Dont Stop Believin escrita por Nizz e Cherry


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Quem aí já assistiu o trailer de Don't Stop Believin'? Quero saber o que acharam. Digam nas reviews, please *-*

Boa leitura!



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Capítulo 2.

Mais um ano.

 

— Levantem logo, seus preguiçosos. Temos visitas lá embaixo! – a senhora Weasley exclamou pela décima vez. Estava parada na porta do quarto dos filhos gêmeos, com as mãos apoiadas no quadril. Eles, por sua vez, dormiam como se ela não estivesse gritando. Fred, no beliche de cima, já havia até mesmo coberto a cabeça com a coberta, e George com o travesseiro.

— Deixe os meninos dormirem, Molly. Ágatha fala com eles depois. – uma voz feminina familiar soou atrás da porta entreaberta.

— Que depois o que! – outra voz, agora mais fina e delicada. – Deixem de ser preguiçosos, já passa das nove da manhã!

— Ágatha? – os dois ergueram-se ao mesmo tempo no beliche, surpresos.

— Não, Morgana. – ela retrucou, parando ao lado de Molly numa pose estranhamente parecida à da mulher.

Ágatha havia crescido bastante nas férias, e deixara o cabelo acompanhar. A franja fora cortada reta, cobrindo a testa e as sobrancelhas, e os fios alcançavam sua cintura.

— Agora que estão acordados, troquem-se e desçam para o café. – Molly pediu, segurando o ombro de Ágatha. – Vamos lá para baixo, querida?

— Claro. – virou-se ameaçadoramente para os gêmeos, e sibilou para que só eles ouvissem: – Se voltarem a dormir, vão acordar mortos. – As respostas foram duas sonoras gargalhadas.

Depois de alguns minutos, sentada na cozinha dos Weasley, Ágatha finalmente viu os amigos descendo as escadas, agora vestidos e sem as caras de sono.

Como ela esperava, eles continuavam mais altos. Os cabelos não estavam mais espetados como no primeiro ano. Agora estavam mais compridos, bagunçados e caindo sobre as testas.

— Que saudade! – Ágatha exclamou, correndo para abraçá-los. - Faz muito tempo!

— Muito tempo mesmo. Olha, George, ela cresceu alguns centímetros! – Fred brincou.

— Deus a abençoe. – George fingiu chorar, ganhando um soco leve da amiga. – E aí, como foi sua viagem até a sua avó? – Ele e o irmão sentaram-se à mesa para o café da manhã.

— Foi legal. – ela deu de ombros, sentando-se à frente deles. – Sei lá. A casa da vovó é tediosa.

— E sua mãe? Eu pensei ter ouvido a voz dela. – Fred olhou em volta, confuso ao não encontrar Sally na cozinha.

— Teve que ir embora. Assunto do Ministério. O que significa que vou com vocês para Hogwarts! – ela exclamou animada. – Já compraram os materiais?

— Já. Saiu uma grana preta. – Fred murmurou.

— Nem me fale. Minha mãe quase arrancou os cabelos quando viu o preço de tudo. Imagine pra vocês, que são três estudando? – ela comentou assombrada.

— É. Percy ainda cismou de fazer todas as matérias opcionais. Aquele nerd. – George revirou os olhos.

— Seria bom se fosse opção estudar lá. – Fred comentou sonhador, e o gêmeo assentiu.

— Vocês reclamam demais...

— Ora, seria realmente bom. – George deu de ombros.

— Tudo bem, tenho que assumir que algumas matérias são meio desnecessárias. Mas Hogwarts é fascinante.

— Hogwarts é, estudar não. – Fred retrucou.

— Reclamando de estudar de novo? – os três viraram-se para as escadas. Percy, que acabara de falar com eles, Rony e Gina desciam para o café. Ágatha se mudou para uma cadeira mais afastada, dando espaço para o resto da família.

— Oi. – Ágatha sorriu simpática para os três. Gina, a garotinha ruiva de nove anos, sorriu de volta, tímida. Rony, por sua vez, ficou vermelho feito um pimentão, escondendo o rosto com os cabelos ruivos bagunçados. Fred e George riram entre si, e Ágatha os encarou em confusão.

— Não quer mesmo comer nada, querida? – Molly parou ao seu lado, atenciosa como sempre.

— Não, senhora Weasley. Obrigada mesmo. Minha irmã me entupiu de panquecas antes de eu sair.

