Nada é por Acaso escrita por Paola_B_B


Capítulo 51
Capítulo 12 - Como vai Tom-tom?


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente :D Novo capítulo na área!
Mas antes de postar eu queria agradecer as mais 2 recomendações que essa fic recebeu! E a outra recomendação de O Cativeiro! Vocês são demais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/102329/chapter/51

Capítulo XII - Como vai Tom-tom?

POV Edward

Fiquei em silêncio e completamente desolado enquanto observava Bella. Assim como nela as lágrimas também escorriam por meu rosto. Eu nunca a vi assim antes, não tinha idéia do que estava acontecendo e muito menos de como as coisas melhorariam.

- Alice. - chamei em tom normal, ela me enxergaria em suas visões e não foi preciso mais do que um minuto para que minha irmã aparecesse junto com Jasper.

Jazz assim que pisou na enfermaria tremeu fechando seus olhos. Eu e Alice ficamos o observando até que ele voltou a relaxar, porém sua expressão ainda não era das melhores.

- Bella está triste. - sussurrou. - Completamente deprimida.

Limpei rapidamente minhas lágrimas e deitei ao lado de minha bruxinha. Com sua falta de movimento a puxei para mim. Seu rosto pousou em meu peito e eu sentia suas lágrimas molhando minha camisa.

Minhas mãos passavam delicadamente por suas costas e braço, tentando confortá-la.

- Vai ficar tudo bem Bellinha, você vai ver... A dor vai passar. - murmurou Alice com um sorriso triste passando um pequeno lenço nas bochechas de minha bruxinha.

- Você não pode fazer nada Jazz? - perguntei em um fio de voz.

Ele apenas negou com a capeça. Sua feição também estava triste.

Suspirei e comecei a cantarolar a cantiga de ninar que cantava quando Nessie era um bebê. Assim como eu acariciava suas costas, minha irmã acariciava a mão da amiga que aos poucos foi caindo no sono.

[...]

Acabei por dormir junto de minha bruxinha. Meus braços formaram uma cela a sua volta e meu sono fo horrivel graças a minha tensão. Quando acordei Bella tinha o mesmo olhar, mas ouvir sua voz mesmo que morbida me fez sorrir.

- Oi.

- Oi. - respondi sussurrando também.

Bella saiu de meus braços com delicadesa e andou até o pé da cama onde estava pendurado seu uniforme. 

A observei trocar de roupa ali no meio da enfermaria. E como se fosse cronogramado assim que vestiu a ultima peça a enfermeira apareceu lhe dando uma bronca por estar de pé. Bella foi até o meu lado e pegou sobre o criado-mudo seu colar com o pingente de cristal. Não tinha o visto antes. 

Minha noiva ignorou completamente os apelos da velha bruxa e saiu sem olhar para trás. 

- Ela não está bem... - disse para mim mesmo. 

- Fique de olho nela vampiro, eu só a vi com um olhar parecido assim quando seus pais faleceram daquela trágica forma. - a enfermeira ficou perdida em seus pensamentos e eu aproveitei para ir atrás de Bella.

Não me aproximaria, mas a observaria por todo o tempo necessário.

Ela seguiu assistir suas aulas, percebi que seus movimentos eram totalmente automáticos. Olhava para o professor que estava falando, escrevia quado os outros alunos escreviam... O problema era que seu rosto não tinha expressão e seus olhos estavam mortos. Bella não abriu a boca para falar com mais ninguém, também não retribuiu cumprimentos, a verdade é que ela estava praticamente muda e totalmente alheia a tudo que acontecia a sua volta como por exemplo os alunos que a encaravam com medo.

Se Bella estivesse bem ela retornaria os olhares de medo com sorrisos sarcásticos ou com uma erguida de sobrancelha.

Engoli em seco me encostando a parede que dividia a sala em que minha bruxinha acabara de entrar e o corredor. Nesta aula também estavam Nessie e Rose e a maioria dos alunos. Severo, Sirius e Lupim estavam em sala e começaram suas explicações. Percebi que Sirius falou pouquíssimo e quando abria a boca o seu tom era cauteloso.

Franzi o cenho quando escutei a voz de Bella quase que imperpectível.

