Dont Stop Believin escrita por Nizz e Cherry


Capítulo 6
Capítulo 5




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Capítulo 5.

Vitória.

 

— Adoro dia das bruxas. – Fred comentou sonhador.

— Cheio de doces...

— Que época espetacular para causar um pouco de discórdia.

— É uma época ótima também para estudarem um pouco de Feitiços. Flitwick mata vocês se errarem qualquer Accio que seja pela terceira vez na semana. – Ágatha resmungou do sofá.

George dispensou sua fala com um aceno desinteressado. Ele e o irmão estavam sentados em frente à lareira, com os livros de Feitiços abertos, mas as mentes concentradas em que aprontar no dia das bruxas. Dividiam Feijõezinhos de Todos os Sabores.

— Talvez explodir os banheiros. Como mamãe disse que fazíamos. – Fred brincou.

— É uma boa ideia.

— Depois disso vocês podem aproveitar para pintar a barba do Dumbledore de roxo e garantir uma expulsão imediata! – Ágatha replicou azeda, sem tirar os olhos da leitura.

— É uma excelente ideia, mas para outro momento. – Fred fingiu fazer uma anotação, ganhando a atenção dela por um instante. Quando notou o fingimento, Ágatha mostrou a língua e rebateu:

— Idiota.

— Irritante.

— Chega, parem de picuinha. – George intercedeu.

— Falou o exemplar Weasley. – Fred e Ágatha retrucaram juntos, e os três riram depois.

Viraram-se surpresos ao ver um grupo de quartanistas passando em meio a risinhos pela porta, logo depois de Olívio entrar no Salão Comunal. Elas pareciam... Segui-lo?

— Pelo amor de Merlin. – Fred revirou os olhos.

— O nosso capitão está mais popular do que nunca. - George riu baixinho.

Ágatha deu de ombros, olhando de relance para Wood, se surpreendendo quando o capitão a encarou de volta, sorrindo.

— Vai, manda um feijãozinho ai. – pediu, desviando o olhar para os gêmeos. Fred esticou-lhe um de cor vermelha, e Ágatha revirou os olhos em alegria ao sentir o sabor de morango.

— Framboesa?

— Amora?

— Talvez abacaxi. – Ágatha e George olharam Fred confusamente. Ele riu, dando de ombros. – Vai saber.

— Morango? - Fred e George disseram juntos.

— Eu ganhei, eu disse primeiro. – George retrucou.

— Eu disse primeiro.

— Ah, os dois ganharam, pronto.

— Que tal irmos para o Salão Principal? Daqui a pouco teremos o jantar de dia das bruxas, estou morto de fome.

xXx

— Onde estão Fred e George? – Abigail indagou curiosa. Estava vestindo o uniforme, e o lacinho que escolhera hoje para enfeitar a cabeça era laranja com pintinhas pretas. Uma abóbora sorridente girando os olhos enfeitava o meio dele.

Ágatha surgira sozinha no Salão Principal quando os alunos começaram a chegar.

— Disseram que iam ao banheiro antes de vir pra cá. Provavelmente explodir as privadas, coisa dos gêmeos.

— Ah, não aguento mais isso! – Abigail explodiu, observando a entrada do Grande Salão. Wood estava na companhia de duas garotas; na verdade, tentava se afastar delas. – Ele ficou tão popular de repente, irrita pra caramba.

— O que tem demais?

— Ah, por ser irmã dele, eu acabo pagando o pato. Os fãs ficam me procurando para entregar cartas, coisa e tal. Por favor, né!

— Mas ele não tem namorada?

— Mais ou menos? É uma relação complicada. Mas a Scarlett parece não ligar muito. – Abigail deu de ombros.

Fred e George entraram correndo no salão nesse instante, rindo a beça.

— O que foi?

— Filch quase nos pegou. Estávamos indo para o banheiro, com algumas bombas de bosta...

—... Mas ele nos ouviu e começou a correr atrás de nós.

— Fomos mais rápidos.

— Pestes. – Ágatha provocou de volta.

Fred e George sentaram-se um de cada lado dela. Wood, que havia acabado de chegar, sentara-se logo à frente, ao lado da irmã. Com o tempo, o Salão Principal foi ficando completamente cheio.

Ele estava realmente enfeitado naquela noite. Mil morcegos vivos voavam nas paredes e no teto, e outros mergulhavam sobre as mesas em nuvens negras e baixas, fazendo as velas das abóboras flutuantes dançarem.

O banquete surgiu do nada, como sempre. Deliciados, os alunos começaram a encher seus pratos.

