Dont Stop Believin escrita por Nizz e Cherry


Capítulo 8
Capítulo 7




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Capítulo 7.

Quem sabe...

 

— Aquelas vassouras são incríveis. – George desabou na poltrona. Fred fez o mesmo no sofá, ao lado de Ágatha. Ela fechou o livro que estivera lendo, interessada com o que eles tinham a dizer. Estava próximo do dia das bruxas, e mesmo assim eles haviam ficado mais tempo no campo de quadribol.

Os treinos com Wood não ganhavam folga nunca, mesmo quando todos os outros alunos estavam dormindo. O tempo de chuva e frio também não era animador.

— Estavam espionando os treinos da Sonserina? – ela indagou.

— Eles parecem sete borrõezinhos cortando o céu com a velocidade de mísseis. – Fred respondeu, sua cara demonstrando o quanto estava feliz. Ágatha suspirou.

— As vassouras são boas. Mas tem a questão de que quem as monta tem que ser bom também. – ela sorriu, tentando levantar o humor deles.

— Deveríamos fazer alguma coisa. Está tudo tão tedioso. – George murmurou, tombando a cabeça de lado. Ágatha encarou-o por cima do livro, arqueando uma das sobrancelhas. – Nem me venha com sermões. Até você está entediada. Quantas vezes já leu esse livro?

— Umas vinte. – Fred respondeu, rindo dela.

xXx

— Senhorita Blake... – Lockhart terminava de ler o teste da garota, parecendo decepcionado. – Creio que sua nota tenha sido decepcionante. Como pode errar a mais fácil das perguntas? O que eu mais gosto de fazer no Natal, oh, que decepcionante.

Ágatha nem ao menos respondeu. Tinha tirado uma das piores notas da sala. Os próprios gêmeos, que adoravam tirar com a cara de Lockhart, tinham se saído melhor que ela. E essa era um modelo das provas finais, que realizariam no fim do ano.

O resto da aula seguiu-se uma chatice para a loira, que se deitou sobre a carteira, fingindo olhar para Lockhart, enquanto este murmurava algo sobre sua caça aos dragões. Assim que terminou, Ágatha foi a primeira a sair.

— Aquele professor é um idiota, Abigail. Fizeram lavagem cerebral em você por acaso? – resmungou para a amiga, que estava radiante com sua nota maravilhosa.

— Ele é um bom professor Ágatha, seja mais boazinha.

Ela jogou os braços para o alto em sinal de redenção.

— Lockhart de novo? – as duas se viraram, Ágatha sentindo o rosto corar na hora. Wood estava bem ao lado delas, rindo da situação. – Ele anda aprontando umas com a minha turma também.

— Só espero que o lance do cargo de DCAT ser amaldiçoado funcione com ele também. – Ágatha resmungou.

— Ágatha!

— O quê? É verdade. – a loira deu de ombros, ganhando um riso de Wood. Abigail encarou-os indignada.

— Vocês dois são sinistros.

— Ótimo. – o irmão piscou para ela.

— Treino de quadribol? – Ágatha questionou, rezando para ele só ter passado ali para dar um oi.

— Não. Só vim para falar um oi. – ele sorriu daquele jeitinho diferente. Abigail, entre os dois, pigarreou.

— Então... A gente se vê no salão comunal, Ágatha! – Ela exclamou. Sem dar tempo à amiga, disparou pelo corredor, sumindo de vista. Wood encarou a irmã em sua corrida confusamente, enquanto Ágatha engolia em seco pelo nervosismo.

Os dois se encararam sem graça, e caíram na risada logo depois.

— E como vai... Sua vida? Digo, fora do quadribol.

— Se está falando sobre Scarlett, acredite, está um desastre. – eles voltaram a caminhar enquanto conversavam, já que o tumulto no corredor havia diminuído. – Nossas personalidades não combinaram nem um pouco. Eu prefiro um relacionamento com alguém que tenha os mesmos gostos que eu. Livros e quadribol, sabe?... – Ágatha pensou tê-lo visto encará-la ao dizer aquilo, mas afundou a atenção nas páginas do livro que carregava, dobrando as pontinhas para esconder a vermelhidão tomando seu rosto.