Charlie... Renne... Lia... Valentina... Alef... Adam... Emilly... Calli... Sophia... Phillip... Luka... Frank... Alice... Benjamin... Thiago...Lili... Charlie... Renne... Lia... Valentina... Alef... Adam... Emilly... Calli... Sophia... Phillip... Luka... Frank... Alice... Benjamin... Thiago...Lili... Charlie... Renne... Lia... Valentina... Alef... Adam... Emilly... Calli... Sophia... Phillip... Luka... Frank... Alice... Benjamin... Thiago...Lili...

E ela continua a sussurrar a seqüência de nomes.

- Professor. Acho que tem algo errado com a Isabella. - ouvi a voz de Hermione e não hesitei em entrar na sala.

Bella tinha o olhar perdido enquanto sua boca mexia rapidamente. Os humanos tinham que estar muito perto para conseguir escutar e como Hermione estava ao seu lado...

Lupim andou preocupado até a minha bruxinha e a chamou.

- Isabella? Isabella? - chamou e começou a estalar seus dedos em frente ao seu rosto.

Bella continuava a murmurar os nomes.

- O que significam esses nomes? - perguntou Nessie se aproximando.

- Que nomes? - perguntou o garoto Neville.

- Charlie... Renne... Lia... Valentina... - começou a repetir Hermione conforme escutava.

- Charlie e Renne eram seus pais. - disse e acho que só agora notaram que eu estava na sala.

Me aproximei e ajoelhei ao lado do banco de Bella.

- Por que eram? - perguntou minha filha.

- Por que eles morreram para protegê-la. - respondeu Sirius. - Se for a mesma Lia e a mesma Valentina que eu estou pensando elas estão mortas também... - ele me mandou um olhar significativo. Sim, Bella estava envolvida. - Alef... Adam... Emilly... Calli... Eles tiveram o mesmo destino.

- Sophia... Phillip... Eram seus melhores amigos, mortos por Voldemort assim como o filho do casal Luka... - completou Rose.

- Frank... Alice... Benjamin... Thiago...Lili... - repetiu minha filha. - Esses também devem estar mortos, mas porque ela está falando o nome de tia Alice?

- Por que não é Alice Cullen... E sim Alice Longbottom. - explicou Sirius. - Frank e Alice Longbottom.

- Meus pais? - perguntou Neville confuso.

- Benjamin era membro da ordem, ninguém sabe como ele morreu. - comentou Lupim.

- Pelo jeito Isabella sabe. - engoli em seco.

- Os ultimos são meus pais, não são? - perguntou Harry.

Notei Sirius assentindo.

- Porque ela está falando nomes de bruxos que já estão mortos? O que eles tem em comum? - perguntou Hermione a si mesma.

Eu sabia o porque. Bella se achava culpada por não tê-los salvo. Pelos menos era esse sentimento que ela demonstrava quando falava dos pais ou dos velhos amigos...

- Escuta bruxinha, você não podia fazer nada. - sussurrei apertando suas mãos. 

Ela retribuiu meu aperto e entonou os nomes com maior velocidade. 

- Por que ela não para? - perguntei aos bruxos. 

Quem me respondeu foi Severo que se manteve em silêncio até agora.

- Ela está presa com seus próprios fantasmas. - olhei-o sem entender. - Os dementadores lhe tiraram todas as lembranças felizes que teve. Talvez se você não tivesse chego naquele momento eles teriam levado sua alma também. 

Senti meu corpo gelar. 

- Eu era atacado por dementadores todos os dias em Askaban e não fiquei desta maneira. - disse Sirius confuso. 

- Pro inferno com seus choramingos Black! Acha mesmo que não recebeu proteção?! Quem você acha que lhe enfeitiçou para que os dementadores não conseguissem lhe influenciar?! 

- Eu não fui enfeitiçado! - retrucou com um misto de confusão e raiva.

- Não? Por um acaso não notou o estado de loucura que seus colegas de cela? Nunca se perguntou o porque de permanecer são enquanto os outros pareciam cada vez piores?

Sirius ficou em silêncio. Engoli em seco observando minha bruxinha. Levei suas mãos a minha boca e beijei delicadamente. 

