Dont Stop Believin escrita por Nizz e Cherry


Capítulo 14
Capítulo 13




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Capítulo 13.

O adeus à Hogwarts.

 

— Temos uma reunião hoje, né? – Lino sussurrou para Fred. Ele assentiu animado.

— Bom dia, galera! – George exaltou assim que desceu as escadas.

— A Bela Adormecida resolveu tomar vergonha na cara e sair da cama? Finalmente. – Fred retrucou com bom humor.

— Não importune, eu estava com sono.

— Engraçado... – Ágatha baixou o livro para encará-lo. – Abigail deu a mesma desculpa hoje... – ela sorriu.

— Ah, é? Que coisa.

— Xeque! – Fred avisou, ganhando um suspiro frustrado de Lino, que não parecia saber o que fazer com a peça de xadrez seguinte.

— Mexe seu bispo pra lá. – Ágatha sugeriu, voltando-se para Fred com um sorriso de vitória. Ele reagiu com uma careta indignada. – O quê?

— Ajudando o inimigo, é?

— Inimigo?! - Lino rebateu.

— George, bem que você poderia me ajudar. – Fred replicou para o gêmeo.

— Eu sou péssimo em xadrez bruxo.

— Maldição.

— Se pedisse com jeitinho, eu te ajudaria também. - Ágatha provocou, arrastando-se até o tapete para abraçar o ruivo pelos ombros.

— Melação não, meu bom Merlin... – Lino pediu desesperado.

— Olha só, mais alguém pra ajudar! – ela se animou ao encarar o buraco do retrato. – Abi, vem aqui! – George se virou naquela direção. Abigail encarou o ruivo e sorriu, ignorando o resto do grupo. – Abigail? – Ágatha chamou, mas a morena não respondeu. – Ah...

— O quê? – Fred inquiriu confuso.

— E ai, minha cerejinha? – George foi até Abigail, abraçando-a pela cintura para depois lhe dar um beijo.

— Pela cinta-liga de Merlin, alguém me explica o que está acontecendo aqui! – Lino se levantou em choque, fazendo Fred e Ágatha gargalharem.

— Pela cinta-liga de Merlin? – Ágatha questionou.

— Foi a expressão mais adequada para o susto do momento.

— Vai dizer que você não entendeu? – Fred replicou. – Quer que a gente desenhe?

— Não, obrigado, prefiro viver...

xXx

Ágatha estava parada em frente à Abigail com a varinha em mãos. Estavam numa reunião da AD, e Harry lhes ensinava a usar o feitiço Expelliarmus. Eles tinham se divididos em duplas, esperando enquanto o garoto anunciava quando começariam o treino.

— Certo, quando eu contar até três. Um... Dois... Três.

Ágatha e Abigail não se saíram exatamente bem de primeira, já que, assim como a maioria das pessoas, não conseguiram desarmar uma à outra.

Na segunda tentativa, Ágatha desarmou a amiga com um sorriso de vitória. Só na terceira tentativa é que Abigail conseguiu desarmar a loira, sorrindo animada para ela. Harry estava caminhando entre as duplas para observar e parou próximo de Smith, quando viu que a varinha dele tinha algum problema.

Mas o verdadeiro problema não era com a varinha, e sim Fred e George, que estavam alguns passos atrás do rapaz, apontando de vez em quando para a varinha dele sem que ele percebesse.

— Desculpe, Harry. – George pediu assim que o moreno os avistou. – Não pude resistir.

Ágatha e Abigail riram entre si.

— Ok, parem! – Harry gritou. – Parem. PAREM! Não está ruim. Mas realmente, esse feitiço precisa ser melhorado. Vamos tentar de novo.

xXx

Logo, o primeiro jogo de quadribol se aproximou. Sonserina vs. Grifinória. As reuniões da AD foram suspensas porque Angelina insistia em treinar quase todos os dias. Quando não estavam treinando, pelo menos por parte de Ágatha, eles estudavam. Os gêmeos preferiam ficar cuidando de assuntos das Gemialidades, restando para a loira nada mais que balançar a cabeça e ignorar.

Então, o dia do jogo chegou, e todos estavam reunidos no vestiário, esperando para entrarem em campo. Angelina fazia um pequeno discurso animador. Rony parecia mais pálido que o normal, tamanho nervosismo.

— Capitães, apertem as mãos. – Madame Hooch exclamou. Angelina e Montague o fizeram, o último tentando esmagar a mão da garota mesmo que ela não recuasse. – Montem nas vassouras.

Madame Hooch apitou e o jogo começou.

A goles foi solta, assim como os balaços, e os jogadores avançaram para o começo do jogo.

E é Johnson, Johnson está com a goles, que jogadora ela é... Eu venho dizendo isso há anos, mas ela ainda não quer sair comigo...

— JORDAN! – berrou McGonagall.

Apenas um fato engraçado, professora, acrescenta um pouco de interesse... E ela desvia de Warrington, ela está passando por Montague, ela está... Ai! Foi atingida por trás por um balaço vindo do Crabbe... Montague descendo no campo e... Bom balaço esse que George Weasley mandou na cabeça dele. A goles caiu e foi pega por Ágatha Lupin da Grifinória, passa para Katie Bell e Bell logo... Desviou de Warrington, evitou um balaço, passou perto Bell... E a multidão está amando isso, apenas escutwm, o que é que eles estão cantando?

Quando Lino parou de narrar uma música cresceu mais alto e mais claro do mar de verde e prata da Sonserina, que assistia ao jogo nas arquibancadas.

Weasley não pode salvar nada, ele não pode bloquear um aro, é por isso que todos os sonserinos cantam: Weasley é o nosso rei!

E Katie passa de volta para Angelina! – Lino gritou mais alto, tentando abafar a música. – Vamos agora, Angelina, parece que ela só tem o goleiro para ultrapassar! ELA LANÇA... ELA... Ah!

O goleiro da Sonserina salvara o gol e arremessara a goles para Warrington, que voou com ela, fazendo ziguezagues entre Ágatha e Katie. A canção dos Sonserinos começava a ficar mais alta, avançando para mais perto de Rony.

Weasley é o nosso rei, Weasley é o nosso rei, ele sempre deixa a goles entrar, Weasley é o nosso rei!

Warrington chegava cada vez mais perto de Rony, com ele parado em frente aos três aros solitariamente.

E é Warrington que está com a goles, se dirigindo ao gol, está fora da extensão do balaço com apenas o goleiro à frente...

A música ficou ainda mais alta naquele momento.

Weasley não pode salvar nada, ele não pode bloquear um único aro... 

— Então esse é o primeiro teste para o novo goleiro da Grifinória, Weasley, irmão dos batedores Fred e George. E um novo talento prometedor no time, vamos, Rony!

Mas o grito de felicidade seguiu-se dos sonserinos. Rony não tinha alcançado a goles a tempo, passando pelo aro central.

Sonserina marca! – a voz de Lino não foi nada animada. – Então está dez à zero para Sonserina. Falta de sorte, Rony.

Os sonserinos cantaram ainda mais alto:

Weasley nasceu numa cesta, ele sempre deixa a goles entrar!

E a Grifinória passa com a posse e Katie Bell está enchendo o campo. – gritou Lino, novamente mais alto, tentando abafar a ensurdecedora canção. – E é Warrington de novo... Ele pega a goles de Bell e passa para Pucey, Pucey à direita, passa Bell... Vamos agora Ágatha, você pode tomar dele. Vira ao avesso, você pode... Mas um bom balaço de Fred Weasley, eu quero dizer, George Weasley, oh, quem se importa, um deles, de qualquer modo... Então é Montague que está com a goles, Montague, o capitão da Sonserina pega a goles e ele está acima do campo, vamos agora, Grifinória, bloqueia ele!

