Nada é por Acaso escrita por Paola_B_B


Capítulo 52
Capítulo 13 - A arte da magia


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, td bem? Ah tenho que agradecer a mais duas recomendações! *______* Sério, fico tão feliz com recomendações!



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Capítulo XIII - A arte da magia

POV Edward

Fiquei completamente sem reação com o que acontecia. Como o bruxo tinha entrado no castelo?! Bella tinha colocado seu escudo! Será que ele foi capaz de invadi-lo? Se essa é a explicação ele é muito mais poderoso do que eu imaginei. 

Os alunos estavam assustados, assim como os adultos do local. Ninguém se atreveu a chegar perto. E todos os que estavam próximos antes se afastaram o máximo possível. Eu não precisava ter os poderes de Jasper para saber que o sentimento total era de pânico.

Porém as palavras arrogantes de minha bruxinha me surpreenderam, e minha boca quase caiu quando o bruxo caiu de joelhos a sua frente. Ele levou as mãos à cabeça. 

- Como ousa?! - grunhiu com a voz perigosa. 

- Eu devo fazer a mesma pergunta? - retrucou Bella de maneira mórbida. - Conhece aquele ditado "O feitiço virou contra o feiticeiro"? 

- Bella é louca. - ouvi a professora McGonagol murmurar assustada. 

- Pare de provocá-lo... Pare de provocá-lo... - dizia Sirius, porém sua voz estava baixa demais para que sua mãe ouvisse. 

- És uma tola Bella Swan! Não tem poder para me derrotar! - ergueu-se Voldemort apontando sua varinha para Bella.

Estava prestes a interferir quando Alice segurou a minha mão.

- Calma. - sussurrou ela. 

Meus olhos não saíram do centro do salão onde minha bruxinha respirava com dificuldade. Seus olhos estavam fechados e sua expressão era claramente uma expressão de dor. 

- Na verdade eu tenho. - abriu seus olhos e fitou o bruxo seriamente. - Lembre-se Tom de quem não pode acabar com quem nesse salão. Ou por acaso não se lembra de suas falhas?

Voldemort riu de forma doentia e um raio esverdeado saiu de sua varinha em direção a Bella. O feitiço parou em um campo de força invisível fazendo minha bruxinha sorrir irônica para o bruxo. 

- Você e sua maldita mãe! - sinceramente não entendia se ele estava feliz ou irritado, pois ele ria de forma estranha e suas palavras não condiziam com suas ações. 

- Minha mãe? - perguntou confusa. - Minha mãe morreu antes de você... - então o entendimento brilhou em seus olhos e uma ira se apoderou.

Escutei o forte martelar de seu coração. 

Figlio di una cagna! - gritou exasperada se levantando em um rompante. 

Bella estava muito brava, eu nunca a vi assim antes. 

O cristal em seu pescoço começou a brilhar fortemente e um vento forte vasculhava o salão. As janelas começaram a quebrar com o poder de minha bruxinha. Voldemort permanecia parado a fitando como se nada do que acontecia a volta fosse relevante.

- O que você tem a ver com a morte de meus pais? – a voz de Bella soou perigosamente calma.

POV Bella

Meu corpo tremia. Voldemort me bloqueava em sua mente e minha irritação só aumentava com a menção de meus pais nesta história.

Que eu saiba Tom não tinha nada com a morte deles. Foram caçadores de feiticeiros pertencentes a uma seita estranha a qual eu mesma extingui.

- A minha paciência está acabando! Responda Voldemort! – exigi.

A dor em minha cabeça aumentou consideravelmente, ele tentava me manipular. Coisa que nunca iria conseguir. Ignorei a dor sem perder a expressão séria. Eu não estava mais para brincadeira. Não sentiria prazer nenhum nessa luta porque o assunto envolvido era sério demais para me dar algum tipo de alegria.

- Eu deveria saber... O mesmo feitiço, porém muito mais fraco devo acrescentar. – disse ele em tom sério. – O feitiço de proteção que a tola mãe de Potter lhe colocou.

- Lave sua boca para falar de Lili! – grunhi.

Ele me ignorou.

- Não pensei em você, pois achava que estava morta... Agora tudo faz sentido. Você protegeu o garoto com o mesmo feitiço que sua mãe lhe protegeu de mim. Por este motivo não pude matá-lo.