- Edward? - a voz de trovão de Emmett soou a porta. 

Meu irmão estava sério como nunca antes. 

- Dumbledore mandou que levassem Be... Isabella para a sua sala. Jasper teve uma ideia e Alice disse que pode funcionar. 

Assenti e passei meu braço por baixo das pernas de Bella erguendo-a em seguida. Me cortava o coração vê-la daquela maneira, sem vida nos olhos como se estivesse morta. 

- Dumbledore mandou Nessie e Sirius virem conosco também. E a aula deve continuar normalmente. - avisou Emmett que sorriu para Rose a chamando com a mão. - Você também ursinha. 

- Vamos logo Emm. - cortou ela preocupada e seguimos para a sala do diretor.  

[...]

 A tensão se passava por todos nós.

- Eu não entendo... Porque mamãe não para de falar esses nomes? – perguntou Nessie confusa.

- Tudo de feliz foi sugado de sua mãe Vanessa. – explicou Dumbledore. – Ela está presa em suas piores lembranças... Naquelas que ela pior se sentiu.

- Talvez a ideia de Jazz dê certo. Nessie, por favor tente passar alguma lembrança para Bella. Uma lembrança na qual você mais se sentiu feliz junto dela.

POV Nessie

Um nó se formou em minha garganta. É claro que eu me lembrava de milhares de momentos felizes com minha mãe. Momentos que eu gostaria que voltassem. Momentos que vivemos quando eu ainda acreditava que eu era algo importante para ela.

Olhei ao meu redor observando tantas feições tensas e preocupadas. Papai estava devastado, seus olhos estavam vermelhos e tinha uma expressão de dor. Como ele pode ama-la se ela não ama a ninguém? É triste.

Os dois estavam sentados no sofá da sala do professor Dumbledore.

- Nessie? – chamou hesitante tia Rose.

Olhei para as minhas mãos. Lembrei de quando mamãe me ensinara a controlar meus poderes para que eu pudesse vir para a escola sem que ninguém descobrisse minha habilidade. Mas essas lembranças logo deixavam de existir quando eu me lembrava de tudo o que eu vi.

No primeiro ano que vim para Hogwarts nosso professor de defesa contra as artes das trevas fez alguns comentários sobre minha mãe. Ele a elogiou dizendo que ela havia sido a melhor auror de todos os tempos. Eu me senti extremamente orgulhosa, mas então eu escutei o professor Snape resmungado certa vez, dizendo que as coisas se resolveriam mais facilmente se mamãe estivesse viva, não por ser competente, mas por arrancar o mal pela raiz.

Na época eu não entendi muito bem, mas alguns anos depois eu acabei por encontrar um livro na biblioteca que contava as façanhas de alguns aurores. Foi aí que encontrei algumas histórias de mamãe. A narração me enojou, a frieza com que ela matou bruxos e bruxas, palavras ditas por ela... Lembro-me que eu me recusei a acreditar que tudo aquilo era verdade e joguei longe o livro. Naquele mesmo ano quando voltei para casa tive minha grande decepção. Percebi que a mãe que eu conhecia, a mãe carinhosa, amorosa, briguenta com minhas traquinagens, simplesmente não existia, não era verdadeira. E quando a vi destruir aquele bruxo com a mesma frieza que o livro contou notei que aquela era a minha verdadeira mãe. Uma mulher fria, calculista e incapaz de amar. E o sentimento que ela demonstrava por mim ou por qualquer um nunca fora verdadeiro.

- Vanessa. Tente, por favor. – ouvi Sirius sussurrar.

Olhei-o sem entender. Ele mais do que ninguém deveria compreender meu sentimento. Mas apesar da raiva que ele aparentava sentir de mamãe, seus olhos brilharam com um sentimento diferente. Ele queria que eu a acordasse.

Engoli em seco e assenti.

Ajoelhei-me em frente a ela e segurei seu rosto com minhas mãos. Fechei meus olhos e tentei passar a lembrança de quando a carta de Hogwarts chegou. Franzi o cenho.

- Não consigo ultrapassar seu escudo. – disse abrindo meus olhos.

