham sorrisinhos no rosto. Ágatha engoliu em seco, sentindo uma estranha sensação remoendo seu estômago.

Fome, provavelmente, ela pensou emburrada.

— Eles estão...

— Juntos? Não. - George deu de ombros. - Mas o Fred bem que quer.

— Ah... Claro. - Ágatha engoliu em seco, desviando o olhar enquanto juntava suas coisas. - Vai esperar por ele?

— Esperar por quem? - Fred havia parado ao lado dela de repente, acenando para Angelina que seguia sorridente na direção da saída.

— Ninguém importante. - Ágatha respondeu, jogando a mochila nas costas com força demais e cambaleando para longe dos dois.

Fred encarou George confusamente, mas o último apenas deu de ombros, risonho.

xXx

— O que há com você, Harry? - George cutucou Harry assim que se sentou ao seu lado na mesa da Grifinória.

— Malfoy. - Rony explicou. George ergueu os olhos assim que Malfoy começou sua dramatização de um desmaio.

— Aquele debilóide! Ele não estava tão exibido ontem à noite quando os dementadores revistaram o nosso lado do trem. Entrou correndo na nossa cabine, não foi, Fred?

— Quase fez xixi nas calças. - Fred assentiu.

— Nem eu fiquei muito feliz. - George comentou. - Eles são um horror, aqueles dementadores...

— Meio que congelam a gente por dentro, não é? - Fred disse.

— Mas vocês não desmaiaram, desmaiaram? - Harry perguntou em voz baixa.

— Não. Mas não dá pra saber como cada pessoa reage aqueles troços medonhos. - Ágatha sorriu compreensiva.

— Esquece isso, Harry. - George bateu em seu ombro de leve, amigável. - Papai teve que ir para Azkaban uma vez. Lembra, Fred? E comentou que foi o pior lugar que já esteve na vida, voltou de lá fraco e abalado... Eles sugam a felicidade do lugar, esses dementadores. A maioria dos prisioneiros acaba endoidando.

— Ah, então você prestou atenção em uma explicação sobre dementadores. - Ágatha replicou indignada, ganhando uma gargalhada do ruivo.

— Em todo caso, quero ver se Draco vai continuar alegre daquele jeito depois do jogo de quadribol. - disse Fred. - Grifinória contra Sonserina, primeiro jogo da temporada, estão lembrados?

xXx

— Muito bem, senhorita Blake. - McGonagall encarou Ágatha pensativa, esperando que a garota falasse alguma coisa. Os dedos da loira tremiam sobre suas anotações. - Já sabe o que pretende fazer quando sair de Hogwarts?

— Quase. Eu adoraria me tornar curandeira. Mas também tenho ambição com a carreira de Auror.

— Como curandeira, devo avisar que é exigido ao menos três N.I.E.M.s e nenhuma nota abaixo de Excede Expectativas. Poções, Herbologia, Trato de Criaturas Mágicas e Feitiços são suas principais matérias. - McGonagall ponderou um pouco. - E para aurores, você deverá ter os N.I.E.M.s das matérias básica acima de Excede Expectativas, que são Defesa Contra a Arte das Trevas, Herbologia, Feitiços, Poções e Transfiguração.

— Eu poderia tentar todas? Sempre fui muito bem em Trato de Criaturas Mágicas, e as outras necessárias pra curandeiros eu também faria para Auror.

— Acha que consegue aguentar? São conteúdos bem pesados, senhorita Blake. - McGonagall ponderou.

— Eu gosto de estudar, então não vejo problema em um pouquinho mais de pressão.

— O professor Snape não aceita alunos abaixo de "Ótimo" em sua turma de N.I.E.M.s, mas pelas suas notas anteriores, acho que não terá problemas no futuro. A professora Sprout fica feliz com um "Aceitável" e para Feitiços e Trato de Criaturas Mágicas, "Excede Expectativas". Eu e o professor Lupin também aceitamos "Excede Expectativas". Pois bem... Acho que a senhorita terá muito que estudar nos próximos anos.

