Dont Stop Believin escrita por Nizz e Cherry


Capítulo 7
Capítulo 6




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Capítulo 6.

Professor irritante.

 

— Vocês vão cometer um sequestro? – Ágatha se sentou mais confortavelmente na cama ao perguntar. Estava passando o fim das férias na casa dos Weasley, já que a mãe havia viajado para a França para tratar de um assunto do Ministério.

— Não é um sequestro. – George olhou de soslaio para a porta. – E fale baixo.

— Desculpe.

— Harry está preso na casa dos tios... – Fred explicou, procurando seu casaco em meio à bagunça do quarto.

—... E Rony pediu nossa ajuda para tirar ele de lá.

— Sem o consentimento dos tios é sequestro. – Ágatha retrucou. Os dois olharam feio para ela. – Tá, tá, já calei!

— Nada de comentar com a mamãe, pelo amor de Merlin! – Fred pediu em tom de voz baixo. Era noite, e eles temiam que Molly acordasse a qualquer momento.

— Vou fingir que estou dormindo até vocês voltarem. Mas, afinal de contas, como é que vão para lá?

— O carro do papai. – eles disseram juntos.

Ágatha sabia que o veículo era enfeitiçado para voar, mas, ainda assim, temia que eles fossem pegos pela senhora Weasley. Ou pior, pegos por algum bruxo do Ministério. Três adolescentes voando num carro mágico para salvar Harry Potter da casa dos tios não era exatamente uma história agradável de ouvir.

— Vocês têm certeza?

— Até mais tarde, Ágatha. – Se despediram com sorrisos.

Assim que passaram pela porta do quarto, Ágatha bufou, jogando-se na cama.

 

xXx

Ágatha seguiu a senhora Weasley de fininho, ficando um pouco afastada. Os gritos dela, claro, ecoavam pela casa, então não foi difícil entender a bronca.

— As camas vazias... Nenhum bilhete... O carro sumiu! Podiam ter batido... Vocês se importaram? Esperem até seu pai chegar. Nunca tivemos problemas assim como Bill, nem Charlie, nem Percy...

— O Percy perfeito... – Fred murmurou meio irritado.

— VOCÊS PODIAM SE MIRAR NO EXEMPLO DELE! – a senhora Weasley berrou de volta. Ágatha olhou feio para eles, fazendo um sinal de corte na garganta para que não falassem mais nada.

Depois de mais alguns gritos, a senhora Weasley liberou-os para tomar café. Fred e George vieram ao encontro da loira, parando um de cada lado dela.

— Você falou a ela...

—... Alguma coisa?

— Não! – recuou indignada. – Mas sua mãe não é burra. Ela acordou um tempo depois que vocês saíram e encontrou as camas vazias. Procurou os três por toda parte. – explicou calmamente. – Estava amanhecendo quando ela veio perguntar para mim. Eu disse que não tinha visto nada, mas vocês sabem que eu não sou convincente. E ai vocês chegaram, foi isso!

Fred e George entreolharam-se, mas depois deram de ombros.

— Como foi? – ela se animou, diminuindo o passo.

— Divertido.

— Os tios do Harry ficaram de cara quando fugimos. – Fred sorriu orgulhoso.

— Sem conversa agora. – Molly exclamou, lançando aos três um olhar raivoso.

Sentaram-se para comer, e a senhora Weasley começou um discurso dizendo que não culpava Harry, mas que ficara preocupada com ele e principalmente pelo fato do medo deles serem vistos.

— Mas estava nublado, mamãe! – Fred argumentou.

— Calado enquanto come!

— Estavam matando ele de fome, mãe! – George explicou.

— E você também! – Ágatha segurou o riso.

Gina desceu algum tempo depois, e voltou correndo para o quarto ao colocar os olhos em Harry. Fred e George riram pela vergonha da irmã.

— O que eu fiz? – Harry indagou surpreso.

— Nada. É a Gina, ela falou de você as férias todas. – Rony explicou.

— É, ela vai querer um autógrafo seu, Harry. – Fred brincou risonho, mas ao ver a mãe olhá-lo feio, abaixou a cabeça, calando-se.