Observei papai com seus olhos cheios de lágrimas. Aquilo me quebrou o coração. Ele sempre foi meu porto seguro. Com ele eu me sentia a pessoa mais protegida do mundo. E por ele eu tentaria mais uma vez.

Concentrei-me com mais força e impulsionei as imagens. Senti o escudo se abrir, porém não foi eu que passei uma mensagem e sim minha mãe.

Arregalei meus olhos, mas a paisagem a meu redor não era da sala do diretor e sim uma cozinha. Como espectadora observei uma mulher cantarolando no fogão.

- Buon giorno mamma! – eu conhecia essa voz.

Me virei para constatar que era mesmo minha mãe ali. Ela sorria docemente, seus olhos também transmitiam doçura, carinho. Estranhei não enxergar ali arrogância, rancor, ou qualquer outro dos sentimentos que eu via normalmente em mamãe.

- Buon giorno mia bambina! – respondeu a mulher que cozinhava.

Só então percebi que eu estava nas lembranças de minha mãe. E aquela era a minha avó. As duas começaram a conversar sobre as aulas em Hogwarts e o carinho era palpável. Então um homem chegou correndo, ele tinha a feição extremamente preocupada.

- Papà! Che cosa è successo? [Papai! O que aconteceu?] – perguntou mamãe visivelmente preocupada.

- Cacciatori! [Caçadores!] – disse ele apavorado.

Mamãe ficou confusa enquanto minha avó arregalava os olhos ficando tão apavorada quanto vovô. Os dois puxaram minha mãe para a saída do fundo enquanto ela perguntava o que estava acontecendo. Vovô a jogou embaixo da cama quando escutou a porta da frente sendo arrombada e então sussurrou para que ela não saísse de lá.

O que aconteceu em seguida me horrorizou. Meus avós foram assassinados da maneira mais cruel possível, ali, na frente de minha mãe que apenas chorava escondida. Os dois tentavam protegê-la daqueles bruxos. O modo como os tais caçadores saíram rindo e fazendo chacota de como minha avó gritava e meu avô implorava para não machucarem sua filha me irritou. Tentei acertá-los, mas eu sabia que era somente um fantasma nas lembranças de minha mãe.

Observei mamãe sair debaixo da cama e olhar para seus pais devastada, então ela ergueu seu olhar para a porta. Seu olhar que antes era doce se tornou frio e ao se levantar eu sabia que ela iria atrás dos assassinos.

As imagens começaram a rodar se passando por todo o sofrimento de mamãe. Sim ela era fria e calculista, mas quando estava sozinha sofria como ninguém. Ao passar do tempo acabou por aprender a esconder seus sentimentos.

Vi cada pessoa que ela não conseguiu salvar e como ela reagia quebrando tudo por causa disso. Ela brigava, xingava e explodia coisas sem se importar. Mas foi como ela aprendeu a se proteger de seu próprio sofrimento.

Mas o que realmente me surpreendeu foi quando eu a vi com papai. Notei que pela primeira vez após séculos seu olhar ficou doce como era quando meus avó ainda eram vivos. Mas ela lutava para esconder. Nem mesmo com Sirius que ela demonstrava todo seu amor materno seu olhar era tão suave. Me doeu ver a traição de papai. Eu não fazia ideia disso.

Assisti a todo o sofrimento dos dois e a morte de minha mãe.

Meus olhos arregalaram quando me vi em um lugar escuro junto a mamãe. Eu tinha no máximo 4 anos e implorava para minha mãe não desistir de viver. Então como se uma força me atingisse eu cai no chão da sala de Dumbledore.

- Nessie?! – exclamou papai com a mão esticada em minha direção.

Olhei assustada para mamãe que continuava sentada em minha frente, porém agora ela não repetia mais nomes. Ela olhou para mim sem qualquer brilho de vida no olhar e perguntou baixinho.

- Porque me pediu para amá-la se me odeia tanto? É algum castigo por ter matado tantos como eu matei? – ela se referia a criança que implorou para ser amada, para que ela não desistisse de viver...

Senti as lágrimas descendo por meu rosto e de repente eu sabia o que tinha que fazer. Não eram lembranças felizes que trariam minha mãe de volta. Eu deveria mostrar que a amava mais do que tudo em minha vida. Com esse pensamento eu grudei minha testa na sua e forcei todos os meus sentimentos contra o seu escudo. Mas não foi preciso esforço, ela os recebeu de braços abertos.