Weasley nasceu numa cesta, Weasley é o nosso rei!

E Pucey desvia de Ágatha de novo e ele está indo em direção ao gol, pare ele Rony! – mas Rony não o fez, e Sonserina marcava mais dez pontos.

Isso é porque todos os sonserinos cantam: Weasley é o nosso rei!

Rony deixou entrar mais dois gols, infelizmente. A esperança era que Harry pegasse logo o pomo.

— E Katie Bell, da Grifinória, desvia de Pucey, passa por debaixo de Montague, bom desvio Katie... E ela arremessa para Johnson. Angelina Johnson pega a goles, ela passa por Warrington, ela está indo em direção ao gol, vamos agora, Angelina... GRIFINÓRIA MARCA! Está quarenta á dez para a Sonserina e Pucey está com a goles.

Pucey arremessa para Warrington, Warrington para Montague e este de volta para Pucey. Johnson interfere, Johnson pega a goles, Johnson para Bell, eu quero dizer, ruim, Bell é acertada por um balaço vindo de Goyle da Sonserina e é Pucey quem está com a posse...

Weasley nasceu numa cesta... Ele sempre deixa a goles entrar... Weasley fará com que nós vençamos...

Foi quando Harry avistou o pomo e mergulhou para pegá-lo, sendo perseguido por Malfoy. Por sorte, porém, Potter alcançou-o antes. No exato momento em que Angelina arremessava a goles para Ágatha marcar.

Então, tanto Harry quanto Ágatha foram atingidos por dois balaços inesperados. O jogo tinha sido ganho pelos Grifinórios, mas isso não impediu os batedores sonserinos de arremessá-los na direção dos dois. Harry, por sorte, estava perto do chão, então não foi uma queda feia. Ágatha, apesar de ter se segurado, sentiu uma dor aguda no braço e cambaleou ao descer da vassoura.

— Ei, você está bem? – Angelina gritou, correndo até Ágatha assim que falou com Harry. – Aquele trasgo, ele viu que estávamos com o pomo... – ela grunhiu, ajudando Ágatha se equilibrar.

— Dói, mas vou sobreviver. - Ágatha sorriu, pálida pela dor.

O resto do time desceu comemorando, dirigindo-se até Harry.

— Você está bem? – Fred se adiantou até Ágatha, abraçando-a com cuidado. – Eu vi Goyle lançando balaço, mas não tive tempo de...

— Não se preocupe, eu estou bem. – ela sorriu para ele.

— Trasgo nojento. – George resmungou pousando ao lado dela. – Seria bom se tivéssemos mais uns minutos de jogo. Acertaria uma na cara dele de propósito.

— Você está bem? – Harry indagou para Ágatha, assim que o time reuniu-se no campo.

— Nada insuportável. – ela mentiu, mas ansiosa para ir até a ala hospitalar.

— Nós queríamos escrever outro par de versos! – Malfoy falou. – Mas nós não encontramos rimas para gorda e feia, nós queríamos cantar sobre a sua mãe, veja...

— Fale sobre uvas azedas. – disse Angelina, lançando a Malfoy um olhar de asco.

—...Nós não pudemos encaixar um perdedor inútil também, para o seu pai, você sabe...

Fred e George perceberam o que Malfoy estava falando e pararam onde estavam, olhando para o loiro.

— Deixa! – Ágatha segurou o braço de Fred. – Ele só está furioso porque perdeu. Não vale a pena.

— Mas você gosta dos Weasley, não gosta, Potter? – disse Malfoy, zombando. – Passa as férias lá e tudo mais... Não posso imaginar como você aguenta o fedor, mas suponho que quando você tem que ser levado para os trouxas, a cabana dos Weasley cheira ok...

Ágatha segurou Fred com a ajuda de Angelina e Katie, enquanto Harry tentava conter George. Madame Hooch ainda repreendia Crabbe e Goyle pelos balaços ilegais, então nada poderia fazer ali.

— Ou talvez você pode se lembrar como a casa da sua mãe fedia, Potter, já que o chiqueiro dos Weasley faz você se lembrar.

E foi instantâneo. Harry e George avançaram para Malfoy, o primeiro acertando um soco forte no estômago do loiro.

— Harry! HARRY! GEORGE! NÃO!

As garotas gritaram. Malfoy também, de dor. George xingava, mas Harry não parecia se importar ao ouvir um apito e o berro do público ao redor dele. Não até que alguém lançou um feitiço “Impedimenta” e ele foi arremessado para trás com força.

— O que vocês pensam que estão fazendo? – Madame Hooch gritou. Malfoy estava torcido no chão, chorando e gemendo com o nariz sangrando. George tinha um lábio inchado e Fred ainda era fortemente contido pelas três artilheiras.

— Eu nunca vi um comportamento como esse... Voltem para o castelo, os dois, e vão para o escritório do seu Diretor de Casa. Agora!

Harry e George marcharam para fora do campo ofegantes e zangados. Os berros e zombaria do público continuavam quando eles saíram, até que todos os jogadores se foram.

— Você precisa ir para a ala hospitalar. – Madame Hooch avisou Ágatha, mas ela negou com a cabeça. – Como não?

— Vou esperar até eles voltarem. – disse decidida. A dor estava pra lá de insuportável, mas ela não queria estar na ala hospitalar quando Harry e George dissessem o que tinha acontecido.

— Não cabe a você decidir, senhorita Lupin. Senhorita Johnson, pode acompanhar sua artilheira até a ala hospitalar? E me avise quando a deixar lá.

xXx

— BANIDOS?! – Ágatha gritou assim que recebeu a notícia. Ela estava numa das macas da enfermaria, com o braço quebrado enfaixado, esperando Madame Pomfrey liberá-la de volta ao salão comunal. Abigail tinha invadido o lugar para dar a notícia. – COMO ASSIM BANIDOS?

— Ágatha! – Abigail chiou. – Os três foram banidos, sim, e... Onde você vai?

— Senhorita Lupin, onde pensa que vai?! – Madame Pomfrey repetiu, levantando-se de sua escrivaninha para correr na direção da loira.

— Lançar uma azaração naquela mulher horrorosa! – Ágatha grunhiu, contorcendo-se enquanto Abigail tentava segurá-la.

— Quer ser expulsa da escola?

— Tenha um comportamento mais adequado, senhorita Lupin, e volte para a cama.

— Eu estou bem. Já posso ir.

— Volte ou terei de lhe dar uma poção para os nervos.

— Por favor, Madame Pomfrey. Eu estou bem, só quero descansar na minha cama. – ela armou uma expressão pidona. – Por favor?

— Muito bem... Wood, cuide para que ela não use muito esse braço até amanhã. Venha aqui antes das aulas começarem para outra dose da poção, está bem, Lupin?

— Certo! Obrigada, Madame Pomfrey. – puxou Abigail e as duas saíram correndo dali. Não demorou muito até finalmente estarem no Buraco do Retrato. Assim que passaram por ele, encontraram um salão comunal pra lá de desanimado e quieto.

— Ágatha? – Katie Bell exclamou. Fred e George ergueram os olhos para a loira. – O que faz aqui?

— Fugi da ala hospitalar.

— Mas você está machucada! – Angelina replicou preocupada.

— Tá tudo bem, sério. Já tomei a poção, amanhã volto lá pra outra dose. - Ágatha sorriu agradecida.

— Bom... Eu vou para a cama. – Angelina anunciou. – Talvez eu acorde amanhã e descubra que nós ainda não jogamos.

Katie foi em seguida, assim como Gina. Ágatha olhou para Fred, tentando dizer algo, mas ele não parecia muito a vontade para falar. Encarava o fogo da lareira com uma fúria sem tamanho, assim como George. A loira suspirou, abrindo espaço para se sentar entre os dois.