— Muito bem então. Mais tarde, no almoço. – Molly piscou-lhe divertida, enquanto servia os garotos.

xXx

— Que demais! – Ágatha exclamou animada. Estava no pomar dos Weasley, onde os gêmeos tinham espaço para treinar quadribol. Era um lugar amplo, com várias árvores e um espaço generoso para o jogo. – O quintal da minha casa mal tem um arbusto. Sua casa é demais!

Os dois sorriram convencidos.

— E então, vai tentar entrar pro time? – Fred indagou curioso.

— Com a probabilidade da minha mãe arrancar minha cabeça quando souber e de eu me matar caindo da vassoura? Com certeza! – os gêmeos caíram na risada. – Vocês vão?

— Claro! – exclamaram juntos.

— Para quê?

— Batedores.

— Somos fortes e resistentes. E os batedores antigos se formaram com Charlie ano passado.

— Boa sorte. – ela desejou temerosa. – Artilharia é mais a minha praia.

— Almoço! – ouviram Molly berrar da casa.

— Quem chegar por último é o sapo de chocolate morto! – Ágatha exclamou e saiu em disparada pelo caminho, sendo logo alcançada pelos gêmeos.

xXx

— Boa viagem, cuidem-se, estudem muito, não se atrevam a pegar detenções, obedeçam às regras e... – Molly parou de falar assim que os gêmeos cruzaram os braços, indignados.

— Ta mesmo falando isso pra gente?

Ágatha não pode deixar de rir baixinho, enquanto a senhora Weasley rolava os olhos. Ela estava parada próxima deles, já na plataforma 9 ¾.

— Ágatha, sua mãe...

— Ela gostaria de estar aqui, mas não pode. Sei disso. – Ágatha sorriu tristemente, recebendo um abraço inesperado da senhora Weasley. Inesperado, mas muito bem-vindo.

— Cuide-se. E não vá pelos mesmos caminhos que esses dois. Você é uma boa garota. – Fred e George caíram na risada abertamente, ganhando um olhar furioso da amiga. – Boa viagem! – Molly exclamou, acenando para os três assim que entraram no trem.

— Cabine vazia, cabine vazia, cabine vazia... – Ágatha rezava, suspirando cada vez que as preces falhavam.

Quando finalmente encontraram uma cabine vazia, Ágatha fez exatamente como no ano anterior. Os dois entraram e ela tropeçou no vento, caindo de cara no chão. Fred e George se adiantaram, quase como se esperassem por isso, e a colocaram de pé.

— Eu tô bem. – ela resmungou, massageando o nariz.

— Imagine se não estivesse! - Fred exaltou bem humorado.

— Com licença. – os três voltaram-se para a porta. Duas garotas da mesma idade que eles estavam paradas ali. Uma delas sorria abertamente, e a outra parecia querer desaparecer dentro de um chapéu encantado, tamanha timidez. – Podemos ficar aqui? As outras estão cheias.

— Claro. - o trio disse ao mesmo tempo.

A primeira garota, que sorria timidamente, era Angelina Johnson, da Grifinória. Tinha olhos escuros e pele negra. Os cabelos eram longos, presos em tranças firmes.

A outra era Abigail Wood. Irmã mais nova do goleiro da Grifinória, Olívio. Era baixinha, tinha cabelos castanhos escuro cacheados e brilhantes e pele bastante pálida.

— Você é irmã do Wood? – Ágatha praticamente gritou assim que os cumprimentos acabaram. Ela tinha uma breve queda do abismo, como qualquer outra garota da casa, pelo goleiro. Ele era tão forte, bonitão e charmoso, que era quase impossível não ter.

— Sou. – Abigail assentiu.

— Por que, Ágatha? Tem algo a dizer sobre o Wood? - George provocou, ganhando um olhar abismado e a vermelhidão no rosto da amiga como resposta.

— Nada. É só que... É bem legal ela ser irmã dele. Só isso.

— Gêmeos Weasley, certo? – Angelina indagou curiosa. – A reputação de vocês no ano passado virou lenda.

A viagem até Hogwarts seguiu-se entre as conversas. Ágatha e Abigail se identificaram muito, com sua paixão por livros e pelo quadribol. Angelina, por sua vez, se enturmou bastante com os gêmeos, disparando perguntas sobre as travessuras e os planos para o novo ano.

Já no Salão Principal, os alunos foram apresentados ao novo professor de DCAT. O anterior tivera um problema de saúde no fim do ano, e agora descansava no hospital St. Mungus por tempo indeterminado.