— Tenho DCAT agora. – Ele avisou, parando assim que chegaram ao fim do corredor.

— Ah, boa sorte. – A garota murmurou, olhando feio para a sala.

— Valeu. – ele riu novamente, sorrindo para ela pela última vez. – A gente se vê depois. – num cumprimento normal, deu um beijo na bochecha da garota e seguiu para o seu destino.

Ágatha, por sua vez, sentiu que seu coração voaria pela boca mais rápido que o pomo de ouro assim que Wood se afastou.

xXx

— Vocês são loucos. – a garota prendeu o riso. Ela se sentara no sofá enquanto abraçava seu gato dorminhoco, Anúbis.

Fred e George, no chão, estavam em frente a um animal laranja berrante, conhecido por Salamandra. Segundo Fred, ele havia resgatado o animal da aula de Trato de Criaturas Mágicas, mas fora tão rápido que nem Ágatha percebera o ato.

— E o que querem fazer com ela? Criar até que fique amigável e chamá-la de Marylou? – ela questionou em curiosidade.

— Só fazer uns testes.

— Claro, salvam a coitada de uma aula pra transformá-la em cobaia. Bem pensado, rapazes.

— Se quiser podemos usar você de cobaia. – Fred retrucou. – Mas acredite, você teria que soltar fogo para que o fizéssemos.

Os garotos curiosos que rodeavam a mesa não paravam de especular o que aconteceria quando a salamandra ingerisse o fogo Filibusteiro. Lino sentou-se ao lado de Ágatha a tempo de ver a salamandra sair rodopiando pelo ar, soltando fagulhas cor de tangerina pela boca. Percy, que fazia um dever de casa, começou a berrar com os gêmeos, que se divertiam com a situação, assim como os outros presentes.

Filch apareceu um tempo depois, levando os gêmeos para a detenção, como sempre. Não que fosse resolver alguma coisa.

xXx

— Merlin... – Ágatha murmurou. Fred e George estavam ao seu lado, olhando a gata de Filch pendurada na parede, próxima às inscrições em sangue. Lia-se A CÂMARA FOI ABERTA, INIMIGOS DO HERDEIRO, CUIDADO.

Depois de Dumbledore aparecer e dispensar os alunos, com exceção de Harry, Rony e Hermione, que estavam primeiro no local, os alunos começaram a especular o que havia ocorrido.

— Ela estava morta, com toda certeza. – Dino Thomas, um garoto do segundo ano, murmurou para os amigos. Ágatha engoliu em seco.

— O que acham que queria dizer com 'inimigos do herdeiro, cuidado'? – Ágatha indagou para os gêmeos.

— Não sei...

—... Mas coisa boa não é. – Fred ponderou um pouco. – Vocês viram a cara do Dumbledore? Deve ser perigoso.

— Para a gata estar daquele jeito. – George disse. – Pirraça não tem vez nisso, com certeza.

 

Haviam chegado ao salão comunal. Após desejar boa noite aos amigos, Ágatha seguiu para seu dormitório. Abigail já estava lá, trocando-se com uma expressão de medo.

— Nem estou com vontade de dormir hoje.

— Nem me fale.

— Que tal conversarmos? – Abigail indagou animada.

— E as outras duas garotas? – Ágatha indagou.

— Ah... Feitiço abafador, que tal? – Ágatha assentiu. As duas sentaram-se na cama de Abigail, fecharam as cortinas e lançaram o feitiço Abaffiato.

— Então... O que me diz sobre o que rolou quando eu saí de perto aquele dia? – Abigail indagou.

— Você diz do Olívio? – Ágatha se fingiu confusa.

— Obviamente.

— Vá pentear unicórnios...

— Ah, Ágatha... Vocês ficariam tão lindos juntos! E eu tô insistindo porque sei que rola alguma coisa entre vocês, uma química, sei lá. – Abigail explicou, sorrindo esperançosa.

