Broken escrita por broken_heartedg


Capítulo 18
Yes, I love one idiot


Notas iniciais do capítulo

capitulo meio depressivo. KPAKSOA ' leiam e vão entender.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/103175/chapter/18

              Sabem quando parece que o chão desaparece sob seus pés, e você tenta desesperadamente arrumar uma saída, mesmo sabendo que nada vai te salvar da sua inevitável perdição – no meu caso, humilhação?


            Todos na mesa estavam travados, olhando boquiabertos para Livie diante da declaração que havia acabado de dar. A declaração que, pra começo de conversa, não devia nem ter pensadoem falar. E agora deu nessa cagada. 

            Eu estava na mesma situação – chocada. Não conseguia acreditar que ela havia dito, sem nem me consultar, o que tanto escondi para mim mesma durante todo esse tempo e que havia confiado a elas.

            Olhei para Clark. Ah, Clark. 

            Ele estava travado, como os outros, e olhava Livie sem entender. Fiquei encarando-o, esperando sua reação. 

            Lentamente, seus olhos foram semicerrando-se e ele inclinou-se para perto, como que para ouvir melhor. 

            - O que você disse? – seus olhos estavam cravados em Livie.

            Ela hesitou – talvez percebendo o quão idiota havia sido ao revelar aquilo. 

            Lindsay limpou a boca com um guardanapo e tomou as rédeas da situação: 

            - Já que a merda já está feita, eu confirmo: É isso que você ouviu, Clark.

            Porra, valeu! 

            - Espere aí, a Zoey ama o Clark? – Drake perguntou, e seu rosto mostrava uma grande descrença.

            - Não! – eu comecei – Quer dizer... Não, eu não amo! – gaguejei, tentando não passar o quão nervosa estava.

            Olhei novamente para Clark, e nesse momento ele olhou em minha direção. E então eu vi.Eu vi um brilho diferente em seus olhos quando eles encontraram os meus. Um brilho que me deu uma esperança, e que mostrava uma certa felicidade e até uma paixão... E, por um momento, eu tinha quase certeza que ele sentia o mesmo por mim. 

            Mas ele desviou os olhos rapidamente. 
            - Você... O que? – ele tentou dizer, confuso, sem olhar para mim – Você não pode me amar! 

            Hesitei, sabendo que não adiantava mais insistir dizendo que não o amava. Não era assim que eu esperava me declarar. Pra começar, eu é que iria dizer para ele. E também  para ele, não para seus amiguinhos fofoqueiros. Mas o que eu podia fazer? 

            Suspirei. 

            - Por que não, Clark? Por que não posso te amar? 

            Seu rosto se contorceu diante do que eu disse. Provavelmente ele esperava que eu negasse. 

            - Porque não! Depois de tudo, das brigas... Não tem como – ele dizia de cabeça baixa, evitando olhar em meus olhos.

            - Depois da briga? Por que você acha que começamos a brigar? – Talvez por causa de uma filha da puta que iria morrer. 

            Ele balançou a cabeça.

            - Não! Você não gosta de mim. Não tem como você gostar. 

            - Acredite, Clark, eu realmente não queria isso. Mas, pelo jeito, não sou eu quem escolho! – falei. 

            Carter soltou uma gargalhada: 
            - Briguinha de casal?! 

            Clark desviou a atenção para ele, e então me olhou por um mero segundo. Parecia atordoado. 

            - É, Clark – Drake provocou. 

            - Calem a boca! – Ashley falou, irritada – O que tem de errado nisso?! – perguntou, sinalizando para nós. 

            - O que tem de errado? – Clark repetiu.

            Suas palavras me atingiram, e subitamente fiquei irritada. 

            - Por quê? Vai te atrapalhar com a Mary Stronp? – cuspi as palavras. Paul soltou outra gargalhada. Parecia que eles estavam achando graça naquilo. 

            Clark virou-se para mim, me encarando seriamente agora, e seu rosto contorceu-se em uma careta irritada. 

            - E se for? – provocou. 

            - E se for? – olhei-o, tentando não aparentar minha mágoa – Ótimo, Clark, não estou pedindo para que me ame também. 

            - E você espera que eu diga o que? Depois de todas as brigas e das coisas que você falava de mim para os outros? “Um idiota” – ele fez uma imitação minha – Agora vem me dizer que ama umidiota?

            - Eu tentei não te amar, OK? Mas não dá! – falei, me sentindo uma fracassada.

            Paul riu novamente: 

            - Quem muito briga se ama. Não é, Clark? 

            Clark grunhiu.             
            - Vamos embora – murmurou para seus amigos. 

            Senti um aperto no peito. Clark deixou o dinheiro de seu lanche sobre a mesa e saiu andando, em direção a porta. Seus amigos se entreolharam, confusos, e acabaram fazendo o mesmo que ele. 

            - Vai embora? – repeti – Se você me odeia, me encara e diz isso. Não foge! – gritei, pouco me importando com as poucas pessoas em volta.  

            Clark parou e ficou de costas para mim. Eu fiquei encarando-o, de punhos cerrados. Ele virou a cabeça levemente, e disse com o olhar em algum ponto baixo. 

            - Eu não tenho nada para dizer. 

            Fiquei ali, parada, sentindo aquelas palavras me atravessando, enquanto ele ia embora com seus amigos. Não sei por quanto tempo fiquei naquela posição. Talvez um minuto, uma hora – não importava. Eu só tinha uma única certeza naquele momento. 

            - Sim... eu amo um idiota – murmurei. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

eu sei, eu sei. vocês devem estar querendo me matar. mas ainda tem muita coisa pra acontecer nessa história. beijos ;*