Ficaram todos quietos até terminaram de comer, o que aconteceu bem rápido.

— Putz, estou cansado. – Fred murmurou bocejando.

— Adoraria um belo ronco. – George sorriu.

— Não vai não. – a senhora Weasley cortou-os. – A culpa foi de vocês se ficaram acordados a noite toda. Vão desgnomizar o jardim para mim. Eles estão completamente rebeldes outra vez.

— Mas, mamãe... – Fred tentou argumentar, mas ela lançou-lhe um olhar furioso, e ele calou-se.

— Você também. – virou-se para Rony. – Harry, querido, pode ir se deitar. E Ágatha, se quiser, também...

— Eu adoraria ajudar. – Ágatha se voluntariou, e Harry fez o mesmo.

— Muito bem, queridos. Agora vamos ver o que Lockhart tem a dizer sobre o assunto. – a senhora Weasley puxou um livro da mesa, e George gemeu.

— Mãe, nós sabemos como desgnomizar o jardim!

Ela folheou um pouco as páginas, parecendo entusiasmada. Os gêmeos bufaram, sentando-se novamente. Ágatha se mostrou curiosa com o conteúdo.

— Ah, ele é um assombro. – Molly comentou para a garota. – Sabe tudo sobre pragas domésticas.

— Mamãe tem um xodó por ele. – Fred murmurou baixinho.

— Não seja ridículo, Fred. – retorquiu a senhora Weasley, parecendo um pouco corada.

— Esse é o mesmo loiro metido que minha mãe tem paixão. Minha irmã caçula também. – Ágatha resmungou em tom de voz baixo para os gêmeos.

— Quietos. Agora vão logo para lá. Se vocês acham que podem fazer melhor que Lockhart, quero só ver. – a senhora Weasley dispensou-os. Fred, George e Rony foram quase se arrastando de tanto sono.

— Já fez isso antes? – Fred indagou para a loira, ajoelhando-se perto de um grande arbusto. Enfiou a mão debaixo dele, procurando o pequeno gnomo escondido.

— Uma vez, quando eu era pequena. Minha tia tinha um jardim cheio deles. – ela agachou-se do lado do ruivo, esticando a mão para procurar.

— É bem fácil. – George havia pegado um. – Você tem que deixar ele bem zonzo, pra não achar o caminho de volta. – rodou o gnomo e depois soltou os calcanhares dele. A pequena criatura guinchou, e voou bem longe daquele lugar.

Ágatha tocou em algo, mas quando foi ver era a mão de Fred. Os dois entreolharam-se no mesmo instante e se afastaram num pulo, ambos competindo para ver quem ficava mais envergonhado.

— Ah, acho que vi um ali embaixo daquele pé de peônias! – Fred exaltou, o rosto vermelho como os cabelos. Ágatha assentiu, agachando-se mais e mais para tentar afundar no chão.

Depois, seguiu-se uma pequena competição de arremesso de gnomos, para ver quem conseguia mandá-los mais longe. Harry deveria ter mandado um por uns quinze metros, e George fizera outro quase voar longe da propriedade. Os gnomos começaram a aparecer quando souberam da desgnomização, curiosos. Nessa oportunidade, George pegou uns sete de uma só vez.

— São meio bobos, sabe? Já deviam ter aprendido a fugir quando vêem uma desgnomização, mas não, ficam curiosos e vêm espiar.

Logo os gnomos começaram a se afastar, temerosos e de ombros baixos.

— Vão voltar logo... Papai é mole com eles, acha que são engraçados. – Rony comentou.

Por falar nele, o senhor Weasley acabara de chegar. E depois de uma recepção calorosa e uma bronca da senhora Weasley por causa do carro, os garotos seguiram para seus quartos. Ágatha ficara no dos gêmeos, que aproveitariam para tirar um cochilo antes do almoço.

— Lockhart... – ela murmurou, folheando o livro da senhora Weasley. – Esse cara se acha o próprio Merlin.

— Prepare-se... – George disse, a voz saindo extremamente sonolenta.

—... Ele vai estar na Floreios e Borrões na quinta...