— Não tenho tempo para pensar em romances agora. – Ágatha retrucou.

— Como não?

— Provas, aulas, quadribol...

— Wood também tem tudo isso, e aposto como ele adoraria namorar você. – Abigail sorriu.

— Para de falar nisso – Ágatha implorou, completamente envergonhada e esperançosa.

— Eu estou falando porque quero que você fique com ele. Poxa, eu sei que você gosta do meu irmão. – Abigail replicou, amigável.

— Tá, mas não quer dizer que eu queira ficar com ele.

— Acabou de assumir que gosta dele! – Abigail exclamou vitoriosa, trazendo mais cor ao rosto da amiga.

— Idiooota... – retrucou, sem deixar de sorrir.

— Agora, me diga: se você tivesse a oportunidade, ficaria com ele? Até namoraria?

— Depende.

— Sim?

— Sim. Talvez? Ah, eu não sei, me deixe em paz!

Abigail sorriu.

xXx

Wood parecia estar nervoso e animado, assim como todo o time. Ágatha quase não conseguira vestir o uniforme do time direito, tamanha sua tremedeira. Iriam jogar contra a Sonserina, e mesmo depois de milhares de treinos, ainda havia aquela suspeita de como os sonserinos iriam se sair. Afinal de contas, eles tinham as melhores vassouras de todas.

— Vai depender de você, Harry. – Wood virou-se para o pequeno apanhador, sua determinação expressa nos olhos. Harry pareceu um pouco intimidado. – Chegue ao pomo antes de Draco ou morra tentando, porque temos que vencer hoje, é bem simples.

— Por isso nada de pressioná-lo, Harry. – Fred piscou para o garoto, e Ágatha não conteve o riso.

O jogo seguiu-se bem difícil, como todos imaginavam. As vassouras eram rápidas demais para se alcançar, tanto no jogo quanto na defesa. Wood não era rápido o suficiente, mesmo sendo o ótimo goleiro que era. Ágatha e Angelina até que se saiam bem, mas nem chegavam perto dos aros. Ao contrário da Sonserina, que estava na liderança por sessenta à zero.

Depois de um tempo, ouviram por Tempo e o time da Grifinória se reuniu, debaixo de chuva.

— Que é que está acontecendo? Estamos sendo arrasados. Fred, George, onde estavam vocês quando aquele balaço impediu Angelina de fazer o gol? – Wood exclamou indignado.

— Estávamos seis metros acima, impedindo Harry de ser morto por outro balaço. – Fred retrucou irritado. – Alguém alterou aquela coisa. Ela não deixa o Harry em paz.

Harry resolveu argumentar, e havia dito que se viraria sozinho. E depois de ponderações do time, Wood acabou aceitando. Fred e George passaram a defender o resto do time, e Harry seguiu sozinho. Ágatha e Angelina conseguiam uma melhor liderança agora que não eram mais ameaçadas por balaços do outro time, mas a liderança ainda era Sonserina.

Foi por pouco, mas depois de quase ser assassinado pelo balaço errante, Harry finalmente alcançou o pomo de ouro, desmaiando no meio do campo. Voltou a si rapidamente, enquanto o time, enlameado e encharcado, corria até ele, juntamente do professor Lockhart.

Harry havia quebrado o braço, e infelizmente para ele, o professor queria mais uma chance de se mostrar. Ágatha ajudou Fred e George a guardarem o balaço maluco, que ainda tentava voar na direção de Harry. E eles tiveram tempo de ver o professor lançar um feitiço no garoto, que encarou o próprio braço assombrado.

— O que houve? – ela indagou baixinho para Wood.

Não precisaram de explicações. As exclamações à volta deles foram suficientes. O braço de Harry não tinha mais osso nenhum agora, era um pedaço de músculos flexível e nojento.

— Merlin... – ela murmurou.

— Esse cara é louco! – Fred e George exclamaram juntos. Harry foi levado para a ala hospitalar, com o time junto dele. Foram expulsos pouco depois pela madame Pomfrey, mas conseguiram desejar à Harry as melhoras.