— Sinto muito. - cutucou o braço de George, enlaçando sua mão boa ali. E apoiou o rosto sobre o ombro de Fred, sentindo um pouco da tensão dele se esvair. - Se vocês quiserem, posso fazer um chá pra dor de barriga e mandar entregar no escritório da Umbridge. - quando eles riram, ela soube que as coisas ficariam bem.

xXx

O tempo passou rápido depois desse incidente. Num desses dias, as coisas corriam como todas as outras. Em outro, Ágatha descobriu que o senhor Weasley fora atacado por uma cobra e estava internado no St. Mungus. Os Weasley tinham sido levados para lá por Dumbledore e ela só poderia visitá-los quando o trimestre acabasse. Também não podia arriscar se comunicar em cartas com os gêmeos porque a coruja iria para o Largo Grimmauld, o que era perigoso.

— Ágatha, diga ao George que eu queria poder estar lá, ok? – Abigail pediu tristemente. As duas terminavam suas malas para a viagem de Natal. Enquanto a loira passaria o feriado com os Weasley, Abigail viajaria até uma cidade na França onde o time de Wood iria jogar.

— Pode deixar. – ela a abraçou. – Feliz Natal adiantado.

— Ah, dê isso a ele por mim? – ela entregou um embrulho para Ágatha, que a encarou curiosa. – Você vai descobrir o que é quando ele abrir. E ele vai entender. – Abigail deu uma risadinha.

xXx

— Feliz Natal! – Ágatha murmurou enquanto abraçava Fred e George ao mesmo tempo. – A escola ficou chata sem vocês.

— Sentiu falta das azarações e das pegadinhas, Ágatha?

— Eu nunca disse isso.

— Feliz Natal, gatinha! – George retribuiu seu abraço. Quando ela se virou para Fred, George deu um passo para trás. – Podem se beijar. Eu vou apreciar o lindo papel de parede do corredor. – e fechou a porta atrás de si.

Ágatha abraçou Fred pela cintura, sorrindo.

— É você quem nos dá um presente esse ano, não é? – ele provocou curioso.

— É... Já que ano passado eu estava ocupada demais tentando te fazer entender que eu estava apaixonada por você. – ela o cutucou. – Não espere um presente muito elaborado, eu mal tive tempo de...

Ele a silenciou com um beijo apaixonado, que só foi interrompido quando os dois ouviram batidas na porta.

Aí, casal dos amassos, já deu. Eu não quero um sobrinho antes da hora! Recomponham-se, por favor. – George gritou do lado de fora.

— George, venha aqui, tenho que entregar o meu presente! – Ágatha exclamou de volta.

— Vocês estão vestidos?

— George!

— Tá bem... – ele entrou no quarto com um olhar desconfiado.

— Não sei se vocês se lembram, mas no nosso segundo ano eu dei algo que seria útil no futuro. – Ágatha começou seu discurso.

— Ágatha... Eu sinceramente não me lembro nem o que eu fiz no verão passado, você quer mesmo que eu me lembre do nosso SEGUNDO ano? - George resmungou.

— Muito bem. Aquela caixa pequena pra vocês guardarem suas invenções.

— Ah! – disseram ao mesmo tempo.

— Vou considerar isso como um “lembrei”. Então... Eu estava vendo suas coisas e, por Merlin, vocês têm demais. Então, eu roubei a caixa original de vocês e reformei um pouco nos últimos dias. – Ágatha sorriu vitoriosa.

— Foi você quem bisbilhotou no nosso quarto...

— Onde você enfiou minhas meias da sorte? – George rebateu.

— Não mexi nas suas meias. E aqui está meu presente. – ela esticou um pacote grande para eles. – Ah, e George, esse é da Abigail para você. Ela disse que você "entenderia".

Fred rasgou o embrulho, uma caixa muito maior com várias gavetas embutidas dentro dela. George abriu o pacote de Abigail curioso, e começou a rir quando encontrou o presente.

— Um tigre de pelúcia? – Ágatha indagou. Onde isso faz sentido?

— Bom... Abigail jurou vingança porque eu fico chamando ela de Cerejinha. – ele virou o bichinho de pelúcia para Ágatha e ela riu ao ler o que estava escrito na coleira dele. – A vingança está cumprida.

Lia-se: Para o meu tigrão.

— Vamos ver se o café já está pronto. – George se levantou após um tempo de conversas entre eles. Os gêmeos, como sempre, aparataram até o andar debaixo. Ágatha se resignou a guardar algumas coisas antes de seguir para as escadas, mas foi parada pelos dois, que aparataram no quarto alguns minutos depois.

— O que houve?

— Mamãe está chorando. – Fred disse.

— Percy devolveu o suéter dele. Sem nenhum bilhete. – George comentou indignado.

— Que coisa mais horrível.

— É... O Percy anda fazendo várias coisas horríveis. – Fred comentou.

— Que tal visitarmos Harry no andar de cima? – George sugeriu.

Ágatha abriu a boca para contestar, mas os gêmeos já haviam aparatado.

— Merlin, me ajude.

No andar de cima, Fred e George cumprimentavam Harry e Rony assim que Ágatha chegou ao quarto.

— Feliz Natal. – ela desejou com um sorriso.

— Ah, não vão lá embaixo por um momento. – George avisou.

— Por que não? – Rony perguntou.

— Mamãe está chorando outra vez. – Fred bufou. – Percy devolveu seu suéter de Natal.

— Sem um bilhete. Não perguntou como o papai está ou o visitou ou qualquer coisa. – George acrescentou indignado.

— Nós tentamos confortá-la. – Fred, adiantando-se curioso para examinar um retrato de Harry. Ou o que quer que fosse. – Dissemos a ela que Percy não passa de um rato.

— Não funcionou. – George disse. – Então Lupin tomou posse. Melhor deixar que ele a anime antes de descermos para o café da manhã, eu acho.

— O que você supõe que seja isso, de qualquer modo? – indagou Fred curioso, olhando a pintura que Harry ganhara. – Parece um gibbon com dois olhos pretos.

— É o Harry! – George exclamou risonho, apontando a parte de trás da pintura. – Atrás diz isso!

— Bem parecido. – Fred comentou aos risos. Harry jogou um livro na direção dele, mas Fred desviou-se habilmente.

Depois de um tempo, desceram para o café. A senhora Weasley estava com os olhos bem vermelhos e a voz meio rouca, mas não deixou de cumprimentar a todos animadamente.

— Ágatha. – Lupin foi até a filha, abraçando-a fortemente.

— Feliz Natal, papai. – ela disse sorridente. – Mamãe não...?

— Ela me mandou uma coruja avisando que não poderia vir. Teve que ir à Hogwarts a pedido de Umbridge. – Ágatha suspirou com pesar. – Ela vai vir mais tarde, com certeza.

Ele ganhou um olhar incrédulo da filha, e se afastou com um sorriso compreensivo.

— Ágatha. – a senhora Weasley se aproximou, e tomou o lugar de Lupin com um abraço apertado. – Chegou tão tarde ontem, nem tive tempo de cumprimentar você direito.

— Feliz Natal, senhora Weasley.

— Fico feliz que esteja conosco. – ela sorriu docemente. Ágatha retribuiu o gesto.

— Adoro a sintonia entre você e sua futura sogra. – Fred sussurrou quando passou por ela, ganhando um riso envergonhado em resposta.

Mais tarde, eles seguiram até o hospital St. Mungus visitar o senhor Weasley. A visita durou bastante tempo, em que Ágatha se dividiu entre cumprimentar o senhor Weasley, conversar com os gêmeos e ficar fascinada com a ideia de trabalhar naquele hospital algum dia.

xXx

Quando a época natalina acabou e eles tiveram que voltar à Hogwarts, usaram um meio de transporte bastante conhecido: o Nôitibus Andante. Tonks e Lupin acompanharam os estudantes seguramente até a escola. Já lá, eles chegaram a tempo do almoço – encontrando-se com outros alunos que chegavam de suas viagens.