Ágatha assentiu, tentando memorizar tudo que McGonagall lhe dissera.

— Alguma dúvida? - a garota negou. - Então a senhorita ficará com essas seis matérias. - tocando num pergaminho com a ponta da varinha, a professora o preencheu com algumas inscrições, entregando-o a Ágatha em seguida.

— Obrigada, professora.

McGonagall sorriu.

Depois, foi à vez de Fred Weasley entrar na sala. Minerva já armou uma expressão severa, lançando a ele um olhar desconfiado.

— Senhor Weasley.

— Bom dia, professora. Teve uma manhã tranquila? - Fred sorriu animado.

— O senhor sabe o que pretende fazer fora de Hogwarts ou está tão decidido quanto seu irmão a fugir da carreira acadêmica?

— Não sei nada além da incerteza, Minnie querida. Mas se a senhora precisa de uma resposta, eu diria que auror é a mais aceitável. - Fred deu de ombros. - Não que seja certeza, mas precisamos fingir pelo menos. - piscou para ela, ganhando um revirar dos olhos em resposta.

— Muito bem, senhor Weasley. Para seguir a carreira de auror, você deverá ter os N.I.E.M.s das matérias básica acima de Excede Expectativas, que são Defesa Contra a Arte das Trevas, Herbologia, Feitiços, Poções e Transfiguração. - Fred franziu o cenho ao ouvir 'Poções', mas continuou prestando atenção. - Sabe que Snape é muito exigente, portanto, terá que obter um "Ótimo". O professor Lupin se contenta com "Excede Expectativas", assim como eu e o professor Flitwick. A professora Sprout pede um "Aceitável".

— Vocês são uns amores. - Fred sorriu, recebendo uma careta rígida em resposta. - Tá bem, tá bem. Já decorei o que eu vou ter que tirar.

— Aqui está seu pergaminho, senhor Weasley. - Ela entregou para Fred a folha preenchida com os horários. - Boas aulas.

George entrou logo depois, mas Minerva já o parou antes de se sentar.

— Vai dizer o mesmo que seu irmão disse?

— Depende. Se a senhora quer saber sobre minha indecisão a respeito do futuro, e se o Fred disse que auror é a carreira mais aceitável pra enganar a escola e fingir que temos alguma certeza, então sim. Vou dizer.

Minerva ajeitou os óculos, franzindo os lábios numa careta indignada. Entregou o pergaminho com os horários dele, os mesmos de Fred, antes de alertar:

— Snape exige um "Ótimo", Lupin, eu e Flitwick "Excede Expectativas". A professora Sprout se contenta com "Aceitável". E peço, senhor Weasley, que coloque algum juízo em sua cabeça e na do seu irmão. Precisam saber que a carreira de auror não é nada fácil, mesmo que não saibam se é essa exatamente que vão seguir.

— Ah, Minnie, fique sossegada, eu e Fred temos tudo sob controle.

xXx

— Vocês não falaram nada sobre a Orientação Vocacional. - Ágatha murmurou. Ela e os gêmeos estavam indo para a aula de DCAT daquela manhã, mas a conversa a respeito da conversa com Minerva permanecera em segredo. - Levaram muita bronca da professora?

— Quase. - George prendeu o riso.

— Escolheram o quê?

— Auror.

— Mas é só fachada, você sabe.

— "Não pretendemos seguir a carreira acadêmica" - ela engrossou a voz, cutucando os dois em provocação.

Na sala de aula, sentou-se com Abigail. Alguns minutos depois de bagunça, o professor Lupin finalmente apareceu com seu semblante cansado, mas o sorriso animado.

— Bem-vindos à aula de Defesa Contra a Arte das Trevas. Eu gostaria de começar fazendo apenas algumas perguntas. De preferência, com os livros de vocês fechados.