 

xXx

— Que doideira. – Fred murmurou. Eles haviam acabado de sair do clube de duelos, que Lockhart havia realizado. Harry havia acabado de falar com uma cobra, fosse o que fosse, e todos ficaram assombrados. George, Lino e Ágatha assentiram, sentando-se ao lado dele no salão comunal.

— O que acham que foi aquilo? – George indagou.

— Um tipo de língua diferente. Nunca vi nada parecido, pelo menos, não normalmente com os bruxos. – Ágatha respondeu.

— Vai ver é uma coisa própria do Harry. – Fred deu de ombros. – Afinal de contas, ele enfrentou Você-Sabe-Quem no passado.

— É, mas tem aquele negócio que estão falando. – Lino murmurou de volta. – Da Câmara Secreta. Que ele pode ser o herdeiro de Sonserina.

— Ah pobrezinho... Não acho que seja ele. – Ágatha replicou.

— Mas ninguém tem certeza. – Lino rebateu. – São apenas conclusões sendo tiradas precipitadamente.

— Como sempre? – Ágatha indagou, rindo com eles logo depois.

xXx

— Feliz Natal! – Ágatha abraçou os gêmeos, entregando a eles o presente do ano. – Sabe, precisava igualar ao de vocês no ano passado. E eu achei que vocês merecem, por que... Ah, vocês são ótimos no quadribol e tudo mais.

Eles haviam ganhado vassouras num modelo mais novo que suas antigas. Nada como as Nimbus 2001, mas era um presente sincero, que eles realmente gostaram.

— Vem aqui, baixinha. – George ergueu-a em um abraço e Fred o fez depois. Os dois deixaram a garota com as bochechas coradas ao fim dos abraços.

— Para onde sua mãe foi dessa vez? – Fred questionou.

— Olha... Boa pergunta. – Ágatha riu, dando de ombros. – Não me dei ao trabalho de ler o resto da carta a partir do momento que vi 'passará o Natal em Hogwarts'. Já estou ficando de saco cheio.

— Nossos pais foram para a Romênia. – George comentou. – Visitar o Charlie. Sabe como é, mamãe é muito sentimental. Morre de saudades dos filhos o tempo todo.

— Minha mãe poderia aprender a ser assim. – Ágatha bufou. – E aí, que tal um snap explosivo pra animar a manhã?

xXx

— É brincadeira né?

Ágatha estava com Lino, Fred, George e Abigail, observando assombrada a mudança no Salão Principal. Estava parecendo uma festa trouxa de quinze anos, cheio de rosa pra lá e pra cá. As paredes exibiam o rosa berrante das flores que as enfeitavam, e o teto estava azul celeste, deixando cair confete em forma de coração o tempo todo.

— Acho que se eu pedir um veneno para o Snape agora ele aceitará me dar com prazer. – Ágatha resmungou, enquanto tentava se concentrar no café-da-manhã e não no confete caindo o tempo todo.

— Para você beber? – Lino indagou surpreso.

— Não. Pra dar pra ele. – Ágatha apontou para Lockhart, que se vestia de rosa berrante para combinar com a decoração.

— Feliz Dia dos Namorados! – Lockhart exclamou. Depois de dizer mais algumas palavras, alguns anões vestindo asas e carregando harpas entraram no salão, todos de cara amarrada. Seriam eles os cupidos a entregar as cartas naquele dia.

Na aula de Snape, que era logo depois do café, várias alunas exclamavam animadinhas por terem recebidos seus cartões. Ninguém na sala perguntou se poderia fazer a tal poção de amor, já que Snape parecia ser capaz de fazer um aluno engolir um sapo se fizesse tal pergunta.

— Merlin, Abigail, presta atenção! – Ágatha exclamou indignada. A amiga parava se mexer a poção toda vez que um anão entrava na sala, entregando mais um cartão. Ela estava esperançosa de receber uma correspondência até o fim do dia.

— Desculpe, não pude resistir.

— Acho que devo concordar com a senhorita Blake uma vez, e pedir que preste mais atenção no que faz, Wood. Vai acabar explodindo toda a sala, e acredite, seu rosto será o maior prejudicado durante a explosão. – Snape resmungou.