—... E mamãe não perderá isso por nada. – George completou, agora de olhos já fechados.

Ágatha aproveitou aquele tempo em que os amigos dormiam para ler mais alguns capítulos daquela obra. E, depois de alguns minutos, foi a próxima a cair no sono, tamanho tédio.

xXx

— Todos são do Lockhart! – Ágatha exclamou indignada, olhando a lista de livros para a quarta série.

— O novo professor de Defesa Contra a Arte das Trevas deve ser fã dele. – Fred comentou, mas calou-se ao receber um olhar raivoso da mãe.

— Esse material não vai sair barato. – disse George, lançando um olhar aos pais. – Os livros do Lockhart são bem carinhos...

— Daremos um jeito.

Mais tarde, Fred, George, Rony, Harry e Ágatha estavam subindo o morro até o pequeno prado pertencente aos Weasley. Lá, iriam jogar uma partida particular de quadribol, para treinar um pouco. Claro, ao invés de bolas, lançariam maçãs uns nos outros, mas ao menos seria divertido.

Haviam convidado Percy, mas ele negou.

— Ele está tão mudado. O resultado das provas dele chegou um dia antes de você. – Rony olhou de relance para Harry. – Doze N.O.M.s. Ele nem se gabou.

— Níveis Ordinários em Magia. – explicou George para Harry. – Bill também teve doze. Se não nos cuidarmos, vamos ter outro monitor-chefe na família. Não aguentaríamos tal vergonha.

— Aposto como a Ágatha adoraria conseguir doze. – Fred comentou.

— Minha irmã mais velha teve doze. – ela resmungou. – E se eu não tiver ao menos dez, talvez eu tenha que pedir a um dos seus gnomos espaço para uma nova casa.

xXx

Na quinta-feira, a senhora Weasley acordou-os bem cedo. Depois de um café da manhã reforçado, vestiram-se com seus casacos e foram até a enorme lareira dos Weasley. Lá, viajariam de pó de flu até o Beco Diagonal.

Harry, que deveria ir primeiro, nunca havia viajado, e ficou bastante nervoso. Fred ofereceu-se para demonstrar.

— Harry, observe a gente primeiro. – disse, pegando um punhado de pó de flu nas mãos. Parando dentro da lareira, respirou fundo e disse claramente. – Beco Diagonal.

As chamas verdes esmeralda ficaram mais altas, cobrindo Fred todo, e depois, ele havia desaparecido. Harry pareceu assustado.

— Precisa dizer claramente querido. – a senhora Weasley explicou calmamente. George pegou um punhado e lançou-se na lareira, desaparecendo depois. – Só certifique-se que sairá na grade certa.

— Na o que certa? – enquanto isso, Ágatha pegou um punhado de pó de flu e entrou na lareira, aparecendo, logo depois, um pouco suja de fuligem, em uma lareira, já dentro do Beco Diagonal.

Desastrada como era, mal saiu do local e tropeçou no pequeno degrau à frente. Foi amparada por Fred e George, meio risonhos.

— Estava demorando. – George comentou.

— Temos que esperar o Harry. – Fred explicou, enquanto ela limpava as vestes.

O senhor Weasley apareceu na lareira, de repente.

— Ah, olá meninos. Ágatha.

— Harry é o próximo? – ela indagou.

— Esperamos que sim. – ele assentiu meio temeroso.

Infelizmente, a próxima viagem não veio. Demorou mais algum tempo, e Percy surgiu na lareira.

— Não deveria ser o Harry? – Fred hesitou.

— Acho que algo deu errado.

— Pó de flu é sempre complicado da primeira vez. – George comentou.

Com o tempo, os últimos Weasley apareceram, e apreensivos, ficaram esperando Harry mais um tempo.

— Melhor sairmos para procurar. – Ágatha aconselhou. – Caso ele tenha ido à outra lareira.

— Tem razão, querida. – a senhora Weasley assentiu.

Não demorou tanto, e encontraram Harry no fim da rua, junto de Hagrid e Hermione.

— Onde foi que você saiu? – perguntou Rony.

— Na Travessa do Tranco.

— Que ótimo! – Fred e George exclamaram animados.