— Vai valer nota? - uma garota dos fundos perguntou, e Lupin riu levemente.

— Não. Apenas para avaliar seus conhecimentos, já que estão no ano das N.O.M.s. - alguns alunos gemeram, outros resmungaram, e Lupin sorriu com as reações. - Já passei por isso também, mas não é tão ruim quanto parece. - Lupin parou à frente da sala, olhando para cada aluno devagar. - Essas provas foram feitas para medir seus conhecimentos teóricos e práticos.

— Teremos prova prática em todas as matérias, professor? - Abigail questionou.

— Sim. Até mesmo Adivinhação vai testar seus conhecimentos longe de uma pena e um pergaminho. - mais gemidos e resmungos da sala. - Durante esses meses, vou ensinar a vocês sobre as criaturas das trevas mais conhecidas e, também, os feitiços necessários para atacar e se defender delas. - Lupin recostou-se à escrivaninha. - O professor anterior parece ter... Falado a respeito de algumas delas com vocês. - Risinhos encheram a sala, e um sorriso o rosto do professor. - Não tão bem quanto deveria, eu ouvi dizer. Alguém pode me confirmar se já chegaram nas criaturas noturnas?

— Não. - Ágatha foi a única a negar, e olhou em volta abismada pelo silêncio.

— Vamos começar por elas então.

— Professor, poderia falar um pouco sobre os dementadores? - uma garota da Lufa-Lufa pediu, e outros assentiram curiosos. Lupin parou um instante, hesitante, mas concordou.

— Algum de vocês já leu a respeito dos dementadores?

Ágatha ergueu uma das mãos, engolindo em seco ao receber a atenção do pai. Lupin sorriu, gesticulando para que respondesse:

— Eles se alimentam dos bons sentimentos, das melhores lembranças da pessoa. Deixam a vítima com suas piores experiências. Estão entre as criaturas mais sombrias que vagam pela terra. - Lupin ergueu as sobrancelhas, impressionado.

— Dez pontos para a Grifinória! - ele voltou-se para a turma. - A senhorita Blake fez uma definição perfeita do que são dementadores. Eles tiram a paz, a esperança e a felicidade daquilo que está à sua volta. Até os trouxas sentem sua presença, embora não possam vê-los. Se puder, o dementador se alimentará de você por tempo suficiente para transformá-lo em algo semelhante a ele, um ser sem alma, podre e sombrio. Como vocês ouviram durante o jantar, um lugar onde podemos encontrar muitos dementadores é Azkaban, a prisão dos bruxos mais perigosos de todo o mundo mágico.

— E agora também podemos vê-los passeando por Hogwarts. - Fred brincou.

— De fato, senhor Weasley. - Lupin sorriu. - A aparência deles é desconhecida, já que estão sempre cobertos por aquelas capas enormes.

— Mas o rosto pode ser visto quando eles vão dar "o beijo", não é? - Ágatha se inclinou sobre a carteira, curiosa com os relatos.

— Sim, senhorita Blake. - apesar da simpatia no rosto dele, ouvi-lo chamá-la assim causava estranheza. Desconforto, com seu pai de pé logo à sua frente. - É o único momento em que se pode ver o rosto da criatura.

—  Mas não deve ser muito agradável. - a lufana que o questionara comentou.

— Imagine você estar morrendo e ainda ter que encarar um tribufu daqueles? - George acrescentou, ganhando gargalhadas da turma.

xXx

— Ainda não falou com seu pai? - Fred perguntou, chamando a atenção de Ágatha.

— Claro que falei. Durante as aulas. - ela desconversou.

— Você me entendeu.

— Eu não tive tempo, e aposto que ele também não.

Era início de outubro, e os treinos de quadribol haviam começado. Portanto, os alunos do quinto ano - além de se preocupar com deveres, estudos, e aulas -, ainda tinham o quadribol na cabeça.