Foi algum tempo depois que o professor Quirrell surgiu correndo, o turbante torto na cabeça, os olhos esbugalhados de medo. Todos pararam de falar quando ele parou à frente de Dumbledore, ofegante e desesperado.

— Trasgo... Nas masmorras... Achei que devia dizer. – e depois caiu no chão, desmaiado.

Um tumulto cheio de gritos começou, e Dumbledore precisou soltar algumas bombas pela varinha para silenciar os alunos desesperados.

— Monitores, levem os alunos de volta aos seus dormitórios, imediatamente!

Percy seguiu com os alunos da Grifinória, meio tumultuados ainda. Ágatha espremeu-se entre os gêmeos, temerosa ao olhar de um para o outro.

— Vocês não...

— NÃO! Tá doida? – exclamaram juntos.

— Nunca faríamos isso...

— Pelo menos não assim, sem estilo. – Fred retrucou.

 

xXx

— Ainda me pergunto por que de virmos aqui. – George comentou tediosamente, o queixo apoiado sobre a mão. Ele se segurava para não dormir, enquanto Trelawney, a professora de Adivinhação, recitava mais uma de suas maluquices.

— Vocês vêm aqui porque é uma aula interessante. – Ágatha retrucou da mesa de cima. Estava sentada com uma garota da Lufa-Lufa, que se mostrava fascinada com a arte de ler as impressões dentro das xícaras dos companheiros. Ágatha pegou a da colega assim que Trelawney mandou.

— Hum... Que interessante. – Fred murmurou pensativo.

— O que você vê? – George perguntou curioso.

— Um monte... – o ruivo fez uma cara de horror para o irmão. – de nada.

— Senhor Weasley e senhor Weasley. – Trelawney parou à frente deles, os olhos enormes por trás de seus óculos. – Posso? – pediu a xícara de Fred. George entregou-lhe confusamente, enquanto o gêmeo ria da expressão maluca da mulher. – Complicado...

Ágatha curvou-se para ouvir melhor. Vira na xícara da colega algo relacionado com um futuro promissor, mas curto, então resolveu não prosseguir.

— Complicado em que sentido?

— Complicado em todo o sentido de complicado. Tem um pouco de alegria e medo e incerteza. Cuidado por onde vai em alguns anos. – Trelawney olhou para Fred enigmaticamente. – Mas aceite os caminhos que vierem com esses anos. Seu coração vai entender com o tempo. – deixando a xícara de lado, ela se apressou para a mesa de Ágatha.

— O que viu, minha querida?

— Natalie promete ser alguém de sucesso... Mas... – Ágatha parou, engolindo em seco.

— Continue. – Trelawney pareceu cintilar de felicidade.

— Vi uma coisa esquisita na xícara. Não sei dizer se pode afetar o futuro dela, mas é extremamente perigoso. – Ágatha sorriu sem graça para a amiga, que agora procurava o tal perigo na xícara.

— Muito talento. – Trelawney murmurou, puxando a mão de Ágatha. – Promissora na nobre arte da adivinhação, minha jovem...

— Ágatha. Blake.

— Mas Blake não é o seu único sobrenome. – Trelawney murmurou enigmaticamente.

— É... Materno. – Ágatha pareceu desconfortável, e os gêmeos entreolharam-se, aproximando-se para ouvirem melhor.

— Sente vergonha do seu pai.

— Não!

— Mas ninguém da família aprovou o sobrenome dele. Apenas pelo fardo que ele carrega. Ágatha... Não precisa se preocupar com isso. Sua vida vai ser muito feliz, exceto pelas trágicas e terríveis perdas futuras. – Trelawney sorriu de repente, e seguiu para outra mesa. A mudança de assunto deixou Ágatha completamente estática.

— Essa mulher me assusta. – Fred e George disseram juntos.

xXx

— Ágatha, fica calma, beleza? – Fred exclamou. A amiga estava andando de um lado para o outro dentro do vestiário da Grifinória. O primeiro jogo da temporada seria contra a Sonserina, o que complicava ainda mais, já que o time verde nunca jogava limpo.

— É, Ágatha, você é ótima, não ouviu Wood dizendo? Vai se sair bem. – George deu de ombros, tão relaxado quanto o irmão. Todos estavam vestindo o uniforme vermelho do time. A maioria dos jogadores dava uma aquecida entre si, rindo e descontraindo o ambiente. Ágatha era a única que ficava ali, roendo as unhas.

Olívio pigarreou de repente, pedindo silêncio.

— Muito bem, rapazes.

— E moças. – Angelina e Ágatha disseram juntas.