— Nunca nos deixaram ir lá... – Rony resmungou.

Eles seguiram para os cofres, no banco Gringotes. Ágatha não precisou pegar do seu, já que sua mãe lhe dera muitos galeões de ouro e outros muitos sicles. Ela nunca tivera problema com dinheiro, principalmente pela riqueza do padarasto.

Ficou um pouco triste ao ver o cofre dos Weasley tão vazio, e percebeu que Harry sentiu-se mal ao pegar o dinheiro em seu próprio cofre, completamente abarrotado de moedas de ouro.

Já do lado de fora, ela seguiu com os gêmeos por uma dar ruas, procurando por uma loja de animais. Sua mãe havia deixado que ela finalmente comprasse uma coruja.

— Lino! – Fred exclamou animado, acenando para o amigo.

— Pessoal! – o garoto exaltou de volta, surgindo em meio à multidão. – Para onde estão indo?

— Loja de animais.

— Vamos trocar a Ágatha por outra gatinha. – Fred brincou, recebendo um beliscão da amiga.

— Vou comprar um bicho. – ela sorriu. – Não, nenhum unicórnio, Fred e George são os únicos.

Lino gargalhou.

— Ei.

— Não somos chifrudos!

— Muito menos fofinhos. – Ágatha riu.

Touché.

 

Na loja, ela procurou por todas as corujas que pode. Os gêmeos e Lino haviam ficado do lado de fora, apreciando os artigos de quadribol na loja próxima dali. Ágatha saiu bem rápido, mas não trazia uma gaiola nas mãos. Ao menos, o bicho não estava dentro da gaiola.

— Ágatha...

—... Não era uma coruja? – Fred indagou confuso.

— Isso ai é bem mais peludo e ranzinza que uma coruja. – George comentou afastando-se um pouco.

— É um gato, George, não precisa ter medo. – sorriu, acariciando o bichinho que trazia nas mãos. – Anúbis.

— Anúbis?

— É. Egípcio. Deus do Egito. Eu gosto do Egito. Essas coisas.

O gato em suas mãos era de tamanho mediano. Os olhos grandes eram amarelos, e o pelo cinza. A cara achatada o deixava engraçado.

— Agora que você tem seu gato, que tal irmos tratar de negócios? – Fred se animou.

Foram até a Gambol & Japes – Jogos de Magia, onde encheram seu estoque de fogos de artifício Dr. Filisbuteiro. Compraram também algumas bombas de bosta e mais artigos para as brincadeiras. Ágatha ficou na porta, acariciando o bicho de estimação novo. Havia dado algum dinheiro para que comprassem algo para ela, já que passar um ano em Hogwarts sem aprontar nada não seria tão divertido.

Uma hora depois, eles rumaram para a Floreios e Borrões, naquele dia, abarrotada de bruxas senhoras de todas as idades, além de algumas adolescentes alvoroçadas ansiosas pela aparição de Lockhart. Ágatha guardou o gato dentro da gaiola e ficou um pouco afastada da multidão, pegando os livros necessários naquele ano e guardando-os dentro do caldeirão. A loja se enchia cada vez mais, todas animadas em conhecer o famoso escrito Lockhart.

Depois de um tumulto pelos autógrafos, houve outro tumulto, desta vez, uma briga entre o senhor Weasley e Lucius Malfoy. Este começara uma discussão com o Weasley, que acabara em uma pequena luta. Molly tentava apartar e os gêmeos incitavam para que o senhor Weasley acertasse em cheio o loiro aguado.

xXx

— Percy, você primeiro. – a senhora Weasley o empurrou desesperada. Faltavam apenas cinco minutos para a partida do Expresso de Hogwarts, e eles ainda tinham que arranjar um lugar no trem. – Fred, George, Ágatha, vão!

Os três correram pela passagem, e aceleraram seus carrinhos para chegar até o compartimento de carga.

Já dentro do trem, começaram a vasculhar por cabines vazias. Ágatha trazia nas mãos o seu gato novo, do qual não desgrudara em nenhum momento desde a compra. Finalmente, mais para o fim do trem, encontraram com Lino Jordan e Angelina Johnson sentados em uma das cabines.