Curiosamente, Olívio Wood não parecia muito preocupado com aquele princípio de campeonato. Sua maior preocupação estava em ganhar a Taça de Quadribol, já que aquele era seu último ano letivo.

— Essa é a nossa última chance, minha última chance, de ganhar a Taça de Quadribol. - Wood comentou, andando de um lado para o outro diante dos colegas. - Vou embora no fim do ano. Nunca mais terei outra oportunidade. Grifinória não ganha a taça há sete anos. Tudo bem, tivemos o maior azar do mundo, acidentes, depois o cancelamento do torneio ano passado... - Wood engoliu em seco. - Mas também sabemos que temos o time mais irado da escola. Temos três artilheiras da melhor qualidade. - Wood apontou para Ágatha, Angelina Johnson e Katie Bell. - Temos dois batedores imbatíveis.

— Pode parar, Olívio, você está deixando a gente sem graça. - Fred e George entoaram a brincadeira, fingindo vergonha.

— E temos um apanhador ótimo, que até hoje nunca nos deixou perder em nenhuma partida que jogamos. - Wood sorriu para Harry. - E temos a mim. - acrescentou, mas sem criar louvores como para os outros.

— Nós também achamos você muito bom, Olívio. - disse George.

— É, um goleiro do caramba! - Fred exclamou.

— A questão é... - Wood retomou a caminhada. - Que a Taça de Quadribol devia ter tido o nome do nosso time gravado nesses dois últimos anos. Desde que Harry se juntou a nós, achei que já estava no papo. Mas não ganhamos, e este ano é a última chance que teremos de finalmente ver o nosso nome na taça! - Wood parecia tão desolado, que até Fred e George o olharam com simpatia.

— Olívio, este ano é o nosso ano. - animou-se Fred.

— Vamos conseguir! - disse Angelina.

— Sem a menor dúvida. - confirmou Harry.

Durante o treino daquele dia, Wood pareceu mais animado. O incentivo de todo o time havia levantado seu astral. Agora, mais do que nunca, aquele brilho obsessivo estava exibido em seu olhar.

Treinaram até o fim do dia, quando Wood e os outros foram dispensados para voltar ao salão comunal. Com um assassino a solta, era perigoso ficar lá durante a noite.

Ágatha estava saindo do vestiário quando foi alcançada por Wood.

— Oi! Não conseguimos nos falar direito antes do treino. - ele sorriu, deixando-a encabulada.

— É... N.O.M.s e N.I.E.M.s não ajudam, não é?

— Pois é... - Wood coçou a nuca, parecendo nervoso. - Eu queria saber, já que os passeios para Hogsmeade estão sendo marcados... - o coração de Ágatha deu um salto anormal. - Você gostaria de sair comigo no passeio depois do primeiro jogo?

— Claro! - ela respondeu quase imediatamente, fechando a boca com força depois.

— Ah. Ótimo. É realmente... Ótimo! - Wood sorriu entusiasmado, enquanto ela sentia o rosto ferver cada vez mais. - Então... Nos vemos no próximo treino.

— É. - foi a única coisa que Ágatha conseguiu balbuciar, assistindo enquanto Wood seguia pelo corredor.

— Eita! - George exaltou às suas costas, vindo da direção do vestiário na companhia de Fred. - Parece que nossa gatinha tem um encontro.

— Não começa a provocar. - Ágatha resmungou.

— Achei que você viria com a gente pra Hogsmeade. - Fred replicou azedo.

— Eu não podia recusar esse convite, né!

— Por que não? - Fred recuou indignado.

— Porque eu quero sair com ele. - ela chiou de volta. - Você não me viu reclamando quando esqueceu de me ajudar com uma tarefa pra ficar de abracinhos com a Angelina.

— Ah, tá com ciúmes da Angelina?

— Não estou com ciúmes! Você só não pode reclamar do meu encontro quando está tendo vários com ela. - Ágatha rebateu com irritação, cruzando os braços diante do ruivo.