— E moças. – ele concordou. – Está na hora.

— O jogaço. – disse Fred.

— O jogaço que estávamos esperando. – explicou George.

— Já conhecemos o discurso do Olívio de cor. – comentou Fred para Harry. – Fizemos parte do time ano passado. Até Ágatha conhece, e nem jogava...

— Calem a boca, vocês dois. – mandou Olívio. – Este é o melhor time que a Grifinória já teve nos últimos anos. Vamos vencer. – E lançou olhares para os jogadores como se completasse com "ou vocês vão ver".

— Certo, está na hora, boa sorte para todos.

Harry acompanhou Fred, George e Ágatha até o espaço onde os jogadores esperavam para entrar. Wood estava mais à frente. Harry parou ao lado dele, demonstrando nervosismo. Ágatha parecia estar mais calma, agora que via que não era a única prestes a ter um ataque de pânico.

— Nervoso? – Wood indagou para Harry.

— Um pouco.

— É normal. Também fiquei assim no meu primeiro jogo. – Ágatha notou um olhar de soslaio em sua direção. Sentiu as bochechas esquentando, mas permaneceu quieta, olhando para frente.

— Ah, é? E o que aconteceu? – Harry indagou curioso.

— Não lembro direito... Levei um balaço em dois minutos de jogo. Acordei uma semana depois no hospital. – Ágatha quase riu, e ouviu os gêmeos ao seu lado contendo as risadas. Harry pareceu amedrontado.

As portas se abriram, dando passagem aos jogadores. Assim que montou em sua vassoura, Ágatha acalmou-se. Não havia nada melhor que poder voar para acalmar os nervos, mesmo em um jogo possivelmente violento contra a Sonserina.

Os gêmeos afastaram-se, seguindo para um canto próximo do apanhador. Ágatha ficou ao lado de Angelina, observando Madame Hooch.

— Quero um jogo limpo. Entenderam? – a professora parecia encarar diretamente Marcos Flint, capitão da Sonserina. Soltou os balaços e o pomo, enfim, e logo depois lançou a goles para o ar.

É dada a partida! – ouviu-se a voz de Lino Jordan. – E Angelina Johnson rebate a goles, que ótima artilheira é essa menina, e bonita, também.

Jordan! – McGonagall gritou ao seu lado.

Desculpe, professora. – Ela está realmente jogando com força total, um belo passe agora para Ágatha Blake, um bom achado de Olívio Wood. No ano passado estava no time reserva. Muito boa essa Ágatha...

Jordan!

De volta a Johnson e... Não, Sonserina tomou a goles. Marcos está voando como uma águia na direção do aro, ele vai mar... Não! Foi impedido por uma excelente defesa de Wood. E Grifinória fica com a goles.

Ágatha e Angelina revezaram entre si, lançando em ziguezague a goles. Quando os jogadores do time confundiram-se, foi a chance de Ágatha lançar pela última vez a goles, diretamente para Angelina, que conseguiu marcar mais dez pontos para a Grifinória.

Agora Pucey corre na direção do gol, Sonserina pode marcar agora senhoras e senhores... Mas é bloqueado por um balaço arremessado por Fred ou George Weasley, é difícil dizer qual dos dois.

Angelina conseguiu alcançar a goles. Numa velocidade surpreendente, desviou-se de um balaço, alcançando o aro antes que o goleiro Bletchey a detivesse.

PONTO PARA GRIFINÓRIA!

A torcida da Grifinória enchia o campo de gritos de vivas, enquanto a da Sonserina, de lamentos e xingamentos. Ágatha havia acabado de marcar mais dez pontos para a Grifinória quando um balaço quase a acertara, desviado em última hora por Fred.

Uh, esse quase foi um acidente feio. Teria sido uma péssima falta contra Blake. Sorte que Fred ou George chegou a tempo para afastar. CUIDADO, BLAKE! Mais uma vez salvo pelo gongo. Grifinória tem sorte de ter esse gêmeos por aí.

— Tudo bem? – George indagou para Ágatha, lançando o balaço na direção do batedor que quase a acertara.

— Estou ótima. – ela garantiu, depois deu uma piscadela ao amigo e voltou ao jogo.

Sonserina de passe da goles. O Artilheiro Pucey se desvia de dois balaços, dos Weasley, e da artilheira Bell, e voa para... Esperem. Será o pomo?

Harry e o apanhador da Sonserina colidiram para alcançar o pomo, e o jovem Potter estava na dianteira. Mas Marcos Flint, o sangue frio capitão da Sonserina, impediu Harry, lançando-se contra ele. Foi por pouco, mas Harry conseguiu manter-se firme na vassoura.