— Achei que não viriam mais! – o garoto exclamou, dando espaço para eles se sentarem.

 

— Oi, Angelina. – Fred piscou e recebeu um sorriso de volta. Ágatha, sentada ao lado dele, trincou os dentes.

— Alguma novidade? – George indagou.

— Nada. – deu de ombros. – Wood ainda é o capitão do time da Grifinória, alguns jogadores saíram, mas o time continua praticamente o mesmo. Ninguém sabe do novo professor de DCAT, ao menos, não até chegarmos à escola.

— Espero que esse ano seja um cara legal. O gaguinho do mal me traumatizou. – George comentou, e os cinco riram.

xXx

— Ta de brincadeira comigo! – Ágatha exclamou, mantendo o tom de voz baixo. Sentado à mesa dos professores, no lugar ocupado pelo professor de DCAT, estava ninguém menos que Gilderoy Lockhart, com suas vestes azuis espalhafatosas e o sorriso galante no rosto.

— É... Acho que o gaguinho do mal era mais interessante. – Fred murmurou irritado.

— E quero uma salva de palmas ao novo professor de Defesa Contra a Arte das Trevas, o professor Lockhart, que aceitou o cargo com o maior prazer. – uma grande maioria de alunas soltou gritinhos e vivas, e alguns garotos bateram palmas animadamente. O professor ergueu-se, fazendo uma reverência exagerada enquanto acenava.

— Idiota. – Ágatha, Fred e George disseram juntos.

xXx

Harry e Rony foram recebidos como heróis no Salão Comunal da Grifinória. Lino exclamava bem alto que a chegada no carro, a batida no salgueiro e todo aquele escândalo havia sido genial, e que seria a entrada mais comentada durante anos.

— Por que não viemos no carro, em? – Fred e George resmungaram. Rony pareceu vergonhoso, e ao verem Percy, ele e Harry correram para os dormitórios, alegando cansaço.

— Foi realmente incrível. – Fred murmurou contrafeito.

— Devíamos fazer algo assim até nossa saída de Hogwarts. Precisamos marcar esse colégio com nossos nomes. – George sugeriu pensativo.

— Vocês são os gêmeos mais famosos em toda Hogwarts. Aprontam mais que o próprio Pirraça. – Ágatha se sentou entre eles, mirando-os indignada. – São os melhores batedores de quadribol também. Querem mais o quê?

— Algo mais.

— Um je ne sais quoi. – Fred imitou o francês perfeitamente, e Ágatha gargalhou pela resposta inesperada. - Você falou tanto nessa língua que acabou passando pra gente.

xXx

— Abigail! – Ágatha gritou, acenando para a amiga. Ela vinha correndo, com o livro de DCAT nas mãos e um laço branco com pintinhas roxas enfeitando os cachos longos.

— Nem nos vimos ontem. – ela abraçou a loira. – Caramba, Ágatha. Você tá muito alta!

— Pois é. – Ela sorriu orgulhosa.

— Oi, Fred. Oi, George. – Abigail sorriu timidamente para eles.

— Queiram se sentar, por favor. – uma voz soou ao fundo, e todos na sala silenciaram-se. Fred e George ocuparam as mesas ao lado da de Ágatha e Abigail quando o professor apareceu, descendo as escadas com um sorriso pomposo no rosto. Vestia uma enorme capa dourada, reluzente, combinando com a roupa chique.

— Gilderoy Lockhart. Ordem de Merlin. Ganhador do Prêmio do Sorriso Mais Atraente do Seminário dos Bruxos cinco vezes seguidas. – sorriu mais ainda, fazendo as garotas da classe suspirarem.

— Já vi tudo nessa aula. – Fred sussurrou para a amiga.

— Comigo, aprenderão os feitiços mais poderosos e as práticas de magia mais espetaculares para lutar contra os inimigos.

— Aham. – Fred e George murmuraram juntos, encarando o professor com indignação. Lockhart sorriu, ignorando o tom irônico na voz deles.