— Ótimo então.

— Ótimo.

— ÓTIMO! - gritaram juntos. George arregalou os olhos entre os dois, dividindo a atenção.

— Ei, parecem duas crianças. Peçam desculpas e acabem com essa baboseira.

Ágatha e Fred deram as costas um para o outro.

— Não. Ele que começou, ele que peça desculpas. - ela deu de ombros. Fred bufou em meio a uma risada.

— Nem morto.

— Eu posso providenciar isso se quiser - Ágatha o encarou por cima do ombro, o olhar fuzilante.

— Merlin... Ajude-me. - George ergueu as mãos para o céu, caindo na risada em seguida. Fred e Ágatha desfizeram as caretas irritadas para encará-lo, sem entender o motivo do riso. - Parecem um casal de velhos. Aqueles amigos do papai que aparecem nas festas de Natal e ficam até o ano novo discutindo.

Ao notar o sorriso despontando no rosto de Fred, Ágatha revirou os olhos.

— Tem razão, George. Desculpe por incitar a discussão que você começou, Fred.

Ele abriu a boca para reclamar, mas notou o sorrisinho dela e se afastou. Ágatha correu atrás dele, alcançando-o em um abraço apertado. Fred desistiu, rolando os olhos para ela.

— É, tudo bem, me desculpe também.

Ágatha enlaçou o pescoço dele com um dos braços, e o de George com o outro.

— Eu amo vocês, sabiam, seus cabeções?

— É, a gente imaginava.

xXx

— Primeiro fim de semana em Hogsmeade. – Rony parecia bem animado, mas Harry estava com uma cara de tacho. – Fim de outubro. Dia das bruxas.

— Já estava na hora! – Fred resmungou. – Preciso visitar pra Zonko's. Meus chumbinhos fedorentos estão quase no fim. – ele olhou de relance para Ágatha, concentrada em terminar seu dever de Transfiguração. – Animada com a visita para Hogsmeade? – ele provocou.

Sem tirar os olhos da tarefa, ela respondeu:

— O encontro é só depois do jogo, panaca.

— George! – Abigail acabara de entrar no salão comunal, gritando. Ao parar próxima do ruivo, corou um pouco. – Você esqueceu seu livro na biblioteca. – estendeu o livro de Transfiguração para ele, que suspirou aliviado.

— Obrigado, Abi. Minha mãe me mataria se tivesse que comprar outro. – ela sorriu mais sem graça ainda.

— Só não esquece a cabeça porque está grudada. – Ágatha debochou.

— Falou o desastre ambulante.

— Fred, George, Ágatha: temos treino daqui a pouco! – Angelina anunciou enquanto descia as escadas do dormitório feminino com a vassoura em mãos. O cabelo estava preso em uma trança. – Se apressem!

— Claro, mamãe. – Fred se aproximou para cutucá-la, recebendo um empurrão amigável em resposta. E um sorrisinho.

— Patético. – Ágatha provocou quando passou por ele.

xXx

— A mulher gorda, ela sumiu! – Gina Weasley exclamou. A maioria dos alunos da Grifinória que voltava do primeiro passeio a Hogsmeade estava ali, procurando pela mulher do retrato.

Ágatha estava ao lado dos gêmeos e Lino. Haviam ido juntos nesse passeio à Hogsmeade, e estavam presos juntos fora do salão comunal.

Havia marcas de arranhões por toda a pintura da Mulher Gorda, como se algum animal tivesse tentado passar por ali.

— Dêem licença para o diretor, ele está passando! – os alunos se afastaram para Dumbledore, que examinou a pintura atentamente.

— Senhor Filch. Chame todos os fantasmas, mandem que procurem até encontrarem a Mulher Gorda.

— Não será necessário diretor, a Mulher Gorda está ali. – o zelador apontou alguns lances de escada acima. Todos os alunos começaram a subir, dando passagem para o diretor.