Ergui meu nariz e sorri.

- Você não pode matá-lo porque é um fraco. Oh Tom! Até cheguei a sentir pena de você quando foi derrotado por um bebê. – provoquei.

Funcionou, pois ele grunhiu irritado me mandando outro feitiço em vão.

- Não pode me acertar idiota. Não sabe das implicações de estar dentro da mente de alguém?

- O que... – sussurrou sem entender.

- Acha mesmo que eu deixaria você entrar no castelo? Sua imagem é apenas uma projeção de minha mente. Você ainda deve estar em seu fétido esconderijo. Mas sabe o legal...  – tirei a varinha que Dumbledore me deu do cós de minha saia. - Eu posso te acertar! Legilimens!

No mesmo momento Voldemort sumiu de minha frente, porém permanecia forte em minha mente. Forcei minha entrada em suas barreiras mentais. Eu precisava saber o que ele tinha com a morte de meus pais. Mas por mais portas que abria nenhuma me mostrava o que eu queria, mesmo assim descobri coisas interessantes sobre os próximos ataques e planos futuros de Tom. Ele era mais doente do que eu imaginava.

- Chega Bella. – um sussurro soou em meu ouvido.

Ignorei continuando meu caminho, por mais cansada que eu estivesse não desistiria.

- Chega bruxinha... Está se matando. – o sussurro suplicou e então eu parei.

Prestei atenção em meus poderes e Voldemort atacava minha barreira mental, ele tentava tomar o controle enquanto eu fazia de tudo para vasculhar sua mente. Mas então eu achei um lapso de suas memórias.

Tom ainda era adolescente e ele falava com um bruxo mais velho, logo reconheci aquele bruxo como uns dos caçadores. Foi Voldemort que deu minha localização! Por causa dele meus pais estão mortos! Por causa dele eu me tornei o que me tornei! Por sua culpa tive que aprender a crescer sozinha! Por sua culpa tive que lidar com a solidão!

- Já chega Bella! Expulse-o de sua mente! – outro sussurro, porém era mais enérgico e eu fiz o que ele mandou.

Expandi meu escudo rapidamente e empurrei Voldemort para fora de minha mente e para fora de todas as mentes do castelo.

POV Edward

Quando Bella caiu de joelhos ao chão eu corri até ela. Sua mão estava espalmada no chão junto de sua varinha, seus olhos estavam vazios. Pela mente dos outros bruxos elas estava dentro de sua própria mente lutando com Voldemort. Porém minha preocupação só aumentou quando seu nariz começou a sangrar.

- Chega Bella. – sussurrei em seu ouvido tentando trazê-la de volta.

Minha respiração travou quando lágrimas de sangue desceram por suas bochechas.

- Chega bruxinha... Está se matando. – supliquei.

Por um momento cheguei a pensar que ela voltaria, mas então seu coração acelerou e a varinha que estava em sua mão pegou fogo e virou cinzas instantaneamente.

- Já chega Bella! Expulse-o de sua mente! – ordenou Dumbledore que estava ao meu lado.

Uma onda de vento saiu de Bella passando por nós e seguiu sem fim. Até que minha bruxinha piscou seus olhos e voltou a realidade.

- Ele está fora do castelo. – sussurrou e caiu mole em meu colo.

Sua respiração estava pesada.

Suspirei aliviado. O salão se tornou um grande zunido de conversas paralelas.

- Eu não entendo... Como ele sabia onde eu estava? – perguntou minha bruxinha para Dumbledore.

Ela parecia uma menina assustada. Tive vontade de colocá-la em meu colo e embala-la até ela dormir.

- Ora, você se mostrou... – começou o bruxo sem entender.

- Não digo de hoje. – sentou-se em suas pernas e passou a mão no rosto borrando o sangue que escorreu há pouco. – Quando eu estava escondida junto de meus pais... Ninguém sabia onde nós estávamos e de repente chegam aqueles caçadores e terminam com tudo. Pelas memórias de Voldemort foi ele quem contou nossa localização. Como ele soube?

- Eu sinceramente não sei... Talvez algum de seus seguidores viu alguém de sua família... Não sei.

- Tom não tinha nem 20 anos. Ele não era nada além de um garoto perturbado, não tinha seguidores na época.

- Não deixe que a ingenuidade que você tinha na época te cegue. Tom começou mais cedo do que imagina. Não é a toa que ele tentou te matar quando você tinha 15 anos apenas.