Não demorou muito para os dias trazerem aquela rotina cansativa de estudos de volta. Era começo de tarde quando Fred e Ágatha estavam na Biblioteca. A loira tinha separado tempo para ajudá-lo com uma matéria impossível de Poções, mas Fred estava se distraindo com alguns alunos fazendo encomendas das invenções.

— Freeed... – Ágatha chamou a atenção dele de novo. O ruivo terminou de anotar o nome de dois garotos do segundo ano e voltou-se para ela.

— O quê?

— Eu deixei de estudar para te ajudar! – ela retrucou. Fred assentiu, arrastando a cadeira de volta para perto. Ágatha voltou sua atenção para o livro, separando as anotações para explicar. – E você precisa de vinte minutos de paciência, que você tem de sobra quando quer fazer alguma azaração mas parece perder quando precisa prestar atenção numa aula, e... O que foi? Por que tá me olhando assim?

— Você não tem ideia do quanto fica bonita concentrada nos estudos.

Ágatha crispou os lábios para conter o sorriso, mexendo em suas anotações.

— Então, como eu dizia... Vinte minutos e... Fred! Presta atenção! – ela resmungou, tentando manter a voz baixa.

— Eu estou prestando atenção!

— Não está não. Fica me olhando desse jeito meigo e eu fico com vontade de te beijar, mas você sabe que se nós nos beijarmos na biblioteca a Madame Prince vai aparecer feito um demônio das sombras pra expulsar a gente daqui pra sempre! – ela disse tudo em voz baixa, ameaçadoramente e rápido, e deixou Fred com uma cara de riso. – Se você rir, vai ser um homem morto.

— Por que não vamos até os jardins então? Ai se nós nos beijarmos, não vai ter nenhum demônios das sombras pra nos importunar. – ele sugeriu com um sorrisinho.

— Eu quero estudar.

— E eu quero te beijar. – ele retrucou.

Ágatha virou o rosto.

— Minha opção é mais útil. – Ela disse convicta.

— Ah, é? – ele arrastou a cadeira para mais perto, e Ágatha pulou onde estava quando sentiu um beijo em seu pescoço.

— Fred! – ela resmungou, levantando-se para se afastar. Infelizmente e contra sua própria vontade, Ágatha não conseguiu esconder o sorriso. Fred sorriu de volta.

— Não me deixe, por favor. – ele esticou a mão para ela voltar a se sentar.

— Só se me prometer que vai me deixar te ensinar a fazer essa poção. – Ágatha apoiou as mãos no quadril. – Anda, prometa.

— Está bem, eu prometo.

Ela semicerrou os olhos, desconfiada, mas ocupou sua cadeira novamente.

— E me dá espaço. – Ágatha pediu, mordendo o lábio para esconder o sorriso com a careta dele.

— Pronto!

— Eu te adoro, seu bobão. – ela sussurrou, roubando um beijo rápido para voltar a atenção para o livro.

xXx

— O passeio para Hogsmeade vai ser no dia dos namorados, que apropriado. – Alicia comentou enquanto olhavam o quadro de avisos. – Como eu queria que o Karl estudasse em Hogwarts.

— Ainda conversa com ele? – Abigail se mostrou surpresa.

— Claro! Somos almas gêmeas.

— Fico feliz por você.

— Ah, e aí... Você e o George estão bem?

Abigail sorriu.

— Ele é tão... Fofo que seja a ser inacreditável.

— George Weasley. Fofo! Alguém chame a Rita Skeeter. – Alicia brincou.

— Eu ouvi isso. – as duas voltaram-se para uma figura ruiva no fim do corredor.

— Oi. – Abigail o cumprimentou com um abraço.

— Como é que vai, fofão? – Alicia provocou. - Não posso me demorar mais ou a Minerva me transforma num castiçal, então aproveitem minha despedida pra se beijar ou qualquer coisa do tipo. Tchau.

— Então... O que foi? – Abigail perguntou ainda abraçada a ele.

— Eu preciso de assunto pra vir cumprimentar você?

— Claro que não... Mas você está com cara de quem tem algo para me falar.

— Estou? Muito bem então, profetiza... Eu queria te convidar para ir à Hogsmeade comigo no dia dos namorados.

— E precisa de convite?

— Eu estou tentando ser o George fofo no momento, com a sua licença?

— Muito bem então, tigrão... Eu aceito o convite. – ela sorriu, beijando-o rapidamente.

— Vem cá... Temos um tempo livre antes da aula de Poções, não é? – ele indagou com um sorriso de provocação.

— É, por quê?

— Vamos dar uma volta, que tal? – George mudou seu sorriso para um malicioso, recebendo risos de Abigail.

xXx

— Chapéu Sem-Cabeça! – gritou George enquanto Fred mostrava um chapéu cônico decorado com uma grande pena rosa. – Apenas dois galeões, observem o Fred! – ele colocou o chapéu na cabeça e após alguns segundos parecendo estúpido e brega, sua cabeça e o chapéu desapareceram. Algumas garotas gritaram, mas todos os outros riram. George retirou o chapéu do irmão e a cabeça dele voltou a aparecer.

— Esses dois são uns gênios. – Lino comentou enquanto assistia a apresentação. Vários alunos foram até os dois já interessados em fazer compras.

— É... Seriam mais gênios ainda se parassem para estudar um pouco. – Ágatha replicou com um sorrisinho. – Mas não temos muito que fazer, né? O tanto que eles têm de genialidade, têm de teimosia.

— É.

xXx

— Ágatha... Você não viu George por ai, viu? – Abigail indagou curiosa no café da manhã. Ágatha virou-se confusa para ela.

— Eu o vi esta manhã, pouco antes de te encontrar aqui. Ele me disse que tinha uns assuntos para resolver e depois vinha para o salão.

— Ah.

— Por quê?

— Ele andou meio sumido nos últimos dias. – Abigail deu de ombros, fingindo se interessar nas torradas em seu prato. – Eu não sei... Desde que ele me convidou para ir à Hogsmeade quase nunca passa os intervalos de aulas comigo. Eu fiquei essa semana toda com você e Alicia, lembra?

— É, mas... Eu também não estou tendo tempo com o Fred. As Gemialidades tomam um tempão. – ela sorriu compreensiva.

— É, eu estou fazendo tempestade em copo de água. – Abigail disse risonha, parecendo mais animada. 

As duas pegaram seus casacos e saíram do dormitório, descendo para encontrar Fred e Lino jogando uma partida de xadrez bruxo no salão comunal. Abigail se reteve na hora, correndo os olhos para encontrar George escondido em algum canto, mas ele não estava ali.

— Eu disse que nós poderíamos voar até a Austrália e visitar os cangurus que elas ainda não teriam descido. – Fred brincou.

— Engraçadinho. – Ágatha o cutucou. – Onde está o George?

— Ele disse que precisava resolver alguma coisa, mas falou tão rápido que eu, sinceramente, não entendi. – Fred explicou. – Vai nos encontrar no Três Vassouras.

— Ah, claro. – Abigail sorriu o máximo que pôde, fingindo não estar triste com aquilo. Ágatha a abraçou pelo ombro.

— Vamos tomar algumas cervejas amanteigadas.

xXx

— Eu sei! Cara, aqueles passes são simplesmente impossíveis de serem imitados! – Ágatha exclamou rindo.

— É. E ainda mais quando ela voa com uma vassoura daquelas, pela Ordem de Merlin, eu preciso me casar com ela um dia. – Lino comentou, recebendo um olhar feio de Angelina.

