Dont Stop Believin escrita por Nizz e Cherry


Capítulo 2
Capítulo 1




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Capítulo 1.

O fim do primeiro ano.

 

 – Ah, qual é... – Ágatha devolveu o pedaço de pudim de chocolate, que ela tanto amava, de volta ao prato. Fred e George ergueram os olhos para ela, confusos.

— Que houve?

— Minha mãe – ela baixou a carta que estivera lendo. – Quer que eu fique no castelo durante o Natal. Ela vai ter que cumprir hora no Ministério durante o feriado, meus avós já vão cuidar da minha irmã mais nova, etc. Fui largada.

— Nós também temos que ficar aqui esse Natal. Nossos pais vão fazer uma visita a uns parentes em algum lugar...

—... E é mais fácil pra gente continuar no castelo. Dá tempo de sobra pra eles aproveitarem a viagem em paz. – Fred sorriu ao fim. – E veja pelo lado bom: podemos testar o mapa.

Ágatha sorriu, repentinamente animada.

Criado pelos tais de Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas, o mapa parecia ser o segredo do sucesso. Mostrava toda e qualquer pessoa que estivesse dentro de Hogwarts. Em qualquer andar, qualquer sala, banheiro ou armário de vassouras.

Além de dar o nome de quem estava ali, desde Filch até Dumbledore. Ninguém escapava daquele mapa indestrutível. Se fossem pegos com o mapa, estariam completamente ferrados. Mas para que servia a diversão se não para ser aproveitada ao extremo?

Assim que saíram do Salão Principal, bastante vazio graças às viagens das férias e o passeio para Hogsmead, Ágatha começou a saltitar. Fred e George entreolharam-se, rindo da expressão da amiga.

 

 

 

— Peguem o mapa, vamos testar algumas passagens.

— Que tal a da bruxa de um olho só? – Fred sugeriu, checando o pergaminho. Ágatha espichou a cabeça, olhando por cima do ombro dele. Depois o encarou temerosa.

— Não podemos ir para Hogsmeade.

— Por que não? Os mais velhos estão lá – George deu de ombros.

— Porque somos do primeiro ano!

— E daí? – os dois indagaram ao mesmo tempo.

— Eu esqueço que estou falando com as sombras do Pirraça.

— Ué, se não quiser ir...

— Ninguém está te obrigando. – deram de ombros, e então começaram a se afastar.

— Eu não disse nada sobre não ir! – ela exaltou para pará-los.

A passagem que levaria à Dedosdemel ficava no terceiro andar e era bem provável que encontrassem Filch por ali. Com poucos alunos na escola, ele ficava rondando todas as áreas possíveis para os estudantes armarem brincadeiras. Sem falar que o zelador podia muito bem conhecer várias das passagens secretas citadas no mapa.

Esse era o maior medo de Ágatha. Os gêmeos não pareciam estar tão preocupados.

Subiram as escadas até chegarem no corredor do terceiro andar. Engolindo em seco, Ágatha fez o possível para acompanhar os passos apressados dos gêmeos. Eles estavam tão animados com a possibilidade de ir para Hogsmead que nem pensavam nas consequências. Ágatha, por sua vez, fazia a vez de consciência, procurando por Filch em todos os cantos.

— Aqui. – ouviu um dos dois murmurar, apontando para a estátua da bruxa de um olho só.

— E agora? – Ágatha indagou em um sussurro.

Dissendium. – os dois murmuraram juntos.

No lugar da estátua, abriu-se uma passagem estreita. Era um túnel de terra, bem escuro e apertado. Os gêmeos sorriram em animação, e depois para Ágatha, que estava parada mais próxima da entrada.

— Damas primeiro.

— Agora vocês querem bancar os cavalheiros. – fez uma careta indignada. Os dois deram de ombros ao mesmo tempo. Com um suspiro, ela tirou a varinha do bolso do casaco e sussurrou: – Lumus.

— Como você sabe usar esse feitiço? O professor ainda não explicou... – Fred soou surpreso.

— Aprendi uma coisinha ou outra com a minha mãe. – deu de ombros. – E lendo livros. – sorriu em provocação.

— Nós lemos livros! – George replicou.

— Só não são exatamente os que deveríamos ler. – Fred comentou de volta, rindo com o irmão.