— Falta! – torcida e jogadores da Grifinória gritaram raivosos.

Grifinória teve então um lance livre diante das balizas, marcando mais dez pontos pelas mãos de Angelina.

Então, depois dessa desonestidade óbvia e repugnante...

Jordan!— McGonagall exclamou indignada.

Quero dizer, depois dessa falta clara e revoltante.

— Jordan estou lhe avisando...

— Muito bem, muito bem, Marcos quase matou o pequeno apanhador da Grifinória, o que pode acontecer com qualquer um... O próprio Marcos lança, QUE BELA DEFESA WOOD! Continuamos então o jogo... Grifinória com a posse da goles.

Marcos pareceu raivoso pela defesa de Wood, que lhe mandou um sorrisinho convencido. Quando um batedor da Sonserina parou ao lado do capitão, Marcos roubou o bastão e rebateu o balaço na direção de Wood que, distraído, não o viu. Acertou o capitão da Grifinória em cheio, fazendo-o cair da vassoura a uma bela altura.

Um balaço passou voando por Ágatha, distraída pelo susto do tombo de Wood, quase alcançando Harry. De repente, a vassoura desse começou a chacoalhar violentamente, e o menino teve que se segurar com força para não voar direto para o chão.

Sonserina ainda com a posse. Marcos com a goles, atingido no rosto com força por um balaço, espero que tenha quebrado o nariz... É brincadeira professora. Sonserina marca, ah, não!

Ninguém parecia ter notado que a vassoura de Harry estava tendo "convulsões". Os jogadores da Sonserina animavam-se com a marcação de mais pontos, e os da Grifinória voavam em busca de um aumento nos seus, com medo de um empate.

Finalmente a torcida começou a apontar para Harry, que sofria com as guinadas da vassoura. Muitos especularam que diabos ele estaria fazendo. Mas não parecia ter controle sobre a vassoura.

Fred e George voaram até ele, tentando tirá-lo da Nimbus 2000. Toda vez que se aproximavam a vassoura de Potter subia mais e mais, então resolveram parar de tentar tirá-lo dali. Ficaram rodeando mais abaixo, para caso ele caísse conseguirem alcançá-lo. Nisso, Marcos Flint conseguiu marcar cinco vezes sem ninguém impedi-lo.

Algo aconteceu, porém, que fez a vassoura de Harry parar as gingadas. Ele conseguiu remontar, e a torcida da Grifinória animou-se outra vez. Ágatha e Angelina haviam marcado dez pontos cada uma, usando novamente a tática do ziguezague.

Harry, de repente, foi de encontro ao chão, rolando depois de alguns segundos de pé na vassoura. Levou algum tempo para perceberem que o garoto iria vomitar. E qual foi a surpresa quando ele o fez, cuspindo em suas mãos o pomo de ouro.

— Eu peguei! Peguei o pomo!

Lino e a torcida gritaram vivas, o primeiro anunciando várias vezes a vitória.

xXx

— Foi realmente incrível. Um dos melhores jogos de quadribol que eu já vi! – Abigail exclamou assim que Ágatha saiu do vestiário. Estava na presença de Alicia, que mesmo sendo da Corvinal, torcera freneticamente pela Grifinória. Fred e George saíram logo depois, conversando com Lino. - Viu  oHarry? Aquele menino foi fantástico também. Joga tão bem quanto Charlie jogava.

— Chega de falar de quadribol... Isso me deixa mais morto de fome do que já estou. – Fred comentou, ficando do lado direito de Ágatha. George ficou do esquerdo.

— Que tal um belo jantar depois de todo esse jogo maluco? – Lino sugeriu animado. Todos assentiram imediatamente.

— Ágatha, seu cabelo voltou ao normal... – George murmurou de repente, olhando atentamente para as pontas agora loiras.

— Pois é. Aquele creme que Madame Pomfrey me deu ajudou muito. Depois do último banho a cor bagunçada saiu toda.

— Tinha ficado estiloso, se quer saber. – Alicia comentou. – Charme a mais.

— Charme a mais? – George exclamou assombrado.

— Ela tem algum charme? – Fred fingiu confusão.

— Idiotas.

— Brincadeira, gatinha...

— A gente te ama.

— Ágatha, você se importa de vir comigo à enfermaria? Preciso ver Olívio. – Abigail pediu.

— Claro. – Ágatha tentou disfarçar a animação.

 

xXx

— Quem diria, maninho... Você é realmente duro na queda. – Abigail brincou, abraçando o capitão. Ele estava com o braço enfaixado e, segundo Madame Pomfrey, apenas deslocara o ombro. No dia seguinte já seria liberado.

