House e Cuddy... Amor ? escrita por emilybrito_dark


Capítulo 4
Capítulo 4 - Problemas à vista




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Já estava de noite, Cuddy e House já estavam no limite de tanto stresse após mais um dia de trabalho... porém nada se comparava com o que aconteceu no começo da manhã... como ele consegue me deixar assim ??

Até quando Cuddy vai sentir algo por mim ?? Eles poderiam não estar mais interessados em olhar para cara um do outro por um tempo bastante indeterminado... mas o que no fundo, realmente no fundo, eles estavam pensando ? Será que Cuddy estaria realmente decepcionada com House por perceber que fora uma ilusão o que acontecera naquela noite ? Ou então ela só estaria triste por perceber que iria demorar muito mais tempo do que imaginou para House amadurecer ?? Isso só amanhã ela pensaria...

- Molly, eu já estou indo... qualquer coisa me ligue... estarei na minha casa.

- Ok, Dra. Cuddy. Qualquer problema eu avisarei.

Assim, Cuddy se despede da enfermeira e de todos da Clínica e logo vai embora. Não olhara uma vez si quer para trás, pressentia que poderia ser House querendo-lhe explicar tudo novamente. Eu não irei cair nos seus truques de novo... não mais ! Disso, Cuddy entrou em seu carro, já com as lágrimas em seus olhos e quando foi dar a partida no carro e sair dali o mais rápido posspivel antes de qaulquer coisa...

- CUDDY !

Droga, era a única coisa que Cuddy pensava, droga, droga e droga !!!!

- House ! O que mais você quer de mim ?! Eu já te expliquei que eu não vou aceitar uma explicação rídicula como ela quebrou o braço para você poder ABRIR O PACIENTE !

- Eu não quero falar sobre isso.

- Se não... problema resolvido... EU JÁ ESTOU INDO !

Depois, Cuddy entra novamente em seu carro, e tranca as portas. Ela fecha os olhos, esperando com que ele fosse embora... vai embora, House ! Por favor... vai embora...

TUM-TUM-TUM

Era House batendo no vidro de seu carro. Por quê ele simplesmente não me deixa partir ?! Parecia que Cuddy não dizia apenas no sentido de deixá-la ir para casa... mas também deixá-la de amá-la...

- Abra a porta !!! - House gritava do outro lado, estava nevando e ele estava com frio...

- Para quê ?? Brigar de novo ? Dizer coisas que me deixam pior ? Me ofender ?? Não, House, eu não vou deixar você entrar ! - agora Cuddy estava com raiva dele, com ódio... como ela ainda amava aquele homem, o mesmo homem que maltratava ela e dizia coisas que pioravam sua auto-estima ??

House olhou para ela, olhou dentro do fundo dos olhos dela. Não, eu não quero brigar, foi a primeira coisa que veio em sua mente...

Cuddy sentia aqueles olhos azuis penetrantes em seu ser. Como ele consegue isso ? Como ele me consegue tão bem assim ?? Assim, Cuddy suspirou tirou as mãos do volante, moveu para o lado oposto do vidro - onde House estava - e destrancou a outra porta do carro.

House viu-a fazendo isso, agora, ele parecia um pouco mais confiante.

- Eu sou um imbecil. - disse House, antes de qualquer coisa, antes de um verdadeiro e sincero: me desculpe... House achava que ficaria melhor dizer que era um imbecil, o que no fundo... achava realmente ser.

- Nossa... que novidade essa, House ! Diga logo, porque eu estou com muita pressa !

- Hum... não. Tente de novo, mas antes... eu poderia me explicar ?

- Se você realmente acha ser tão bom assim para conseguir me enganar de novo... pode tentar, mas eu estou avisando: nessa eu não vou cair de novo !

- Está bem. Cuddy, eu não sou de saber como relacionar com as pessoas, eu não fui ensinado a ser uma pessoa 'normal'... bom, no final das contas, eu nem mesmo quero. Mas eu sei o quanto significa para você tudo isso que aconteceu... hoje, ontem... eu não deveria ter feito isso com você... talvez devesse ter feito semana que vem ou até mesmo depois de amanhã... então, não leve para o lado pessoal, coisa que você já deve ter feito. Eu não devo ter tanta consideração por você.

- Por que não ? - House percebeu que Cuddy estava escutando-o, que ela realmente poderia entender ele.

- Porque é o certo a fazer, não devemos ter esse tipo de relação, Cuddy. Nós nunca iríamos sobreviver tanto tempo assim...

- Bom, eu acho que o termo certo seria: eu não quero porque sou um tremendo idiota e eu sei que mesmo você sentindo algo por mim... dane-se, você encontrará outro muito melhor do que eu !

- Eu não iria por esse caminho, mas a ideia é quase por aí...

Os dois começaram "timidamente" a rir. As ironias dos dois preenchia todo esse vazio, todo esse buraco que criava de vez em quando entre eles.

Cuddy olhou-o para ele. É, pelo jeito eu perdi...era o que Cuddy tinha dito bem baixinho, após os dois terminarem de rir.

House começou a fitá-la, mesmo estando com roupas de frio, mesmo com a maquiagem borrada por causa das lágrimas. Cuddy ainda estava no topo de todas as mulheres mais lindas que já vira. Por que você consegue me deixar assim ?!,era o que House agora questionava.

- House... eu...

Nem mesmo Cuddy ou House iriam formular algo realmente inteligente o bastante para tirar esse clima que acabava de se formar. Eles iriam se beijar ? Era o que os dois se perguntavam...

Mas aí, quando o 'romance estava dominando o ar' House sentiu algo, sentiu que não deveria entrar de novo nesse problema, nessa complicação... não deveria entrar no coração de Cuddy. Pode ser fatal para qualquer um de nós dois...foi o que House dissera ao invés de beijar Cuddy. Em meio da situação ali, House percebera que era melhor terminar o que nem poderia ter começado. Olhou os lábios de Cuddy distanciondo-se dos seus. Ela voltara a olhar para frente, colocara as mãos no volante, olhava para algo à sua frente, algo invisível...

Ela olhava para o nada. Nada irá acontecer, não poderá acontecer...estava com raiva, triste e muitas outras coisas... por quê se importar, por quê interessar naquilo que 'poderia ser fatal para os dois' ??? Ela não se importava, essa era a diferença. Até quanto tempo vai demorar para House perceber isso ?

A porta foi aberta, o vento gelado dominou o corpo dela e fez-a tremer. House deu uma última olhada nela.

- Pelo jeito, então, eu realmente pareço ser tão bom quanto eu e você pensamos.

Cuddy sorriu, ele tinha que dizer essas coisas, como se fossem úteis em alguma parte do contexto, como se elas pudessem resolver alguma coisa. Mas a parte ruim era que ela não queria entender os quebra-cabeças, ela só queria que ele fosse direto, que ele a beijasse e dissesse que a amava, que gritasse para qualquer um que quisesse saber que os dois estavam juntos. Ela queria que House soubesse encarar os problemas da vida.

Disso, Cuddy escuta a porta bater. Ele tinha ido embora.

Assim, apertou o cinto, deu a partida no carro, e saiu dali, para só ter que pensar nele amanhã.


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