Um Intenso Desejo escrita por JPessanhaCullen


Capítulo 2
Capítulo 1




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       16 de Outubro. Exilada em Forks, quero dizer, no inferno. Há alguma diferença? Imagino que não. Com certeza vai ser um ótimo ano, no mesmo estilo da tortura chinesa. Mas... quem se importa mesmo? Parece que ninguém.

       Pensando bem, talvez Forks seja o lugar perfeito pra mim. Basta o avião pousar, eu sair do aeroporto e deixar um carro passar por cima de mim. Acabar com tudo rapidamente.

     A verdade é que se eu não estivesse aqui, tudo estaria resolvido e eu não seria um incomodo na vida de ninguém, minha tia poderia continuar com sua medíocre vida nessa pacata cidade com sua ‘adorável patricinha mimada’ filha, ela sim, com certeza não se importaria se eu sumisse. Juro, ela tem sérios problemas de ansiedade, talvez eu devesse lhe dar alguns dos meus comprimidos. É o que eu devia fazer, facilitar as coisas para todos. Se eu não estivesse aqui suas vidas seriam melhores.

     Só tem uma pessoa que poderia realmente se importar, mas a mamãe não está mais por aqui.

     Olhei pela janela e o avião estava pousando. Ótimo, olá pacata Forks!Ao sair do avião peguei as minhas malas e fui para o portão de desembarque, vi uma mulher muito bonita, devo admitir, ao lado de uma garota mais ou menos da minha idade, muito bonita também, logo as reconheci.

     - Esme, Rosalie – as cumprimentei sendo a mais simpática possível, Rosalie me olhou dos pés a cabeça e fez uma cara de desgosto, acho que por meu estilo ser totalmente diferente do dela, lógico que eu tinha roupas boas e bonitas afinal eu vim de Paris, mas minhas roupas pendiam mais para o lado roqueiro. - Vocês até que não me parecem tão ruins, considerando todas as coisas – completei um pouco mais baixo, mas acho que elas ouviram.

     - Olá para você também, querida! – Esme falou interrompendo alguma coisa que Rosalie ia falar.

     - Yeah! olá, olá ... você sabe o porque estou aqui, não precisa se animar tanto – eu disse olhando em volta, era a primeira vez que eu via um aeroporto praticamente vazio. Esme nada disse apenas virou e fez um sinal para que eu a seguisse assim com Rosalie.

     Dentro do carro, eu fiquei olhando a paisagem e tudo que eu via era mato, mato e mato. Peguei o meu diário que estava preso na minha perna por baixo da calça e fiquei folheando.

     - Apesar dos fatos que ocorreram pra você está aqui, eu estou feliz que você tenha vindo pra cá – Esme falou tentando puxar papo.

     - Sim, bom... eu não planejei passar um ano da minha vida em Forks, que poderia ser um lar para pessoas tediosas. – Respondei dando um sorriso sarcástico

     - Acho que você vai ter que ir para escola nesse ano, certo? – ela falou como se eu não tivesse dito nada.

     - Eu acho que sim. É um tipo de alivio, ter alguma coisa pra fazer.

     - O juizado de menores disse que você tinha boas notas na sua antiga escola, durante todo o ano. Isso é fantástico!  - ela disse bem alegre até. – Vai ser fácil entrar numa boa faculdade.

     - Eu não vou para faculdade! – respondei prontamente

     - Claro que você vai! – ela falou como se tivesse algum poder sobre mim.

     - O fato é que, eu vou me matar antes disso, então... não sobra muito tempo para me graduar na faculdade.

     - Acho que você tem que saber que uma piada de ser engraçada, garota! – Rosalie se intrometeu na conversa.

     - Não foi uma piada – disse como se falasse com uma débil mental. – Veja, eu estava fazendo uma lista de todas as maneiras que se pode morrer. Auto sacrifício. Cair de um lugar muito alto. Não sei sobre eletro choque, ouvi dizer que seu coração frita e você vomita seus olhos derretidos. – completei. Rosalie me olhou com cara de nojo.