— Já ouviram falar em provas? Pois é, os livros são importantes pra ajudar com elas.

— Já ouviu falar em cola? – Fred retrucou com bom humor.

Com um olhar de julgamento para ele, ela seguiu para o túnel. Era realmente estreito, mas nada sufocante.

Seguiram o caminho dele por um bom tempo até que Ágatha finalmente parou, olhando para cima.

— O quê? – Fred perguntou.

— Tem um alçapão.

— Então abre.

— Não consigo! – Ágatha se indignou. É muito pesado. Os dois bufaram e passaram à sua frente. O alçapão foi aberto, segundos depois. Assim que eles estavam lá em cima, Ágatha ficou esperando por ajuda para subir.

— O quê?

— Me deem uma mão. É muito alto!

— Além de baixinha é folgada – Fred provocou ao estender ajuda. George fez o mesmo. Juntos, içaram a garota, que sorriu agradecida.

— Obrigada.

Fred se virou na direção da escada com o som de passos, e empurrou os dois para trás de um monte de caixas. Dos degraus, um velho baixinho desceu aos resmungos. Pegou dois pacotes de pirulitos coloridos e voltou a subir, ainda reclamando.

— Essa foi por pouco. – George suspirou.

— Vamos subir logo, antes que mais alguém venha. – Ágatha sugeriu, adiantando-se para a escada.

 

Com a loja lotada e todo mundo entretido com as compras e vendas, foi fácil sair de fininho pelos fundos. Contornaram a loja e finalmente chegaram à rua principal de Hogsmead. Colocaram os capuzes para cobrir os rostos, com medo de serem descobertos.

— Para onde agora? – Ágatha indagou, maravilhada com a cidade. As ruas estavam lotadas de adolescentes conversando e rindo alto. As lojas eram tão variadas que ela se sentiu desnorteada em animação.

— Zonko's. – os gêmeos disseram juntos, em um tom decidido e animado.

— Charlie disse que é uma ótima loja...

—... As coisas de lá com certeza vão ser úteis. – George completou com um risinho suspeito.

— Mamãe ficava louca quando Charlie nos mandava coisas da Zonko's. Mas ele só foi o agente do destino que, assim como seu desastre com a armadura, colocou as azarações e pegadinhas no nosso caminho. – Fred explicou. – Vamos poder acabar com a paciência do Filch.

A loja citada pelos gêmeos estava perto. E lotada, o que dificultou um pouco a ida deles até lá. Ágatha observou as vitrines, fascinada. Nunca tinha visitado Hogsmead, e não imaginava o quanto aquele pequeno povoado podia ser interessante e divertido.

— Vamos! – os gêmeos exaltaram. Assim que entraram, Ágatha deu de cara com alguns alunos de Hogwarts. Eles baixaram a cabeça, escondendo-se dos mais velhos. Por sorte, os setimanistas estavam tão distraídos com as mercadorias compradas que nem notaram os três ali.

Fred e George sumiram em meio às prateleiras de coisas.

Ágatha ficou em um corredor, observando tudo.

Havia desde comidas, algumas terrivelmente tensas e outras com uma aparência agradável (mas, como dizia na etiqueta: nem tudo que cheirava bom era realmente bom). Havia também objetos e caixas fechadas vendendo porções de poções para causar diversos efeitos numa pessoa (como dor de estomago e diarreia ou mesmo uma alucinação fraca de que fadas estavam atacando os arredores.

Seus dois companheiros de aventura a encontraram entre as prateleiras. Cada um deles carregando duas sacolas cheias de produtos.

— Por Morgana, o que é tudo isso? – Ágatha exclamou incrédula.

— Sucesso, minha querida. Sucesso. – Fred sorriu.

xXx

Ágatha desceu as escadas em meio a um bocejo, ignorando os gêmeos apressando-na para correr. Havia tão poucos alunos na escola durante as férias, por isso o pouco causo com o tom de voz dos dois.

— Feliz Natal, dorminhoca! – eles exclamaram quando ela alcançou o Salão Comunal. Ágatha sorriu, sonolenta. – Quanta animação. – Fred resmungou.

 

— Eu te abraço quando estiver de estômago cheio. Até lá, aceitem meu bom dia casual. E FELIZ NATAL! - Ela gritou ao fim, gargalhando do susto deles.

