Selly não parava de gritar. Bella e eu estávamos realmente desesperadas sem saber o que fazer, não podia deixar que Selly fique inconsciente e principalmente tínhamos que tirar logo o bebe de dentro dela antes que ele morra.

A levamos para o quarto que montamos como um mine consultório. Bella tentava de todas as maneiras fazer com que Selly não ficasse inconsciente.

Selly estava realmente muito fraca. Ela não iria agüentar por muito tempo.

_ Bella a criança! – eu a lembrei

_ Rose você tem que tira-la daí, e não pode demorar. Senão os dois morrem.

_ Não posso Bella, eu não vou conseguir. – Afirmei

_ Você tem que conseguir, Rose, Você tem que tira-la daí.

_ Eu não posso Bella, eu não sou forte o suficiente.

_ Olhe Rose, Selly está muito fraca, ela não vai resistir por muito tempo e se você não tirar logo o bebe daí ele vai morrer. SE você quiser salva-los você tem que agir rápido, eu vou fazer o possível para manter Selly viva, mas você tem que ser rápida.

Rapidamente fiz o que Bella me mandou fazer. Ela tentava manter Selly consciente o que era essencial.

Eu consegui tirar o bebe, vivo, ele era realmente lindo, um menino, lindo com os cabelos loiros em forma de cachos perfeitos, ele sorria muito e suas graciosas covinhas apareciam. Seus olhos estavam focados em mim. Ele me olhava com seus olhos que eram verdes, não no tom de verde esmeralda dos olhos de Selly, era diferente, um verde azulado que me lembrava a cor do mar. Ele parecia um anjo. Um pequeno Querubim. O Pequeno Luccas, um anjinho.

_ É um menino, um lindo menino- eu disse.

_ Meu Luccas... meu pequeno Luccas... Rose... deixe-me ver ele. – Selly me pediu, ela estava muito fraca, mas consegui dizer isso apesar que foi menos que um sussurro. Eu consegui ouvi-la graças a minha audição aguçada. Um humano teria pensado que era apenas um suspiro pesado.

Eu o levei até ela, ela sorria e ele também sorria.

_ Ele é muito lindo. – ela dizia com dificuldade

_ Ele é lindo. Como um anjo. Um pequeno querubim. – eu disse a ela.

_ Meu pequeno Luccas, Meu pequeno anjo. – ela dizia acariciando o bebê.

_ Rose você vai cuidar dele pra mim. Você se tornou minha amiga Rose, eu aprendi a confiar em você mais do que em mim mesma, não eu sempre soube confiar em você, desde a primeira vez eu soube que podia confiar em você. Eu quero que você cuide de Luccas para mim. Como se fosse seu filho. Eu o amo muito, mas morrerei em paz se você prometer que irá cuidar dele por mim. – Selly dizia ainda com dificuldade, as frases saiam cortadas e muito baixas.

_ Não Selly, você ira cuidar de seu filho, eu estarei sempre ao seu lado, ao lado de vocês dois, mas é você quem vai cuidar dele.

_ Entenda Rose, meu tempo acabou e ninguém pode fazer nada. Eu só preciso que você prometa que vai cuidar de meu filho como se fosse seu.

_ Você não vai morrer, eu não vou deixar. – Afirmei desesperada em meio aos soluços já que nem chorar de verdade.

_ Prometa... . – ela pediu muito fraca.

_ Está bem, eu prometo, cuidarei dele como se fosse meu filho, o amarei como se fosse meu filho.

_ Obrigada Rose, Você é minha melhor amiga, e eu serei eternamente grata por tudo.

_ Eu é que te agradeço Selly, por confiar em mim, para te ajudar, para ser minha amiga, para cuidar do seu filho, é muito mas do que eu poderia pedir.

Eu estava soluçando, chorando sem lagrimas já que nem chorar de verdade eu posso, maldita existência.

Eu não poderia deixar Selly morrer, ela não merecia. Era ta jovem e cheia de vida.

Eu a olhava enquanto ela segurava seu filho sussurando algumas palavras carinhosas. Era uma cena linda.

_ Adeus meu pequeno anjo. Eu te amo e sempre te amarei. – ela disse a criança que sorria alegremente. Mas de repente a face da criança mudou, ela ficou triste e quase chorosa.

O que estava acontecendo? Selly sorria, mas eu pude ver seu coração desacelerando fracamente, peguei Lucas para tentar acalma-lo, porem eu também estava muito nervosa.

_ Bella, faça alguma coisa. – eu gritei para bella que já tentava reanima-la.

_ Não da mais tempo, Rose. Eu não posso fazer mais nada. – ela me disse.

_ Não Selly, não morra. – eu falei, só que já não tinha mais nada a se fazer.

Ficamos em silencio ouvindo o coração de Selly se silenciar para sempre. O único som que ouvíamos era o pequeno coração acelerado do pequeno anjinho. E seu choro quieto.