— Você saiu comigo ou com a artilheira do outro time?

— Como eu dizia, a capitã Johnson é claramente a jogadora mais brilhante da nossa era. – Lino sorriu charmoso, ganhando um risinho dela de volta.

Abigail era a única cabisbaixa. Já havia se passado uma hora desde que eles saíram de Hogwarts, com todos os casais apaixonados passeando pra lá e para cá e George não dera as caras. Com um suspiro, Abigail ergueu-se, chamando a atenção dos quatro que conversavam.

— Eu vou... Comprar umas penas está bem? – Ágatha tentou lhe dizer algo, mas a morena foi mais rápida.

— Fred... – ela virou-se ameaçadoramente para o ruivo. – Onde está seu irmão?

— E eu que sei, mulher?!

— Conecte-se mentalmente com ele, faça alguma coisa que só gêmeos sabem fazer, mande uma maldição imperdoável contra ele, qualquer coisa! Eu quero ele aqui agora!

— Ágatha... Relaxa e confia. – Fred piscou um olho em provocação. Ágatha hesitou, curiosa sobre o significado daquele gesto. – E então, quem quer mais cerveja amanteigada?

xXx

Abigail acabava de sair da loja com umas quatro penas novas e desnecessárias quando ouviu um murmurinho de garotas. Virou-se curiosa para lá, o coração retumbando esperando que fosse o ruivo que a havia esquecido no dia dos namorados, mas infelizmente, eram apenas balões mágicos e coloridos voando pelos ares.

Com um suspiro, ela deu as costas para as garotas, pensando em voltar para o castelo. Nem ousou se virar quando ouviu as mesmas garotas novamente, dessa vez mais exaltadas, exclamando coisas como “Oh, meu Merlin!”. Só fez isso quando notou que outros pares de visitantes também faziam isso, encarando algo atrás dela.

Quando olhou para o céu, Abigail levou as mãos à boca. Ali, em meio às nuvens, fogos de artifício silenciosos formaram uma frase: “Desculpa a demora. Quer namorar comigo cerejinha?”

— E aí? Posso saber sua resposta? – George sussurrou atrás dela, próximo à sua orelha. Abigail soltou um gritinho, virando-se para ele.

— E precisa perguntar?

— Isso é um sim?

— É! – ela jogou-se no pescoço dele, erguendo os pés do chão. George abraçou-a pela cintura, beijando todo o seu rosto até chegar à boca.

xXx

— Eles com certeza vão ficar lá em Hogsmeade por um bom tempo. – Fred disse, deitando-se no sofá.

— Foi tão fofo! E inesperado. Ele planejou tudo aquilo sozinho, sem um pingo de influência minha. Dá pra acreditar?! – Ágatha exaltou, parando à frente do sofá. – Ah... Com licença? Eu também queria sentar.

— Ué, vem aqui. – Fred sorriu. Ágatha estreitou os olhos, mas sorriu quando ele a puxou, fazendo-a cair por cima dele. – Quer aproveitar esse fim de dia dos namorados?

— Pra que? - quando ele revirou os olhos, ela gargalhou. — Adoraria. – puxou-o pelo colarinho da blusa, colando seus lábios no instante seguinte.

xXx

— Rony e Gina não estão aqui? – perguntou Fred, olhando em volta enquanto puxava uma cadeira. – Ótimo. Estávamos vendo o treino deles. Eles serão massacrados. São um completo lixo sem nós.

— Fala sério, a Gina não é ruim. – disse George, sentando-se ao lado do irmão. – Na verdade eu me pergunto como ela consegue jogar tão bem, considerando o fato que nós nunca a deixamos jogar conosco.

— Ela tem entrado no lugar onde vocês guardam as vassouras no jardim desde que tinha seis anos e pegado cada uma de suas vassouras quando vocês não estão olhando. – disse Hermione.

— Ah... – George exclamou. – Bom... Isso explica.

— Rony já consegue defender? – Hermione perguntou.

— Ele consegue fazer isso se pensar que ninguém está assistindo. – disse Fred. – Então, tudo o que temos que fazer é pedir para o público se virar e conversar entre eles cada vez que a goles chegar perto dos aros no sábado.

Ele se levantou o foi até a janela, olhando através dos campos escuros.

— Vocês sabem, quadribol é uma das únicas coisas nesse lugar pela qual vale a pena ficar.

Hermione olhou-o severamente.

— Vocês têm o exame chegando!

— Já te disse, nós não nos preocupamos com os N.I.E.M.s. – Fred replicou. – As Snackboxes já estão prontas para serem vendidas, nós descobrimos como nos livrar daqueles furúnculos, apenas duas pastilhas da essência de murtisco acabam com eles, Ágatha investigou para nós.

— Eu me pergunto se eu realmente quero ver essa partida. Se Zacharias Smith nos derrotar eu terei que me matar. – confessou George.

— Mate-o, seria mais apropriado. – Fred disse.

— Esse é o problema com quadribol. – Hermione disse distraidamente. – Cria todo esse sentimento ruim e de tensão entre as casas.

Recebeu pelo comentário os olhares de desprezo e incredulidade de Fred, George e Harry.

— Cria sim! É apenas um jogo, não é?

E esse jogo, infelizmente, não se saiu bem no sábado seguinte. Foi uma partida curta, e cheia de erros dos substituintes: ao menos Rony e os batedores colocados no lugar de Fred e George. Um deles acertou Angelina na boca e o outro caiu da vassoura quando Smith voou rapidamente com a goles. O milagre foi feito por Gina, que capturou o pomo, deixando a Grifinória dez pontos atrás da Lufa-Lufa.

— Foi um bom jogo. – Alicia disse para Ágatha quando se encontraram.

— É. – Abigail afirmou com um sorriso tímido.

— Bom? Se Gina não nos salvasse, teria sido o maior desastre na história do quadribol da Grifinória. Wood se revirou na cama, com certeza. – Ágatha murmurou raivosa.

— É compreensível... Afinal de contas, Harry, Fred e George eram incríveis e a Umbridge é horrível. Quero dizer... Não tem substitutos à altura. – Alicia comentou tristemente.

— É...

xXx

Na AD, eles finalmente começaram a trabalhar com Patronos. A prática em uma sala de aula clara e sem um Dementador para ser ameaçado era, segundo Harry, bem mais complicado, mas isso não fez com que os alunos deixassem de tentar.

— Tantas lembranças felizes para me concentrar. – Alicia comentou pensativa.

— Escolha a mais feliz. – Harry replicou, encaminhando-se para verificar os outros.

Ágatha suspirou, deixando sua mente livre, com apenas aquela lembrança escolhida.

Expecto Patronum! – ela disse. Da primeira vez, apenas um fio prateado sem vida saiu de sua varinha, mas na segunda tentativa, uma linda raposa prateada saltitou ao seu redor.

— Fantástico, Ágatha! – Harry exclamou. – Sua vez George.

Expecto Patronum! – da ponta da varinha do ruivo, o fio prateado transformou-se num lêmure saltitante, que ganhou um riso do ruivo. Qual foi a surpresa quando da varinha de Fred um outro lêmure saiu pulando pela sala.

— É a cara de vocês! – Ágatha exclamou.

Foi quando todos estavam se divertindo que Dobby, o elfo, apareceu para avisá-los de que Umbridge estava vindo. Harry mandou que todos corressem e foi o que fizeram, espalhando-se e escondendo-se, já que ainda estava cedo.

xXx

Dumbledore tinha partido e agora Umbridge era a diretora de Hogwarts. Não havia nada mais desanimador e irritante do que aquela notícia. E ficava ainda pior, com os alunos puxa-sacos da Sonserina exibindo seu poder de estar da Brigada Inquisitorial. Eles podiam até mesmo tirar pontos dos alunos se quisessem!