     - Ok! Chega! – quem falou agora foi Esme, continuei folheando meu diário.

     - Também estava fazendo essa lista de coisas que quero fazer antes de morrer. Por exemplo, eu quero comer um inseto só para dizer que eu comi. Quero lutar com um homem adulto também e fazer uma tatuagem. – continuei tagarelando ignorando as caretas de Rosalie - De qualquer maneira, quando eu escolher uma forma de me matar eu quero fazer tudo isso e cometer um suicídio sinistro. Voilá. Nunca mais terá a Isabella aqui, nunca mais.

     Elas não disseram nada e continuamos nosso caminho em silencio. Até que a casa delas é bem bonita para Forks, uma casa de 2 andares bem arrumada até.

     - Vamos, Bella – Esme me chamou para descer do carro.

     - É Isabella pra você! – sibilei enquanto passava por ela e entrava na casa. Em resposta ela só apontou para uma porta que eu acho que seria o meu quarto. Fui correndo para lá sem nem olhar o resto da casa. O meu quarto era rosa com detalhes em lilás, de muito mau gosto, logo eu daria um jeito nisso. A primeira coisa que eu fiz foi pegar minhas revistas sobre banda de rock e procurar um lugar para escondê-las, era bem capaz de se Rose visse resolvesse queimá-las, resolvi colocar entre um colchão e outro já que a cama era king-size. Um gato saiu debaixo da cama  ficou roçando na minha perna, peguei ele no colo

     - Hey, gatinho! Como é viver com as patricinhas, hãn ? Você já se acostumou com o cheiro de mato que essa cidade tem? – continuei conversando com o gato, como uma retardada – Você não se importa né? Contanto que lhe dêem comida e limpem sua caixa de areia. É um bom negocio. Afinal, o que mais quer da vida?

     Deixei o gato dormindo na cama e fui arrumar minhas roupas no armário. Depois de tudo pronto, ouvi Esme me chamando para lanchar, logo fui , eu estava morrendo de fome .

     - Hey, Esme! Que tal você me dar 20 dólares? – perguntei durante o lanche. Esme estava pensando sobre o assunto quando Rosalie interrompeu.

     - Não! Nós temos regras nessa casa, Isabella.  Suponho que a assistente social não falou sobre elas . – ela falou

     - Sim , tenho certeza que ela disse e tenho mais certeza ainda que não estava prestando atenção – respondi secamente

     - Ah, então... me escute, você pode ter um ótimo ano aqui , mas só não será sem controle, querida ! Você podia ter tudo o que você queria lá em Paris, mas aqui não vai ser assim. Agora, se você quer dinheiro, não vai conseguir me pedindo, você vai ter que arrumar um emprego. – Esme respondeu por Rosalie – Haverá um toque de recolher às 22h, e você não terá permissão para sair dos limites da cidade. Então isso lhe parece justo? – completou. Fiquei olhando com cara de paisagem pra ela, até ela terminar de falar. Quando ela terminou, eu dei uma risadinha sarcástica e disse:

     - Deixe-me te dizer como eu faço. Eu vou aonde eu quiser, quando eu quiser e com quem eu quiser e eu  volto pra casa quando eu quiser também. Foi assim a minha vida toda. Então se for algum problema pra você, ligue para a assistência social e me mande para um orfanato, ou melhor, se você preferir pode ir atrás do meu pai drogado e me deixar com ele, mas eu logo vou avisando a justiça foi atrás dele e não o acharam. Está bem? Então vamos fazer um favor para nós mesmas, ficando fora do caminho uma da outra. O ano vai ter acabado antes de você notar. Feito? - elas não responderam nada então eu mesma falei - Feito!

     Dito isso sai da cozinha. Vai ser um longo ano pra mim.


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Notas finais do capítulo

comentem porfavor ! vou postar o proximo capitulo amanhã ;* beijoocas.