- Mas uma coisa sobre tudo isso que aconteceu hoje é boa. – murmurou ela com o olhar sério.

- Do que fala? – perguntei confuso.

- Voldemort não sabe sobre vocês e Nessie. – sorriu serena e então seu olhar se tornou malicioso. – E tem mais uma coisa boa... Ele não tem ideia do que eu seja.

[...]

POV Bella

- Ai eu estou tão feliz de poder te chamar de Bella novamente! – saltitou Alice atrás de mim.

Ri olhando para ela através do espelho.

- E eu estou feliz por ter meu cabelo de volta. Sinceramente odeio aquele liso de chapinha. Porque as mulheres de hoje não percebem que um cabelo volumoso e bem controlado é muito mais sexy. – disse fazendo pose para o espelho.

Alice riu.

- Sua roupa também contribuí. – apontou.

Sorri maliciosa. É lógico que contribuía. A calça jeans escura colada em minhas pernas, as botas de canos longos pretas e meu corpete também preto me deixava com a imagem ainda mais sensual.

- Ok Lice, mas vamos logo... Meus tempos de estudante acabaram. – disse estalando meus dedos e fazendo minhas malas flutuarem para a torre dos vampiros.

- Por que está chateada. Pensei que não queria continuar com seu disfarce.

- Não é nada com o disfarce... Só estou chateado por Sirius ainda não ter contado a Harry.         Pensei que ele contaria agora que minha identidade foi revelada.

- Ele está pensando sobre o assunto Bella... Tenha paciência.

Bufei.

- Sabe que a paciência não é uma de minhas virtudes.

Alice riu de minhas palavras e seguimos para fora dos dormitórios da Grifinória. Os alunos estavam em aula e dentro de alguns minutos seriam chamados para um aviso do diretor. Um aviso que envolvia a mim. Minha cunhada me deu um beijo na bochecha de despedida e seguiu seu caminho para fora do castelo. As rondas estavam redobradas e os vampiros estavam observando tudo a volta.

Segui até o salão e encontrei Dumbledore em seu posto.

- Essa é a Bella que eu conheço. – disse ele sorrindo.

Não demorou para que os monitores trouxessem os alunos de todas as idades para lá. O ar estava pesado e todos preocupados. Percebi bocas se abrindo ao me ver. Eu estava realmente diferente.

Fiquei ao lado do diretor que observava todos se acomodarem. Então ele começou seu discurso.

- Boa tarde a todos. Antes que o almoço seja servido preciso fazer alguns avisos. Mas antes quero lhes dar algumas explicações sobre minha querida amiga Bella. Ela esteve disfarçada entre vocês por pedido meu. Para ajudar a protegê-los das investidas do Lorde das Trevas e seus seguidores. Ela poderia nos proteger sem disfarces, porém sabíamos que assim que Voldemort soubesse que ela estava viva adiantaria seus movimentos, assim como está fazendo agora.

Sorri sem graça para o diretor que me olhou torto. Sim eu poderia segurar por mais tempo a minha identidade, porém minha paciência se esgota muito rápido.

- O ministério nos informou da movimentação de comensais da morte. Eles estão vindo para cá.

Os alunos começaram a se apavorar falando rápido uns com os outros. O medo era total.

- Silêncio! – mandou o diretor. – Estou contando a vocês porque são vocês que devem decidir junto com suas famílias se ficarão ou não no castelo. Se lutarão ou não contra Voldemort. Se escolherem ficar terão aulas de defesa contra as artes das trevas com a professora Swan.

Sorri apontando para mim mesma. Os alunos estavam tensos de mais para rir de minha pequena palhaçada. Vi Rose revirando os olhos para mim.

- Ela vai ensinar a arte das trevas e não feitiços contra. – ouvi a voz de Draco.

- E o que você conhece sobre magia pequeno Malfoy?! – desafiei.

Ele calou-se imediatamente e me olhou com olhos arregalados.

- É melhor se manter na sua garoto. Estou louca para arrancar cada ligamento do corpo de seu pai e talvez queira treinar em seu filho. – falei perigosamente com um sorriso sádico no rosto.

Quase pude escutar seu engolir de saliva. Segurei o riso.

- Bella! – chocou-se o diretor.

Revirei meus olhos.