— Está se sentindo melhor? – Ágatha estava mais afastada dos dois, parada ao lado da cama da frente, mas perguntou mesmo assim.

— Bem melhor. Aquele Flint, se eu o pegasse com as minhas mãos... Quebraria em dois.

— Foi um covarde. Mas vencemos! - Abigail se animou.

— Abi, eu vou embora agora. Nos vemos depois. – Ágatha avisou, sentindo-se deslocada no momento.

— Tudo bem Ágatha. – Abigail sorriu. Olívio demorou a desviar os olhos dela, mas Ágatha foi mais rápida, virando-se para ir embora.

— Melhoras pra você, Wood. Do time todo. – Ágatha exaltou com um aceno, apressando-se para longe dali, agradecendo a Merlin por não ter tropeçado na saída.

xXx

Ágatha se deitou no sofá. Sua mãe mandara uma carta avisando que viajaria até Roma para visitar um tio distante. A garota respondeu que não se importava de ficar no castelo.

— Estou em paz com um Natal por aqui esse ano. - ela comentou para os gêmeos.

 

— Também adoro o Natal...

—... Mamãe sempre manda suéteres confortáveis e quentinhos.

— Aposto que esse ano vai mandar um para você também, Ágatha.

Ela sorriu.

— Rainha na H2. – Ágatha se virou, animada, enquanto ordenava o movimento da peça. A rainha ergueu a espada e arrancou a cabeça do bispo de Fred. – Pretendem aprontar alguma no Natal? – Ela indagou curiosa.

— Olha só, Fred...

— Ágatha está pedindo por vontade própria...

— Se vamos aprontar alguma!

— Sem nos criticar!

— Só pra saber se eu preciso fugir de algum caldeirão explosivo.

— Ágatha... Xeque. – Fred murmurou. - E relaxa, seu cabelo está a salvo por enquanto.

— Droga. Hum... Bispo na H3.

— Chata.

— Isso que dá jogar xadrez contra uma nerd.

xXx

Ágatha desceu as escadas lentamente, bocejando pelo sono. Fred e George estavam no salão, com Harry e Rony. Ela desejou-lhes bom dia e Feliz Natal, antes de cair de costas no sofá.

— Feliz Natal! – os gêmeos colocaram um embrulho grande aos seus pés. Grande mesmo. E, ao abri-lo, Ágatha soltou um berro capaz de acordar até o professor Dumbledore em sua sala.

— Uma vassoura? Uma... VASSOURA?

— E eu achando que ela ia gostar... – Fred fingiu decepção.

— Que trágico.

— Eu amei, não sejam imbecis! - ela se esticou para puxá-los para um abraço. - Mas deve ter sido caro. Eu não sei porque vocês se deram ao trabalho de...

— É um presente. – George retrucou.

— Cala a boca e aceita. – Fred riu ao fim.

— Ágatha, mamãe mandou isso pra você também. – Rony estendeu a ela um embrulho meio molenga. Ela agradeceu, fazendo o ruivinho ficar vermelho.

O suéter que Ágatha recebeu era roxo, com borboletas violetas bordadas no centro. Ela vestiu-o imediatamente. Era quentinho e confortável, como disseram os gêmeos.

— Rony, por que não está usando o seu? – George perguntou ao mais novo.

— Detesto cor de tijolo. – Rony resmungou, mas vestiu a peça.

— Pelo menos você não tem uma letra na sua. – comentou George. – Ela deve pensar que você não esquece o seu nome. Mas não somos burros. Sabemos que nos chamamos Gred e Feorge.

Depois que Percy apareceu e Fred e George forçaram-lhe a usar seu suéter, todos se dirigiram para o Salão Principal. As mesas encontravam-se recheadas de perus enormes, montanhas de batatas assadas e cozidas, travessas de salsichas, tudo mais que poderia fazer os alunos babarem ao se sentarem para comer.

Fred e Harry dividiram uma bombinha de bruxo, explodindo com o barulho de um canhão, caindo da explosão chapéus de almirantes e vários camundongos brancos vivos. Pudins de Natal flamejantes vieram depois dos perus.

Os alunos seguiram para fora assim que terminaram de comer, travando uma guerra de bolas de neve. Percy, Rony e Harry estavam em um time, e Fred, George e Ágatha em outro.