Os olhos da garota se acenderam com a pilha de presentes sob a árvore, e foi para lá que ela saltitou animada.

— Não vão abrir os de vocês?

— Já abrimos.

Dando de ombros, então, ela alcançou o pacote de cima. A caligrafia arredondada e levemente inclinada era familiar, e por isso a garota sorriu. Viera de sua mãe.

— Um livro? – George indagou, pegando o presente. Ágatha assentiu animada.

— Outro?

— Eu não questiono a quantidade de Bombas de Bosta que vocês carregam no bolso pra jogar no Filch. - foi sua réplica bem humorada.

— Você também joga.

Ágatha mostrou a língua para os gêmeos.

O segundo presente era de sua avó. Um suéter rosa e preto, tricotado à mão.

— Sua avó tem mania de fazer suéteres para as épocas festivas? Mamãe também tem.

 

— De quem é esse? – ela indagou confusa. Já havia aberto os outros pacotes, todos da escola. Um de Feijõezinhos de Todos os Sabores, um Sapo de Chocolate e outra caixa de bombons. Faltava apenas uma caixa, embrulhado de mau jeito. Sentou-se entre os gêmeos, confusa.

— Não temos a menor ideia. – disseram ao mesmo tempo. Ágatha estreitou os olhos, desconfiada. Por isso desembrulhou a caixa com cuidado, temendo uma de suas azarações. Arregalou os olhos ao contemplar o presente, muito mais inesperado que uma pegadinha.

— A gente lembrou daquela sua caixinha de música. A que você deixou na bolsa e quebrou quando estava indo pra aula da Minerva.

—... E sabe como é, seu tom desesperado e triste nos comoveu com a história trágica. – George dramatizou.

— O resto você já sabe. – Fred completou.

A reação imediata da garota foi saltar sobre os dois, puxando-os para um abraço apertado.

— Ágatha, meu cabelo! – George exclamou.

— Não consigo... Respirar! – Fred guinchou de volta.

— Obrigada, vocês dois. – ela parou de repente, afastando-se com uma careta de decepção. – Mas poxa vida, eu não comprei nada.

— Tudo bem...

—... Pode nos dar ano que vem.

 

— Um ano inteiro de diferença? É muito pra minha consciência pesada.

— Que nada. Ai você pode nos dar um presente bem criativo. – George deu de ombros.

Ágatha ponderou, desviando os olhos de George para Fred e de volta para o outro.

— Pode ser nossa tradição.

 

xXx

 

Ágatha lia seu exemplar de Transfiguração para Iniciantes e Curso Médio, que ganhara da mãe no Natal, sentada debaixo de um grande carvalho nos jardins de Hogwarts. Fred e George estavam ali também, mas discutiam algo sobre onde colocar a armadilha de Bombas de Bosta que montaram para Filch.

— Mais um? – Ágatha ergueu o pacote de Feijõezinhos de Todos os Sabores. Mesmo com o perigo de escolher um com gosto de cera de ouvido, se tornara um passatempo do trio. Cada um pegava um doce e, pela careta, os outros dois tinham que adivinhar o sabor.

— Um,

— Dois,

— Três. – Ágatha colocou o seu na boca, franzindo o nariz imediatamente.

— Limão?

— Talvez de vômito. – Fred comentou pensativo, analisando sua expressão atentamente.

— Cera de ouvido?

Ela assentiu, botando a língua para fora assim que engoliu. Fred e George riram.

— Não querem aproveitar pra estudar comigo? – Ágatha exaltou. Fred e George recuaram em absoluta ofensa.

— Estamos em Março.

— Grande coisa. – ela deu de ombros.

— Você às vezes é muito nerd sabia?

Ágatha cruzou os braços.

— A verdade dói, gatinha. Mas vem cá, vamos gastar esse tempo precioso com coisas mais úteis. – Fred continuou, virando-se para o irmão.

Ágatha armou uma careta, mas acabou participando da conversa sobre a pegadinha com o zelador.

xXx

— Merlin, Morgana, Dumbledore... – Ágatha começou a pular, murmurando os nomes de todos os bruxos famosos que conhecia. Estava tão desesperada com os exames que acabaria abrindo um buraco no chão.