- Desculpe. – não estava nem um pouco arrependida.

- Os aurores chegam amanhã, e seus pais já foram avisados. Estes são os meus recados. Bom almoço. – terminou Dumbledore antes que eu ameaçasse mais algum aluno.

A comida surgiu na mesa, porém ninguém tocou na comida.

- É melhor comerem... Ninguém sabe se essa será a última refeição decente que colocaram no estômago. – disse seguindo para a mesa dos professores e roubando uma ameixa da mesa.

- Quanto tato... – censurou Sirius.

Revirei meus olhos para ele e segui desfilando para a sala onde daria aula.

- Bella? – chamou Rose quando eu estava passando ao seu lado.

- Oi?

- Edward quer saber se vai precisar da ajuda dele em sua aula.

- Onde ele está?

- Com a professora McGonagol na entrada do castelo. Ela está acordando os sentinelas. – sorri com suas palavras.

Os gigantes de pedra. Uau! Lembro que quando eu estudava tive uma aula sobre eles. Foram criados para proteger o castelo de ataques, mas acho que os fundadores de Hogwarts nunca imaginaram algum bruxo como Tom.

- Ele te mandou uma mensagem no celular? – ela assentiu. – Diga que sim... Acho que já vou começar com o mais difícil... Jogos mentais... Tive uma ideia! – sorri largamente.

- Er, professora? – era meu afilhado atrás de mim.

Virei sorrindo.

- Pode me chamar de Bella, Harry. Há muito tempo não leciono em Hogwarts.

- Posso falar com você? – perguntou receoso.

- Claro! Venha, tenho que achar um bicho-papão. Enquanto isso vamos conversando. – puxei-o pelo braço para fora do salão. – Ah! Desculpe! Você ainda não comeu né? – perguntei assim que estávamos no lado de fora.

Ele parecia muito surpreso e perdido perto de mim.

- Não estou com fome. – disse dando de ombros.

- Não é bom ficar sem comer Harry, precisa se alimentar. Ainda está em fase de crescimento.

Uma ruga formou-se em sua testa igualzinha a ruga que se formava na testa de Lili quando ela estava confusa.

- Oh! Você é tão parecido com sua mãe...

- Geralmente dizem que sou a cara de meu pai e apenas os olhos de minha mãe.

- Estão certos! Mas somente Lili criava essa ruguinha em sua testa quando estava em uma situação estranha. – toquei sua testa sorrindo.

- Era sobre isso que queria conversar. – disse ele.

Assenti seriamente. Mas então escutei um barulho em um armário de vassouras.

- Só um minuto Thiago. – disse e encostei minha orelha no armário.

Sim era um bicho papão. Com minha magia fiz com que um pequeno baú aparecesse em minhas mãos e com toda a habilidade que eu tinha abri a porta do armário e antes que ele se transformasse no que eu mais temia o prendi dentro do recipiente.

- Ok. Agora vamos até a ponte. Lá poderemos conversar sem interrupções.

[...]

Olhando para o rapaz ao meu lado era difícil imaginar que ele já esteve em meus braços.

- Eu tenho tanto a te dizer Harry... Tantas desculpas a pedir.

- Por quê?

Olhei para o horizonte. O vento gelado batia em meu rosto me trazendo lembranças de anos atrás.

- Soube que sofreu nas mãos de seus tios trouxas. Não era para você ter sido criado por eles. – bufei. – Já fiz muita merda na minha vida, mas só me arrependo das merdas que fiz ao escutar os outros. Nunca deveria ter te deixado ir.

- Não estou entendendo.

Virei meu rosto para ele.

- Eu fui a única testemunha do que você fez com Voldemort, Harry. E me perdoe por isso. Eu deveria ter ido mais cedo talvez eu tivesse conseguido salvar Lili e Thiago, mas eu não consegui. – lágrimas se acumularam em meus olhos. – Eu estava me recuperando do parto de Nessie quando senti que deveria ir a casa de seus pais. Corri para lá, mas quando cheguei seu pai já estava... – engoli em seco. – Eu ainda pude ouvir o grito de Lili, mas não ouve tempo.

Algumas lágrimas escorreram por minhas bochechas. Os olhos azuis de meu afilhado também brilhavam emocionados.

- Lili era muito mais do que uma amiga para mim. Eu a considerava uma irmã. Doeu de mais perdê-la.