Nas aulas seguintes, como Transfiguração e Trato de Criaturas Mágicas, os professores faziam o possível para explicar as matérias, mas o vai e vem dos anões acabava interrompendo o tempo todo. Abigail finalmente recebeu um cartão; de um garoto do terceiro ano.

— Ganharam alguma coisa? – Ágatha perguntou aos gêmeos no horário do almoço.

— Ganhamos uma dúzia de cartões. – Fred sorriu convencido.

— As garotas nos amam.

— Que bom pra vocês.

— Ágatha Blake?

— Ah, não. – ela congelou, virando-se lentamente para o anão parado atrás de si. – Sou eu. – engoliu em seco. Desejava, apenas, que não fosse um cartão musical. Seria o pior dos seus pesadelos.

— Duas cartas para você. – ele entregou, com aquela cara de rabugento que tinha desde manhã.

— Valeu.

Fred e George mudaram de lugar, sentando um de cada lado dela. A primeira carta era de um garotinho do primeiro ano, Kevin Lionel. Havia um coração no meio e um cupido acertando flechas nele. Ela sorriu.

— Qual é, está sendo cantada por um garotinho do primeiro ano Ágatha?

— É uma admiração inocente, deixe de ser bobo! Aposto que metade das suas admiradoras é do primeiro ano.

O segundo não tinha remetente, e a única coisa presente no cartão era uma rosa vermelha, com as pétalas se abrindo lentamente.

— Que romântico. - Fred debochou.

— Vou chorar, Fred.

— Quietos! – Ágatha chiou de volta, irritada e curiosa. Quem havia mandado aquele cartão?

Mais tarde naquele dia, foi a vez de Harry Potter se dar mal. Ele recebeu um cartão cantado em frente a quase toda a Grifinória. O anão usou uma melodia um tanto brega, mas que fez todos gargalharem:

— Teus olhos são verdes como sapinhos cozidos, Teus cabelos negros como um quadro de aula. Queria que tu fosses meu, garoto divino, Herói que venceu o malvado Lorde das Trevas.

À noite, obviamente, Fred e George aproveitaram para brincar com Harry. E quando ele passava por eles, seguindo para o dormitório, os gêmeos murmuravam em alto e bom som 'Teus olhos são verdes como sapinhos cozidos'. Ágatha rolava os olhos, indignada com isso, mas sem deixar de rir.

— E aí, descobriu quem mandou o cartão misterioso? – Fred questionou quando ela se sentou ao seu lado.

— Não. Mas tudo bem, o que valeu foi a intenção.

— Que garota madura.

— Para de ser chato! – ela o cutucou. Mas Ágatha tinha sim uma suspeita de quem enviara o cartão. Principalmente quando viu Wood entrar no salão comunal, olhando-a daquele jeitinho fofo com um sorriso nos lábios.

xXx

O próximo jogo da Grifinória seria contra a Lufa-Lufa. Wood fazia os treinamentos intensivos logo depois do jantar, deixando a todos nenhum tempo de lazer. Tinham que se concentrar apenas nos deveres de casa e nos treinos.

No sábado, todos estavam reunidos no campo, prestes a começar, quando a professor McGonagall surgiu com um megafone, anunciando bem alto:

— O jogo foi cancelado!

Wood, arrasado, tentou argumentar, mas ela não deu ouvidos.

— Todos os alunos devem se dirigir às suas salas comunais, onde os diretores delas lhes darão mais informações. Rápido, por favor!

Ágatha juntou-se a Fred e George, que cochichavam entre si, curiosos com o motivo do cancelamento.

— Mais um ataque? – ela indagou. Eles a encararam de modo temeroso, assentindo silenciosamente. – Isso é horrível. Se não parar logo, não imagino o que poderá acontecer.

— McGonagall parecia bem preocupada.

— Todos os professores estão. – Fred argumentou.

— Então o aviso deve ser algo sério. – Ágatha estremeceu, e eles assentiram.