Ágatha aproveitou para ler seu novo livro sobre Criaturas Mágicas quando a guerra de neve teve fim - com vitória do seu time pela sua ótima mente estratégica. Todos pareciam exaustos, mas relaxados. Ficaram, então, assistindo Percy perseguir Fred e George, que haviam roubado o seu distintivo de Monitor.

xXx

— Se alguém olhar para os lados, não se surpreenda ao achar um pequeno resquício de veneno no suco de abóbora. Eu mesmo vou colocá-lo lá. – Snape murmurou conforme caminhava de carteira em carteira. A prova teórica de Poções era a pior de todas. As perguntas eram tão difíceis que até Ágatha tinha dificuldade em respondê-las.

Depois de uma hora, ela finalmente terminou. Conseguira passar cola de três questões para Fred e George, sentados ao seu lado esquerdo. Iriam para o treino da Grifinória, antes do jogo contra a Lufa-Lufa no dia seguinte.

Saiu correndo da sala para ir até o campo mais rápido. Estava ansiosa principalmente porque, se ganhassem aquele jogo, passariam a Sonserina e ganhariam a taça em sete anos nunca ganhos.

Foi a primeira a chegar ao campo. Deu um encontrão com Wood, que vinha distraído lendo alguma coisa em um pergaminho. Ágatha, desastrada como sempre, foi ao chão. Wood riu, esticando a mão para ajudá-la a se levantar.

Ela aceitou, sentindo o braço se arrepiar ao tocar a mão dele.

— E então... Os outros?

— Prova do Snape. – Olívio bufou.

Ágatha notara que ele estava ficando cada vez mais ansioso com os jogos. Os treinos estavam mais pesados, mas ela não o culpava. Era muito animador pensar que poderiam ganhar a taça, ainda mais com o ótimo apanhador que era Harry.

— O que foi? Está com uma cara estranha. – Ágatha o observou.

— Nosso jogo. Vai ser meio problemático. Mas depois eu comento com todos do time. – Wood suspirou, bagunçando o cabelo. – E então. Está menos nervosa? – ela sorriu sem graça.

— Mais ou menos.

— Nervosismo é normal, até faz bem. Te mantém alerta. – ela assentiu. – Mas você é uma ótima jogadora. Não deveria ficar tão nervosa. – Ágatha encabulou-se, desviando o olhar do sorriso aberto do capitão.

— Desculpem atrapalhar o clima... – Fred surgiu de repente, soando meio ranzinza.

—... Mas somos muito formidáveis e inteligentes e terminamos a prova. – George gabou-se.

— E o fato de terem recebido minha cola não foi nada, não é?

— Você também é muito formidável e inteligente, gatinha.

— Foi realmente útil. - Fred concordou.

— Não há de quê.

— Vão pegar suas vassouras para o treino. Os outros podem demorar um pouco. – Wood anunciou. – Treinem o básico, mas com rapidez. A Lufa-Lufa é um dos times que tem mais jogadores rápidos.

Logo os outros chegaram, e o treino seguiu cansativo e molhado, porque uma chuva pesada desabou sobre eles depois de alguns minutos no ar. Wood não parecia disposto a parar, determinado a melhorar cada vez mais seu time.

Depois de algum tempo de gracinhas dos gêmeos, ele revoltou-se:

— Vocês querem parar de se comportar feito bobos? Esse é o tipo de atitude que fará a gente perder o jogo! Snape vai apitar dessa vez e vai procurar qualquer desculpa para tirar pontos da Grifinória!

— Snape? – George exclamou, caindo da vassoura. Ágatha quase fez o mesmo, desmontando desengonçadamente.

Snape vai apitar o jogo? – Fred indagou incrédulo.

— A culpa não é minha. – disse Olívio. – Nós é que vamos ter que nos cuidar, jogar uma partida limpa, para não dar ao Snape motivo de implicar conosco.

No dia do jogo, então, os jogadores da Grifinória estavam no vestiário. Ágatha ficara de pé, encostada na parede, ao lado de George, ouvindo o discurso de Wood, que tentava aliviar a tensão dos jogadores.

— A escola inteira está lá fora! – disse Fred, entrando correndo no vestiário. – Até mesmo Dumbledore veio assistir!

O time ficou meio apreensivo, mas imaginou que com Dumbledore lá, talvez Snape não tentasse tirar tantos pontos simplesmente pela Grifinória estar no campo.

Durante o jogo, o professor considerou George ter jogado um balaço e sua cabeça motivo para penalidade. Angelina foi punida por dar um encontrão com uma jogadora da Lufa-Lufa, sendo que quando a situação se reverteu com Wood, nada aconteceu.