[...]

POV Bella

A claridade me cegou por alguns segundos.

- Edward? – chamei em um sussurro.

Me sentia exausta, todo o meu corpo doía.

- Bom dia bruxinha. – ouvi sua voz a esquerda.

Virei para ele e sorri. Meu vampiro sorriu largamente, mas percebi as emoções em seus olhos.

- É bom te ver sorrir.

- É bom saber que posso sorrir e gosto disso. – respondi e então notei um peso sobre a minha barriga.

Olhei confusa.

Era Nessie. Ela dormia feito anjo ao meu lado. Mas eu notei as lágrimas secas em seu rostinho.

- Ela não desgrudou de você desde que desmaiou. Chorava pedindo desculpas. Jazz a dopou e ela acabou dormindo.

Assenti lentamente.

- Nessie. – chamei baixinho. – Filha, acorde... Vamos comer.

Ela abriu os lindos olhos verdes um tanto confusa e então o desespero transpareceu.

Sorri mostrando que tudo estava bem. Ela se jogou em meu colo. Edward sorriu largamente e nos deixou a sós.

Acariciei os cabelos de minha filha enquanto cantarolava uma cantiga de ninar que cantava quando ela era apenas um bebezinho.

Ficamos ali por mais um tempo até que a puxei para irmos tomar café da manhã. Não trocamos muitas palavras, mas nossos sorrisos mostravam que finalmente as coisas estavam no lugar. Mais tarde conversaríamos sobre o que aconteceu, mas por hora seríamos apenas mãe e filha.

Seguimos para o salão. Os alunos nos olhavam com olhos medrosos ou arregalados, alguns curiosos com a minha mudança. Notei Hermione me olhando aliviada, lhe mandei uma piscadela.

Sorri para os vampiros ao fundo. Eles retribuíram largamente. Eu e Nessie seguimos para a mesa deles. Não era mais necessário esconder a relação que tínhamos com eles. Mas quando estava no meio do corredor de mesas eu desabei de joelhos ao chão gritando.

Minha cabeça parecia estar sendo esmagada. Observei Nessie ao meu lado com olhos assustados e tudo o que se passou em minha mente foi escondê-la de meus próprios pensamentos.

- Vá para junto de seu pai! – gritei para Nessie que pela primeira vez na vida seguiu uma ordem minha.

Fechei meus olhos e gritei mais uma vez de dor.

Filho da puta desgraçado!

- Saia da minha cabeça! – berrei puta da cara.

A risada doentia de Tom soou em minha cabeça, mas pelos gritos no salão não foi apenas em minha cabeça que soou.

Abri meus olhos e observei a imagem se formar em minha frente. O rosto de Voldemort não aparecia, porém seus olhos brilhavam no escuro do capuz.

- Você está viva! – disse ele divertido.

- Uau! Você é um gênio! – falei sarcástica controlando meus grunhidos de dor. – Como vai Tom-tom?

Ele riu de minha pergunta. Sua arrogância era praticamente palpável.

- Tenho que confessar que fiquei decepcionado em achar que havia morrido tão facilmente.

- Não seja arrogante Tom... Você poderia ter me matado pessoalmente, mas não quis. – dei de ombros.

- Você já estava morta querida... Não tinha o que matar. Sabe que eu gosto de ver o brilho se acabar lentamente.

Sorri.

- Você se lembra o que eu lhe avisei?

- Que iria me arrepender de não ter lhe matado? – perguntou como se não fosse nada. – Ah minha querida, fala de arrogância, mas olhe só para você. Invadi sua mente tão facilmente e ainda acha que pode me derrotar.

- Ah Tom... Porque vocês não aprendem hein? – suspirei chateada.

Meu olhar então se tornou voraz.

- Idiota! Em minha mente você só entra quando eu quiser e se eu quiser! – rugi.

Deliciei-me ao vê-lo cair de joelhos em minha frente.

- A minha mente pode ser bem perigosa... Querido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tenho uma leve impressão que vocês ficaram bravos com o final do cap... *corre*