— Queiram, por favor, abrir seus livros na página sete. – parou à frente de Ágatha e Abigail, sorrindo para as duas. Ágatha colocou em seu rosto a expressão mais entediada que conseguiu. – Senhorita Blake?

— É.

— Pode começar lendo o texto sobre como eu consegui me tornar tal professor bem formado, detalhando claramente as linhas sobre minha batalha furiosa com os lobisomens e meu romance com uma bruxa poderosíssima e sem coração que caiu pelos meus encantos?

— Acho que sim. – retrucou, apoiando o queixo na mão e fixando os olhos no texto.

Fred e George riram quase o tempo todo. O texto era tão absurdo que não podia ser verdade. A batalha com os lobisomens era basicamente Lockhart viajando até uma floresta a fim de encontrar a matilha, derrotando em quinze minutos quase vinte lobisomens adultos.

— Isso é impossível! – Ágatha bateu o livro na mesa ao terminar de ler. Lockhart virou-se para ela. – Não se pode enfrentar um lobisomem adulto sem ajuda, quanto mais vinte!

— Senhorita Blake... – Lockhart encarou-a fixamente, sua expressão séria. – Como sabe tanto sobre lobisomens? – Ágatha congelou.

— Eu leio. – deu de ombros. Viu uma das sobrancelhas de Lockhart erguerem-se.

— Obviamente que sim. – ele sorriu. – Saiba que minha batalha foi muito complicada, mas eu consegui sair apenas arranhado, graças a Merlin e minha esperteza.

— Ah, claro, sem nenhuma mordida.

— Exato. – ele sorriu. As garotas da sala aplaudiram o que seria seu triunfo. - Agora continue, por favor.

— Pelo amor de Morgana.

xXx

— Idiota. Metido. Safado. Arrogante. Mentiroso. – Ágatha grunhia enquanto colocava os livros que pegara da biblioteca no lugar. Abigail e Alicia estavam junto, rindo dos comentários da amiga em relação ao professor Lockhart.

— Acho que ela está apaixonada.

— Quando eu me apaixonar por ele, me tranque numa torre bem alta e mande um trasgo ficar de guarda. – Ágatha exclamou raivosa. – Aquele idiota. Nem professor é de verdade. Enfrentar vinte lobisomens adultos, onde já se viu!

— Abigail! – a morena virou-se assustada. Scarlett vinha correndo em sua direção, o rosto tomado por uma fúria medonha.

— Sim?

— Diga ao seu irmão que estou procurando ele. E que não vamos terminar daquele jeito, entendeu?

— Claro. – Scarlett retirou-se como um furacão. Abigail bufou.

— Você é muito legal. - Alicia comentou.

— Como assim?

— Se fosse meu irmão, eu ajudava a terminar com ela.

— E você acha que eu vou dar o recado?

— É, Ágatha, o caminho está livre... – Alicia a cutucou.

— Pra quê? - Ágatha fingiu se distrair com um livro mais alto na estante, ignorando os risinhos das duas.

— Aposto que você está doidinha pra ficar com o Wood.

— Parem de falar nisso. – Ágatha resmungou entre dentes.

— Ela quer. – Alicia riu, deixando o tom de voz baixo. – Sabia disso.

— Se quiser, eu posso dar uma forcinha. – Abigail sorriu. – Sabe que eu andei reparando como ele olha pra você... Um jeitinho meio diferente. Wood é bem transparente quando quer, e tá na cara que ficou gamadinho em você.

— Mas olha que destino maravilhoso. – batendo palmas, Alicia saltitou. Ágatha ignorou as garotas, mantendo o foco sobre os livros. – Ah, se depender de mim, eu junto esses dois. – Alicia sussurrou para Abigail, quando Ágatha afastou-se para guardar o último livro. A morena sorriu.

— Conte comigo.

xXx

Ágatha não sabia se estava em Hogwarts ou no mundo dos unicórnios, tamanho era seu sono. Wood madrugara para o treino, e levara todos os jogadores da Grifinória consigo. Ele era, realmente, o único bem acordado naquele time. Ela estava sentada ao lado de Fred, que apoiava a cabeça em seu ombro, piscando repetidas vezes para tentar fingir consciência. George, por sua vez, já passara para o estágio da baba.