— Vocês fizeram Montague desaparecer? – Abigail exclamou indignada para os gêmeos.

— Como?

— A Cabine do Desaparecimento no primeiro andar. – Fred disse rindo.

— E para onde o mandaram? – Ágatha indagou.

— Não sei. – George deu de ombros. – E nem é importante.

— Ele tentou tirar pontos nossos. – Fred disse.

— Quem mandou tentar. – George completou.

xXx

— Não até que Montague reapareça, e isso pode levar semanas... Eu nem sei para onde nos mandamos. – Fred contava a mesma história para Harry, Rony e Hermione. – De qualquer forma, nós decidimos que não nos importamos mais em nos meter em encrenca...

— E algum dia vocês se importaram? – indagou Hermione.

— Lógico que sim. Nunca fomos expulsos, não é mesmo? – disse George.

— Nós sempre soubemos qual era o limite. – Fred concordou.

— Talvez nós tenhamos avançado um dedinho além dele ocasionalmente. – George comentou.

— Mas sempre parávamos antes de causar problemas realmente sérios.

— E agora? – indagou Rony.

— Bem, agora... – começou George.

—... Que o Dumbledore foi embora... – continuou Fred.

—... Nós achamos que um pouco de caos...

—... É exatamente o que a nossa querida nova diretora merece. – Fred completou por fim.

— Vocês não devem. – Hermione repreendeu. – Não deveriam! Ela adoraria um motivo para expulsar vocês!

— Você não entendeu, não é, Hermione? – Fred disse sorrindo. – Nós não nos importamos em continuar aqui.

— Nós já estaríamos fora daqui se não estivéssemos determinados em fazer uma pequena vingança em nome de Dumbledore. Bem, de qualquer forma, a primeira parte está para começar. Eu iria para o Salão Principal almoçar se fosse um de vocês, de forma que os professores possam ver que vocês não têm nada a ver com isso.

— Isso o quê? – indagou Hermione curiosa.

— Vocês vão ver. Agora se mandem. – disse George.

xXx

— Eles estão querendo expulsão, certo? – Abigail indagou baixinho para Ágatha, enquanto ela assentia.

— Provavelmente.

Os gêmeos haviam soltado uma quantidade enorme de fogos de artifício encantados, que se espalhavam pelos corredores e salas de aulas cada vez mais rápido. O estrondoso barulho chamou a atenção de Umbridge, que corria para tentar manter a ordem. Claro que ela não conseguiria aquilo tão rápido, com o tanto de fogos que teria de lidar: Dragões que soltavam faíscas verdes e douradas voavam de um lado para o outro nos corredores; espirais rosa-choque de quase 3 metros de diâmetro zumbiam letalmente pelo ar, como se fossem discos voadores; foguetes com longas caudas repletas de estrelas prateadas ricocheteavam pelas paredes; traques explodiam como minas em todos os lugares que se olhasse e, ao invés de se perderem o gás, a cor ou os ruídos começarem a diminuir até enfim terminar, esses milagres pirotécnicos pareciam ganhar energia e impulso quanto mias ele olhava.

E para “ajudar” nenhum professor parecia interessado em dar uma ajuda à Umbridge ou Filch. Os dois estavam horrorizados com aquele pandemônio. Ainda mais quando os fogos atingiram o segundo andar e foram seguindo adiante.

— Depressa, Filch, depressa! – ela grunhiu. – Daqui a pouco eles estarão tomando a escola a não ser que façamos alguma coisa. Estupefaça! – mas o feitiço não se chegou a retardar o dragão que ela tentava destruir, e sim fez com que ele explodisse, causando mais estardalhaço.

— Ela vai ficar fazendo isso durante muito tempo e vai piorar tudo. – Lino comentou rindo.

— Como assim? – Abigail indagou curiosa.

— Fred e George disseram que se ela tentar fazê-los desaparecer, multiplicam-se por dez. – ele explicou com animação.

A primeira tarde de Umbridge como diretora foi passada em uma perseguição aos fogos e atendimento aos chamados dos professores, já que nenhum deles – incrivelmente – parecia capaz de dar fim aos fogos de artifício que invadiam suas aulas.

As aulas seguiram normalmente; os professores não se importavam. Quando um dragão entrou ruindo alto e soltando fogo na aula de Flitwick, ele parecia extremamente paciente. Pediu para que chamassem Umbridge e ela apareceu na sala coberta de fuligem, com a maior expressão de cansaço possível.

— Muito obrigado, professora! – exclamou o professor Flitwick. Ágatha e Alicia entreolharam-se, segurando o riso. – Eu poderia ter me livrado deles sozinho, com certeza, mas eu não estava certo de que tinha autoridade o bastante para isso.

Sorridente, ele bateu a porta na cara dela, recebendo dos alunos presentes sorrisos e gargalhadas.

Mais tarde, Fred e George foram aclamados como heróis na Torre da Grifinória.

— Foram fogos maravilhosos! – a própria Hermione comentou.

— Obrigado. – disse George. – Granadas Enlouquecidas Weasley. O único problema é que usamos todo o nosso estoque; vamos ter que recomeçar do nada agora.

— Mas valeu à pena. – Fred comentou, recebendo vários pedidos dos alunos. – Se você quiser colocar seu nome da lista de espera, Hermione, são apenas cinco galeões por uma caixa de Incêndio Básico e vinte por uma Detonação de Luxo.

— Esses dois. – Abigail comentou de longe, sentada em frente ao fogo com Lino e Ágatha. A última, mergulhada até o rosto no livro de Poções.

— Acho que não demora muito até eles aprontarem mais alguma. Me disseram que não se importam mais em ficar na escola. – Lino comentou distraidamente, revendo suas peças no xadrez bruxo que jogava.

— É, eles nunca se importaram muito. Agora, com a Umbridge como diretora então... – Abigail disse risonha. – Não acha, Ágatha?

— Deve ser.

— Alô! Terra para Ágatha. É dia de festa, desgruda desse livro! - Lino brincou.

— Não com as provas tão próximas. O Snape não gosta de festas, como deixou bem claro na lista que a gente precisa entregar. E ainda tem todo aquele relatório para a McGonagall que eu nem sei por onde começar...

— Desesperada de novo? – ela ignorou Fred quando ele se sentou ao seu lado.

— Calma, Ágatha. – George apoiou a mão no ombro dela. – Vai acabar ficando com cabelos brancos antes da hora.

— Você é fantástica. Vai se sair bem. – Abigail sorriu para a loira. - Esquece um pouco disso e deixa eu roubar um pouco de torta pra gente lá na cozinha!

Ela bufou, fechando o livro em seu colo.

— Eu realmente preciso me concentrar, gente. Boa noite.

— Mas... O que deu nela? – Lino exclamou assombrado.

— É só nervosismo por causa das provas. Amanhã ela tá bem de novo. – Abigail sorriu para ele, sem deixar de parecer preocupada com a amiga.

xXx

— Ágatha? – Abigail chamou quando entrou no dormitório. A loira estava sentada na cama, rodeada de livros, com a concentração perdida na parede. – Pelo samba-canção de Merlin menina, saia já dessa cama!

— Não dá, tenho que estudar. – Ágatha retrucou, apertando os olhos em cansaço.

Abigail fez um bico de raiva, arrastando-se até a amiga. Puxou-a pelo braço, mas não foi párea para a artilheira.

— Por que quer que eu saia da cama? Pra dormir?

— Fred está lá embaixo esperando você.

— Pra quê? Tá tarde.

— Para de ser tão questionadora! Desce logo! – Abigail grunhiu, dando um tapa no ombro da loira.