- Como eu derrotei Voldemort? – perguntou em um sussurro.

Limpei minhas bochechas.

- Quando Sophia e Philip foram assassinados junto de seu filho que ainda era um bebê eu fiquei devastada, foi uma cena chocante para mim. Eu posso ser considerada um monstro, mas tenho os meus limites. Eu nunca machucaria uma criança e Voldemort começava a matá-las sem um pingo de hesitação. Foi muito cruel Harry. Edward me levou para a sede da ordem e lá encontramos com seus pais. Sua mãe estava com um barrigão lindo e você não parava de chutar. Ela temia por você, ela queria te proteger a qualquer custo. Foi então que me pediu para ensiná-la algum feitiço para te proteger.

- Foi um feitiço de magia negra?

Revirei meus olhos com suas palavras.

- Não existe magia negra ou magia branca Thiago. Existe apenas a magia e modo como a usamos. Voldemort nada sabe sobre o que a magia e enche a boca para falar que utiliza a magia das trevas. Ele é um ignorante. O que torna a magia diferente é a sua motivação. Voldemort usa a sua raiva para produzir feitiços, Dumbledore usa sua compaixão. Cada um é poderoso a seu modo. Você lembra que Nevil conseguiu produzir um feitiço com perfeição quando lutava comigo? – ele assentiu. – Pois então, pedi que ele pensasse em uma lembrança boa com seus pais, a lembrança de uma canção ou até mesmo da voz deles.

- Como para produzirmos um patrono?

- Exato. A verdade é que sempre devemos ter esses pensamentos quando estamos fazendo feitiços, é o que torna um feitiço poderoso. Cada pessoa possui um sentimento que atinge o seu máximo poder. E cada um deve descobrir qual é esse sentimento dentro de si.

Ergui minha mão e uma borboleta surgiu sobre ela.

- Você pode criar as coisas mais belas sentindo em seu coração o amor de seus pais. Pode melhorar imagens ao lembrar-se de momentos divertidos com seus amigos. – fiz com que as assas da borboleta ficassem coloridas e brilhantes. – E também pode destruir a tudo com um sentimento de ódio.

A borboleta pegou fogo e em menos de dois segundos transformou-se em cinzas que sumiram de minha mão como se fosse fumaça.

- A magia é uma arte que manipulamos com nossos mais poderosos sentimentos.

Harry ficou pensativo por alguns instantes. Suspirei.

- Quando ensinei o feitiço para a sua mãe eu menti para ela. Não ensinei um feitiço que protegeria apenas você e sim a ela também. O problema é que na época eu não tinha ideia de que eu era uma feiticeira. Ah! Deixa essa informação em segredo ok? Voldemort não sabe disso e esse é meu trunfo.

- Porque o feitiço não deu certo?

- O poder dos feiticeiros é um tanto diferente, na verdade é mais potente que o poder dos bruxos. Nossos sentimentos são muito mais intensos. E por causa disso o feitiço que ensinei a Lili não deu certo. Por este motivo ela não resistiu ao ataque de Tom e você criou esta ligação com ele. Perdoe-me Harry, se eu soubesse teria feito algo diferente. – disse culpada.

- Não há o que perdoar. Você não sabia.

- Obrigada. – sussurrei.

Meu afilhado olhou o horizonte. Algumas lágrimas escaparam de seu rosto.

- Você vai destruí-lo não é? – perguntou. – É a única que tem poder para isso, foi capaz de invadir sua mente.

- É verdade, tenho poder para destruí-lo, mas não sou eu quem vai fazer. Essa profecia não é minha.

- Um não pode viver enquanto o outro viver. Terei que matá-lo.

- Há várias maneiras de destruir alguém Harry, e seu coração é puro demais para matar alguém. – disse sorrindo levemente.

- Então como? – seu olhar era confuso.

- Eu vou te ajudar. Não se preocupe. Chegará um momento em que você deverá decidir se quer virar um monstro ou não. Seja qual for sua decisão, no final, Voldemort estará destruído.

Harry me olhou procurando algum tipo de hesitação em minhas palavras, mas ele deve ter percebido que eu tinha certeza delas. Sorriu para mim com a esperança estampada em sua expressão.


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Notas finais do capítulo

Mais lutas no capítulo que vem ;)Espero que tenham gostado!