Wood demorou um bom tempo explicando as táticas de jogo, e enquanto isso, Fred e George perdiam cada vez mais a consciência. Ágatha, que adorava as explicações de Wood, estava com vontade de meter um soco para ele se calar e deixá-los dormir.

Em certo momento, Fred tombou de vez, passando agora a roncar no ombro de Ágatha.

— Então... – Wood exclamou, despertando Ágatha brevemente. – Alguma dúvida?

— Eu tenho uma pergunta, Olívio. – George ergueu o rosto, seus olhos miúdos pelo sono ou pela cara de irritação que ele fazia naquele momento. – Por que não explicou tudo isso para nós ontem, enquanto estávamos acordados?

Wood não pareceu gostar. Deu um sermão sobre como poderiam ter ganhado a copa de quadribol no ano passado, mas que com esforço, a ganhariam naquele ano. Por isso treinariam mais, ficariam mais rápidos e ágeis e venceriam no fim das contas.

Quando partiram para o treino no campo, não tiveram muito tempo até serem interrompidos por alguns visitantes indesejados.

Ágatha acabava de pousar a vassoura ao lado de Fred quando ouviu George falando sobre os sonserinos e apontando. Um grupo vestindo verde e prata aproximava-se do campo, e Wood pareceu mais furioso do que normalmente estava quando os treinos saíam ruins.

Ele pousou no campo, batendo o pé com firmeza enquanto marchava até o time da Sonserina. Harry, Fred, George e Ágatha o acompanharam de perto, com o resto do time da Grifinória mais atrás.

— Flint! – Wood gritou. – Eu tinha reservado o campo para o treino hoje, que invasão é essa?

— Calminha, Wood. Nós temos permissão. – o capitão franzino esticou um pergaminho para Wood, que o aceitou relutante.

— Eu, Severus Snape, dou permissão para a prática da Sonserina no campo, para treinamento do novo apanhador. Tem um novo apanhador, quem? – Wood indagou, desinteressado.

Draco Malfoy apareceu no meio dos jogadores, um sorrisinho metido no rosto.

— Você não é o filho de Lúcio Malfoy? – Fred resmungou.

— Eu mesmo. E sabe, não sou a única novidade no time esse ano. – Draco deixou à mostra a vassoura que trazia em mãos, assim como o resto do time da Sonserina. Todas Nimbus 2001, polidas e perfeitas. – Presente do meu pai.

Todos da Grifinória ficaram calados, sem saber o que dizer. Wood parecia um tanto quanto desesperado, mas tentava não demonstrar. Rony e Hermione desceram até o campo, para ver porque tanto tumulto. A garota parou com o amigo ao lado de Ágatha.

— Sou o novo apanhador, Weasley. – Draco gabou-se para Rony. – O seu pessoalzinho parou para admirar as vassouras que meu pai deu de presente para o time.

— Pelo menos ninguém da Grifinória pagou pra jogar. – Hermione retrucou. – Só entrou quem tem talento.

— Ninguém pediu sua opinião... Sujeitinha de sangue-ruim. – xingou ele de volta.

— Como é que é?! - Ágatha chiou, partindo para cima dele, Fred e George já quase o alcançando para dar alguns socos. Flint precisou entrar na frente do loiro, bloqueando o caminho.

Rony disparou algum tipo de feitiço em Draco, mas, pelo tumulto, Ágatha e os gêmeos só tiveram tempo de ver o ruivo cair no chão, vomitando lesmas. Pelo visto, o feitiço ricocheteara.

O time da Sonserina começou a rolar de rir, enquanto o da Grifinória fitava aquilo atordoado.

Harry e Hermione saíram para levar Rony, que não parava de vomitar as lesmas nojentas, até Hagrid. Wood resolveu encerrar o treino e continuar mais tarde, com Harry.

— Aquele Malfoy... – Fred começou, o cenho franzido.

— Sujeito nojento. – George completou o irmão.

— Como pode dizer aquilo para ela? - Ágatha se enfureceu.

— Gente como ele nem se importa com o que está falando. – Angelina comentou. Ela estava caminhando silenciosamente próxima deles, assim como Wood.