— Mas eu estou de pijama.

— Grande coisa. Coloca um roupão... Vai logo!

Soltando um bufo, a loira ergueu-se e vestiu o roupão. Ainda olhando feio para Abigail, saiu do quarto batendo o pé.

xXx

No andar debaixo, Ágatha encontrou o salão comunal vazio, com exceção do ruivo sentado no sofá a sua espera.

— O que foi? – indagou meio ranzinza. – Eu estava estudando, espero que seja importante.

— Está com fome? – ele perguntou com um sorriso.

— Fred, o que...?

— Vem comigo, você precisa descansar. – ele puxou-a pela mão antes que ela dissesse mais alguma coisa.

— Eu estou de pijama!

— A gente usa a passagem secreta.

— Nós não deveríamos sair assim. Se a Umbridge descobre...

— Ágatha, acha mesmo que eu me importo? – ele riu.

— Eu me importo! – a loira retrucou, pisando firme para não sair do lugar.

 

 

— A gente vai ter cuidado. Vamos lá, pode ser nosso último encontro romântico em Hogwarts antes que eu vá embora.

— Esse é o problema! – Ágatha exclamou, dando as costas para ele. O tom veio cabisbaixo em seguida: – Eu tô tentando me concentrar o tempo todo nos livros pra ignorar o fato de que meus dois melhores amigos vão embora.

— Ah, gatinha, vem cá... – ele a abraçou pela cintura.

— Eu sei que é o nosso último ano aqui, mas vai ser diferente terminar tudo sem vocês. – confessou ao se virar, fungando alto.

— Muita coisa tem sido diferente nos últimos tempos. Não significa que todas elas sejam ruins. - ele cutucou seu nariz, ganhando um sorriso rápido da garota.

 

— Seu idiota. Por que sabe exatamente o que dizer pra me desarmar assim?

— Porque você me ama. — ele a beijou. — Então... Quer ir até a cozinha? Eu estou morto de fome e bem que a gente podia dividir um pedaço de pudim.

— Pode ser legal. – ela sorriu, roubando outro beijo.

xXx

— Ei. – Fred chamou a atenção de Harry. – Gina falou com a gente sobre você. Ela disse que você precisa falar com o Sirius?

— O que? – Hermione exclamou.

— É... – Harry assentiu. – É, eu acho que gostaria...

— Não seja ridículo. – Hermione cortou-o. – Com Umbridge tomando conta das lareiras e fiscalizando todas as corujas?

— Bem, nós achamos que podemos achar uma forma mesmo assim. – George sorriu. – É uma simples questão de causar diversão. Agora, você deve ter notado que nós temos andado bem quietos no que diz respeito a destruições durante as férias de Páscoa?

— De que adianta, nós perguntamos a nós mesmos, de que adianta o desperdício de tempo útil? – Fred continuou. – De nada, nós respondemos a nós mesmos. E claro que nós estragaríamos a revisão das pessoas também, o que seria a última coisa que gostaríamos de fazer.

— Mas esse tipo de negócio é natural. – Fred continuou após uma pausa. – e se nós vamos causar um pouco de tumulto então por que não fazer isso para que Harry possa ter sua conversa com Sirius?

— Sim, mas mesmo assim. – Hermione replicou. – Mesmo que vocês consigam uma distração, como Harry falaria com ele?

— Do escritório de Umbridge. – Harry falou baixinho.

— Vocês estão loucos? – Hermione exclamou.

— Eu não acho. – Harry deu de ombros.

— O que você acha disso? – Hermione indagou para Rony.

— Eu não sei... – o ruivo disse. – Se Harry quer fazer, é com ele, não?

— Falou como um amigo de verdade e um Weasley. – disse Fred sorridente. – Então tá. Nós estávamos pensando em fazer isso amanhã, logo depois das aulas, porque causaria o máximo de impacto se todo mundo estiver nos corredores. Harry, nós faremos isso em algum lugar da Ala Oeste, levá-la para bem longe do próprio escritório. Eu acho que podemos te garantir o que, vinte minutos? – virou-se para George.

— Tranquilamente.

— Que tipo de confusão é essa? – perguntou Rony.

— Você vai ver, irmãozinho. – Fred disse enquanto se levantava com o gêmeo.

xXx

— É, está chegando a hora. – George comentou animado. – Mal posso esperar para ver a cara da sapa.

— Vai ser impagável. – Fred concordou.

— Vocês dois... – Ágatha repreendeu-os, balançando a cabeça. – Ainda têm tempo de mudar de ideia, de serem responsáveis e fazer os N.I.E.M.s. – os gêmeos entreolharam-se, rindo entre si. – Ou não.

— Ou não. – os dois assentiram.

— Vão me escrever? – ela enganchou seus braços entre os dele, parando entre os garotos.

— Claro. Sobre cada segundo da nossa vida fora de Hogwarts. – Fred assentiu.

— Isso se sua mãe não matá-los. – Abigail comentou, entrando no salão comunal com Lino.

— Ah, relaxa. Ela vai entender.

xXx

— Então! – Umbridge exclamou. Estava parada alguns degraus acima, com Fred e George cercados no fim da escada. Eles não tinham expressões de quem estava se importando com alguma coisa. – Vocês acharam interessante transformar o corredor da escola em um pântano, não acharam?

— Bastante interessante, é. – Fred disse sem qualquer sinal de medo.

Filch abriu passagem em meio aos alunos, quase chorando de felicidade.

— Eu peguei o formulário, diretora. Eu tenho o formulário e as varas prontas... Ah, me deixe fazer isso agora...

— Muito bem, Argo. – ela assentiu sorridente. – Vocês dois. – encarou os gêmeos. – estão prontos para aprender o que acontece com desordeiros na minha escola?

— Você quer saber? Nós não achamos que vamos. – Fred disse simplesmente. Ele se virou para o irmão. – George, eu acho que nós já passamos da fase da educação em tempo integral.

— É, eu tenho me sentido assim também. – George disse com um sorriso.

— É hora de testar nossos talentos no mundo real, você não acha?

— Definitivamente. – George assentiu.

E antes que a diretora dissesse mais alguma coisa, eles levantaram as varinhas e disseram juntos:

— Accio Vassouras!

Ouviu-se um barulho alto em um lugar distante e logo as vassouras de Fred e George vinham pelos corredores na direção de seus donos. Pararam à frente deles, uma das vassouras ainda com a corrente que as prendia antes pendurada.

— Nós não te veremos logo. – Fred avisou para a professora, montando na vassoura.

— É, a gente não se preocupa em manter contato. – George comentou, também montando na vassoura.

Fred virou-se para a multidão.

— Se alguém quiser comprar pântanos portáteis como nós demonstramos lá em cima, venha ao número noventa e três do Beco Diagonal. As Gemialidades Weasley! – falou em voz alta.

— Descontos especiais para os alunos de Hogwarts que jurem que vão usar nossos produtos para se livrar da sapa velha. – George completou sorrindo.

— Segurem eles! – Umbridge gritou, mas tarde demais. Fred e George saíram do chão, voando acima de qualquer um que tentasse segurá-los. Fred encarou o fantasma que flutuava acima da multidão.

— Mande o inferno pra ela por nós, Pirraça.

E Pirraça assentiu, tirando o chapéu para os gêmeos, que aceleraram suas vassouras às portas abertas a frente deles, em direção a um glorioso pôr-do-sol.

xXx

— Foi incrível. – Abigail comentou, sentando-se nos jardins com Ágatha e Alicia.

— Um espetáculo à altura dos gêmeos. – Alicia deu risada. – O melhor foi Umbridge tentando se livrar daquele pântano...

— Eu acho que os professores foram bondosos demais resolvendo o problema para ela. Deveriam ter deixado ali. – Ágatha comentou com bom humor.