Urberco era o nome do novato. Um homem baixinho, sem uma das pernas graças a uma luta que teve com um bruxo seguidor de Você-Sabe-Quem. Era careca, e tinha uma longa barba embaraçada e acinzentada. Olhos miúdos e aumentados pelos óculos grandes, de armação redonda.

Vestia-se tão desajeitadamente que parecia ter acabado de acordar. A única coisa arrumada no visual era a gravata borboleta laranja florescente com pintinhas vermelhas que ficavam se mexendo.

 

— Ei, Ágatha. A Angelina falou que também vai tentar vaga pra Artilheira. - Fred comentou em meio ao jantar, ganhando um olhar chocado e então amedrontado da amiga. Só haveria uma vaga para artilharia naquele ano; e com a sua incrível habilidade de cometer gafes e acidentes, Ágatha temeu por sua chance.

— Boa sorte pra ela. – deu de ombros, fingindo não se importar.

 

xXx

— Muito bem. Já que sabem as regras e o que fazer, começaremos os testes. – A capitã exclamou. Era uma setimanista muito firme e severa. Pelo que Ágatha pressentia, seria difícil impressionar aquela garota.

— Boa sorte. – a garota se virou para contemplar Angelina, que sorria com simpatia. Com um suspiro trêmulo, Ágatha sorriu de volta. - Ei, vai dar tudo certo. Além do mais, ano que vem a gente tem mais vagas pra tentar de novo se falhar por aqui.

Angelina se afastou com os polegares erguidos num sinal animado, deixando Ágatha para trás com as pernas bambas em medo.

— Ei, baixinha! Estamos torcendo por você.

— É! Arrasa lá. – Fred completou o irmão, piscando para a amiga. Ágatha acenou para eles enquanto se afastavam pelo campo, gritando em seguida:

— Boa sorte pra vocês também!

O teste seguiu-se como um treino qualquer outro para os jogadores. A capitã estava parada, observando os concorrentes às vagas. Os goleiros tinham que defender o número máximo de goles, enquanto os artilheiros tinham que fazer o maior número de gols possíveis.

Fred e George competiam contra dois garotos do terceiro ano, mas, pela cara da capitã, já tinham vaga no time. Eles conseguiam desviar todos os balaços, e quase nunca erravam o alvo. Ágatha ficou aliviada pelos amigos, mas o tremor em suas mãos dizia que não estava indo tão bem assim.

Angelina, por sua vez, era impressionante. Ágatha conseguia manter o número de gols próximos da jogadora, mas não a alcançou à tempo.

— Blake. – a capitã a chamou para um canto, logo depois de avisar sobre a vitória de Angelina. – Você joga bem, mas a Johnson foi melhor dessa vez. Só relaxa porque ano que vem sai mais gente do time, aí pode ser sua chance.

A loira assentiu, tentando esconder a decepção. Sorriu e parabenizou Angelina, mas se afastou com uma careta de tristeza. Fred e George comemoravam entre si pela suas conquistas, e Angelina como a nova artilheira.

Abigail, que assistira ao treino das arquibancadas, correu até a nova amiga.

— Você jogou bem, Ágatha! A disputa estava bem acirrada entre você e a Angelina. É como o jogo, sabe, às vezes um gol faz a diferença, mas dá pra tentar de novo outra vez.

— É, ela tem razão. – Ágatha virou-se surpresa para trás. Quase deixou o queixo cair ao ver Olívio Wood parado ali com seu sorriso estonteante.

— O-obrigada. – A loira sorriu sem graça, sentindo as bochechas esquentarem.

— Olívio, essa é Ágatha, minha amiga.

— Legal te conhecer, Ágatha. – Ele esticou a mão, e a loira aceitou o cumprimento, quase caindo de joelhos de tanto que suas pernas tremiam. - Você foi ótima lá no campo. Teremos sorte se você entrar pro próximo ano.

A garota sorriu, sem saber como responder, e foi salva por Abigail.

— É melhor a gente se apressar, Olívio. O almoço vai ser servido daqui a pouco e vocês vão se ocupar com o treino. O ensopado é mais importante pra gente! – Abigail exaltou, fugindo da careta do irmão. Ágatha tropeçou ao se virar para acenar, ganhando um sorriso fofo de Olívio de volta.

O Salão Principal estava lotado quando chegaram. Sentaram-se no meio da grande mesa da Grifinória e começaram a se servir. Algum tempo depois, o resto do time passou por elas. Fred e George sentaram-se do outro lado da mesa, entregando olhares indignados para Ágatha.

— O que foi? – ela olhou em volta, sem entender.

— Seu papo com o Wood estava tão bom...

—... Que nem lembrou de esperar a gente.