O comunicado de McGonagall veio logo que todos estavam no salão comunal. Os alunos não poderiam andar por aí sozinhos, e muito menos ficar fora de suas salas comunais depois das seis da tarde. Todos os treinos e jogos de quadribol seriam adiados e as atividades noturnas haviam sido canceladas.

— E mais uma coisa... Ou o responsável pelos ataques é pego ou teremos que fechar nossa escola.

O silêncio ficou absoluto até ela sair, então as especulações começaram. Ágatha, os gêmeos, Lino e Angelina estavam sentados em um canto do salão.

— São dois alunos da Grifinória atacados, sem contar o nosso fantasma, um aluno da Corvinal e outro da Lufa-Lufa. – Lino enumerou. – Será que algum professor reparou que nenhum aluno da Sonserina foi atacado? Por que é que eles não mandam embora os alunos da Sonserina?

— Percy está em estado de choque. – George sussurrou para Harry, e Ágatha ouviu. O irmão mais velho dos gêmeos estava sentado em uma poltrona, quieto e branco feito cera. – Aquela menina da Corvinal, Penélope Clearwater, é monitora. Acho que ele não pensou que o monstro atacasse monitores.

— Isso é horripilante. – Ágatha murmurou. – Não quero que a escola feche, mas esses ataques têm que parar.

— Enquanto não acharem o culpado, vai demorar. – Lino argumentou. – E duvido que o achem facilmente.

xXx

— Tudo isso acontecendo... – George reclamou enquanto seguiam para o salão comunal, o rosto exibindo uma carranca emburrada.

—... E ainda temos exames pra encher nossas cabeças. – Fred completou, resmungando.

— Ao menos ainda temos aulas, agradeçam por isso. – Ágatha retrucou. Abriu o livro de Transfiguração, mas nem ela estava animada para o estudo.

"Todos os alunos devem voltar imediatamente para seus dormitórios. Todos os professores compareçam ao corredor do segundo andar imediatamente, por favor!"

— Mas que diabos... – Ágatha murmurou confusa. A professora McGonagall havia exclamado com tanta preocupação que chegou a dar medo na garota. – O que será que houve? – ela e os gêmeos apertaram o passo para chegar ao salão comunal, assim como outros alunos nos corredores.

— Não sei...

—... Mas coisa boa não é.

xXx

Ágatha observou atônita quando McGonagall avisou sobre Gina. Ela havia sido levada para a Câmara Secreta, e essa fora a gota d'água. Agora, a escola seria realmente fechada, os alunos iriam voltar para suas casas para sempre.

A infelicidade sobre o fechamento do colégio não importava. A situação era horrível. Gina, a garotinha simpática e animada, havia sido levada para a Câmara Secreta pelo monstro. E quem sabia o que teria acontecido a ela?

Os gêmeos ficaram tão quietos e sem ação que chegaram a assustar Ágatha. Ela sentou-se com eles, tentando dar apoio de alguma maneira. Mas nem ela mesma conseguia dizer alguma coisa, tamanha sua tristeza. Harry e Rony também estavam ali, mas era uma situação tão complicada que ninguém dizia absolutamente nada. No fim do dia, os gêmeos foram se deitar, cansados de ficar sentados. Ágatha resolveu ir também. Mais tarde, provavelmente, senhor e senhora Weasley estariam chegando à escola.

E ela não queria imaginar como a cena seria dolorosa.

Mas foi surpreendente como as coisas mudaram de rumo. No outro dia, todos comentavam o feito de Harry em salvar Gina da Câmara Secreta. Rony também havia ajudado, e juntos, haviam conseguido tirá-la daquele lugar. Juntamente com Lockhart, que agora estava sem memória. Ágatha abraçou os gêmeos animada quando soube da noticia de Gina, feliz pela caçula deles estar sã e salva.

As provas finais, como recompensa, foram canceladas. Todos os alunos petrificados voltaram ao normal com a poção feita pela professora Sprout. Hermione, Nick-Quase-Sem-Cabeça, Justino, Colin Creevey. Todos foram recebidos animadamente. Além de a Grifinória ter ganhado a taça das casas, para completar a felicidade deles.