Por sorte, Harry em um magnífico mergulho, conseguiu ficar próximo do pomo. Passando veloz por Snape e acertando-o sem querer, conseguiu alcançar a bolinha dourada, erguendo-a na mão. O jogo nem chegara a durar cinco minutos; fora realmente inacreditável.

GRIFINÓRIA VENCEU! – Lino gritou, já cansado de lançar insultos à Snape indiretamente, que só tirava pontos do time vermelho.

— Acho que isso merece uma comemoração! – Fred exclamou, erguendo um Harry risonho nos ombros com a ajuda de George. – Vencemos, estamos na frente!

xXx

— Ele é do primeiro ano, não poderia vir. – Ágatha explicou confusamente. Fred e George lamentavam o fato de Harry não estar ali na comemoração que eles faziam. Na verdade, como visita normal à Hogsmeade, todos tinham muito a fazer. Restava aos três e Lino tomar algumas cervejas amanteigadas pela vitória.

— Ágatha... – Lino murmurou, apontando de relance para a porta. Ela virou-se, já que estava de costas, para ver Wood e a namorada, Scarlett, entrando em meio a uma discussão.

— Qual o problema com eles? - George perguntou, curioso.

— Muita personalidade, eu acho. - Lino arriscou.

— Eles brigam muito o tempo todo ou começou agora? – Ágatha tentou fingir desinteresse, mas ganhou um olhar azedo de Fred.

— É por causa dos jogos. Wood está muito obcecado. – Lino deu de ombros.

— Muito é pouco! – Fred exclamou. – Eu quase morri afogado em lama e chuva no último treino, e quando chegamos pra treinar, o céu ainda estava com sol!

— Ele está obcecadamente determinado a nos matar. – George resmungou.

— Ah, ao menos é quadribol. – Ágatha deu de ombros. O casal passou por eles para se sentar em uma mesa mais ao fundo. Wood detinha uma expressão de raiva e Scarlett de irritação. – Melhor que as aulas do Snape.

 

Continuaram conversando sobre o professor irritante até que uma discussão alta foi ouvida no fundo do bar. Scarlett passou voando por eles, o rosto vermelho enquanto soltava uma dúzia de xingamentos.

Wood veio logo depois, e Fred, George e Lino fingiram que não o haviam visto. Beberam as cervejas amanteigadas e puxaram um assunto rápido, acenando quando ele passou ali. Ágatha suspirou com tristeza ao ver a cara de tristeza do capitão, e lançou um olhar de solidariedade, ao que Wood respondeu com um leve sorriso, passando pela porta logo depois.

xXx

— Quirrell morreu?

— Harry no hospital?

— Pedra Filosofal, que diabos é isso?

O boato de que o professor Quirrell havia atacado Harry e consequentemente morrido por tal ato se espalhou como uma explosão pelo castelo. Só sabiam que Harry estava na ala hospitalar, desacordado. Rony e Hermione também haviam participado, mas estavam bem, tirando os ferimentos leves.

Muitos alunos da Grifinória foram visitar Harry, deixando-lhe presentes. Os gêmeos, que haviam finalmente explodido o banheiro, deixaram uma tampa de vaso, mas Madame Pomfrey recusou-se a entregá-la para Potter. Ágatha deixou-lhe alguns sapos de chocolate da visita que haviam feito à Hogsmeade.

No último dia de aula, então, todos os alunos estavam reunidos no Salão Principal, inclusive Harry. As bandeiras estavam verdes, com a serpente prateada, símbolo de Sonserina, enfeitando-as.

— A contagem dos pontos das casas, fica, então, assim... – Dumbledore anunciou depois de um pequeno discurso. – Em quarto lugar, Grifinória, com trezentos e doze pontos; em terceiro, Lufa-Lufa, com trezentos e cinqüenta e dois pontos; em segundo, Corvinal, com quatrocentos e vinte e seis; e por fim, Sonserina, com quatrocentos e setenta e dois pontos.

Uma salva de palmas cheia de gritos e vivas veio da mesa da Sonserina, mas Dumbledore ergueu a mão, pedindo silêncio logo depois.

— Sim, parabéns Sonserina, parabéns. Contudo, levando em conta os recentes acontecimentos, creio que há pontos a serem somados... – ele deu uma olhadela para a mesa da Grifinória. Todos pareceram confusos.

— Primeiro, ao senhor Ronald Weasley, pelo melhor jogo de xadrez presenciado em Hogwarts em muitos anos. Concedo à Grifinória, cinquenta pontos.

Os vivas da Grifinória foram altos o suficiente para deixar Rony ainda mais corado. Seu rosto estava quase da cor de seus cabelos.