— Achei que fossem ficar mais bravos por eu não ter ido lá parabenizar os dois. - Ela provocou, ganhando mais caretas abismadas.

— Você realmente não foi! - George bufou.

— Ah, é que com toda a atenção que os gêmeos maravilha estavam recebendo, essa pobre e reles mortal precisou manter distância. Era fama demais para mim. - Ao seu lado, Abigail engasgou com a risada. Fred e George pareciam lutar para não rir também.

— E então? - Fred incitou.

— Parabéns, seus palermas! - Ágatha jogou dois pedaços de pão contra eles, que desviaram habilmente.

— Uma pena você não ter entrado... – George murmurou.

—... Jogou tão bem quanto à Angelina. – Fred completou. Ágatha pareceu surpresa.

— Ela joga bem melhor que eu.

— Que nada. As duas são boas. – Fred deu de ombros. – Ano que vem você entra, relaxa.

— Ano que vem. – Ágatha bufou.

xXx

— E Angelina Johnson marca mais dez pontos para Grifinória! Esse time está com tudo! Lufa-Lufa tem que assumir logo, ou vai ficar para trás. – o narrador, um garoto do sexto ano da Grifinória, exclamou animadamente. Ágatha estava sentada na arquibancada, assistindo ansiosa ao jogo. O frio naquele dia estava muito intenso, principalmente com a chegada do outono. Mas não impedia que a torcida Grifinória não ficasse animada, incentivando os jogadores.

Fred e George estavam se saindo cada vez melhor como batedores. Quase nenhum balaço passava perto dos jogadores grifinórios.

Angelina jogava muito bem, e era responsável por quase metade dos pontos grifinórios. Wood era um ótimo goleiro. Lufa-Lufa não estava muito atrás, mas seu apanhador, segundo os alunos, era melhor que o da Grifinória. Se eles pegassem o pomo, a Grifinória perderia o jogo.

Mas, por sorte ou talento, isso não aconteceu. O apanhador grifinório foi mais rápido e agarrou o pequeno pomo dourado, após uma longa e desesperada busca por ele. O jogo terminou com a segunda vitória da Grifinória naquele ano. Há quase um mês, eles haviam vencido Corvinal, o que os levaria para a final com a Sonserina.

— Meus parabéns! – Ágatha exclamou assim que os gêmeos saíram do vestiário. Eles sorriram agradecidos.

— Não quero nem ver o jogo com a Sonserina. – Fred comentou temeroso.

— Por quê?

— Você já viu aqueles caras jogando? Pegam pesado demais! – George comentou.

— São sonserinos. Mas agora a Grifinória tem uma coisa que não tinha antes. – Ágatha dramatizou. - Vocês.

— Ah, ela nos ama. – George encarou o irmão, puxando a garota para um abraço.

 

 

xXx

— E aí, gatinha. Já sabe o que vai nos dar de Natal? – Fred se jogou no sofá ao perguntar. – Esse é o seu ano, lembra?

— Claro que lembro. – ela retrucou ofendida, a atenção fixa no tabuleiro de xadrez bruxo à sua frente.

— E o que vai ser? – George indagou curioso, incitando uma das torres a se mover.

— Vocês vão descobrir no Natal.

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: AAAA desculpem se eu demorei pra postar. To meio perdida em noção de tempo... Sério, muita maluquice pra minha mente.


Bueno, nesse capítulo, foi o começinho do segundo ano deles. O próximo será até o final, e bem maior, se querem saber xD HUASHUASHUSAHUASHU Enfim, quero comentários, muitos comentários sobre o que acharam *-*


Qual será o presente de Ágatha para os gêmeos? Alguém palpita? xD


Reviews:



HayleyAnnaW_DLS: ooi love, obrigada por acompanhar a fanfic *-* Já postei, quero seu comentário em :DD Beeijos e até o próximo capitulo!



thah_wc, ooow dear, to tão feliz de ter vc comentando aqui também *-* Jura, todas as suas fanfics de HP favoritas são nossas? AI QUE LINDA *O*
Concordo, esses três vão ter muita história pra contar ainda... Essa fanfic vai render :P Pobre Molly, inocentemente achou que seus lindos gêmeos seriam anjos... aham claudia xP
Romance? hmm... Não sei, segredo, quem sabe xD
Sally é amiga da Molly, ou seja, mais oportunidades de Ágatha ver os gêmeos, mágico né? *-* O que vc acha que será o presente dela pra eles? Beeijos love, até o próximo cap!



Xoxo.


Nizz :P