— Calma, criatura! – Fred exaltou de volta. Ele e o irmão estavam sentados, sossegados no sofá, terminando de copiar um exercício de Transfiguração.

— Não posso me acalmar quando estou desesperada. A professora Minerva disse que vai terminar a correção dos testes dela hoje. Eu preciso ter tirado uma nota aceitável, ou minha mãe arranca minha cabeça pra usar de enfeite de Halloween ano que vem.

 

 

Os dois rolaram os olhos, rindo baixinho.

Com um suspiro exaltado, a garota se sentou entre eles, espiando seus cadernos para estreitar os olhos em seguida.

— Estão copiando de mim?

— Ora, você é nossa amiga...

—... Tem o dever de nos ajudar.

— Ajudar é uma coisa, passar cola é outra.

— Cola só funciona em prova, gatinha. Chame isso de comparação de resultados, e o seu foi muito melhor que o nosso. Estamos corrigindo nossos erros. – Fred explicou sabiamente, sorrindo maroto.

— Ah, por falar nisso, a aula com a Minerva começa daqui a pouco. – George avisou, fechando o caderno. O gêmeo fez o mesmo. Ágatha pegou suas coisas, com uma carranca indignada ainda amarrada no rosto.

Na aula de McGonagall, os alunos mostravam-se apreensivos. Estavam há menos de uma semana de encerrar as aulas, e aquelas notas decidiriam o futuro deles.

— Senhorita Blake. – Minerva chamou. Ágatha se levantou tão depressa que derrubou a cadeira para trás; com os olhos arregalados, ela avançou até a mesa da professora, ignorando os risinhos dos gêmeos ao passar por eles. Antes de entregar o pergaminho da prova, Minerva sorriu satisfeita: – Meus parabéns, Ágatha.

A garota quase gritou de felicidade ao ver a nota máxima brilhando em seu teste, e se surpreendeu positivamente quando os gêmeos alcançaram uma média razoável.

— Poções?

— Snape. – Ágatha bufou. Sabia que tinha ido bem na prova, mas o professor era tão rígido nas correções que acabaria descontando metade da nota por causa da sua casa comunal.

Para sua surpresa, porém, o resultado foi bem próximo do máximo permitido. Fred e George, mesmo gênios como eram, ficaram com uma média rasa, quase abaixo do necessário. 

Em Feitiços, não foi diferente.

Flitwick elogiou muitos de seus alunos - mas nenhum deles pertencia ao trio. Ágatha não era muito fã da matéria, mas havia conseguido uma boa nota. Os gêmeos também, rasa e razoavelmente aceitáveis.

— Então... Segundo ano, aí vamos nós? – Fred brincou, enquanto almoçavam juntos.

— Obviamente. – George assentiu.

Ágatha sorriu animada.

xXx

— Muito prazer, Ágatha. Os meninos me falaram muito sobre você nas cartas! – Molly Weasley sorriu para a garota tímida, e ela se virou surpresa para encontrar os dois sorridentes também.

— Molly! – alguém exclamou. A senhora Weasley virou-se para a voz, acenando na direção da mãe de Ágatha. A garota, ao encontrá-la, correu em sua direção.

 

 

— Mãe... Você também conhece a senhora Weasley?

— Claro! – Sally sorriu, cumprimentando Molly. – Ela e o marido são grandes amigos. Não nos falamos há muito tempo, infelizmente.

— Pois é. – Molly murmurou. – Que surpresa agradável nossos pequenos estarem no mesmo ano, não é mesmo?

— Eu nem consigo acreditar que já faz tanto tempo que...

Ágatha e os gêmeos distanciaram-se um pouco da conversa para se despedir.

— Nos vemos ano que vem, certo? – Ágatha indagou, esticando a mão direita.

— Claro. – George colocou a sua sobre a dela. Fred fez o mesmo.

— Juramos solenemente não fazer nada de bom. – os três disseram ao mesmo tempo, sorrindo.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: EE, uma review *-*
Cami852, sim, Fred e George são DIVOS *--* Espero mesmo que goste MUITO da fanfic. Espero mesmo que seja fiel, nunca deixe de comentar eeem u.u SAUHHSUAHUAHUAS beeijos e até o proximo cap!
Quero mais leitoras!
Xoxo.
Nizz :p



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