— Gente como ele merecia um belo soco no nariz, isso sim. – Ágatha concordou.

— Nos vemos mais tarde, galera. Vamos para os dormitórios. – Angelina avisou, acenando para eles. Fred e George sorriram animados, retribuindo o aceno.

— Até mais, Ágatha. – Wood sorriu para ela, dando-lhe uma piscadela, e foi a vez da garota ficar toda boba.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: hohoho... Feliz Natal meus amores /o
Eu nem demorei tanto. Resolvi postar hoje pra poder desejar FELIZ NATAL pra todas vcs lindas que estão comigo em Dont Stop Believin *--*
Eu até poderia postar amanhã, mas eu vou passar O DIA fazendo faxina... porque o Natal é aqui em casa, ai já viu né? essas coisas são o Ó ¬¬' UHSAHUASHUSAUHASO capitulo está mega gigante, espero mesmo que vocês gostem dele *-* A Câmara Secreta foi aberta, cuidado G.G
Vaamos as reviews? *-*
Tay_DS, FÉRIAS, FÉRIAS (coro dos anjos de fundo). Como eu precisava de férias, CRISTO, só porque o nome da minha escola tem Jesus no meio não quer dizer q eles são bondosos não. QUE PROVAS FORAM AQUELAS? O.O
parei xP
A música do filme final me faz chorar. Eu tenho ela aqui (chora agora) mas é linda né? *-* A partir do 5º ano deles eu vou botar trilha sonora na fanfic ;] Ai vai ficar mais f*** (soufoda... tanxtanx... parei xP)
Menina, sobre os relacionamentos da Ágatha, tudo questão de silêncio. Você terá que ler para ver muahahaha... Mas quem sabe seus palpites n apontam a verdade? G.G ou não u.u UHASHUASHUSAHU
FELIZ NATAL XUXU, boas festas! *O* Beijos enoormes, até o próximo cap!
Sarah, Wood sofre com aquela namorada chata -.- pode apostar que o destino dela será solitário muahahaha ASHUHASUUHASHUAS
FELIZ NATAL LOVE! *O* Beeeijos enormes, boas festas, até o próximo cap ;D
paular_GTJ, eu sei como é não ter tempo, não se preocupe love.
Clima entre ela e o Wood será no próximo capitulo, você verá (A) ASUHSAUHSAUUHAS Agora, ciúmes dos gêmeos vai ter COM CERTEZA. AHUAHUASHUAUHS *-* lindos não?
Espero q tenha gostado do cap =D
FELIZ NATAAL LOVE, boas festas, beeeijos e até o próximo cap!
Julia_Fernanda, apocalipses acontecem [euri xP] EU POSTEI, EEE viva a Nizz /o UHSAUASHUASHUAS eu sei q demoro, mas os caps são mega gigantes pra compensar. LEVEI DOIS DIAS PRA ESCREVER ESSE 6 AI O-O
FELIZ NATAL LOOVE, boas festas! Beeeijos e até o próximo cap ;D
Heloisa_Cullen, menina, primeiro que teu avatar é maravilindo. ALEEEXIS [stop] HUSAHUASHUAHSUSA *-*
To muito feliz q tenha amado *-* até o próximo cap ;D
FELIZ NATAAAL, boas festas xuxu! Beeijos!
Candy_Paramore, oooh que linda você meu Deus *--*Muito bom saber q ama DSB *.* Os gêmeos são minhas fofuras, também amo eles ;B E a Ágatha também, claro, minha diva u.u
Espero q tenha gostado desse cap *--* Até o próximo.
FELIZ NATAAL xuxu, boas festas! Beeijos!
thah_wc, ooola xuxu *-* Cantadas do Olivio tem estilo, ulala baby ;] HUASHUASHUASHUASUHA Dont Stop Believin' tanto do Journey quanto do Glee [giovana está por aqui? G.G não u.u HSAHUASHUHUAS - minha amiga viciada em Glee] SÃO MARAS *-*
Também te adooro sócia /o
Beeijos, FELIZ NATAL e boas festas pra ti! *o*
Xoxo.
Nizz :P



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