— À senhora Hermione Granger, pelo uso de lógica inabalável diante do fogo, concedo à Grifinória, mais cinquenta pontos. – Hermione corou menos que Rony, recebida novamente por mais palmas e vivas, ainda mais animados.

— Terceiro, ao senhor Potter, pela frieza e excepcional coragem, concedo à Grifinória sessenta pontos.

Os gritos foram ensurdecedores, os grifinórios estavam agora extasiados de felicidade. Haviam acabado de empatar com a Sonserina. Talvez houvesse um sorteio pela taça...

— Existe todo tipo de coragem... – Dumbledore começou, assim que todos se silenciaram. – É preciso muita dela para se enfrentar os inimigos, e ainda mais dessa coragem para enfrentar os amigos. Portanto, eu concedo mais dez pontos à Neville Longbottom.

A explosão de vivas foi tão alta que seria capaz de acordar um trouxa no subúrbio de Londres. Neville parecia congelado, de tão assombrado pela vitória. Principalmente por ter concedido à Grifinória aquela vitória.

— Acho que uma mudança na decoração se é necessária! – Dumbledore bateu palmas, e as tapeçarias verdes das serpentes mudaram para vermelhas, com um leão dourado estampando-as.

Ágatha abraçou Fred e George pelos ombros, ficando entre eles. Os vivas continuaram por muito tempo, no que seria a melhor festa do ano.

xXx

— Sabe, eu sempre tenho esperanças que eles esqueçam de mandar o boletim e o aviso. – Fred comentou assim que pegou a carta com suas notas e o aviso de não usar magia fora de Hogwarts. Ágatha riu quando ele disse isso, mas as notas do ruivo haviam sido razoáveis, assim como as de George. Ágatha fora uma das melhores em todas as turmas.

— E então... Para onde vai nas férias? – Ágatha deu de ombros, pegando seu malão.

— Por aí. Ou ficar simplesmente para casa. Quem sabe não nos vemos de novo durante elas?

— É... Quem sabe. – eles disseram juntos. Sorrindo, Ágatha abraçou um braço de cada um deles, enquanto seguiam para a plataforma para dar fim aquele terceiro ano incrível.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: TA, TA, Nizz demorou pra caramba pra postar. Mas admitam, o capítulo está bem compensável. Vejam, enorme!


Nesse capítulo, muita diversão, cola, jogos. *--* Enfim, gêmeos e Ágatha arrasando. E Lino também né u.u Wood também (A) ASUHASHUSAHAUSHUSAUHAS


Espero q tenham curtido o capítulo ;B


Vamos às reviews:



Heloisa Cullen, Wood e Ágatha ficam lindos juntos né? Mas olha... mais pra frente, coisas vão mudar u.u HUSAUHSAUHSAHUHUAS não vou falar muito senão perde a graça.
Beijos!
Até o próximo cap.



bahcosta, Ágatha tem sorte né, fala ai... Cantadinhas do Wood vão ficar poderosas nos proximos caps, believe me... hehe
Só a Umbridge consegue ficar brava com os gêmeos né? A Ágatha ama eles demais pra não perdoar pelo cabelo dela. Além do mais, não adianta chorar o cabelo chamuscado u.uASUHSAHUSAHUSAHHASHUASHU Espero q tenha gostado do cap
Beeijos e até o proximo.



Tay_DS, o trio tem MUITO que aprontar ainda, believe me. O sétimo ano deles vai ser o pior, mas antes... eles tem que ter histórias pra contar, afinal de contas u__u AHASHUHUAS
Eu sei como é. To de férias, mas ainda tenho rec de matemática pra fazer -'- um c* enfim...Espero q tenha gostado do cap ;B Até o proximo, beeijos.



thah_wc, HAHUSAUHSAUHASUHHUSAHUAS seu sonho romance com Wood, que fofo! Harry chegou pra abalar, fala ai... Mione e Ron também (confesso que amo as cenas que ele fica vermelhinho perto da Ágatha, coisa fofa ;B SHSAHUUHSA)
Beijos e até o próximo cap love!



Julia_Fernanda, Ahh que linda fico muito feliz que esteja gostando da fanfic ;B
Fred e George são divos demais né, falae UHSHUAHUHUSA
Espero que tenha gostado do cap e até o próximo, beeijos!




Jess_1993, Ahh, melhor escritora sim UHSAHUSAHUSAHUSA' fiquei lisonjeada, valeu amore.
Eu entendo sua demora em comentar, não se preocupe u.u
Que bom que a história ta MARA, *oo*
Beeijos e até o proximo cap Jess




Xoxo.


Nizz :P



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