— Senhora... – Dumbledore murmurou, encarando a pintura amedrontada e gritante. – Quem fez isso?

— Foi ele, diretor. Aquele que todos estão procurando. Ele está aqui, em algum lugar do castelo.

— Ele quem?

— Sirius Black!

— Quero todos os alunos de volta ao salão principal agora. – Dumbledore bradou imediatamente. – Tranque tudo, senhor Filch.

Os estudantes seguiram para o salão entre cochichos e murmúrios amedrontados, seguindo as ordens do diretor.

 

xXx

O tempo foi piorando conforme a primeira partida de quadribol se aproximava. Sem desanimar, a equipe da Grifinória treinava cada vez mais. Então, no último treino antes do jogo de sábado, Wood deu uma noticia indesejável.

— Não vamos jogar contra a Sonserina! Flint acabou de me procurar. Vamos jogar contra a Lufa-Lufa.

— Por quê? – o restante do time perguntou assombrado.

— A desculpa de Flint é que o braço do apanhador do time ainda está machucado. – Wood respondeu, parecendo mais furioso ainda. Draco havia sofrido um ferimento leve graças à sua falta de bom senso com o hipogrifo de Hagrid, mas já fazia um bom tempo.

— Não há nada de errado com o braço do Malfoy! – Harry exclamou furioso. – É tudo fingimento!

— Eu sei disso, mas não podemos provar. – Wood respondeu frustrado. – E temos treinado todos esses lances na suposição de que íamos jogar contra Sonserina. A Lufa-Lufa tem um estilo muito diferente. Agora eles estão com um capitão novo que também é o apanhador, Cedrico Diggory...

Angelina e Katie tiveram um repentino acesso de risadinhas. Ágatha escondeu o riso cúmplice ao encará-las.

— Quê? – exclamou Wood, fechando a cara para o comportamento delas.

— É aquele alto e bonito, não é? – perguntou Angelina.

— Forte e caladão. – concluiu Katie, e as três voltaram a rir.

— Ele só é caladão porque é burro demais para juntar duas palavras. – Fred resmungou de volta. – Não sei por que está preocupado, Olívio, Lufa-Lufa é brincadeira de criança. Da última vez que jogamos contra eles, Harry capturou o pomo em cinco minutos de jogo, não se lembram?

— Estávamos jogando em condições completamente diferentes! – Wood se exasperou. – Diggory armou uma lateral muito forte! E é um excelente apanhador! Eu estava com medo que vocês fizessem uma leitura falsa! Não podemos relaxar! Temos que manter o nosso foco! Sonserina está tentando nos prejudicar! Precisamos ganhar!

— Olívio, se acalma! – Fred pediu assustado.

— Estamos levando Lufa-Lufa muito a sério. Sério. – George concordou.

— O melhor a fazer é manter a calma. – Ágatha acrescentou ao encarar o capitão. – Lufa-Lufa já perdeu para a gente antes, vai perder de novo.

xXx

— Vai ser uma partida dura. – comentou Olívio, que não queria comer nada, mas insistia para que os outros integrantes do time comessem.

— Pare de preocupar, Olívio. – Ágatha ganhou sua atenção. – Não vamos derreter com uma chuvinha à toa. – ela sorriu, recebendo um pequeno sorriso de volta.

Não era bem uma chuvinha à toa. Provavelmente não derreteriam com ela, mas a chance de caírem da vassoura era grande.

Depois do café, o time desceu aos vestiários. Colocaram os uniformes escarlates, os óculos protetores para jogar durante a chuva e pegaram suas vassouras. Diggory foi simpático, sorrindo para Wood durante o cumprimento. O capitão da Grifinória não conseguiu reagir, paralisado em tensão.