Enfim, o dia de voltar para casa chegou, e todos se reuniram no Expresso de Hogwarts. Harry, Rony, Hermione, Gina, Ágatha e os gêmeos dividiram uma cabine só deles. Fred e George aproveitaram as últimas horas com permissão para praticar magia antes das férias. Brincaram de snap explosivo e queimaram os últimos fogos Filibusteiro. Estavam quase chegando a King's Cross quando Harry pareceu se lembrar de algo.

— Gina, que foi que você viu Percy fazendo que ele não queria que você contasse a todo mundo? – todos se reuniram mais perto, curiosos.

— Ah... Isso... É que Percy tem uma namorada.

Fred deixou uma pilha de livros cair na cabeça de George, que por sua vez tombou ao lado de Ágatha, quase caindo sobre ela.

— É aquela monitora, Penélope Clearwater. Eu peguei eles se beijando numa sala um dia... Ele ficou tão perturbado quando ela foi atacada. Vocês não vão caçoar dele, vão?

— Eu nem sonharia. – Fred sorriu maldoso.

— De jeito nenhum. – George abafou o riso.

O Expresso de Hogwarts finalmente parou na estação.

— Vão me escrever nas férias, não é? – Ágatha pediu, despedindo-se dos gêmeos.

— Claro.

— Quando eu me lembrar. – Fred riu junto do irmão. Ágatha rolou os olhos.

— Nos vemos logo.

— É. Nos vemos logo. – juntos, cruzaram a barreira para o mundo trouxa. Lá, separaram-se com suas respectivas famílias, ansiosos pelo quinto ano que viria.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Eee, titia Nizz não demorou tanto pra postar *-* [coro de aleluia] OH PRODUÇÃO, CALA A BOCA NÉ! [silêncio] assim é melhor u-u


FELIZ ANO NOVO PRA TODO MUNDO já *-* Um 2011 maravilhoso pra vcs e pra mim, e pro resto das pessoas around the world.


E ai, curtiram o capítulo? *-* Wood mandando cartinhas misteriosas pra Ágatha. AH MOLEQUE, ano que vem a chapa esquenta (OUVIU RAQUEL? NÃO PRECISA ESPERAR TANTO G.G) AHHASHUSAHUASHUAS


Vamos às reviews:


Heloisa Cullen, 'espero q o wood e a agatha fiquem juntos' pode apostar q vai ser mais cedo do q vc imagina xP
postei bem logo né? *-* HASHASUASHUAHU Feliz ano novo adiantado love, até o próximo cap! Beijos!



Sarah, o Lockhart é um tremendo panacão né? Também odiei ele. Vontade de dar um soco naquele nariz empinado. E ele ainda é o tipo do meu professor de Biologia, imagine meu tormento? =C
HUSHASHUASHUASHUSAHU Espero q tenha gostado do cap love, Feliz ano novo, Beeijos!



Tay_DS, entre ela e o Fred PODE u.u AHUHUSAHUSAUHAHUSA você é uma vidente xP
antes tem o Olívio, falou tudo neném HUSHUSAHUASHUSA ele com as cartinhas e os olhares dele, ah, não resisto meu Deus.
Feliz ano novo love! Beijos e até o próximo cap ;D



thah_wc, é, o Malfoy é influenciável pelo papis dele... Aquele Lúcio gostosão de uma figa G.G SHUHUSAUHASUHASHUASHU Parei xP
ah, então, quanto a nossa fanfic, só preciso da sua ajuda na parte do Draco. A dos gêmeos eu já fiz [aleluia de novo] OH PRODUÇÃO! [silêncio]
Espero q tenha gostado desse cap love, até o próximo.
Beeijos e feliz ano novo!


Raquel_s, e ai quel's, tão legal ver vc por aqui *-*
Fearless ta f*** pra inspiração, mas eu prometo q tento u.u Beeijos quel's, até o próximo cap!
Feliz ano novo!



Xoxo.



Nizz :P



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