— Muito bem... Agora, vamos fazer algo que a Ágatha adora... – Alicia comentou séria.

— O quê?

— Estudar.

xXx

Junho chegou mais rápido do que deveria para os alunos do quinto e sétimo ano. O primeiro exame fora marcado para segunda-feira, e não foi anormal ver como os alunos estavam absurdamente nervosos no café da manhã.

— Vai dar tudo certo. – Alicia, apesar de nervosa, parecia otimista.

O Salão Principal estava arrumado como estivera nas N.O.M.s, com carteiras individuais no lugar das mesas das casas. Ágatha sentou-se atrás de Abigail, com Alicia na outra fileira.

— Podem começar. – Minerva anunciou, parada à frente de todos eles.

O exame prático de Feitiços não foi um completo absurdo, afinal de contas, Ágatha tinha feito as garotas estudarem e revisarem tanto com ela que muitas coisas estavam gravadas em suas cabeças. Depois do almoço, foi o momento do Teste Prático, que acabou sendo complicado. Os aplicadores pediam diversos feitiços para serem realizados em sequência, e até mesmo Ágatha enroscou-se em muitos deles. Nada desastroso, mas ela passou alguns minutos seguintes reclamando de como poderia ter sido melhor.

No outro dia, tiveram Transfiguração. Ágatha sentiu-se confiante depois de realizar seu teste prático, enquanto Alicia lastimava que havia transformado seu cálice numa salamandra – que cuspia fogo, e acidentalmente o fez no examinador – ao invés de uma iguana.

Herbologia foi feito na quarta-feira. Abigail saiu do exame prático raivosa e com os cabelos espantados, já que havia se enrolado toda com duas plantas. Na quinta-feira tiveram DCAT, e as três se saíram muitíssimo bem na prova escrita e no exame prático, terminando-o com um sorriso na direção de Umbridge – que parecia surpresa por ver um desempenho prático tão esplêndido. Claro que elas passaram para agradecer à Harry logo depois.

Na sexta, as garotas ficaram livres do exame de Runas Antigas, então aproveitaram para estudar ainda mais para Poções. Lino juntou-se a elas no estudo, dizendo que não estava entendendo nada que lia em suas próprias revisões.

O exame de Poções foi na segunda-feira, e sem a presença de Snape na aplicação da prova prática, todos os alunos pareciam mais aliviados. Ágatha se saiu incrivelmente bem no exame de Trato de Criaturas Mágicas, enquanto Alicia deixou o local da prova com o cabelo um pouco chamuscado, já que sua salamandra havia sofrido um pequeno acidente.

Na noite do exame de Astronomia, houve uma confusão quando Umbridge expulsou Hagrid, acabando com McGonagall estuporada por quatro dos acompanhantes de Umbridge.

— Mas por que despedir o Hagrid agora? – Angelina indagou, sentada no sofá do salão comunal.

— Umbridge odeia meio-humanos. – Hermione disse. – Ela sempre estava tentando expulsar o Hagrid.

— E ela pensou que Hagrid estava colocando aqueles pelúcios no escritório dela. – Abigail comentou.

— Oh, não. – Lino exclamou. – Fui eu quem andou colocando os pelúcios lá. Fred e George me deram um casal antes de saírem, eu os levitava pela janela dela.

— Ela o teria despedido de qualquer jeito. – Dino disse. – Ele sempre foi muito próximo de Dumbledore.

xXx

— Ainda não dá pra acreditar... – Abigail murmurou, folheando seu Profeta Diário. – Depois de um ano eles assumem que Você-Sabe-Quem voltou. Harry teve que passar por tudo aquilo no Ministério para aquele idiota do Fudge se tocar.

— Ele é do Ministério, nunca iria assumir que Você-Sabe-Quem estava solto, não sem que aparecesse na cara dele. – Ágatha resmungou. – Mamãe me mandou uma carta, disse que está um caos no trabalho, mas vai poder me pegar na estação.

— Nem acredito que amanhã estaremos formadas. – Abigail comentou. – Quero dizer... É tão triste.

— Sim. – Ágatha concordou. – Mas ao menos faremos isso com Dumbledore de volta à escola e aquela sapa velha fora.

xXx

— Muito bem senhorita Wood, seu diploma. – Minerva entregou o pergaminho à Abigail, sorrindo para ela. Apesar de tantos acontecimentos na escola, Dumbledore exigira uma comemoração para os formandos daquele ano. O Salão Principal estava decorado com fitas e balões, tudo montado pelos próprios alunos. Eles não tiveram tempo de arranjar roupas de festa, mas improvisaram como puderam.

Todos os alunos seguintes fizeram questão de abraçar a professora, que passou a recebê-los com os braços abertos assim que se adiantavam para pegar os diplomas.

Mais tarde, a comida apareceu nas mesas e música começou a tocar no salão. Os alunos reuniram-se para dançar e festejar.

— E ai... – Ágatha abraçou Abigail pelos ombros. – Acabamos Hogwarts.

— O próximo ano vai ser diferente de tudo que a gente conheceu até agora. Que bizarro! – Abigail sorriu. – Você conseguiu aquele curso que estava querendo?

— Vão me mandar a carta nas férias. E você, vai começar seu curso de Auror?

— Pretendo. Dependendo de como o Ministério esteja no ano que vem. – ela deu de ombros.

— Ah, e temos a loja dos gêmeos para visitar! – Alicia meteu-se entre as duas, abraçando-as.

— Mal posso esperar. – Lino parou ao lado, com um copo de ponche nas mãos. – Deve ser incrível, pelo que eles disseram nas cartas.

— Deve ser bem... Gêmeos. – Abigail brincou.

xXx

Assim que o trem parou na estação, Abigail e Ágatha despediram-se de Alicia para procurar seus pais. Abigail logo encontrou os seus, já na King’s Cross, mas Ágatha só foi achar sua mãe num grupo pra lá de diferente. O senhor e a senhora Weasley, Lupin, Tonks, Olho-Tonto, Sally e por fim, os gêmeos.

— Mãe? – ela indagou surpresa. – Gente? O que está acontecendo?

— O pessoal da Ordem quis dar um aviso para os tios de Harry. – Sally explicou.

— Ah... Oi, pai! – ela exclamou para Lupin.

— Ágatha.

— E nem vem cumprimentar os amigos? Passamos tanto tempo sem nos ver... – ela ouviu George exclamar indignado.

— Que tipo de namorada você é, em?

— Namorada? – a senhora Weasley exclamou assombrada, virando-se para Fred.

Ágatha riu, correndo para abraçá-los.

— Que roupas são essas? – ela indagou depois que se afastou de George.

— Pele de dragão de alta qualidade, gatinha. – Fred informou todo pomposo. – Os negócios estão indo melhor do que nunca.

— Fico muito feliz por isso. – ela sorriu, abraçando-o com força. – Senti sua falta.

— Eu também. – Fred sussurrou de volta, ainda mantendo-a no abraço.

Sally pigarreou, encarando os dois com as mãos no quadril.

— Vai ter muito que se explicar. – Sally murmurou ao se aproximar da filha.

— Pode deixar. – Ágatha piscou marota, abraçando Fred de novo. – Ah George, sua namorada mandou avisar que ela vai te visitar nas férias! – ela fez questão de erguer a voz, chamando a atenção da senhora Weasley novamente.

— Namorada, George? Vocês dois não me contam nada?! – Molly resmungou indignada.

Depois que os membros da Ordem deram uma bronca nos tios de Harry e ele se despediu deles, Ágatha virou-se para Fred e George.

— Então... Nos vemos em breve?

— Claro.

— Liberdade escolar agora, gatinha! Bem-vinda ao mundo dos adultos.

 

Continua...


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