Madame Hooch levou o apito à boca e os jogadores subiram, a chuva castigando-os mais ainda conforme voavam de um lado para o outro. Angelina e Ágatha estavam se saindo bem nos gols, principalmente por manterem uma dianteira de cinquenta pontos. Lufa-Lufa não era um bom time na defesa, mas o ataque estava bem diferente do que eles haviam treinado. Por sorte, Wood era um ótimo goleiro, e segurava quase todas as goles que iam a sua direção.

Ágatha quase foi acertada por vários balaços, não fosse Fred e George aparecerem para desviá-los.

Foi quando Harry subiu para alcançar o pomo de ouro que o inesperado aconteceu. Não demorou muito para que seu corpo despencasse lá de cima, acompanhado pelas silhuetas de diversos dementadores. Ele havia desmaiado na vassoura, e Cedrico havia pegado o pomo. Claro, Cedrico tentou alcançar Harry, mas Dumbledore impediu que ele caísse a tempo. O garoto foi levado às pressas para a ala Hospitalar, enquanto o diretor expulsava os dementadores que não deveriam estar ali.

— Talvez um novo jogo, para tentar igualar. Potter foi atacado. – Cedrico tentou argumentar com Madame Hooch.

— Não, o pomo foi pego antes do incidente. Lufa-Lufa venceu. – ela olhou de relance pra Wood, que parecia desolado. – Tudo bem para a Grifinória?

— Não, está tudo bem.

— Tudo bem para o time, mas o capitão está prestes a ter um ataque cardíaco. – Fred comentou baixinho com Ágatha.

No vestiário, todos se vestiram rapidamente para poder ver Harry. Wood, porém, entrou no boxe de banho e disse que ficaria ali um tempo.

— Que aconteceu? – Harry indagara assim que acordou.

— Você caiu da vassoura. – Fred contou. – Deve ter caído... De uns quinze metros!

— Pensamos que você tivesse morrido. – Ágatha acrescentou.

— Mas o jogo... – Harry perguntou. – Que aconteceu? Vamos jogar outra vez? – todos ficaram quietos. - Nós não... Perdemos?

— Diggory apanhou o pomo. – informou George. – Logo depois de você cair. Ele não percebeu o que tinha acontecido. Queria um novo jogo, mas tiveram uma vitória justa. Até Olívio admite isso.

— Onde está Olívio? – perguntou Harry.

— No banho. – Fred respondeu. – Achamos que ele está tentando se afogar.

Eles tentaram animar Harry depois disso, assim como tentaram se animar. Perder para a Lufa-Lufa não significava a derrota da Grifinória, mas eles teriam que treinar ainda mais para conseguir recuperar aqueles pontos.

Mais tarde, assim que Madame Pomfrey expulsou o time da ala hospitalar, eles seguiram na direção dos dormitórios.

— Wood? – Ágatha olhou para o sofá. Olívio estava sentado em frente à lareira, o olhar perdido entre as chamas. Ela olhou em volta, mas mais ninguém do time estava lá. Aproximou-se e se sentou ao seu lado, curiosa com o silêncio. – Olívio? Você tá aí? - brincou, balançando a mão em frente ao rosto dele.

— Oi, Ágatha. – Olívio sorriu.

— Não precisa ficar desse jeito.

— Eu estou tentando manter a calma.

— Vamos conseguir recuperar. Não é uma diferença tão impossível, não se preocupe. – ela tocou seu ombro, sorrindo animadora. Wood a encarou, e dessa vez o sorriso dele pareceu mais sincero. Agradecido, também.

— Obrigado.

— Não fiz nada.

— Fez sim. – ele segurou sua mão, causando um arrepio na garota.

— A-acho que é melhor irmos dormir. – ela se ergueu num pulo, confusa quanto a como lidar com aquela emoção. Olívio a acompanhou.

— Boa noite. – ele desejou, beijando o canto de sua bochecha para se despedir. Ela tremeu um sorriso encabulado e disparou para o dormitório, mordendo a mão para conter os risinhos bobos.

 

Continua...


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